sábado, 6 de julho de 2013

Dilma tenta impedir CPI da Copa

Dilma tenta impedir CPI da Copa



Dilma Rousseff com a ministra Ideli Salvatti.
Imagem: Roberto Stuckert/PR

Segundo informações do Diário do Poder, Dilma Rousseff está tentando impedir a instauração de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigaria gastos públicos com a Copa do Mundo de 2014.

Cogita-se que a decisão decorre do temor de uma maior queda de popularidade da presidente, tendo em vista possíveis escândalos e exposições que poderiam aflorar das investigações propostas. O foco no tema poderia causar ainda mais desgaste e oportunidade para ataques por parte de opositores.


A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, efetuou diversos telefonemas à base aliada no Legislativo, desde quarta-feira (3 de julho). Segundo consta, pressionou diversos parlamentares a retirarem assinaturas do requerimento que solicita a instauração da CPI.

O deputado Izalci, do PSDB/DF, responsável pela coleta de assinaturas, afirmou que pretende divulgar em blogs e redes sociais os nomes dos deputados que apoiaram a criação da CPI, de forma a pressioná-los, também, para que não voltem atrás no apoio. 

“Sei que a pressão do governo é grande, por isso vou colocar os nomes na internet, para que as redes pressionem os parlamentares a não voltarem atrás”, afirmou.

Conforme declarou, o PTB foi o único partido que ainda não assinou a proposta. Izalci declarou que inclusive outros deputados da base aliada, o que abrange também deputados do PT, assinaram o requerimento.

O elevado custo das despesas para a Copa do Mundo e para as Olimpíadas, os quais atingem quase R$30 bilhões de reais, somou conteúdo à indignação dos manifestantes, sendo uma das relevantes causas para a eclosão de protestos. Tais gastos foram considerados reprováveis, tendo em vista a demanda por recursos na educação pública, na saúde, no transporte público, na segurança, entre outros.

As obras da Copa sofreram denúncias de corrupção por diversas figuras públicas, inclusive pelo deputado Romário, o qual declarou que veio a ser "o maior roubo da história do Brasil". Dilma e Blatter, presidente da FIFA, foram vaiados na abertura da Copa das Confederações. A presidente chegou a se defender, em pronunciamento nacional, além de desistir de comparecer ao jogo da final, supostamente por receio de maior desgaste.

Qual é a sua posição a respeito do caso?

Marcos Camponi.

SAIBA O QUE LULA FEZ DE 2002 A 2010 COM A "DIVIDA INTERNA/EXTERNA" DO BRASIL

LEIA CALMAMENTE, PARA ENTENDER...
Olha a bomba que vai estourar lá por 2015!!!!!!
Só falta a CEF e o BB darem o cano na hora da quebradeira !!!!

Leiam e observem a análise ponderada,
Muito bem explicada pelo
Economista Waldir Serafim.

SAIBA O QUE LULA FEZ DE 2002 A 2010 COM A "DIVIDA INTERNA/EXTERNA" DO BRASIL
Você ouve falar em
DÍVIDA EXTERNA e DÍVIDA INTERNA
Em jornais e TV e não entende direito vamos explicar a seguir:
DIVIDA EXTERNA é uma dívida com OS Bancos, Mundial, o FMI e outras Instituições,
No exterior em moeda externa.
DIVIDA INTERNA é uma dívida com
Bancos em R$ (moeda nacional) no país. Então, quando LULA assumiu o Brasil,
Em 2002, devíamos:
Dívida externa = 212 Bilhões
Dívida interna = 640 Bilhões
Total DA Dívida = 851 Bilhões
Em 2007 Lula disse que tinha pago a dívida externa. E é verdade, só que ele não explicou que,
Para pagar a dívida externa,
Ele aumentou a dívida interna:
Em 2007 no governo Lula:
Dívida Externa = 0 Bilhões
Dívida Interna = 1.400 Trilhão
Total DA Dívida = 1.400 Trilhão
Ou seja, a Dívida Externa foi paga, mas a dívida interna quase dobrou.
Agora, em 2010, você pode perceber que não se vê mais na TV e em
jornais algo dito que seja convincente sobre a Dívida Externa quitada. Sabe por que?
É que ela voltou...
Em 2010 no governo Lula:
ü Dívida Externa = 240 Bilhões
ü Dívida Interna = 1.650 Trilhão
ü Total DA Dívida = 1.890 Trilhão
Ou seja, no governo LULA,
A dívida do Brasil aumentou em 1 Trilhão!!!
Daí é que vem o dinheiro que o Lula está gastando no PAC,
Bolsa família, bolsa educação, bolsa faculdade, bolsa cultura,
Bolsa para presos, dentre outras mais bolsas... E de onde tirou 30 milhões de brasileiros DA pobreza !!!
E não é com dinheiro do crescimento, Mas sim, com dinheiro de
ENDIVIDAMENTO.
Compreenderam?
Ou ainda acham que Lula é mágico?
Quer mais detalhes,
Sobre dívida interna e externa do Brasil? Acesse o site:
http://www.sonoticias.com.br/opiniao/2/100677/divida-interna-perigo-a-vista
Os brasileiros, vão pagar muito caro pela atitude perdulária do governo Lula,
Que não está conseguindo pagar OS juros dessa
"Dívida trilhardária"
Tendo que engolir um "spread"(txa. Juros)
Muito caro para refinanciar OS "papagaios",
Sem deixar nenhum benefício para o povo,
Mas apenas
DIVIDAS A PAGAR Por todos OS brasileiros,
Que pagam seus impostos...!!!
A pergunta que não quer calar é:
Dilma Vai continuar esta gastança?
REPASSE PELO BEM DO PAÍS !
ACORDA BRASIL !!!
Para maiores esclarecimentos, leia artigo de Hélio Fernandes no site:http://www.tribunadaimprensa.com.br/?p=6379
CADA cidadão brasileiro tem uma dívida , feita pelo Lula, de quase 1.0 MILHÃO DE REAIS.
Entenderam pq querem ressuscitar a CPMF?

