terça-feira, 8 de outubro de 2013

CASAMENTO DIMINUI MORTE PREMATURA (1)

CASAMENTO DIMINUI MORTE PREMATURA (1)
O fato de não ter um (a) companheiro (a) estável ou não estar casado (a) durante a meia idade está relacionado com maior risco de morte prematura durante essa época. Essa é a conclusão de uma investigação realizada pela Universidade de Duke, Estados Unidos, depois de analisar dados de 4.802 pessoas nascidas na década de quarenta. Basicamente, o estudo se interessou pelo estado civil, hábitos de vida durante o período universitário, o perfil socio-econômico e outros hábitos que acarretavam riscos para a saúde. 
 
 

CASAMENTO DIMINUI MORTE PREMATURA (2)
Foi observado que as pessoas que tinham companheiro (a) durante a meia idade estavam mais protegidos de morte prematura, assim como, quem nunca tinha casado apresentava mais do que o dobro de probabilidades de morrer. Nesse sentido, a solidão continua sendo um percalço para uma vida longa.
CASAMENTO DIMINUI MORTE PREMATURA (3)
Por outro lado, o fato de perder o companheiro (a) e não “reativar” a vida sentimental aumentou o risco de morte prematura e reduziu as possibilidades de chegar à velhice. A conclusão é que, mesmo levando em consideração condutas de risco e caractarísticas de personalidade, o estado civil segue tendo um grande impacto na duração da vida.

DOIS COPOS DE LEITE PARA CRIANÇAS


Pesquiadores canadenses procuram responder a uma pergunta frequentemente feita pelos pais: qual a quantidade diaria de leite que deve ser dada? Segundo os canadenses, uma criança entre dois e cinco anos de idade deve consumir dois copos de leite de vaca diariamente, algo em torno de 500 ml. Para chegar a esse resultado, pesquisaram cerca de 1.300 crianças de 2 e 3 anos através de um questionário preenchido pelos pais e fazendo dosagens sanguíneos de ferro e vitamina D, dois nutrientes essenciais para o crescimento. 
 
DOIS COPOS DE LEITE PARA CRIANÇAS (2)
Concluiram que dois copos de leite de vaca diariamente foram suficientes para manter níveis adequados de vitamina D e de garantir reservas suficientes de ferro. A deficiência de vitamina D determina afecções ósseas, enquanto a falta de ferro provoca anemia e retardo do desenvolvimento cognitivo.

DOIS COPOS DE LEITE PARA CRIANÇAS (3)

De qualquer forma, no hemisferio norte existem mudanças climáticas importantes, a exemplo do inverno onde os raios solares, em algumas regiões, são escassos. Assim, eles necessitam de suplementação de vitamina D nessa estação do ano para que não ocorra carência. Alimentos enriquecidos com várias substâncias, além da vitamina D, são encontrados com facilidade e visam preencher deficiências específicas.

PERDA DE AUDIÇÃO ACELERA DETERIORAÇÃO COGNITIVA (1)


Um novo estudo sobre audição realizado em voluntários com perda auditiva submetidos a testes repetidos de conhecimento durante mais de seis anos, mostrou redução das capacidades cognitivas entre 30 e 40%, quando comparados com pessoas com audição normal. Os níveis de diminuição da função cerebral se relacionaram diretamente com a quantidade de perda auditiva. Os idosos com perda auditiva desenvolveram uma deterioração significativa de suas capacidades cognitivas 3.2 anos antes daqueles com audição normal.
PERDA DE AUDIÇÃO ACELERA DETERIORAÇÃO COGNITIVA (2)
A explicação mais plausível é a de que uma audição deteriorada pode forçar o cérebro a dedicar grande parte da sua energia para o tratamento do som às expensas da energia empregada na memória e no conhecimento. Os autores desse estudo, que foi publicado no JAMA, têm um projeto em que numa pesquisa mais ampla se determinará se o uso de aparelhos audífonos ou outros dispositivos para tratar a perda de audição em idosos pode prevenir ou retardar a deterioração cognitiva.
João Modesto Filho

DISFUNÇÃO ERETIL COMO SINAL DE DOENÇA CORONARIANA (1)


Pesquisa australiana mostra que homens com disfunção erétil apresentam maior risco de vir a sofrer de doenças cardiovasculares, inclusive quando não possuem historia de problemas cardíacos. Foi observado ainda que quanto mais severa a disfunção maior o risco, de forma que homens com disfunção erétil grave tinham cerca de 60% a mais de risco de doença coronariana e o dôbro de risco de morte.

DISFUNÇÃO ERETIL COMO SINAL DE DOENÇA CORONARIANA (2)
Entendem os pesquisadores que a disfunção erétil seria um sintoma de alguma patologia subjacente do coração que estaria “silenciosa”, mas poderia servir de marcador para ajudar a predizer o risco de problemas cardiovasculares. Mais de 95.000 homens a partir de 45 anos participaram da pesquisa respondendo um questionário sobre sua saúde e seu estilo de vida, incluindo perguntas sobre a capacidade para ter e manter uma ereção
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DISFUNÇÃO ERETIL COMO SINAL DE DOENÇA CORONARIANA (3)
Nos dois a três anos seguintes, foram controladas as bases de dados dos hospitais a fim de estabelecer quem foi atendido devido a algum problema cardiovascular e quantas mortes ocorreram. Foi observado que a proporção de homens com disfunção erétil variava com a idade: entre 50 e 59 anos, a porcentagem era de 16%; entre 60 e 69%, subia para 34% e acima de 70%, alcançava 60%.

DISFUNÇÃO ERETIL COMO SINAL DE DOENÇA CORONARIANA (4)
Por fim, assinalam que a razão porque a disfunção erétil aparece como um possivel marcador de doença cardiovascular, não está de todo esclarecida, mas, presumem que poderia ser devido ao fato de que as arterias do pênis são menores e mais sensíveis a problemas de revestimento dos vasos sanguíneos do que as do coração, cérebro e extremidades. A conclusão é que homens com problemas de ereção devem consultar um médico para avaliação adequada do risco de doença cardiovascular.

OMS RECOMENDA REDUZIR CONSUMO DE SÓDIO E AUMENTAR O DE POTÁSSIO (1)
Pessoas adultas não devem consumir mais de 2.000 miligramos de sódio, o que significa o mesmo que 5 gramas de sal, e aumentar o consumo de potássio para ao menos 3.510 miliogramas. Essas são as novas diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) que alerta que níveis elevados de sódio e baixos de potássio aumentam o risco de pressão arterial elevada e, como consequencia, de doença cardíaca e acidente vascular cerebral (AVC).

