terça-feira, 12 de novembro de 2013

Como deixar um revolucionário embaraçado com uma única pergunta

Como deixar um revolucionário embaraçado com uma única pergunta


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Já mostrei que é da natureza do socialismo ser sanguinário (e aqui); não se trata de acidente ou curso desagradável dos fatos: é a coisa posta em prática na sua pura essência. Também é da essência do próprio que seja totalitário: por querer unir poder político a poder econômico, não por resultado do acaso que formam-se Leviatãs gigantescos, que passarão por cima de quem for preciso.
Defender publicamente algo assim é extremamente problemático, diante de cupinchas ou no corrompido meio universitário pode passar despercebido ou soar normal, contudo, caso você esteja conversando com um revolucionário, há uma maneira de deixá-lo com as calças nas mãos, caso o público seja neutro (ainda que até mesmo ignorante):
O que você pretende fazer com aqueles que não aderirem à revolução?
A pergunta é simples, objetiva e de fácil resposta. Já tive a oportunidade de encurralar um anarquista e um socialista num debate público com essa pergunta. Force a resposta o quanto necessário (como diz Ben Shapiro, fazer o esquerdista defender sua posição é uma etapa essencial do debate). Nesse momento, você fará o revolucionário ter a árdua tarefa de justificar um morticínio.
Lembrando, a pergunta é para DEIXÁ-LO embaraçado DIANTE DA EVENTUAL PLATEIA, ele próprio não verá maiores problemas em matar alguém (ou alguens) aqui ou acolá. Internamente, o revolucionário já “resolveu” esse problema com sua psicologia pervertida: ele justifica as mortes atuais com vistas ao futuro perfeito (vide Hobsbawn e os 30 milhões de mortos) – característica essencial da mentalidade revolucionária; ou crê em algo ainda mais ingênuo: que por meio de alguma manobra convencerá a todos de sua causa, não precisando matar ninguém (ainda assim, mesmo que ele convença TODOS os proletários, ele terá de exterminar a burguesia, por exemplo).
A possibilidade de um genocídio, mesmo ao ouvido político destreinado, sempre soará absurda ou no mínimo duvidosa. Com a experiência histórica (pois é, os caras tão propondo o mesmo método para resolver os problemas há cem anos e nós que somos os reacionários…) e o senso moral inerente a qualquer ser humano normal, a probabilidade de rejeição à proposta revolucionária é enorme.
Como afirma Thomas Sowell, provavelmente o maior economista vivo, há três perguntas pelas quais praticamente nenhuma doutrina esquerdistas é capaz de passar:

1ª – Comparam [suas políticas] com o quê?
2ª -  A qual custo? [processo revolucionário fascista e sanguinário. A qual custo? Milhares de vidas].
3ª – Que prova concreta tem [que suas políticas funcionaram/funcionam]? [notem que a argumentação esquerdista quase sempre se volta para o futuro, pois seu passado é tenebroso e justificá-lo requer diversas torções argumentativas. A promessa pela omelete segue; até hoje, apenas ovos quebrados].

As 10 profissões que mais (e menos) atraem psicopatas

Segundo a publicação britânica The Week, CEO é a profissão que mais possui psicopatas


The Office Chefe Gestão Chefia  (Foto: Divulgação)

Ter um colega de trabalho psicopata pode ser mais comum do que se imagina e isso não significa que alguém será cortado com uma serra elétrica. Falta de empatia, tendência à insensibilidade, desprezo pelos sentimentos de outras pessoas, irresponsabilidade, irritabilidade e agressividade são as principais características da psicopatia, um transtorno de personalidade antissocial.

A publicação britânica The Week divulgou duas listas: uma com as profissões que mais possuem psicopatas e outra com as que possuem menos psicopatas. Vamos lá:

 Profissões com mais psicopatas Profissões com menos psicopatas 
CEOCuidador
AdvogadoEnfermeiro
Profissional de Mídia (TV/Rádio)Terapeuta
VendedorArtesão
Cirurgião Estilista
JornalistaVoluntário
PolicialProfessor
Líder ReligiosoArtista
ChefMédico
10ºFuncionário Público10ºContador


O site da revista justifica o ranking da lista de profissões que possuem menos psicopatas. Segundo a publicação, essas atividades precisam de conexão humana e, por sua própria natureza, os psicopatas não seriam atraídos por elas.
Por outro lado , a maioria das funções que atraem mais psicopatas requerem capacidade de tomar decisões objetivas, sem usar os sentimentos. "Psicopatas seriam atraídos para esses papéis e iriam prosperar", afirma a The Week.

Fonte  - http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Acao/noticia/2013/10/10-profissoes-que-mais-e-menos-atraem-psicopatas.html

