segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Como é que o pobre vai pagar?



mcdonalds-de-pobre.jpgO Brasil é o país dos subsídios para os pobres.  Além da tarifa social elétrica, há a carta social; o vale-transporte; a farmácia popular; o restaurante popular; o ensino público gratuito, até a universidade; a assistência médica gratuita e até, em alguns casos, a aposentadoria gratuita.  Até mesmo para os pobres criminosos existe a concessão de um benefício, o "auxílio-reclusão". Ôpa, e não nos esqueçamos, tem também o vale-qualquer-coisa-que-ainda-precise: o bolsa-família.
Escrevo este artigo inspirado em outro, anterior, no qual discorro sobre o sofrível sistema elétrico de que dispomos, este que é feito de açúcar, pois não pode ver chuva sem dar no pé.
Isto, como se não pagássemos uma fortuna para poder ter um pequeno punhado de quilowatts em casa, tanto da parte do preço quanto por impostos, taxas e contribuições.  Afinal, só de ICMS, são 42,85% de tunga (estou falando da alíquota real, pois, pela regra da sua aplicação, o tributo faz parte do preço final, ou, no jargão tributarista, é cobrado "por dentro".) 
Ainda assim, ou mesmo por isto, uma recente manchete do jornal "O Liberal", do Pará, anuncia que mais de quinhentas mil pessoas usufruem da tarifa reduzida, também chamada de "tarifa social", um autêntico subsídio para as pessoas pobres terem um ponto de luz,  uma geladeira, e claro, uma tv, para não perder a novela.
Não há dúvida que tantos subsídios facilitem um pouco a vida dos pobres.  Que seria deles sem tais benefícios?  Como um pobre poderia pagar para que seu filho pudesse frequentar a faculdade?
Assim se apresenta o pensamento hoje hegemônico, não somente entre os pobres, mas reinante em praticamente toda cabeça brasileira.  Como o pobre poderia pagar por todos estes bens e serviços, se não fossem subsidiados pelo estado?
A começar, primeiramente deveríamos perguntar quais destas concessões seriam realmente necessárias, ou de fornecer, ou de simplesmente existirem.  Paga-se auxílio-vítima?  Se não, então por que pagamos auxílio-reclusão?
O tema do ensino público — refiro-me especialmente ao de nível superior — nos requer também especial atenção: em um país onde faltam recursos para as coisas mais básicas, por que o estado deve prover o "surplus" da faculdade a um cidadão?  Não estaria de bom tom dar o ensino fundamental, e vá lá, o médio? Não se lhe asseguraria assim o indispensável para colocá-lo na linha de largada?
Em tempo, por que existem tantas faculdades, e tantos cursos? Serão todos eles indispensáveis para o exercício de uma profissão, ou será mais apropriado dizer que fazem parte de esquemas corporativistas e sindicais?  Em países como o Japão, um técnico, ou mesmo um reles operário que tenha aproveitado a oportunidade de cursar vários cursos livres e objetivos, eles dão banho nos engenheiros brasileiros.  Será que é necessário um curso de doutorado para se saber como apertar um parafuso?
Se todas estas regalias, sem contar aquelas das quais me olvidei — sim, porque há muitas mais —, se todas elas tornam a vida da classe pobre menos angustiante, necessário se faz conhecer que são elas mesmas que mantém estas pessoas perenemente no estado em que se encontram.
Quando profiro tal afirmação, não recorro somente ao argumento de que tornam-nas viciadas e indolentes, embora isto seja plenamente verdadeiro para muitas delas.  Afirmo com conhecimento empírico de causa, eis que ando necessitando encontrar alguém que se disponha a trabalhar como acompanhante de uma senhora da minha família e não encontro.  Segundo relato da nossa secretária do lar, também cooptada a buscar alguém no seio de sua vizinhança, muitas mulheres fortes e jovens recusam-se a se oferecer, alegando que não precisam do emprego, já que são beneficiárias do tal bolsa-voto-de-cabresto.  E mais: ainda tratam a nossa colaboradora com sarcasmo!
Eu disse que a indolência não é tudo, embora seja muito triste, como demonstrei no parágrafo acima.  Além desta consequência, há também o motivo puramente econômico.  Tanta redistribuição de renda traz como resultado o empobrecimento relativo daqueles que pagam a conta, os que trabalham e produzem.  Com o governo a sugar quarenta por cento de tudo o que produzimos, pouco sobra para investir.
As pessoas que indagam como os pobres poderiam se alimentar, se tratar, se locomover, morar, frequentar a faculdade e, ora bolas, também ir ao cineminha, se não fossem tais subsídios, o fazem com base justamente no cenário atual, em que todas estas coisas são providas pela sobrecarga nos ombros alheios.  Se pararem um minuto para imaginar qual o cenário que se descortinaria se tantos impostos não existissem, poderiam vislumbrar os mesmos pobres com bons empregos, pagando digna e orgulhosamente por bens e serviços de qualidade, e não os péssimos oferecidos pelo estado.
Mas há ainda um lado mais tenebroso desta política distributivista: se observarmos as diversas manifestações naturais que têm ocorrido no mundo todo — e que são plenamente sabidas de acontecer, embora não previsíveis quanto ao momento certo (só para darmos um chega-pra-lá nos defensores do "aquecimento global"), poderemos observar como as pessoas que vivem nos países mais capitalistas se dão muito melhor do que aquelas submetidas a regimes mais socialistas.
Terremotos são passíveis de acontecer, principalmente nas beiras das placas tectônicas, mas os cidadãos chilenos já praticamente voltaram à vida normal, enquanto o Haiti chegou a um estado de total colapso.  Um violento terremoto já sacudiu em anos recentes a cidade de Los Angeles, mas a cidade está lá, com seus prédios reluzentes, enquanto em países como Bangladesh, Índia e Paquistão têm o poder de deixar ruínas para sempre (e muitos mais mortos também).
No Brasil, as enchentes são a principal espécie de acidente natural, mas mesmo no Sul, onde a qualidade de vida é reconhecida como sendo melhor do que a das regiões Norte e Nordeste, as mortes e as sequelas duram por muito tempo, e os cidadãos tornam-se quase que totalmente dependentes da magnânima discricionariedade do estado em socorrê-las.  
Certa vez, fiquei surpreso com o depoimento de um comandante da Marinha, que a mim declarou ter de se virar para prover o rancho de sua guarnição com pouco mais de três reais por dia (por cabeça)!  E isto, para oferecer quatro refeições e mais a "jacuba" dos que cumprem serviço de guarda.  Este relato eu o testemunhei há coisa de uns quatro ou cinco anos, de modo que a situação não deve estar muito diferente hoje.
Por acaso o leitor sabe com quanto dispõe um comandante de uma tripulação da marinha norte-americana?  Pois eu digo, segundo o relato do meu amigo comandante: zero dólar! Isto mesmo!  Zero!  Ocorre que o rancho é uma atividade privada, e os próprios marinheiros a pagam!  Certamente, com mais qualidade do que o nosso esforçado capitão.
Nos Estados Unidos, um carro da classe média alta, tal como o Honda Civic, é o automóvel das empregadas domésticas, e elas não recebem subsídios para comprá-lo.  Quem há de me sustentar que não é bem melhor do que se espremer num ônibus ou em um trem barulhento, quente e superlotado?
A poupança do povo é aplicada diretamente, mas o estado sempre cobra o seu pedágio por seus serviços, de modo que o que chega ao destinatário não passa de uma simbólica fração.  Portanto, caro leitor, a quem aparecer a você com tal argumento, mostre a esta pessoa o quanto as coisas poderiam ser diferentes se a poupança ficasse com o povo, e não com o estado.  Diga ao seu interlocutor que o pobre pagaria com o emprego e a poupança que o governo lhe rouba.
Klauber Cristofen Pires 
Bacharel em Ciências Náuticas no Centro de Instrução Almirante Braz de Aguiar, em Belém, PA. Técnico da Receita Federal com cursos na área de planejamento, gestão pública e de licitações e contratos administrativos. Dedicado ao estudo autodidata da doutrina do liberalismo, especialmente o liberalismo austríaco.