OMS RECOMENDA REDUZIR CONSUMO DE SÓDIO E AUMENTAR O DE POTÁSSIO (2)
As diretrizes, que formam parte da estratégia da OMS para a redução da obesidade e das doenças não transmissíveis, também faz atenção aos hábitos de consumo de sal por crianças acima de 2 anos. O sódio é encontrado de forma natural em alimentos como leite (50 mg de sódio por 100 g), ôvo (80 mg/100g), e em quantidades muito superiores em alimentos processados como o pão (250 mg/100g) e toucinho (1.500 mg/100g). Alimentos ricos em potássio são frutos secos (600 mg/100g), repolho (550 mg/100g) e ervilhas (1.300 mg/100g).

João Modesto Filho

Obesidade aumenta risco de morte em acidente de transito


Pessoas obesos têm mais probabilidades de morrer em acidentes de trânsito do que pessoas com peso normal, segundo estudo recentemente publicado na revista “Emergency Medicine Journal”, cujos autores sugerem, pelos resultados obtidos, mudanças nos desenhos dos carros. A partir dos dados do Sistema de Análise de Vítimas dos Estados Unidos, correspondente ao período 1996-2008, foram estudadas colisões em que estavam envolvidos veículos de tamanhos similares e que haviam provocado a morte de um ou de ambos condutores. 
Foram encontrados 3.403 pares de motoristas com dados disponíveis de peso, idade, uso de cinto de segurança e “airbags”. Quase a metade deles tinham peso normal, um em cada três estava com sobrepeso e quase um em cada cinco era obeso. Dois terços eram homens e quase um em cada três tinha entre 16 e 24 anos. Um em cada três não usava cinto de segurança corretamente, e em mais da metade dos casos o “airbag” apresentou problemas. 
A análise dos dados mostrou que o risco de morte aumentava quanto mais obeso era o motorista, sendo que na Obesidade grau I (IMC entre 30 e 34.9) as probabilidades de morrer eram superiores a 21% em relação aos de peso normal, no Grau II (IMC entre 35 e 39.9) aumentava para 51% e no último Grau (IMC acima de 40, ou obesidade mórbida) chegava aos 80%. Quanto ao sexo, as mulheres apresentaram percentuais superiores aos encontrados no sexo masculino. 
Curiosamente, os homens com baixo peso também apresentaram maior probabilidade de morrer em uma colisão, e quase um terço dos que sofreram uma lesão fatal não haviam posto o cinto de segurança devidamente. A conclusão do estudo é que veículos de passageiros estão bem desenhados para proteger os ocupantes de peso normal, mas são deficientes na proteção daqueles que estão com sobrepeso ou obesidade. Isso é extremamente importante do ponto de vista de saúde pública e estudos devem ser aprofundados a fim de minorar essa grave situação.

RONCO COMO SINAL DE RISCO CORONARIANO (1)
Médicos do Hospital Henry Ford de Detroit, Estados Unidos, asseguram que roncos podem ser um sinal precoce de futuros riscos para a saúde, em especial para fumantes, pessoas com sobrepeso ou colesterol elevado. Chegaram a essa conclusão depois de detectarem mudanças nas artérias carótidas em pessoas que roncam. 
 

RONCO COMO SINAL DE RISCO CORONARIANO (2)
Dados de 913 pacientes foram avaliados entre 2006 e 2012 e, após realizar ecografia da artéria carótida para medir sua espessura, observaram que os roncadores apresentavam uma espessura significantemente maior, o que pode ser considerado como o primeiro sintoma da arteriosclerose. O estudo também revelou que em relação às mudanças dos vasos, não houve diferença estatisticamente significativa em pacientes com ou sem alguns dos fatores de risco tradicionais de doença cardiovascular, como tabagismo, diabetes, hipertensão ou hipercolesterolemia.

RONCO COMO SINAL DE RISCO CORONARIANO (1)
Embora o ronco seja geralmente considerado como um problema social e estético, essa visão está começando a mudar por conta dos inúmeros conhecimentos recentes acerca da relação sono/vigília. Assim, pacientes que roncam poderão receber em tempo hábil os tratamentos que necessitam antes que surjam problemas de saúde mais graves.

VEGETARIANO TEM MENOR RISCO CARDIOVASCULAR (1)
O risco de hospitalizações ou morte por doença cardíaca em vegetarianos é cerca de 32% menor, quando comparados as pessoas que comem carne ou pescado. Essa é a conclusão de um estudo feito na Universidade de Oxford, Inglaterra, e publicado na revista “American Journal of Clinical Nutrition”. A maior parte dessa porcentagem se deve aos efeitos sobre o colesterol e a pressão arterial, e mostra o importante papel que tem a dieta na prevenção das doenças cardíacas.

VEGETARIANO TEM MENOR RISCO CARDIOVASCULAR (2)
A pesquisa foi feita em cima de dados de quase 45.000 voluntários da Inglaterra e Escócia inscritos na “Investigação Prospectiva Europeia sobre Câncer e Nutrição” de Oxford. Do total, cerca de 34% eram vegetarianos, o que permitiu estimativas de risco de ambos os grupos. O risco de 32% menor dos vegetarianos foi obtido depois de levar em conta fatores como idade, tabagismo,consumo de bebidas alcoólicas, atividade física, nível educativo e nível socioeconômico. A pesquisa demonstrou que a pressão arterial e os níveis de colesterol dos vegetarianos eram inferiores aos não-vegetarianos, entre os quais eram mais frequentes os casos de diabetes.

João Modesto Filho

Câncer de pulmão cresce entre as mulheres


Projeções sobre câncer de pulmão nas mulheres europeias, publicadas há poucos dias na revista “Annals of Oncology”, trazem um prognóstico sombrio: em 2015, esse tipo de câncer será mais comum do que o de mama. O estudo conduzido por pesquisadores suíços e italianos prevê uma queda geral na mortalidade por câncer na Europa, mas confirma o aumento contínuo de mortes ligadas a tumores pulmonares. A projeção indica que em 2013, 82.000 mulheres europeias morrerão de câncer de pulmão e 88.000 de câncer de mama. 
Mas, num futuro próximo essa curvas vão se cruzar e o câncer de pulmão tornar-se-á a primeira causa de mortalidade entre as mulheres daquele continente. Esse lamentável fenômeno já é obervado na Inglaterra e na Polônia. As mulheres jovens que começaram a fumar em massa nos anos 1970 apresentam um risco elevado de serem atingidos, pois, o tabagismo pode apresentar um intervalo de até 40 anos para um tumor ser clinicamente detectável. 
Isso assume aspecto preocupante porque a sobrevida após o diagnóstico de câncer de pulmão em geral é de apenas 15% em cinco anos. No Reino Unido, onde o tabagismo feminino estava entre os mais elevados da Europa, o consumo entre as ultimas gerações tem mostrado uma forte baixa. Entretanto, a incidência de câncer de pulmão deverá apenas se estabilizar nos anos 2020 ou 2025. 
Já entre os homens, o câncer de pulmão é uma grande causa de morte na Europa (projeção de 187.000 em 2013), mas sua taxa de mortalidade diminuiu seis por cento desde 2009. No Brasil, temos observado uma diminuição importante na prevalência do tabagismo graças aos enormes esforços das entidades de saúde. Mas a luta é contínua e, por isso, todo trabalho que se faça para abolir o tabagismo é sempre necessário e oportuno, tornando-se um dever de todos participar de campanhas que visem sua erradicação.