Ciência é mais do que matemática

Ciência é mais do que matemática
6528.jpgNo início desse ano, o ilustre biólogo de Harvard, E.O Wilson, escreveu um artigo no The Wall Street Journal sobre as limitações da matemática nas ciências.Este cidadão nascido no Alabama — e mais conhecido em outros lugares como o Pai da Sociobiologia — argumentou que a capacidade de formular contribuições conceituais à ciência não demanda habilidades matemáticas e nem mesmo um componente matemático.  Wilson concluiu que "felizmente, uma excepcional fluência matemática é necessária somente em algumas disciplinas, tais como a física das partículas, a astrofísica e a teoria da informação. Muito mais importante no restante das ciências é a habilidade de formular conceitos, processo esse em que o pesquisador imagina cenários e processos por meio da intuição".
O próprio Wilson notou que só foi aprender cálculo depois de seus 30 anos — ou seja, após ter obtido estabilidade em seu cargo de professor em Harvard —, e lamenta a perda de conhecimento científico resultante do fato de que seus potenciais colaboradores optam por outras carreiras devido a uma deficiência no conhecimento matemático.
Embora isso não seja um problema para os economistas austríacos — que utilizam a lógica dedutiva apriorista no desenvolvimento da teoria econômica e dos conceitos econômicos —, a corrente econômica dominante (mainstream) permanece apegada a essa ideia de usar dados como um fim em si próprios, de tal forma que a disponibilidade de dados determina, por si só, a dimensão da pesquisa econômica.  Como resultado, conceitos como o de capital, que não se prestam à análise matemática, são frequentemente ignorados pela corrente dominante ou apenas tidos como constantes (de modo a simplificar seu uso em técnicas de modelagem econômica).  
Essa deficiência ajuda a explicar a total incapacidade do mainstream em sequer diagnosticar que havia uma bolha imobiliária em formação nos EUA e na Europa, e uma das principais razões da ignorância desta corrente econômica em relação ao fenômeno dos investimentos errados e insustentáveis resultantes da inflação da moeda feita pelo sistema bancário em conjunto com o Banco Central.
Esses comentários de Wilson são muito interessantes para aqueles que, como os austríacos, sabem que a ênfase da economia mainstream na modelagem estatística é baseada no desejo de alcançar o mesmo rigor científico das ciências exatas. Esse desejo é remanescente da Era Progressista, muito bem resumida pelo discurso de Irving Fisher à Associação Americana de Economia, em 1919. Fisher escreveu que:
Deveria ser criado um fundo para a pesquisa econômica, na administração do qual os economistas, o trabalho e o capital iriam, todos os três, participar e o qual seria um tipo de laboratório para o estudo dos grandes problemas econômicos que enfrentamos. Atualmente, as ciências físicas possuem seus grandes laboratórios. Contudo, espera-se que o economista obtenha seus próprios fatos e suas próprias estatísticas, e faça seus próprios cálculos à custa de seu próprio orçamento. Pesquisas caras, muito além do orçamento de um professor comum, são necessárias se um economista deseja ser de alguma importância para os serviços públicos em estudar a distribuição de riqueza, o sistema de lucros, os problemas laborais e outros problemas práticos relevantes.
Meio século depois, Milton Friedman analisou o argumento de Fisher e o aprofundou no ensaio A Metodologia da Economia Positiva, enfatizando o papel da matemática e da estatística na economia e glorificando a acurácia preditiva acima de tudo — acima até mesmo da teoria correta.  Os dados devem conduzir tudo que for testado empiricamente, e se os resultados explicarem corretamente o mundo real, então eles devem estar corretos do ponto de vista teórico.  Para Friedman, as metodologias econômicas devem "ser julgadas pela precisão, pelo escopo e pela conformidade com a experiência das previsões que [elas] produzem.  Em resumo, a economia positiva é, ou pode ser, uma ciência 'objetiva', exatamente no mesmo sentido que quaisquer outras das ciências físicas [exatas]".
Os economistas seguidores da Escola Austríaca já haviam enfrentado tudo isso anteriormente, começando por sua resposta ao historicismo alemão e a constatação de que esses historicistas não possuíam nenhuma base teórica para a economia como uma ciência.  Na década de 1950, F.A Hayek notou em sua importante obra A Contra-Revolução da Ciência que, ao adotarem os modelos matemáticos das ciências naturais, os economistas podem facilmente tratar o objeto de seu estudo — a pessoa humana — da mesma maneira que os físicos examinam partículas de matéria.  Em vez de seres vivos dotados de livre arbítrio, a pessoa humana é facilmente reduzida a elementos que podem ser investigados e manipulados de modo a alcançar um fim social preferido pelo estado.  É perfeitamente possível entender por que um grande progressista como Fisher exaltaria tal abordagem; mas é extremamente irônico constatar que um libertário como Friedman iria expandi-la.
Embora a matemática seja uma ferramenta importante nas ciências sociais, a forma com que passou a ser usada pelos cientistas sociais restringiu o escopo das investigações e, até o momento, não contribuiu em nada para nosso conhecimento teórico.  Por outro lado, como Rothbard observou, a ênfase na matemática é ótima para defender a expansão do estado, pois fornece uma "precisão científica" às políticas governamentais.  O resultado hoje é uma espécie de "complexo intelecto-industrial": os governos extraem dinheiro da população por meio da força e da coerção e direcionam esse dinheiro para institutos de pesquisa cujos pesquisadores formulam modelos que fornecem justificativas científicas para políticas que requerem — surpresa! — que os governos extraiam ainda mais dinheiro da população por meio da força e de coerção.  Infelizmente, trata-se de um complexo que alimenta grande parte das atividades de pesquisas, da qual uma boa fatia dos estudantes universitários anseia fazer parte.
Enquanto isso, economistas não-ligados ao governo e não-dependentes de bolsas estatais são mais modestos em sua abordagem e mais apreciativos com relação ao papel das leis naturais, cujo estudo e compreensão deve sempre fazer parte de sua vocação.   
Tais indivíduos são mais propensos a entender que os riscos relacionados a direcionar a ciência para os interesses normativos de indivíduos poderosos são gigantes.  À medida que as economias globais vão reverberando em reação às intervenções "científicas" nas forças do mercado, a economia mainstream terá inevitavelmente de adotar uma postura mais humilde e reconhecer as limitações das abordagens matemáticas.  Seus praticantes deveriam começar aprendendo com aquelas escolas não-convencionais — como a austríaca — que evitaram estas abordagens.

Christopher Westley é professor adjunto do Ludwig von Mises Institute. Leciona no College of Commerce and Business Administration da Jacksonville State University.