A posição libertária em relação à pena de morte



Artigo publicado originalmente em junho de 1978

electricchair.jpgNos últimos anos, poucos assuntos geraram tanta comoção entre o público geral do que a questão da pena de morte.  Por todo o país, e principalmente nas áreas urbanas, uma crescente onda de crimes violentos, assaltos e homicídios geraram uma efervescente pressão popular pela restauração da pena de morte para os homicídios.
Mesmo que unicamente por essa razão, o movimento libertário deve abordar diretamente a questão da pena capital, pois somente se abordarmos honesta e diretamente os assuntos do dia é que poderemos tornar o libertarianismo relevante para o público.  Não há dúvidas de que a esmagadora maioria do público, independente de credo ou ocupação, apóia veementemente o retorno da pena de morte, pondo um fim à abolição que havia sido implementada por intelectuais de esquerda e seus simpatizantes judiciais.
Mesmo a altiva Suprema Corte dos Estados Unidos já oscilou.  Em 1972 ela baniu toda e qualquer pena capital com base na nova e curiosa doutrina constitucional de que isso violava a proibição imposta pela Oitava Emenda de "punição cruel e atípica".  Em 1976 e 1977, entretanto, ela recuou a ponto de autorizar a pena de morte para homicídios apenas (e não para estupro ou sequestro), mas somente onde sua imposição não havia sido tornada compulsória pela legislatura local.  Atualmente, trinta e três estados possuem estatutos para a pena de morte, os quais continuam sendo testados nos tribunais.
O Partido Libertário, de cujo comitê faço parte, vem tentando se esquivar da questão da pena de morte até que um consenso mais amplo sobre a teoria da punição seja obtido dentro do movimento libertário.  As opiniões dentro do movimento variam ampla e abertamente, indo desde a visão ultrapacifista de que todo o tipo de punição deve ser abandonado, até a posição do "juiz carrasco", que diz que qualquer violação da propriedade privada de alguém, por menor que seja, demonstra que o criminoso não possui qualquer respeito pelos direitos de propriedade e que, portanto, esse pequeno agressor deve ser executado.  Independente das opiniões, o fato é que não podemos nos dar ao luxo de continuar adiando um posicionamento acerca da questão da pena de morte.  Esta tornou-se uma questão premente na vida política, deixando de ser apenas mais um fascinante problema da eminente teoria libertária.  Precisamos antes resolver esse problema dentro de nossos quadros para, só então, promovermos nossa visão no debate público.
Em minha opinião, não se trata de uma mera casualidade o fato de haver muito pouco apoio entre o público para a pena de morte que não seja para o crime de homicídio — ainda que na Inglaterra do século XVIII, por exemplo, a pena de morte tenha sido empregada com prestimosa naturalidade para vários tipos crimes.  Creio que os instintos do público estejam corretos quanto a esse quesito: ou seja, que a punição deve ser de acordo com o crime; que a punição deve ser proporcional ao crime praticado.  A justificativa teórica para tal é que um agressor perde seus direitos à medida que ele viola os direitos de outro ser humano.  Se A rouba $10.000 de B, então ele não apenas deveria ser obrigado a devolver esses $10.000 (sendo essa a posição "restitucionista", com a qual a maioria dos libertários concordaria), como também deveria perder o direito de ter $10.000 para si próprio; ou seja, ele deveria ser forçado a pagar à vítima $10.000 por sua agressão.
Porém, se A perde seu direito de ter $10.000, deveria B, a vítima, também ter o direito de executar A pelo seu crime?  É claro que não, pois desta forma a punição seria grosseiramente desproporcional.  O criminoso perderia, desta forma, uma importante parte de seus próprios direitos, e B — a vítima anterior — e seus cúmplices estariam agora cometendo seu próprio ato de agressão contra A.
É relativamente fácil determinar punições monetárias no caso de roubo.  Mas e quanto a crimes como homicídio?  Neste caso, em minha opinião, o assassino perde precisamente o direito do qual ele privou outro ser humano: o direito de ter sua vida preservada e protegida da violência de outra pessoa.  O assassino, portanto, merece ser morto em troca.  Ou, colocando de forma mais exata, a vítima — neste caso seu representante, na forma de herdeiro ou testamenteiro — deveria ter o direito de executar o assassino em troca.  Os libertários não podem mais se dar ao luxo de adiar uma abordagem quanto à pena de morte.  A questão tornou-se um problema urgente demais.
A tese esquerdista de que a pena de morte é brutal porque é condescendente com o assassinato é falaciosa porque tira do contexto o isolado ato de matar o assassino: o contexto do assassinato anterior que o agressor cometeu.  Já estamos familiarizados com o fato de que os esquerdistas, ao derramarem lágrimas pelo assassino condenado, deliberadamente ignoram a violência muito mais trágica que este assassino cometeu contra sua vítima.
Outra reclamação comum dos esquerdistas é a de que a pena de morte não desestimula novos homicídios de serem cometidos.  Todas as estatísticas são seguidamente torturadas na tentativa de "provar" ou refutar essa alegação.  Embora seja impossível provar seu grau de dissuasão, parece ser incontestável o fato de que alguns homicídios seriam desencorajados pela pena de morte.  Algumas vezes o argumento esquerdista aproxima-se perigosamente da alegação de que nenhuma punição pode impedir crime algum — uma visão manifestamente absurda que poderia ser facilmente testada: remova todas as punições legais para o não pagamento do imposto de renda e observe se haveria alguma redução nos impostos pagos (quer apostar?).  Ademais, o próprio assassino certamente será "dissuadido" de repetir seu crime — e de modo bem permanente.
Porém, em todo caso, observe que não formulei meu argumento em termos utilitaristas, como a dissuasão de futuros crimes; meu argumento foi baseado em direitos básicos e na exigência de justiça.  O libertário posiciona-se a favor dos direitos individuais não simplesmente tendo por base suas consequências sociais, mas mais enfaticamente tendo por base a justiça que é devida a cada indivíduo.  Alguns estados americanos autorizam a pena de morte apenas para assassinos de policiais ou guardas penitenciários, e não para quaisquer outros casos de homicídios.  Ao libertário resta apenas considerar tais estatutos uma obscenidade.  Impor a pena de morte exclusivamente para assassinos de funcionários do governo, e não também para os assassinos de cidadãos comuns, é algo que pode ser considerado no mínimo uma grotesca caricatura de justiça.  Afinal, isso significa que o propósito do governo é o de proteger integralmente apenas os direitos de seus próprios membros e os de mais ninguém?
Até aqui estive ao lado dos proponentes da pena de morte, aliando-me aos instintos do público em geral e contra os sofismas da elite intelectual esquerdista.  Porém, há uma importante diferença.  Enfatizei durante todo esse tempo o direito da vítima, e não o da "sociedade" ou do estado.  Em todos os casos, deveria ser a vítima — e não a "sociedade" ou "seu" promotor público — quem deveria fazer as acusações e decidir se irá ou não exigir alguma punição.  A "sociedade" não tem direito algum e, portanto, não tem o que palpitar no caso em questão.  O estado hoje monopoliza a oferta dos serviços de defesa, de justiça e de punição.  Enquanto ele continuar fazendo isso, ele deveria agir como nada mais nada menos que um agente voltado para a guarda e cumprimento dos direitos da cada indivíduo — nesse caso, os da vítima.
Se, portanto, um crime for cometido, deveria ser função da vítima prestar queixas ou decidir se a restituição ou punição devida a ela deve ser impingida pelo estado.  A vítima deveria ter a possibilidade de dizer ao estado para não prestar queixas ou para não punir a vítima na totalidade em que tem direito.  Assim, suponha que A pratique uma agressão contra B; porém, se B for um pacifista ou não acreditar em punições por algum motivo qualquer, então o estado não deveria poder, como pode hoje, continuar processando A em nome da "sociedade", mesmo com a vítima insistindo para que isso não ocorra.  Ou, de modo similar, o criminoso deveria poder negociar com a vítima um preço para não ser processado ou punido.  Pois, neste caso, a vítima concordou voluntariamente em permitir que o criminoso pague a ela uma restituição monetária em lugar de outras sanções contra ele.
Em suma, dentro dos limites de seu direito proporcional à punição, a vítima deveria ser a única a decidir o quanto de seu direito ela quer exercer — e se ela quer exercê-lo. 
capasmall.jpgPorém, e isso já foi dito, como podemos deixar a decisão para a vítima no caso de assassinato, precisamente o único crime que remove a vítima totalmente do cenário?  Podemos realmente confiar que seu herdeiro ou testamenteiro irá cumprir total e sinceramente os interesses da vítima, especialmente se permitirmos ao criminoso pagar pela anulação da punição, ao lidar diretamente com o herdeiro? 
Este, entretanto, não é um problema insuperável.  A resposta para esse impasse é lidar com o problema da mesma maneira que os desejos de uma pessoa falecida são cumpridos: por meio de um testamento.  O falecido pode instruir herdeiros, tribunais e terceiros em como ele gostaria que um eventual assassino seu fosse tratado.  Nesse caso, pacifistas, intelectuais esquerdistas e afins poderiam deixar cláusulas em seus testamentos instruindo as autoridades a não matar, ou até mesmo a não processar um criminoso na eventualidade de seu assassinato; e as autoridades seriam obrigadas a obedecer.
Como uma questão prática, aqui e agora, e até que tais desejos se tornem uma prática comum, os libertários podem entrar na arena política com a seguinte e bem definida posição, uma posição que não apenas endossa os ardorosos instintos do público em geral, mas que também os instrui ainda mais nos princípios libertários, a saber: defendemos a pena de morte para todos os casos de homicídio, exceto para aqueles casos em que a vítima deixou um testamento instruindo seus herdeiros a não impor a pena capital em qualquer possível assassino seu.  Desta forma, aqueles que possuem uma consciência pacifista, progressista ou complacente podem descansar em paz sabendo que nunca tomaram parte da pena de morte.  Enquanto isso, o resto de nós pode usufruir a pena capital que gostaríamos de aplicar, livres da interferência de esquerdistas inoportunos e intrometidos.
Murray N. Rothbard (1926-1995) foi um decano da Escola Austríaca e o fundador do moderno libertarianismo. Também foi o vice-presidente acadêmico do Ludwig von Mises Institute e do Center for Libertarian Studies. 