IOGA REDUZ FIBRILAÇÃO ATRIAL (1)

A fibrilação atrial é uma doença cardíaca relativamente comum que se caracteriza pela alteração do ritmo do coração, produzindo sons irregulares e descoordenados. A prática de Yoga reduz em 31% episódios sintomáticos de fibrilação atrial e 50% dos assintomáticos, segundo artigo publicado na revista “Journal of the American College of Cardiology”, que também reconhece que essa prática melhora a função endotelial e diminui a pressão arterial, inflamação, ansiedade e depressão desses pacientes.

IOGA REDUZ FIBRILAÇÃO ATRIAL (2)
O estudo, realizado na Universidade de Kansas, Estados Unidos, analisou 49 pacientes de 18 a 80 anos com fibrilação atrial paroxística. Durante três meses foram tratados com a medicação habitual (betabloqueadores) e, na fase seguintes, também de três meses, os pacientes combinaram medicamentos com, sessões de yoga de uma hora pelo menos duas vezes por semana. Seguiam uma rotina de 10 minutos de exercícios respiratórios, outros 10 de aquecimento, meia hora de postura de yoga e os últimos 10 minutos de exercícios de relaxamento.

IOGA REDUZ FIBRILAÇÃO ATRIAL (3)

Essa prática mostrou diminuição dos episódios sintomáticos de fibrilação atrial melhorou a função endotelial e diminuiu a pressão arterial, inflamação, ansiedade e depressão. Tudo indica que o efeito calmante da yoga sobre o sistema nervoso resulta nesses benefícios , podendo ser recomendado como uma terapia suplementar ao tratamento medicamentoso, mas nunca de maneira substitutiva.

EUROPA APROVA NOVA DROGA PARA DIABETES (1)

A Comissão Europeia de medicamentos aprovou a comercialização da substância lixisenatide para o tratamento, uma vez ao dia, para adultos portadores de Daibetes Tipo 2. A decisão da Comissão foi baseada nos resultados do programa clínico “GetGol” que converteu esse medicamento no rimeiro agonista dos receptores GLP-1 com efeito redutor da glicose predominantemente prandial, e indicado com o uso de insulina ou em combinação com antidiabéticos orais.

EUROPA APROVA NOVA DROGA PARA DIABETES (2)

O programa clínico demonstrou reduções significativas da Hemoglobina Glicada, um efeito redutor importante da glicose posprandial e um efeito benéfico no peso corporal. O perfil de segurança e tolerabilidade foi favoravel na maioria dos pacientes, com náuseas e vômitos de carater leve e transitório, que são os efeitos adversos mais frequentes observados com agonistas dos receptores do GLP-1, alem de um risco limitado de hipoglicemia. 
 
João Modesto Filho

Não tratar hipertensão favorece demência


A hipertensão arterial não tratada pode provocar importantes danos ao cérebro, parecendo estar associada a um maior risco de demência ou deterioração cognitiva leve, trastorno que se caracteriza por dificuldades para o pensamento e aprendizagem. Cifras tensionais elevadas de forma persistente aumentam a possibilidade de aparecimento de demência, além de aumentar entre duas a cinco vezes a possibilidade de um acidente vascular cerebral (AVC). É evidente que se podemos prevenir e tratar a hipertensão, reduziremos a possibilidade de demencia e possivelmente diminuiremos também os casos da Doença de Alzheimer. 
Sabe-se que a hipertensão danifica o cérebro por três mecanismos distintos: um deles se baseia no fato de que cifras elevadas de pressão podem afetar pequenos vasos cerebrais, causar mais aterosclerose e provocar um trombo que produzirá um AVC isquêmico. O segundo é o aparecimento de microaneurismas que terá como consequencia hemorragias cerebrais. E, por último, a própria hipertensão arterial, que é um fator de risco para o aparecimento de fibrilação atrial, uma arritmia muito frequente. É evidente que a idade é o fator de risco mais importante para doença cerebrovascular, mas essa é inalterável. 
Por outro lado, diversos estudos mostram que a maioria das pessoas acometidas por AVC são hipertensas. Alguns trabalhos mostram que a hipertensão passa de 25-30% em adultos jovens chegando em 65-70% nas pessoas da terceira idade. Assim, uma pessoa com hipertensão leve persistente não tratada desenvolve falhas de memória que não percebe (mas os familiares sim) e ao longo de um ano apresentará falhas de linguagem, dificuldade motora e menor rendimento do conhecimento adquirido. 
Pessoas com esse perfil precisam ser insistentemente trazidas para tratamento, particularmente quando dizem que “a pressão está só um pouco alta, mas eu não sinto nada”. De modo geral, a recomendação é tratar a hipertensão corretamente, evitar outros fatores de risco vascular, praticar exercícios físicos e mental e manter uma atividade social frequente.

ALCOOL: TERCEIRA CAUSA MUNDIAL DE DOENÇAS (1)
Uma pesquisa realizada pelo Centro e Adição e Saúde Mental de Toronto, Canadá, demonstra que o consumo de bebidas alcoólicas tem sido a causa de mais de duzentas doenças e lesões diferentes. Um dos países que tem esse desfavorável destaque é o próprio Canadá, onde seus compatriotas ingerem álcool num índice superior a mais de 50% da média mundial. De modo geral, os maiores consumidores são os europeus e habitantes de determinadas partes da África (mais ao sul), que consomem álcool com frequencia e em grandes quantidades e apresentam intoxicações prolongadas. 
 

ALCOOL: TERCEIRA CAUSA MUNDIAL DE DOENÇAS (2)
Por outro lado, os que ingerem menor quantidade de alcool são os residentes no norte da África, Oriente Médio e sul d Ásia. Atualmente, somente superam o álcool como causas de doenças e lesões a pressão arterial elevada e o tabagismo. Lamentavelmente, o convite a ingerir bebidas alcoólicas é visto diaria e frequentemente através de propagandas que começam a atingir até crianças. Tudo isso é causa de muita preocupação até porque os exemplos atuais de segmentos de adolescentes de ambos os sexos deixam antever um futuro sombrio pelos excessos que estão sendo praticados.
MEDICAMENTOS ANTI-ENVELHECIMENTO (1)
Pesquisadores australianos asseguram que medicamentos que combatem o envelhecimento poderão estar no mercado dentro de cinco anos. Uma enzima com propriedades anti-envelhecimento -SIRT1 (sirtuina) – se conecta de forma natural na restrição calórica e no exercício, mas também pode ser estimulada através de ativadores. O mais conhecido de origem natural é o resveratrol, que se encontra em pequenas quantidades no vinho tinto, amendoins e frutos vermelhos, no entanto já começam a ser pesquisados outros ativadores sintéticos com uma atividade muito mais intensa.