Governo proíbe acesso a informações sobre gastos de Dilma em viagens ao exterior




Dilma em viagem à Etiópia.
Imagem: Roberto Stuckert Filho/PR
Segundo informações de Vitor Sorano, do IG-SP, o governo colocou sob sigilo as informações e os dados relativos a viagens da presidente Dilma Rousseff - e de seu vice, Michel Temer - ao exterior.


A decisão ocorre em um contexto de severas críticas às despesas exorbitantes da presidente, como a hospedagem desnecessária em hoteis de luxo na Itália, na Etiópia, entre outros. Há contumazes críticas, também, quanto ao tamanho das comitivas.

De forma negativa, a decisão se contrapõe à emergência da Lei de Acesso à Informação, a qual tem como princípio basilar a preponderância da publicidade por sobre o sigilo.

Extratos de uma comunicação classificada do Itamaraty determinam que todos os expedientes e documentos relacionados a visitas ao exterior, por Dilma ou por seu vice, sejam reclassificados (desde a posse, até viagens que vier a fazer).

Como categoria mínima, receberão a classificação de "reservados", a qual impõe o sigilo de ao menos  5 anos após a sua produção. É possível a reclassificação para secretos (15 anos de sigilo) ou ultrassecretos (25 anos de sigilo). 

A confidencialidade poderá ser levantada após a destituição do cargo. Segundo uma fonte, a preocupação com o resguardo de informações sobre gastos é singular: frisa-se a frequência dos temos "faturas" e "boletos".

Qual é a sua opinião a respeito? É um meio de resguardar a privacidade da presidente? Uma forma de lhe dar maior liberdade no exercício do cargo? Uma medida descabida, autoritária e antidemocrática, pois impede o acesso, pelos cidadãos, a informações sobre como o dinheirodos mesmos está sendo gasto, possibilitando a fiscalização, o debate público e o controle? Manifeste sua opinião e contribua para a formação do diálogo democrático.

"Para quê partidos, se é possível o voto avulso, bem-sucedido em várias democracias", afirma Joaquim Barbosa

"Para quê partidos, se é possível o voto avulso, bem-sucedido em várias democracias", afirma Joaquim Barbosa



Joaquim Barbosa. Imagem: DoonyxB
Joaquim Barbosa, presidente do STF - Supremo Tribunal Federal -, afirmou defender uma forma de democracia livre de partidos, em que existiria o voto avulso. 

Afirmou: "Eu disse que há sentimento difuso na sociedade brasileira e eu, como cidadão, penso assim, [que] há vontade do povo brasileiro, principalmente os mais esclarecidos, de diminuir ou mitigar o peso – volto a dizer, diminuir ou mitigar e não suprimir –, o peso dos partidos políticos sobre a vida política do país. Essa parece ser uma questão chave em tudo que vem ocorrendo no Brasil".


Prosseguiu, ao abordar o tema diretamente: "Por que não? Já que a nossa democracia peca pela falta de identificação entre eleito e eleitor, por que não permitir que o povo escolha diretamente em quem votar? Por que uma intermediação por partidos políticos desgastados, totalmente sem credibilidade? Existem algumas democracias que permitem o voto avulso, com sucesso. A sociedade brasileira está ansiosa de se ver livre desses grilhões partidários que pesam sobre o seu ombro. E isso é muito salutar".