Conhecido no caso dos dólares na cueca, José Guimarães será líder do PT


Fabiano Portilho
 
Irmão de Genoino, Guimarães ficará com liderança do PT
SÃO PAULO E BRASÍLIA — O prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad, cedeu nesta quarta-feira às pressões do PT e entregou para o partido duas pastas de orçamento robusto. Anunciou que o ex-tesoureiro da campanha eleitoral de Dilma Rousseff, o deputado federal José de Filippi, assumirá a Saúde e o atual líder do PT na Câmara dos Deputados, Jilmar Tatto (SP), ficará à frente dos Transportes.
As indicações foram costuradas na terça-feira, em encontro de Haddad com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com a indicação de Tatto, poderá ser antecipada a posse de José Guimarães (PT-CE) como novo líder do partido na Câmara. Ele é irmão de José Genoino, ex-presidente do PT, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a seis anos de 11 meses de reclusão, no julgamento do mensalão. No auge do escândalo, em 2005, um assessor de Guimarães foi preso num aeroporto em São Paulo com dólares na cueca.
Guimarães já seria líder pelo rodízio
Guimarães disse nesta quarta-feira que está pronto para assumir o cargo em fevereiro, mês previsto para a troca na liderança, mas que, se preciso, assumirá antes. Atual vice-líder do PT na Câmara, Guimarães (CE) afirmou que assume a liderança dentro do esquema de rodízio estabelecido há anos pelo PT. Perguntado se a situação do irmão poderia reverter sua indicação, ele disse que não:
— O certo é eu assumir em 1º de fevereiro. Mas estou pronto para qualquer momento. E isso (a condenação de Genoino) não tem nada a ver. No dia da decisão do Supremo, Guimarães defendeu o irmão, afirmando que toda a família, em especial a mãe de 88 anos, estava indignada com a decisão do STF.
A bancada deverá ainda decidir se antecipa a posse de Guimarães ou se outro deputado ocupará a vaga de líder interinamente. O mandato de líder da bancada é de um ano — de fevereiro de um ano a fevereiro do outro. Para assumir a vaga de secretário de Transportes de São Paulo, Tatto deverá se licenciar do cargo de deputado, assim como José de Filippi. De acordo com a ordem de suplência, devem assumir no lugar dos dois os deputados Iara Bernardi (terceira suplente) e Hélcio Antonio da Silva (quarto suplente). O primeiro suplente, Vanderlei Siraque, já está exercendo o mandato e o segundo, o próprio Genoino, deverá assumir, com a renúncia do deputado Carlinhos Almeida (PT-SP), eleito prefeito de São José dos Campos (SP). O PT vinha cobrando de Haddad, desde o início deste mês, postos-chave na administração municipal. No início, Haddad se mostrou propenso a não seguir indicações políticas. Para Finanças e Planejamento, por exemplo, preferiu fazer indicações mais técnicas. Em Transportes, também estudava um técnico para a área, mas foi aconselhado por dirigentes do PT a entregar a secretaria para Tatto.
Tatto foi secretário de Transportes na gestão de Marta Suplicy (2001-2004) e abriu mão da pré-candidatura de prefeito, na disputa deste ano, em favor de Haddad. A pasta de Transportes era reivindicada pelo PP, de Paulo Maluf, que agora, segundo líderes petistas, deve aumentar a pressão pela pasta da Habitação. Na semana passada, após encontro com o secretário-geral do PP, Jesse Ribeiro, o presidente municipal do PT, Antonio Donato, garantiu que a sigla terá um cargo de primeiro escalão na prefeitura. Nesta semana, Haddad se reuniu com o ministro Aguinaldo Ribeiro (Cidades), do PP, para discutir o espaço da sigla na prefeitura de São Paulo. — As escolhas são minhas. Eu aceito sugestões, mas a decisão final é minha — disse nesta quarta-feira Haddad.
Fonte: O Globo