MEDICAMENTOS ANTI-ENVELHECIMENTO (2)
Estudos iniciais mostram que a SIRT1 protege o organismo de doençaas ligadas ao envelhecimento como câncer, doença cardio-vascular, diabetes tipo 2, doenças de Aslzheimer e Parkinson, esteatose hepática, catarata, osteoporose, atrofia muscular, transtornos do sono e doença inflamatória intestinal. Na historia dos medicamentos nunca houve um fármaco que estimulasse uma enzima para que atuasse mais rápidamente.

MEDICAMENTOS ANTI-ENVELHECIMENTO (3)
Assim, esses medicamentos poderão imitar os benefícios da dieta e exercício, sem impacto sobre o peso. Caso os resultados positivos sejam confirmados, eles poderão ser administrados por via oral ou tópica, embora em princípio somente deverão ser prescritos em determinadas doenças. Mas, não se descarta a possibilidade de algum dia administrá-lo preventivamente, tal qual o uso das estatinas para prevenir doenças cardiovasculares.
João Modesto Filho

Dieta do Mediterraneo com frutos secos reduz doença cardiaca


DIETA DO MEDITERRANEO COM FRUTOS SECOS REDUZ DOENÇA CARDIACA

Os resultados de um estudo denominado PREDIMED mostram que seguir uma dieta mediterrânea tradicional suplementada com azeite de oliva extra virgem e frutos secos reduz em 30% a incidência de complicações cardiovasculares: morte de causa cardiovascular, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC), algo que muitos medicamentos não conseguem. PREDIMED é acrônimo da pesquisa “Efeitos da dieta mediterrânea na prevenção primária de doença cardiovascular”, cujos resultados acabam de ser publicados no “The New England Journal of Medicine”. 
Nesse estudo, que teve duração de 10 anos, participaram 7.447 voluntários, homens e mulheres entre 55 e 80 anos de idade, que tinham alto risco de vir a sofrer de doenças cardiovasculares (diabetes, hipertensão, dislipidemias,etc). Foram distribuidas tres dietas ao acaso: duas delas eram mediterrâneas ricas em gordura vegetal, sendo que uma era suplementada com azeite de oliva extra virgem (grupo I) e a outra com frutos secos (grupo II); ao terceiro grupo foi oferecida uma dieta convencional com baixo teor de gorduras e recomendada para prevenção cardiovascular. 
Durante o estudo, os que faziam dieta mediterrânea recebiam semanalmente um litro de azeite de oliva extra virgem ou 30 gramas diários de frutos secos (por exemplo, nozes e avelãs). Os resultados obtidos mostraram o papel cardioprotetor tanto do azeite de oliva extra virgem (muito mais saudável que o refinado) como de frutos secos, cujo consumo aumenta os níveis de ácido linolêico plasmático. 
Concretamente, no caso de nozes, é significativo seu efeito sobre o AVC, que é reduzido em 49% em comparação com uma dieta pobre em gorduras. Além disso, foi comprovado que pacientes com obesidade que fizeram a dieta incorporando azeite de oliva e frutos secos perderam peso e reduziram a cintura abdominal. Essse aspecto está sendo analisado para saber se esses nutrientes facilitam a absorção intestinal ou produzem mudanças na termogênese do metabolismo.

CAFEINA RELACIONADA COM BAIXO PESO AO NASCER (1)
Estudo norueguês mostra que a ingestão de cafeína está associada com o nascimento de crianças com baixo peso ao nascer e, quando ingerida através do consumo de café, está vinculada ao aumento de duração da gravidez. Junto com os nutrientes e o oxigênio, a cafeína atravessa a barreira placentária, mas o embrião em desenvolvimento não “expressa” eficientemente as enzimas que são necessárias para inativá-la. 
 

CAFEINA RELACIONADA COM BAIXO PESO AO NASCER (2)
O estudo incluiu quase 60.000 gestantes ao longo de dez anos e foram controladas todas as fontes de cafeína: café, chá, bebidas gasosas, assim como alimentos que continham cacau, incluindo sobremesas e chocolate. O consumo de cafeína está intimamente relacionado com tabagismo, que se sabe, aumenta o risco de parto prematuro e menor tamanho para a idade gestacional no momento do nascimento, mostrando uma associação entre cafeína e baixo peso ao nascer.

CAFEINA RELACIONADA COM BAIXO PESO AO NASCER (3)
Essa associação se manteve, inclusive quando se estudou apenas mães não fumantes. Assim, foi detectado que a cafeína de todas as fontes reduz o peso ao nascer e aumenta o tempo da gestação em média 5 horas por 100 mg de cafeína por dia. A ingestão da cafeína exclusivamente do café se associou com mais tempo de gestação: até 8 horas para cada 100 mg de cafeína diariamente. Por seu turno, a OMS sugere um limite de 300 mg por dia na gestação, mas alguns países recomendam um limite inferior a 200 mg.

OBESIDADE AFETA DESENVOLVIMENTO DO CÉREBRO DO FETO (1)
Estudo norteamericano realizado em Boston, Estados Unidos, mostrou que a obesidade afeta o desenvolvimento do cérebro do feto. Concretamente, após analisar o desenvolvimento fetal de 16 gestantes, descobriram que no segundo trimestre de gestação os fetos de mulheres obesas tinham diferenças na expressão gênica, em comparação com os fetos de mulheres com peso saudável. Durante a gestação se produz a apoptose, que é um processo de morte celular programada, e uma parte importante do desenvolvimento neurológico fetal.

OBESIDADE AFETA DESENVOLVIMENTO DO CÉREBRO DO FETO (2)
Os fetos das gestantes obesas sofrem uma diminuição da apoptose. No entando, os autores do estudo entendem que é muito cedo para conhecer as implicações desses achados, embora destaquem a necessidade de que sejam realizados mais estudos com o fim de elucidar os possiveis mecanismos que intervêm na alteração do neurodesenvolvimento pos-natal em crianças de mães obesas. De qualquer forma, mulheres que desejam engravidar necessitam ter uma vida mais saudável e evitar a obesidade a fim de diminuir riscos para seus filhos.