Candidatura avulsa consiste em liberdade de eleição em que não é necessária a filiação a partidos políticos. O candidato concorre ao pleito eleitoral sem vinculações partidárias. 

Conforme a legislação vigente hodiernamente no Brasil, a afiliação a um partido político é condição inafastável para concorrer em eleições. O Tribunal Superior Eleitoral - TSE - manifestou-se, em diversas ocasiões, sobre o tema, como no caso a seguir: "O sistema eleitoral vigente não prevê candidaturas avulsas desvinculadas de partido, sendo possível concorrer aos cargos somente os filiados que tiverem sido escolhidos em convenção partidária, nos termos dos arts. 7º ao 9º da Lei n. 9.504/07.” (Ag Reg no Resp 2243-58.2010.6.18.0000, Rel. Ministra Carmen Lúcia). As informações provêm de entrevista concedida no CNJ - Conselho Nacional de Justiça - e transmitida, entre outros, pelo G1 (raiz da transcrição).

Qual é a sua posição a respeito deste tema? Pode ser uma alternativa à rejeição aos partidos políticos, permitindo que cidadãos possam ser candidatos sem a necessidade de submissão a tais estruturas? Manifeste sua opinião e contribua para o diálogo democrático.

Marcos Camponi.

Ministério Público pede bloqueio de bens de Lula

Ministério Público pede bloqueio de bens de Lula

O Ministério Público Federal (MPF) de Brasília pediu à justiça o bloqueio dos bens do ex-presidente Lula da Silva, a quem acusa de improbidade administrativa por ter usado verba pública com claro intento de promoção pessoal.

Por:Domingos Grilo Serrinha, Correspondente no Brasil

Ministério Público Federal de Brasília pediu à justiça o bloqueio dos bens do ex-presidente Lula da Silva, a quem acusa de improbidade administrativa por ter usado verba pública com claro intento de promoção pessoal

O bloqueio de bens tem como finalidade garantir a devolução aos cofres públicos de quatro milhões de euros que Lula, segundo o MPF, usou indevidamente.
A acção interposta pelo MPF refere-se ao gasto desses quatro milhões de euros com a impressão e o envio pelo correio de mais de dez milhões de cartas enviadas pela Segurança Social a reformados entre Outubro e Dezembro de 2004, segundo ano do primeiro mandato de Lula.
A missiva avisava os reformados que um convénio estabelecido entre a Segurança Social e o até então desconhecido Banco BMG lhes permitia a partir de então pedirem empréstimos a juros baixos e sem qualquer burocracia àquela instituição bancária, com o desconto das parcelas sendo feito directamente nas reformas.
 Até aí não haveria problema, não fossem dois detalhes, que chamaram a atenção dos promotores. O BMG, único banco privado a ser autorizado na altura a realizar esse tipo de empréstimo, conseguiu a autorização em menos de duas semanas, quando o normal seriam vários meses, e as cartas, simples correspondência informativa, eram assinadas por ninguém menos que o próprio presidente da República, algo nada comum para esse tipo de aviso.
Para o Ministério Público, não há dúvida de que Lula e o então ministro da Segurança Social, Amir Lando, que também assinou as cartas e é igualmente acusado na acção, usaram a correspondência para obterem promoção pessoal e lucro político e que a acção do presidente da República favoreceu a extrema rapidez com que o BMG conseguiu autorização para operar o negócio, desrespeitando as normas do mercado. A 13.ª Vara Federal, em Brasília, a quem a acção foi distribuída, ainda não se pronunciou sobre o pedido do MPF.

Finalmente batizados!