Os inimigos do progresso



Dária Leon
 
Os inimigos do progresso e da verdade trabalham na sombra; preparam uma cruzada contra as nossas manifestações; não devemos nos preocupar com isso. Somos sustentados poderosamente; deixai que se agitem na sua impotência.
A miséria e a ignorância são obstáculos ao desenvolvimento. Hoje, nenhuma pobreza é casual ou inevitável, porque existem os meios que permitem garantir a total erradicação da indigência. A que existe é fruto de uma decisão maioritária de vontades individuais. Alguns julgam que será consequência da ação dos mercados que, ao selecionar e premiar os melhores, filtra e castiga os que têm menos capacidades de contribuir para o sucesso tal como o entendem alguns; outros, preferem apontar como causa da pobreza a existência de gente rica, logo, a solução passaria, para estes, por eliminar as camadas sociais mais abastadas. Entre tanta discussão não fazem nada, e quase unanimemente condenam quem o faz.
Entretanto, por todos os meios de que dispomos, dedicamo-nos a combater, a aniquilar a idéia da eternidade das injustiças sociais, pensamento blasfemo contra a justiça e a bondade de Deus, a fonte mais fecunda da incredulidade, do materialismo e da indiferença que invadiram os meios sociais e políticos, desde que nossa inteligência começou a se desenvolver.
Prestes a se esclarecer, não obstante embrutecida, bem depressa a massa de cabeças pensantes compreendeu a monstruosa manobra da corrupção; sua razão a repele e, então, raramente deixa de confundir, no mesmo ostracismo, a indiferença que revolta e o "Deus" ao qual é atribuída. Daí os males sem-número que se abateram sobre a sociedade, e para os quais viemos trazer o remédio.
A tarefa que assinalamos será tanto mais fácil quanto as autoridades sobre as quais se apóiam os defensores desta prática MALDITA, todas, se esquivando a um pronunciamento formal. Nem os Concílios, nem os Pais da Igreja resolveram essa grave questão.
A ignorância é um mal. A liberdade supõe o privilégio até de errar, mas sempre dentro de um quadro com todas as opções. Quem não sabe, não pode escolher bem. Só há liberdade com conhecimento. Mas há muitos que julgam que só serão livres enquanto não o formos todos...
Se em vez de nos sentarmos a divagar, nos levantássemos e, sem justificações ou teorias, dessemos pão a quem tem fome e saber a quem não sabe, o verdadeiro progresso aconteceria de forma lógica. Não se trata de dar tudo a todos mas, tão só, de garantir que a ninguém falte o mínimo.
Pobres ovelhas desgarradas, sabei ver o Bom Pastor que, longe de vos querer banir para sempre de sua presença, vem, ele mesmo, ao vosso encontro para vos reconduzir ao aprisco.
Hoje, muitos são os que tendo pão e ciência decidem viver longe da sua essência humana, justa e humilde. Gente miserável e ignorante. São eles a asneira que impede o progresso e estão presentes em toda parte.
Há ainda quem duvide que estamos passando por momentos turbulentos onde estamos próximo do apogeu do total desequilíbrio em todos o sentidos.
  • desequilíbrio moral
  • desequilibrio educacional
  • desequilibrio comportamental
  • desequilibrio interpessoal
Quem é esse inimigo tão perspicaz ????...... onde ele se esconde ?????..... como ele atua contra nós ????.... pare, pense e tente responder essas perguntas. Isso não o deixará imune mas lhe dará condições de defesa e proteção contra ações de contaminação, e tenha certeza.... são muitas as ações.
Há quem diga que se isolar de tudo e de todos seja o melhor solução, mas nem sempre a melhor solução é o que trará melhor resultado, pois ele ainda está lá vivo e crescendo a cada dia que passa. Como disse antes ele está em todos os lugares... nas televisões, nos cinemas, nas rádios, nos jornais, nos cultos religiosos, nas escolas, nos trabalhos, nas ruas, no céu, na terra , na água e no ar... onde se imaginar ele estará lá .
É com nosso auto controle e a certeza do bem conviver com nós mesmos e com o próximo, que venceremos essas tormentas. Sempre aliada aos bons ensinamentos que devemos passar principalmente as crianças, mostrando qual o resultado no futuro em seguir os péssimos exemplos de comportamento que surgem a nossa frente. Conduzindo-as pelo caminho do respeito, prosperidade, justiça e amor.
Caros leitores, não há como estimar quantos humanos existem mundo a fora que estão lutando pela prosperidade .... mas embora eles atuem na maioria de modo isolados, na humildade, no silêncio e desarmados.... tenham certeza de uma coisa.... eles estão todos mentalmente unidos neste bem comum.
Dedico esta mensagem a todos que passarem por aqui. Aos que já estão certos e determinados a seguir esta luz da prosperidade, que nunca percam a esperança... e aos que ainda não sabem que caminho seguir, que tomem uma posição , pois ficar em cima do muro não irá poupá-los da colheita, seja de qual lado for o da vitória.
Mas uma coisa é certa, os que escolheram a luz como guia, não temem os fracassos, estarão sempre prontos para a batalha, seja lá quantas reencarnações sejam necessárias.

"A vida começa onde termina a zona de conforto"


O ser humano tem a necessidade de crescer psicologicamente e realizar o seu potencial. Para que haja esse crescimento, é necessária a expansão contínua das nossas fronteiras psicológicas. Essa expansão acontece quando atuamos com sucesso fora da nossa zona de conforto e descobrimos a sabedoria e o prazer de aceitar desafios que estão fora dessa zona.