João Modesto Filho

Homenagem à Genival Veloso de França


O Conselho Regional de Medicina do Estado da Paraíba presta uma justa e merecida homenagem a um dos seus mais ilustres médicos, Professor Genival Veloso de França, por ocasião dos seus 80 anos de vida completados esta semana. Genival é sem dúvida o símbolo mais reluzente do nosso CRM, mesmo antes de ser seu Presidente, e um dos mais importantes valores que já teve assento no Conselho Federal de Medicina, onde honrou e dignificou a Paraíba. São 80 anos de luta por um mundo melhor, com empenho incansável na defesa e aperfeiçoamento da nossa sociedade. 
Figura ímpar como Professor Titular de Medicina Legal e Ética Médica dos Cursos de Medicina e Direito da UFPB e de outras Universidades brasileiras, além de ministrar cursos na terra de Fernando Pessoa (Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal!.... Tudo vale a pena se a alma não é pequena.) e de Miguel de Cervantes (co clássico Dom Quixote), como estudante, médico, professor, pensador, escritor, político e compositor, sempre mostrou sabedoria e experiência, principalmente na luta contra as injustiças sociais. Excelente esposo, pai exemplar, avô amoroso, sempre conduziu seu dia a dia com retidão e zelo familiar. Tive o privilégio de iniciar minha vida associativa pelas suas mãos, ouvindo seus conselhos e privando da sua amizade.
Chama atenção o fato de que soube com competência e maestria consolidar e prestigiar o CRM e o CFM, mesmo nas tarefas mais árduas e dolorosas, tal como o dever de julgar e punir seus pares. A saída física como Conselheiro não foi suficiente para que deixássemos de ouvir seus ensinamentos e seguir seus exemplos de lucidez. Nesses 80 anos de vida, vem escrevendo sua história com altivez e sem medo, e sempre pronto para novos desafios. Que Deus multiplique sua saúde e acrescente muitos anos de vida. Meus Parabéns.
ABACATE DIMINUI RISCO DE SINDROME METABOLICA (1)
A revista cientifica “Nutrition Journal” publica artigo onde é mostrado que o consumo de abacate diminui em cinquenta por cento as probabilidades de vir a padecer da Síndrome Metabólica, além de se relacionar com uma melhor qualidade da dieta. Os resultados revelaram que 347 adultos que consumiram abacate em qualquer quantidade tinham uma ingestão significantemente maior de vários níveis de nutrientes e indicadores de saúde mais positivos quando comparados ao grupo controle (sem consumo de abacate). 
 


ABACATE DIMINUI RISCO DE SINDROME METABOLICA (2)
Assim é que ingeriam 48 % mais vitamina C, 36% mais de fibra dietética e 23% de magnésio. Também foi demonstrado que ingeriam de forma significativa mais gordura insaturada: 18% de gorduras monoinsaturadas e 12% de poliinsaturadas, embora a ingestão calórica media tivesse sido semelhante aos que não consumiram abacate. 
ABACATE DIMINUI RISCO DE SINDROME METABOLICA (3)
Por outro lado, os consumidores de abacate tinham um Índice de Massa Corporal (IMC) mais baixo do que os não consumidores e a circunferência da cintura também menor em 4 centímetros em média, e um colesterol HDL (bom colesterol) em níveis mais elevados. O consumo diário médio foi em torno da metade de um abacate de tamanho médio, um pouco maior nos homens em relação as mulheres. 
COMISSÃO EUROPEIA AUTORIZA MEDICAMENTO PARA ALCOOLISMO (1)
A Comissão Européia confirmou a autorização concedida pela Agencia Européia de Medicamentos (EMA, sigla em inglês) liberando a substância nalmefeno como o primeiro tratamento para redução do consumo de álcool em pacientes com dependência alcoólica. Esse medicamento oferece um novo enfoque terapêutico para tratamento de adultos que têm um consumo de alto risco. 
COMISSÃO EUROPEIA AUTORIZA MEDICAMENTO PARA ALCOOLISMO (2)
Nos testes clínicos realizados em 2.000 pacientes, esse novo fármaco reduziu o consumo de álcool em 60% depois de seis meses de tratamento, e em 40% ao término do primeiro mês. O nalmefeno é um modulador do sistema opioide que atua no circuito de recompensa do cérebro que é mal regulado em pacientes com dependência de álcool, reduzindo o desejo de beber. A dose é de um comprimido quando o paciente sentir que corre o risco de beber. 
 
Drº João Modesto Filho

Relação sexual combate enxaqueca

Segundo pesquisadores alemães, a relação sexual seria um bom meio para combater uma incômoda enxaqueca, situação encontrada com certa frequencia entre as mulheres. Desde algum tempo que essa possibilidade fazia parte das discussões dos sexólogos e especialistas no tratamento da dor. O fundamento é que o orgasmo se faz acompanhar de uma liberação de endorfinas, que é a morfina natural do cérebro, sendo, portanto, um analgésico potente. 

Nada mais seria do que uma espécie de auto-medicação, e que redundaria num efeito, sem dúvida, benéfico sob vários aspectos. Mas, nem tudo são flores: o estudo alemão confirma que a relação sexual seria positiva em apenas duas de cada tres pessoas, e aquela que não obtivesse o efeito “protetor” para controle da afecçao poderia ter agravamento dos seus sintomas. Isso talvez explique, em certos casos, o porquê da recusa para uma relação sexual, algo costumeiramente visto em consultórios especializados. 
Esse, possivelmente, é o caso da cefaléia orgástica, uma dor concomitante ao orgasmo que aparece em certas pessoas e pode durar desde alguns minutos até várias horas. Graças as imagens angiográficas, pesquisadores coreanos demonstraram que ela é devida a um espasmo das arterias cerebrais. Daí a ideia de tratá-la com sucesso utilizando um vasodilatador. 
Tal descoberta deverá ser bem-vinda a uma indiana de 24 anos cuja desordem cefálica foi descrita há poucos meses por seus neurologistas. No caso dessa jovem, cada vez que ela olhava um filme pornográfico apresentava dor de cabeça que surgia em menos de cinco minutos. Em suma, relação sexual pode ser benéfica para enxaqueca, mas nem todas as mulheres serão beneficiadas. É possivel que a experiencia de um casal determine o que seja melhor a fazer (ou não fazer). 
PERDA DE SONO PRECEDE SINTOMAS DE ALZHEIMER (1)
O sono está alterado em pessoas que estão nas primeiras fases da Doença de Alzheimer, mas que ainda não apresentam perda de memória ou outros problemas cognitivos da patologia. Estudos têm mostrado em modelos experimentais uma relação entre perda de sono e placas cerebrais características da doença, o que sugere, preliminarmente, que essa conexão pode ser vista em duas direções: as placas de Alzheimer interrompem o sono e a falta de sono promove a criação de placas de Alzheimer. 
 