Textos: Ailton Amélio e Sandra Betti. Adaptação: Dária Leon
 
A origem da palavra conforto vem do latim, cumfortare, e significa aliviar a dor ou a fadiga. Está associado a “um estado prazeroso de harmonia fisiológica, física e psicológica entre o ser humano e o ambiente”. É a nossa tendência de evitar os medos, a ansiedade ou algum tipo de desgaste. Tendemos a ficar num território onde podemos predizer e controlar os acontecimentos. Que pode garantir um desempenho constante, porém limitado e com uma pseudo sensação de segurança.
As causas mais frequentes que nos fazem ficar na zona de conforto são:
Preguiça: Quando o indivíduo sente cansaço, falta de energia, apatia, desinteresse, depressão, ansiedade, culpa, desmotivação ou tudo ao mesmo tempo...
Soberba: Quando ele não sente necessidade de aprender nada ou de aprimorar-se, por achar-se pronto, “brilhante” e perfeito (“síndrome do copo cheio”).
Medo: Quando tem receio de enfrentar os próprios medos: medo do desconhecido, dos riscos, das incertezas, do que pode acontecer, de perder controle ou do que os outros possam pensar.
Miopia: Quando não se têm claros os impactos e as consequências de algumas atitudes e comportamentos em nossas vidas, no médio e longo prazos.
Timidez: As pessoas tímidas ficam tensas e inibidas (se comportam mais pobremente do que são capazes) em situações sociais: olham menos nos olhos, iniciam menos assuntos, revelam menos seus interesses amorosos.
Inassertividade: Os inassertivos não se portar da forma como sentem em pensam em situações sócias. Por exemplo, quando alguém faz algo que infringe seus direitos elas podem não se manifestar e reafirmar seus direitos.
Baixa autoestima: Aqueles que têm baixa autoestima subestimam seus méritos e ampliam seus deméritos.

Quais são as limitações que exigem atuações fora da zona de conforto?

Um dos motivos do poder apelativo dessa instigação para atuar além da zona de conforto é que ela aponta um caminho para nos livramos das insatisfações que nos afligem. Algumas dessas insatisfações são as seguintes:
Insatisfações econômicas e profissionais: No campo profissional e econômico, gostaríamos de ampliar nossos horizontes. Mantemo-nos em um emprego medíocre onde somos subaproveitados, temos medo de empreender e fracassar, não temos dinheiro, tempo ou a coragem que dariam condições para viver como queremos (por exemplo, gostaríamos de proporcionar um bom nível de vida para nossos filhos). A superação dessas dificuldades esbarra em apreensões porque exigem ações fora da nossa zona de conforto: iniciar um novo negócio, mudar de emprego, solicitar ajuda, etc.
Barreiras psicológicas: Somos prisioneiros de diversos tipos de barreiras psicológicas: somos tímidos, inassertivos, temos baixa autoestima e, por isso, não agimos como gostaríamos por mais que saibamos que aquilo que nos amedronta é fictício e irrazoável.
Relacionamento amoroso: No campo amoroso, vivemos em relacionamentos insatisfatórios que perduram como são porque temos medo de tomar medidas para alterá-los ou para abandoná-los.
Campo psicológico: Temos medo de rever e mudar a nossa autoimagem e a imagem das pessoas que nos cercam. Temos pouca flexibilidade para rever nossas metas e redefinir as nossas prioridades. Agimos como se preferíssemos ter um objetivo qualquer na vida, por mais irreal e restrito que seja, do que nos darmos ao trabalho corrigir as nossas aspirações.

A zona de conforto também funciona como uma espécie de “alarme do eu” que ajuda a preservar a sua integridade. Quando fazemos algo que dominamos, que conhecemos bem e que sabemos que seremos bem sucedidos, podemos agir no “automático”.

Quando é sábio agir dentro da zona de conforto

A zona de conforto é aquela zona psicológica onde agimos da maneira que já foi testada anteriormente e que, por isso, tais ações nos fornecem uma boa chance de sucesso e mantêm a estabilidade e o status quo da nossa vida. Por exemplo, nos portamos daquela maneira que sabemos que tem uma boa chance de agradar o parceiro amoroso, de manter o nosso emprego, de não desperdiçar nossas economias e de mantermos o nosso bem estar físico e psicológico.
A natureza criou alarmes que indicam quando estamos em risco. No caso da segurança física temos alarmes do tipo falta de ar, dor, calor, frio, enjoo. No caso psicológico existem mecanismos como ansiedade, apreensão, insegurança, culpa. Alguns desses mecanismos emitem alerta para perigos que ameaçam tanto a nossa segurança física como a nossa segurança psicológica. Este é o caso, por exemplo, do medo que dispara tanto para ameaças físicas quanto psicológicas.
Segundo Darwin, o mais apto para a sobrevivência não é o mais inteligente ou o mais forte, mas sim, o mais adaptável. Ser adaptável é extremamente importante porque vivemos em um mundo constantemente mutável e nós também mudamos. "Adaptável" significa agir da forma mais apropriada para as circunstâncias. Essa forma de agir pode exigir mudanças contínuas da nossa parte, o que pode gerar inseguranças porque essas novas formas são menos conhecidas porque foram menos exercitadas do que aquelas que já adotamos várias vezes anteriormente. A natureza criou grandes prêmios imediatos e distantes no tempo para aqueles que se adaptam melhor. Exemplos de prêmios imediatos: alegria, energia, sensação de estar fluindo. Exemplos de prêmios distantes: maior sucesso reprodutivo.

E quais as consequências de ficarmos neste estado letárgico, reativo e confortável? Várias...

Desperdício do próprio talento:que é um processo de auto-sabotagem... Apesar da pessoa ter muito potencial, não consegue otimizá-lo nem transformá-lo em performance (como uma mina de diamantes lacrada, inexplorada e improdutiva).
Impactos negativos na carreira, na imagem e na empregabilidade: ao invés da pessoa ter uma carreira ascendente e bem sucedida, fica estagnada ou até involui profissionalmente.
Pode acarretar prejuízos à saúde(sedentarismo, obesidade ou dependência química), ao intelecto (perda de memória, de raciocínio e de agilidade mental), à psique (imaturidade, dependência, insegurança e áreas cegas) e à dimensão espiritual (falta de altruísmo, de senso de propósito e da capacidade de ajudar as outras pessoas).
Pode fazer com que invistamos pouco no nosso autodesenvolvimento, que está ligado a aprender, a mudar nossos comportamentos, a evoluir e a buscar nosso sucesso.