PERDA DE SONO PRECEDE SINTOMAS DE ALZHEIMER (2)
Quando se começa a tratar pessoas portadoras de marcadores precoces da doença, as mudanças de sono em resposta à terapia podem servir como indicador se os novos tratamentos estão tendo êxito. Mediante diferentes técnicas pode-se avaliar qualidade de sono e detectar marcadores da doença. Alguns estudos mostram que pessoas que possuem uma menor eficiência de sono têm até cinco vezes mais possibilidades de ter a Doença de Alzheimer préclínica, quando comparadas aquelas que dormem bem. 
CONSUMO DE DROGAS CAUSA ATÉ 250.000 MORTES POR ANO (1)
Entre 99.000 e 253.000 mortes podem ser atribuídas ao consumo de drogas ilícitas, segundo informe apresentado pela ONU em Viena, Austria. O informe destaca que a maioria dessas mortes, que poderiam ser evitadas, foram casos fatais de superdoses de pessoas dependentes de opiáceos. Não obstante, em comparação com as estimações correspondentes a 2009, não houve uma mudança importante na prevalência nem no número de pessoas que usaram drogas ilicitamente em 2010. 
CONSUMO DE DROGAS CAUSA ATÉ 250.000 MORTES POR ANO (2)
Os opiáceos seguem causando o maior dano a nível mundial, a julgar pela demanda de tratamento, consumo de drogas por injeção e infecções por HIV, assim como mortes relacionadas com as drogas. No mapa do uso de drogas, o emprego de substâncias sintéticas e o uso extraterapêutico de medicamentos de venda com receita começa a declinar, entre eles opióides, tranquilizantes e estimulantes. 
CONSUMO DE DROGAS CAUSA ATÉ 250.000 MORTES POR ANO (3)
Em 2010, calculou-se que 153 a 300 milhões de pessoas, ou seja 3.4 a 6.6% de pessoas entre 15 e 64 anos em todo o mundo haviam consumido ilicitamente uma substancia ao menos uma vez no ano anterior. Infelizmente, as novas substancias sintéticas não são submetidas a fiscalização internacional, mas suas consequencias nocivas existem e são pouco investigadas. Como consequencia, surgem novos problemas para a saúde pública. A nivel mundial, a cannabis (maconha) segue sendo a droga que mais se consome; e cada vez mais é mencionada nas solicitações de tratamento desencadeadas por seu consumo e/ou pelos transtornos psiquiátricos que provoca.
João Modesto Filho

ANOREXIA NERVOSA TRATADA COM MARCAPASSO (1)



A estimulação profunda do cerebro (DBS, sigla em ingles) é uma técnica que consiste em implantar no cérebro um dispositivo similar a um marcapasso e que poderia ajudar pessoas com anorexia nervosa severa que não se beneficiaram com as formas tradicionais de tratamento, segundo estudo canadense publicado no “The Lancet”.

ANOREXIA NERVOSA TRATADA COM MARCAPASSO (2)
A DBS é utilizada atualmente para tratamento de varios transtornos neurológicos, entre os quais Doença de Parkinson e dor crônica, havendo investigações avançadas sobre seu uso para tratamento de outros transtornos, como depressão e epilepsia, com resultados encorajadores. Com o emprego da Ressonancia Magnética, areas específicas são identificadas e se procede a implantação dos eletrodos que se concectam a um gerador de impulsos colocado embaixo da pele.

ANOREXIA NERVOSA TRATADA COM MARCAPASSO (3)

Seis pacientes com idades compreendidas entre 24 e 57 anos e portadores da afecção em média 18 anos, foram submetidos a esse tratamento que mostrou-se relativamente seguro, havendo apenas um evento adverso grave relacionado com transtorno metabólico decorrente da própria anorexia. Nove meses depois da implantação do dispositivo, tres dos seis pacientes apresentaram ganho de peso e cinco mostraram melhoras do estado de ânimo ou reduziram o comportamento obsessivo-compulsivo. Em suma, esses resultados iniciais se mostram alentadores e novas investigações serão feitas para determinar a segurança do método.

HIPOGLICEMIA E DANO CEREBRAL (1)

O cérebro é muito resistente aos efeitos de níveis muito baixos de açucar no sangue, de maneira que danos cerebrais induzidos por hipoglicemia e a subsequente morte do paciente são eventos relativamente raros. É geralmente consequencia de uma overdose deliberada de insulina (para suicidio) ou está relacionadacom o consumo excessivo e inadqueado de alcool. Parece ser necessaria uma hipoglicemia prolongada, que cause neuroglicopenia profunda (pouco açucar no cérebro) por muitas e muitas horas, para o desenvolvimento de danos permanentes no cérebro. Pode ocorrer morte súbita durante uma convulsão provocada por hipoglicemia ou como consequencia de um acidente vascular cerebral (AVC), precipitado por hipoglicemia. . 


 
Drº João Modesto Filho

Ingestão excessiva de sal provocou 2.3 milhões de mortes

J.M. FILHO

O abuso do sal contribuiu para que ocorressem 2.3 milhões de mortes por infartos, derrames cerebrais e demais patologias cardiovasculares em todo o mundo no ano de 2010. Isso representou 15% de todas as mortes por essas causas, segundo estudo apresentado há poucos dias nas sessões científicas da Associação Americana de Cardiologia. Os pesquisadores analizaram 247 levantamentos sobre o consumo de sódio em adultos entre 1999 e 2010, estratificados por idade, sexo, região e país. 
Feitas as análises, concluiram que os altos níveis de consumo de sódio (estabelecido o nível ótimo em 1.000 mg diarios) incidiam no risco de doenças cardiovasculares. Quase um milhão dessas mortes, 40% do total, foram prematuras ( em pessoas com 69 anos de idade ou menos), sendo 60% em homens e 40% em mulheres. Os infartos do miocárdio causaram 42% das mortes e os acidentes vasculares cerebrais 41%, com o restante sendo resultado de outras doenças do tipo cardiovascular. 
Em torno de 84% dos falecimentros ocorreram em países de baixa ou médio desenvolvimento e, caso medidas públicas nacionais e mundiais, como programas integrais de redução de sódio, tivessem sido tomadas, milhares de mortes poderiam ter sido evitadas. De uma lista que incluiu 30 países com consumo dos mais relevantes, os que apresentaram as mais altas taxas de mortalidade devido ao excesso de sódio foram Ucrânia (2.109 por milhão de habitantes), Rússia (1.803) e Egito (836). A maior parte do Brasil ocupa uma situação intermediaria/preocupante, com algumas regiões do norte e do centro-oeste mostrando consumo aceitável (vide figuras: homens e mulheres). 
 

CUIDADOS COM CORAÇÃO PROTEGE CONTRA CÂNCER (1)


Os cuidados de prevenção para limitar os riscos de infarto do miocárdio ou outras doenças cardio-vasculares são bem conhecidos: não fumar, praticar exercícios físicos, ter um regime alimentar equilibrado, manter um peso satisfatório e monitorar a pressão arterial. O que se sabe agrora é que essas práticas virtuosas, quando bem respeitadas, reduzem tambem e de modo significativo o risco de câncer. 
 
CUIDADOS COM CORAÇÃO PROTEGE CONTRA CÂNCER (2)

Esse duplo efeito preventivo foi confirmado por um estudo publicado há poucos dias na revista “Circulation”. Pesquisadores de Chicago, Estados Unidos, fizeram o seguimento do estado de saúde de mais de 13.000 adultos durante quase 20 anos. Estudaram o aparecimento de câncer avaliando sete critérios: quatro comportamentais (tabagismo, alimentação, atividade física e controle do peso) e tres indicadores (taxas de colesterol e de glicemia e medidas da pressão arterial).

CUIDADOS COM CORAÇÃO PROTEGE CONTRA CÂNCER (3)
Aqueles que respeitavam as boas práticas , principalmente a ausência de tabagismo, tiveram 51% de menor risco de ter um câncer em relação aos que não respeitavam nenhuma recomendação. O fato de fumar é o mais importante porque favorece o aparecimento de todos os tipos de câncer e não apenas aqueles de origem pulmonar.

HIPOGLICEMIA E CORAÇÃO (1)
A hipoglicemia tem um efeito profundo no sistema cardiovascular, produzindo um aumento acentuado da carga cardíaca, associado a mudanças na pressão sanguínea periférica e central e aumento da elasticidade dos vasos centrais. Tambem provoca mudanças profundas na viscosidade e em diversos constituintes sanguíneos, com liberaçaõ de substâncias nocivas que podem persistir por até 24-48 horas depois do episódio de hipoglicemia. 
 
HIPOGLICEMIA E CORAÇÃO (2)
Essas anormalidades podem ser superpostas à doença cardiovascular pré-existente em individuos com diabetes de longa duração. As causas cardíacas de morte durante um episódio de hipoglicemia incluem a indução de arritmia cardíaca ventricular relacionada a queda de potássio, o que causa anormalidades na condução elétrica do coração. A redução do fluxo sanguíneo coronariano e a redução da perfusão do miocárdio durante um episódio de hipoglicemia, podem provocar isquemia e infarto do miocárdio e exacerbar a insuficiência cardíaca.
 

João Modesto Filho

Calvicie vinculada a problemas cardíacos


Pesquisadores japoneses da Universidade de Tóquio publicaram na revista médica “British Medical Journal” uma análise de seis estudos realizados entre 1993 e 2008 envolvendo quase 40.000 homens, mostrando a relação entre calvície e doença cardíaca. Verificaram que a calvície masculina está vinculada a um maior risco de doença coronariana, isso se estiver localizada na parte superior do couro cabeludo (na chamada “coroa”) e não na parte anterior. 
Em tres desses estudos, a saúde dos homens calvos foi acompanhada durante cerca de 11 anos e os resultados mostraram que aqueles que haviam perdido a maioria dos cabelos eram 32% mais propensos a desenvolver doença das arterias coronarias em relação aos que não perderam cabelos. Nesses mesmos estudos, quando a análise se limitou aos homens abaixo de 55-60 anos, os totalmente calvos ou com calvície ampla apresentaram 44% mais probabilidades de desenvolver doença coronariana. 
Na análise dos outros tres estudos, os calvos mais idosos tinham um risco 70% maior de sofrer doenças cardíacas, e nas faixas etárias mais baixas esse percentual se elevou para 84%. Outra conclusão da pesquisa foi que o risco de doença coronariana depende da gravidade da calvície, mais danosa caso se encontre no topo da cabeça (coroa). 
As principais explicações para esta associação incluem a possibilidade de que a calvície indique resistencia à insulina, ou então apresente aumento da sensibilidade a testosterona. Enfim, apesar da relação entre escassez de cabelos e doença coronariana, o risco é maior em fumantes e obesos. O elo entre calvície e problemas do coração não é tão forte quanto outros fatores como fumo, altos níveis de colesterol, pressão arterial elevada e obesidade/sedentarismo, fatores esses que precisam ser prevenidos ou bem controlados. 
METADE DA EUROPA TEM POLITICAS DE REDUÇÃO DO SAL (1)
Vinte e seis dos 53 países da Europa têm politicas de redução do sal nos alimentos e 33 deles iniciaram algum tipo de sensibilização junto aos consumidores, seja através de um programa governamental ou de uma ONG, segundo informe publicado pela OMS. Nesse sentido, a própria OMS destaca que a redução da ingestão de sal é uma das maneiras mais fáceis de reduzir o risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou doença cardíaca e renal. 
 

METADE DA EUROPA TEM POLITICAS DE REDUÇÃO DO SAL (2)

De concreto, reduzir o consumo para menos de 5 gramas ao dia diminui o risco de sofrer um AVC em 23% e as possibilidade de vir a padecer de uma doença cardiovascular em 17%. Não obstante, esse organismo alerta que a ingestão diária da maioria dos países da Europa é de aproximadamente 8.1 gramas diários, valor muito acima do nível recomendado.

METADE DA EUROPA TEM POLITICAS DE REDUÇÃO DO SAL (3)

Oitenta por cento do consumo de sal na Europa provem de alimentos processados como queijo, pão e pratos preparados. Muitas pessoas consomem muito mais sal do que pensam, com resultados negativos para pressão arterial e a saúde cardiovascular geral. 
 
MARCA PASSO GÁSTRICO REDUZ PESO (1)

Na Espanha, após um ano e meio do implante de marcapasso gástrico, demonstrou-se que esse sistema reduziu em media 45% do excesso de peso após 12 meses de tratamento. Os pacientes que apresentaram maiores benefícios foram aqueles com IMC entre 30 e 36, que perderam respectivamente 87% e 71% do excesso de peso.

MARCA PASSO GÁSTRICO REDUZ PESO (2)

No outro extremo, a pessoa que perdeu menos peso foi um paciente com IMC 42 e que perdeu 27% do excesso de peso. Esse implante apresenta numerosas vantagens pois, além de ser realizado com uma cirurgia minimamente invasiva, não altera a anatomia e nem a fisiologia do estomago. A duração média da cirurgia foi de 53 minutos e o tempo de internação hospitalar menor que 24 horas.

MARCA PASSO GÁSTRICO REDUZ PESO (3)

Esse dispositivo gera leves estímulos elétricos no estomago através de um pequeno eletrodo e que provocam sensação de saciedade quando a pessoa trata de comer ou beber fora dos horários indicados. Os pacientes retomam as atividades habituais depois de 48 hoas do implante e, após seis horas, podem beber, após 12 horas podem ingerir alimentos pastosos e com 24 horas voltam aos alimentos sólidos.
João Modesto Filho

SUBSTÂNCIA QUÍMICA DA CARNE VERMELHA CAUSA DANO CARDIOVASCULAR (



Na Inglaterra, Governo recomenda não consumir mais de setenta gramas de carne vermelha ou processada ao dia. Estudo, publicado na revista especializada “Nature Medicine” demonstrou que a carnitina da carne vermelha é degradada por bacterias intestinais dando lugar a uma cadeia de acontecimentos que provocam altos níveis de colesterol e aumento do risco de doenças cardiovasculares. 
 