Para finalizar, algumas dicas para não ficarmos na nossa zona de conforto e sermos pessoas realizadas, equilibradas e bem-sucedidas :

· Sonhem grande!
· Sejam muito competentes e comprometidos em tudo que fizerem;
· Sejam muito curiosos, nunca parem de estudar e aproveitem ao máximo os cursos que fizerem;
· Leiam MUITO;
· Façam intercâmbio no exterior (trabalho ou estudo);
· Façam parte de alguma entidade na sua área/ faculdade/ sociedade;
· Fiquem completamente fluentes em inglês e espanhol;
· Preocupem-se com a imagem que projetam para os chefes, clientes, fornecedores, colegas, professores, etc;
· Pratiquem esportes coletivos/ aventura;
· Façam trabalhos voluntários;
· Administrem seu tempo e sua energia com sabedoria (prazer + dever);
· Tenham lazer muito saudável e gratificante.

O manicômio tributário

O manicômio tributário


Dária Leon - Por Alexandre Versignassi e Felipe van Deursen
 
Foto: Pica Pau
Em 1821, dom Pedro, recém-nomeado príncipe regente, viu-se em uma enrascada. O Brasil estava quebrado. Para tentar reverter o quadro, uma de suas primeiras medidas foi abolir o imposto do sal e da navegação de cabotagem, que encareciam a produção de charque, um dos principais itens da economia de então. É, o excesso de impostos já era um entrave. Brasileiro, você sabe, paga muito imposto. Somos só o 75º país em PIB por habitante. Mas temos a 14ª carga tributária mais alta: 36,2% em relação ao PIB.
Mas o buraco é mais embaixo. Se fosse uma pessoa, nossa carga tributária seria aquele namorado problemático, cheio de picuinhas e histórias mal contadas. Imposto é uma coisa tão complicada no Brasil que as empresas gastam 108 dias por ano só para preparar, registrar e pagar tributos. Estamos em 130º no ranking de burocracia do Banco Mundial (que é de trás para a frente: quanto mais embaixo na lista, mais burocrático é o país). Se sua Praga fosse aqui, Franz Kafka teria muita inspiração para escrever a respeito (a República Tcheca manda um salve do 65º lugar, aliás). A média nos países desenvolvidos é de uma semana para tratar da papelada. “Já ouvi donos de multinacionais dizerem que as equipes da área de tributação são dez vezes maiores aqui que no exterior”, diz Fernando Pimentel, diretor da Associação Brasileira da Indústria Têxtil. “É um manicômio tributário”.
As empresas gastam um terço do ano para lidar com impostos. São 88 tributos federais, estaduais e municipais, que vão da contribuição para a aposentadoria à taxa de lixo. Além disso, as regras mudam constantemente: 46 normas tributárias sâo editadas por dia. A cada 26 minutos, a Receita Federal cria uma nova regra.
Olhe seu sapato. Se for Made in China, ele custava cerca de US$ 5 quando desembarcou no Porto de Santos. A partir daí, o preço sobe. Primeiro, é o Imposto de Importação, um tributo federal que, no sapato, é de 35%. Depois, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é recolhido pelos Estados (e, em cada um deles, há uma tarifa diferente). Os famosos PIS e Cofins também aparecem nessa operação. O Programa de Integração Social (PIS) foi criado para alimentar um fundo de pagamento de seguro-desemprego. Já a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) serve para investimentos em saúde, previdência e assistência social. No caso do sapato, eles somam 9,1%. Também há uma taxa de Cofins exclusiva para importados e, no exemplo chinês, uma sobretaxa de US$ 13,85 por par desembarcado no Brasil. É uma medida antidumping do governo. Ou seja, ela serve para evitar que o preço baixíssimo do calçado chinês prejudique a indústria calçadista brasileira – e também dá uma folga para que essa indústria não seja obrigada a baixar suas margens de lucro por causa da concorrência.
Ok. Agora, se o seu sapato foi fabricado aqui, a história muda. São 12% de ICMS e mais 9,25% de PIS e Cofins. Mais outros 34% de Imposto de Renda e de Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), um imposto que também foi criado para ser revertido em saúde, previdência e assistência social. Depois são 0,04% de IOF, o Imposto Sobre Operações Financeiras. E ainda tem os gastos com os funcionários: Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que é aquela poupança que o governo faz em seu nome, caso você seja demitido sem justa causa. E a taxa do INSS, o Instituto Nacional da Seguridade Social, que um dia pagará sua minguada aposentadoria. Somados, dão 6,5%. Assim, o calçado sai da linha de produção a R$ 59, segundo a gerente de custos de uma fábrica de grande porte que preferiu não ser citada. Cansou? Pois isso é só na indústria. Sobre o varejo, incidem ICMS, PIS e Cofins, além de um outro, o ISS, sobre serviços, cobrado em cada município (varia entre 2% e 5%).
Calma que piora. Se você simplesmente somar os percentuais de impostos, a conta não fecha. É que há tributos que incidem uns sobre os outros. E vão depender se a empresa paga imposto sobre o lucro presumido ou real, por exemplo. E aí os preços ficam como ficam. No ovo de Páscoa, 38,5% do valor cobrado são impostos. E, no bacalhau importado, gordurosos 43,7%. Por isso que cada vez mais gente vai às compras no exterior: um Samsung Galaxy SIII, em Miami, sai por R$ 650. Em São Paulo, o celular não sai por menos de R$ 2.048. Pelo menos em parte, dá para culpar os impostos: lá são só 7%, enquanto aqui são quase 40%.
Para desatar o nó, economistas, políticos e empresários clamam pela reforma tributária. A maioria dos especialistas ouvidos pela SUPER defende que o imposto migre do consumo para o patrimônio, ou seja, que pese sobre o lucro e sobre a renda e não sobre trabalho, produção e consumo. Isso faz muita diferença. “Hoje, a maior parte do que pagamos de imposto é sobre o faturamento [tudo o que entra em caixa], não sobre o lucro”, diz o presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), João Eloi Olenike. Ou seja: os comerciantes têm de pagar impostos gordos mesmo quando têm prejuízo. Isso estimula bastante a livre-iniciativa – só que ao contrário.
Enquanto a reforma não sai, alguns setores da economia fazem acordos pontuais. No ano passado, por exemplo, a indústria automobilística foi beneficiada pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Resultado: a venda de veículos subiu 4,6% em relação a 2011 – e o IPI virou garoto-propaganda dos comerciais de carro.
Mas não. Os impostos não explicam tudo sozinhos. Nem o custo Brasil. Outro fator também entra na conta: o “lucro Brasil”.