SUBSTÂNCIA QUÍMICA DA CARNE VERMELHA CAUSA DANO CARDIOVASCULAR (2)

O conteudo de colesterol e de gordura saturada não é tão elevado na carne magra, mas há algo mais que contribui para aumentar o risco para problemas cardiovasculares. De concreto, estudos em modelos experimentais em seres humanos demonstraram que bacterias do intestino poderiam consumir carnitina, que se degrada e, mais tarde, se converte no fígado em uma substância química cuja sigla é TMAO. 
 
SUBSTÂNCIA QUÍMICA DA CARNE VERMELHA CAUSA DANO CARDIOVASCULAR (3)

No estudo a TMAO esteve muito vinculada ao desenvolvimento de depósitos gordurosos nos vasos sanguíneos, o que pode determinar doenças cardiovasculares e morte. Esses resultados reforçam a ideia de que é melhor comer menor quantidade de carne vermelha e ingerir yogurtes próbioticos para mudar o balanço de bacterias intestinais e diminuir os riscos da carne vermelha para a saúde.

CAMINHADAS REDUZEM RISCO CARDIOVASCULAR SEMELHANTE A CORRIDAS (1)
 
Um estudo da Associação Americana de Cardiologia publicado na revista “Arteriosclerosis, Thombosis and Vascular Biology” mostra que destinar a energia que empregamos correndo em caminhadas em rítmo vigoroso revela reduções similares no risco de hipertensão arterial, colesterol elevado e diabetes. Foram pesquisados 33.060 corredores e 15.045 caminhantes e observou-se que ambos os grupos experimentaram reduções no risco para hipertensão arterial, colesterol elevado, diabetes e doença coronariana.

CAMINHADAS REDUZEM RISCO CARDIOVASCULAR SEMELHANTE A CORRIDAS (2)
 
Diferentemente de estudos anteriores, nesse os pesquisadores avaliaram os participantes pela distancia percorrida caminhando ou correndo, e não pelo tempo dispendido. Quanto mais correram e mais caminharam maiores foram os benefícios para a saúde. Percentualmente, correr reduziu o risco de hipertensão em 4.2% e caminhar em 7.2%. E ainda, correr reduziu o colesterol elevado em 4.3%, diabetes em 21.1% e a doença coronariana em 4.5%. Na caminhada as taxas foram um pouco superiores: 7%, 12.3% e 9.3%, respectivamente.
João Modesto Filho

NIVEIS DE COLESTEROL VARIAM COM ESTAÇÕES DO ANO (1)

JOSÉ MODESTO FILHO

Pesquisa realizada pela Universidade de Campinas e apresentada durante a LXII Sessão Cientifica Anual do Colégio Americano de Cardiologia, realizada a poucas semanas, demosntra que a prevalência de colesterol é regido por um padrão similar aos problemas cardiovasculares e mortes relacionadas com os mesmos, que também aumentam na temporada de inverno. 
 

NIVEIS DE COLESTEROL VARIAM COM ESTAÇÕES DO ANO (2)

Desse modo, foi demonstrado que os níveis de colesterol e de triglicerideos variam significativamente durante o ano, o que pode levar a uma interpretação errônea do risco cardiovascular real. Assim, os pacientes podem ter um risco bem maior do que pensam. Para chegar a essas conclusões os pesquisadores avaliaram prospectivamente o perfil lipídico de 227.359 pessoas. Constataram que a lipoproteina de baixa densidade (LDL - o mal colesterol) aumenta em média sete miligramas durante o inverno em comparação com o verão.

NIVEIS DE COLESTEROL VARIAM COM ESTAÇÕES DO ANO (3)

Isso se traduz por um aumento de oito por cento na prevalência de colesterol durante esses meses. É possivel que essas flutuações sejam mais pronunciadas nos Estados Unidos e Europa e outras regiões que experimentam mudanças climáticas mais intensas, se juntando a esse aspecto a possibilidade da influência dos hábitos de praticar ou não exercícios físicos, e de ter controle dietético satisfatório ou prejudicial.

MORTE DURANTE ATO SEXUAL (1)

DR. J.M. FILHO
Os casos de morte durante o ato sexual ocorrem numa percentagem muito baixa. Estudo espanhol mostra que sobre 5.559 casos de morte repentina por causas não traumáticas, apenas 34 ocorreram durante o coito e foram devidas a problemas cardiológicos. Foi destacado que em 27 dessas 34 relações, quem veio a falecer estava realizando o ato sexual com uma pessoa distinta da habitual.
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MORTE DURANTE ATO SEXUAL (2)
Evidentemente que no desenlace fatal influenciou de forma significativa o nervosismo, a maior excitação, o sentimento de culpa, a necessidade de “sair-se bem”, etc. O medo e a ansiedade que surgem com mais frequencia em relação a vida sexual se referem ao esforço físico que a atividade requer. Mas, para tranquilidade dos pacientes, é preciso dizer que parece demonstrado que os gastos energéticos durante o ato sexual são semelhantes aqueles que são requeridos para subir escadas.
MORTE DURANTE ATO SEXUAL (3)
A frequencia cardíaca do coito é inferior as que são produzidas durante outras atividades normais da vida cotidiana e o esforço físico pode ser qualificado de moderado, o que em princípio não traria nenhuma complicação. O teste de esforço físico que é realizado no doente cardíaco depois que sofreu um infarto é uma boa fórmula para avaliar o estado do coração, pois o desgaste energético que requer é superior ao da prática sexual.

PEPTIDEO “C” E DOENÇA CARDÍACA (1)


Imagem ilustrativa
Peptideo C é uma substância que é obtida quando a pró-insulina é clivada em insulina e pode ser usada para se avaliar a produção endógena de insulina. Estudo canadense investigou a relação entre níveis de peptideo C e morte por todas as causas e com doenças do coração. Foram analisados dados de mortalidade de 5.902 adultos de 40 anos ou mais e representativos da população dos Estados Unidos.
PEPTIDEO “C” E DOENÇA CARDÍACA (2)
Pessoas com altos níveis de peptideo C apresentaram um risco 1.8 a 3.2 vezes maior de morte por todas as causas, assim como de morte específica por doença cardiovascular. O aumenta do risco se elevou com o aumento dos níveis do peptideo, sendo esta associação altamente significativa. Observou-se que os níveis do peptideo foram melhores na predição de mortalidade que outros parâmetros, como hemoglobina glicada e glicemia de jejum. 
PEPTIDEO “C” E DOENÇA CARDÍACA (3)
Embora a razão para o aumento do risco de morte não tenha sido determinada, os pesquisadores sugerem que pode ser devida a relação dos níveis de peptideo C e fatores de risco aterogênicos de problemas vasculares. Esses resultados reforçam a importancia potencial do peptideo C como um prognóstico de resultados adversos para a saúde e indicam que seus níveis elevados podem ser um importante marcador preditivo de maior risco de morte.