O Banco Central é a esteira rolante do saque colonial do Brasil



Dária Leon - Por Fernando Brito - Artigo do Blog Tijolaço
 
Imperdível e escandaloso o conjunto de dados sobre a dívida brasileira que Luís Carlos Azenha expõe, a partir do trabalho da ex-auditora da Receita Federal Maria Lúcia Fatorelli, da Auditoria Cidadã da Dívida Pública.
A “governabilidade” e o “dever de casa” que exigem ao nosso país leva mais da metade do que se reúne, em um ano, em impostos e receitas diversas do Governo Federal.
Essa é a conta de juros, rolagem, encargos e amortizações de nossa dívida. Não é que tenha ficado maior neste governo ou no que o antecedeu.
É monstruosa há décadas e ficou ainda maior com o governo Fernando Henrique Cardoso, que expandiu a dívida pública brasileira como nunca antes na história deste país.
Não cabe descer aos dados aqui, a matéria de Azenha com Fatorelli faz isso muito bem explicado.
Vale, sim, dizer que, depois de lê-la, você vai entender melhor porque gritam tanto por um Banco Central “técnico e independente”.
Ali é a doca onde se embarca para os bolsos privados a riqueza produzida pelo trabalho do povo brasileiro e pelas riquezas de nossa natureza.
Portanto, o que querem ali são zelosos capatazes a gerir esta sangria. Na matéria, é mostrado o que aconteceu no Equador, quando este decidiu sanear a dívida acumulada, lá como aqui, em períodos de ditaduras políticas e financeira, como tiveram lá e tivemos aqui.
O resultado foi que o gasto social, que representava apenas 40% do gasto com o serviço da dívida pública do país triplicou. Esse é o gasto público saudável, que gera serviços à população, obras, investimentos, aquecimento do emprego, da renda e do consumo.
Já os gastos financeiros encolheram drasticamente e, em 2011, eles é que eram 40% do gasto social.
Sabemos que o Brasil é infinitamente mais complexo que o nosso vizinho, mas é bom lembrar que o presidente Rafael Correa, lá, foi buscar no povo contra o massacre da mídia sobre sua política econômica.
Certamente teremos de pagar um preço maior aqui pelo resgate de nossa independência, mas jamais a teremos enquanto não tratarmos esta gente como o que são: rapinantes de nossas riquezas.
No anos 1980, estive por alguns dias no Norte da África. Andando pelo litoral, algumas vezes se topava com restos de trilhos de pequenas estradas de ferro que, subitamente, paravam à margem da praia.
Curioso, quis saber o que era aquilo e a resposta foi que eram trilhos por onde passavam vagões com obras de arte e arquitetura que iam ser embarcadas para a Europa e hoje lotam os museus ingleses, franceses e italianos.
O Banco Central é uma destas estradas de ferro. Eletrônica, agora. E as caravelas digitais lá se vão, levando a riqueza brasileira, em viagens que os nossos velhos do Restelo não praguejam ou amaldiçoam, mas aplaudem e exigem, cada vez mais intensas.


WikiLeaks: EUA relatam que Dilma Rousseff roubou bancos e cofre de Adhemar de Barros na ditadura



Fabiano Portilho
 
Junto a vários grupos clandestinos, Dilma Rousseff organizou três assaltos a banco e cofundou a Vanguarda Armada Revolucionária de Palmares. Em 1969, ela planejou o lendário roubo conhecido como ‘Roubo do Cofre do Adhemar’.” É assim que o ex-embaixador John Danilovich descreve, ao Departamento de Estado americano, a atuação da recém-empossada ministra chefe da Casa Civil Dilma Rousseff durante a ditadura militar.
Desde então, a presidente eleita passa a ser acompanhada de perto pelo governo americano, conforme revelam os documentos divulgados ao GLOBO pelo grupo WikiLeaks. No ano passado, o câncer linfático de Dilma preocupou os Estados Unidos, que chegaram a elaborar possíveis cenários eleitorais sem a candidata. A falta de carisma de Dilma e de relações com líderes religiosos na campanha também não passaram despercebidas por Washington.
Em telegrama aos EUA, de 22 de junho de 2005, Danilovitch coloca na ficha de Dilma essas quatro ações (três assaltos a banco e roubo do cofre do ex-governador Adhemar de Barros, de onde teriam sido levados US$ 2,5 milhões), o que a presidente eleita sempre negou ter feito. No processo do Superior Tribunal Militar (STM), de 1970, Dilma é acusada de “assessorar” assaltos, mas não de participar ou planejar as ações.”Desempenho impressionante em sabatina hostil”
O diplomata escreve também que Dilma foi torturada por 22 dias, ficando presa três anos, e lembra que o promotor militar a chamou de “Joana D’Arc da subversão”. “Rousseff separou-se de seu primeiro marido, Claudio Linhares, que em janeiro de 1970 sequestrou um avião para Cuba e lá permaneceu. No mesmo mês, ela foi presa pelo regime.”
A resposta da ministra ao senador Agripino Maia (DEM-RN) sobre ter orgulho de ter mentido durante a tortura foi registrada como “um desempenho impressionante em uma sabatina hostil” por parte do ministro conselheiro dos EUA, Phillip Chicola, em maio de 2008.
Agripino tentou comparar o depoimento sob tortura com eventuais mentiras durante o testemunho aos senadores no caso do vazamento do dossiê dos cartões de crédito do governo Fernando Henrique Cardoso. Para Chicola, Dilma deu uma resposta dramática, que “a deixou no controle completo da maior parte do restante da audiência de oito horas”.
Já em junho de 2009, meses depois de Dilma anunciar que estava com câncer, o embaixador que sucedeu Danilovich, Clifford Sobel, escreve um longo relatório respondendo à pergunta: “Quão doente está Dilma Rousseff?” Ele elenca possíveis substitutos para Dilma. Os principais seriam o ex-ministro Antonio Palocci e o chefe de Gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho.
O governador tucano Aécio Neves aparece como opção de Lula fora do círculo petista. Para Sobel, a doença de Dilma expõe uma fragilidade do PT: “A doença de Dilma expõe uma vulnerabilidade que o PT não tinha até poucos anos atrás, quando poderia apontar para várias estrelas do governo e do Congresso. Essas estrelas, por uma ou outra razão, apagaram-se, e o partido adotou Dilma, a escolha de Lula, seu líder maior, no melhor, no pior, na doença e na saúde.”Três cenários diante da doença de Dilma Sobel relata ao Departamento de Estado que ainda há quem pense que o presidente Lula possa tentar alterar a Constituição para viabilizar um terceiro mandato, mas dá pouca credibilidade à hipótese. Para ele, Dilma “parece bem” e, caso possa manter a imagem de “uma lutadora e vencedora, isso poderá ajudá-la a vencer as eleições”.
O embaixador pondera que observadores avaliavam que a condução da doença tentava “ser o mais transparente possível”. Mas a embaixada trabalhou com três cenários:
“Em um cenário, ela e o círculo íntimo do PT já devem saber que está muito mais doente do que revelado e doente demais para ser candidata. Em outro, pode estar bem o suficiente para se tornar candidata, mas depois ficar enfraquecida pela doença e não fazer a campanha de forma eficaz.
Outro cenário, em harmonia com as declarações públicas do governo e dos médicos de Dilma, é que vai responder bem à quimioterapia e seu câncer pode ser considerado curado, ou pelo menos em remissão.” Para o embaixador, o último era “mais provável”.
Os telegramas traçam um retrato de uma política “não ideológica” e marcada pela imprevisibilidade. Descrevem como “uma colcha de retalhos” a possibilidade de alianças partidárias regionais serem diferentes das alianças em nível nacional. A perspectiva de um êxodo de figuras do governo para se candidatarem preocupou a ministra conselheira da embaixada Lisa Kubiske, mencionando que mais de 50% dos ministros poderiam deixar suas pastas: “Tal fato reduziria dramaticamente a capacidade de governo durante a temporada de campanha”, escreveu em outubro do ano passado.
E mesmo um ano antes das eleições, o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), já era citado como o mais cotado para ser o vice de Dilma. As conversas com políticos ajudam a montar os perfis para Washington. O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) disse a Kubiske que a falta de carisma fazia de Dilma “a adversária perfeita para Serra” porque “a torna incapaz de tirar vantagem da própria falta de magnetismo pessoal dele”.
Com a campanha de Dilma ainda “sem decolar” em fevereiro, Thomas Shannon, que sucedeu Sobel, destaca que o PT lançaria mão de uma estratégia para atrair o eleitorado católico e evangélico.
O acordo de Lula com o Vaticano incluindo educação religiosa nas escolas públicas é visto como estratégico, assim como a inclusão de anúncios do governo nas revistas da Igreja Universal do Reino de Deus, ressaltada no telegrama como dona da segunda maior rede de TV do país. Meses mais tarde, a questão religiosa monopolizaria o segundo turno das eleições presidenciais. Do O Globo.


Dívida do Brasil passou de R$ 600 Bilhões para R$ 2,2 Trilhões em 10 anos de PT


Em 10 anos cada cidadão brasileiro tem uma dívida, feita pelo Governo Petista, de quase 1.0 Milhão de Reais.


Dária Leon
 
Você ouve falar em "DÍVIDA EXTERNA e DÍVIDA INTERNA",em jornais e TV e não entende direito vamos explicar a seguir:
DIVIDA EXTERNA é uma dívida com os Bancos, Mundial,FMI e outras Instituições, no exterior em moeda externa. DIVIDA INTERNA é uma dívida com Bancos em R$ (moeda nacional) no país.
Então, quando LULA assumiu o Brasil,Em 2002, devíamos:
Dívida externa = 212 Bilhões Dívida interna = 640 Bilhões Total da Dívida = 851 Bilhões
Em 2007 Lula disse que tinha pago a dívida externa.
E é verdade, só que ele não explicou que,para pagar a dívida externa,ele aumentou a dívida interna:
Em 2007 no governo Lula:
Dívida Externa = 0 Bilhões Dívida Interna = 1.400 Trilhão Total da Dívida = 1.400 Trilhão
Ou seja, a Dívida Externa foi paga, mas a dívida interna mais que dobrou. Agora, em 2010, você pode perceber que não se vê mais na TV e em jornais algo dito que seja convincente sobre a Dívida Externa quitada. Sabe por que?
É que ela voltou...
Em 2010 no governo Lula:
Dívida Externa = 240 Bilhões Dívida Interna = 1.650 Trilhão Total DA Dívida = 1.890 Trilhão
Ou seja, no governo LULA, a dívida do Brasil aumentou em 1 Trilhão.Daí é que vem o dinheiro que o Lula está gastando no PAC,Bolsa família, bolsa educação, bolsa faculdade, bolsa cultura,Bolsa para presos, dentre outras mais bolsas... E de onde tirou 30 milhões de brasileiros da pobreza?
E não é com dinheiro do crescimento, Mas sim, com dinheiro de ENDIVIDAMENTO.
Os brasileiros, vão pagar muito caro pela atitude perdulária do governo Lula, Que não está conseguindo pagar Os juros dessa "Dívida trilhardária",Tendo que engolir um "spread"(taxa de Juros)Muito caro para refinanciar os "papagaios", Sem deixar nenhum benefício para o povo,Mas apenas DIVIDAS A PAGAR Por todos os brasileiros,Que pagam seus impostos...!!!
A pergunta que não quer calar é:
Dilma Vai continuar esta gastança? REPASSE PELO BEM DO PAÍS ! ACORDA BRASIL !!!
Pepinão do Governo Dilma: dívida superior a R$ 2 trilhões.
As contas do governo vão ficar mais "no vermelho" em 2013. Segundo a Secretaria do Tesouro Nacional, após atingir a marca inédita de R$ 2 trilhões no ano passado, a dívida pública (que inclui as dívidas externa e interna) vai continuar crescendo este ano, e pode chegar a R$ 2,24 trilhões – R$ 232 bilhões a mais em relação a 2012, e mais do dobro do que o governo federal arrecadou com impostos e tributos no ano passado (R$ 1,02 trilhão, valor que foi recorde histórico).
Segundo os dados do Tesouro, nos últimos oito anos a dívida pública dobrou: em 2004, o estoque de dívida estava em R$ 1,01 trilhão, subindo para R$ 2 trilhões no fechamento do ano passado – um crescimento de 98,8%. Os dados constam no Plano Anual de Financiamento (PAF) do Tesouro Nacionalx para o ano de 2012, divulgado nesta quinta-feira (21). O documento prevê um patamar entre R$ 2,1 trilhões, o que representaria um crescimento de R$ 92 bilhões, e R$ 2,24 trilhões, para a dívida pública brasileira no fim deste ano. Deste modo, a estimativa de expansão da dívida pública, em 2013, é de 4,58% a 11,55%.
Os vencimentos da dívida pública acontecem entre 2013 e 2041, segundo a Secretaria do Tesouro Nacional. A maior parte está concentrada nos primeiros doze meses (24,38% - patamar de dezembro do ano passado). Outros 20% vencem de um a dois anos, ao mesmo tempo em que 15,3% vencem entre dois e três anos. Deste modo, que 59,7% da dívida está prevista para vencer até o final de 2015.
Operações com o BNDES
Da expansão da dívida pública de cerca de R$ 1 trilhão nos últimos oito anos, R$ 280 bihões referem-se a emissões de títulos públicos para capitalizar do BNDES, ou 28% da alta total. Em 2009, o Tesouro emitiu R$ 100 bilhões para o banco público, valor que passou para R$ 80 bilhões em 2010, para R$ 45 bilhões em 2011 e para R$ 55 bilhões no ano passado.
"Dentro das bandas do PAF [mínima e máxima para crescimento da dívida pública], estão contidas emissões que o governo venha a fazer para o BNDES [captação de recursos para injetar no banco]. Não definimos o valor ainda. Ano a ano a gente tem definido este valor. Está prevista [emissão para o BNDES], mas o governo não divulga neste momento porque o governo não definiu isso", declarou o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin. Em 2012, o Tesouro Nacional emitiu R$ 55 bilhões para o BNDES – impactando para cima a dívida pública em igual proporção.
CADA cidadão brasileiro tem uma dívida , feita pelo Governo Petista, de quase 1.0 MILHÃO DE REAIS.
Entenderam porque querem ressuscitar a CPMF?
Economista Waldir Serafim.