 Cássio Barbosa |


Esta semana a União Astronômica Internacional (IAU, em inglês) encerrou um debate que se iniciara em 2011 acerca dos nomes dos novos satélites de Plutão. Só para lembrar, Plutão era classificado como planeta até 2006, apesar de suas características peculiares.
Plutão foi descoberto em placas fotográficas obtidas nos dias 21, 23 e 29 de janeiro e outra em 18 de fevereiro de 1930 por Clyde Toumbagh, depois de mais de 40 anos de procura, principalmente por Percival Lowell. Lowell não era astrônomo profissional, mas um comercianterico de Boston que, aficionado por astronomia, acabou assumindo a busca por um planeta para além da órbita de Urano. Foi ele quem chamou esse possível planeta de “Planeta X” que volta e meia aparece em algum e-mail sobre cataclismos cósmicos. O fato é que Lowell criou uma obsessão por Marte após ler um livro sobre esse planeta escrito por Camile Flammarion, principalmente sobre os supostos canais de Marte, desenhados por Giovanni Schiaparelli.
Em 1894, Lowell decidiu construir um observatório em Flagstaff, no Arizona, para satisfazer sua obsessão por Marte e foi lá que decidiu entrar na procura pelo tal nono planeta do Sistema Solar. Logo após sua descoberta, ficou claro que Plutão não poderia ser o Planeta X, tal como Lowell havia definido. Plutão era muito fraco e muito pequeno para ser esse planeta. Logo outras características observadas de Plutão mostraram que ele era particularmente estranho.
Além do baixo brilho, e do seu tamanho, Plutão é um corpo rochoso e com a órbita mais “achatada” entre os planetas do Sistema Solar. Os corpos celestes têm órbitas elípticas, mas os planetas de nosso sistema têm órbitas quase circulares e quase num mesmo plano, a eclíptica. Plutão, tem uma órbita bem diferente de um círculo e que também é inclinada, bem fora da eclíptica. Por esses motivos, aliado ao fato de mais e mais objetos como esse estarem sendo descobertos nos confins do Sistema Solar é que em 2006 a IAU decidiu rebaixar Plutão para a categoria de planeta-anão. Sete anos depois, ainda há protestos querendo uma “virada de mesa” para que ele volte a ser planeta.
O nome Plutão vem de um deus grego que habita o submundo, uma espécie de inferno, justamente por estar numa região remota e escura do Sistema Solar. Em 1978, uma lua foi descoberta em Plutão, bem grandinha até, comparativamente falando, que foi batizada de Caronte, um barqueiro que leva as almas para esse submundo. Analisando imagens obtidas pelo telescópio espacial Hubble em 2005, mais duas luas foram descobertas e receberam os nomes de Nix (deusa da escuridão e da noite, mãe de Caronte)e Hydra (uma serpente de nove cabeças que lutou com Hércules).
Em 2011 e 2012, novas imagens do Hubble revelaram mais dois objetos orbitando Plutão. Na verdade, esses objetos já tinham sido observados nas imagens de 2005, mas foram confundidos com estrelas de fundo. Com as novas imagens, ficou claro que esses corpos estavam ligados a Plutão.
Desde sua descoberta, um concurso foi aberto para que o público pudesse escolher os nomes das novas luas. A premissa era que os nomes tinham de estar ligados à mitologia de Plutão. Dentre as opções disponíveis, foram escolhidos Kerberus e Styx. Kerberus (ou Cérbero) é o cão de muitas cabeças (às vezes aparece descrito com duas, às vezes 3) que acompanha Plutão em seu submundo. Optou-se pela grafia Kerberus (que vem do grego) para não confundir com Cérberus, que já dá nome a um asteroide. Styx é o nome de outra deusa do submundo e do rio que Caronte cruza levando as almas perdidas.
Os nomes foram ratificados pela IAU no início de junho, mas, curiosamente, o nome mais votado não foi nenhum deles. Assim que o concurso foi estabelecido, William Shatner, o eterno capitão Kirk, sugeriu e pediu votos para Vulcan e Romulus, em clara alusão ao planeta natal do sr. Spock e ao planeta dos romulanos. Romulus foi descartado logo de cara, por ser um dos fundadores de Roma e por já dar nome a uma lua de um asteroide. Mas eis que Vulcan foi o mais votado. Além da clara menção a “Jornada nas Estrelas”, Vulcan é também o sobrinho de Plutão. Entretanto, a IAU não quis aceitar esse nome por vários motivos. O principal é que Vulcan é o nome de um hipotético planeta interior a Mercúrio e também dá nome a um grupo de asteroides, chamado de vulcanoides.
Bom, o fato é que para um planeta-anão, um sistema com cinco luas chama bem a atenção. Uma hipótese é que teria havido uma colisão entre Plutão e outro objeto distante do Sistema Solar e seus fragmentos acabaram se aglutinando para formar seu sistema de satélites.
Mas a piada corrente é que, como vingança por ter sido rebaixado, Plutão decidiu formar seu próprio sistema quase-planetário.

O fim do mundo dos brancos na visão de Davi Kopenawa Yanomami

O fim do mundo dos brancos na visão de Davi Kopenawa Yanomami


por ISA |


A partir de relatos do xamã e líder yanomami Davi Kopenawa, nasce a publicação A queda do céu, testemunho da cultura de um povo, além de manifesto xamânico e grito de alerta vindo do coração da Amazônia.
Com 800 páginas contendo dois cadernos com 16 fotos cada, o livro A queda do céu, Palavras de um xamã yanomami, será lançado no próximo 30 de setembro, na França, pela coleção Terre Humaine da editora Plon. Foi escrito a partir de relatos de Davi Kopenawa, recolhidos em língua yanomami pelo etnólogo Bruce Albert, seu amigo há mais de 30 anos.
O líder Yanomami relata sua história e suas meditações de xamã frente ao contato predador dos brancos com o qual seu povo teve de se defrontar depois dos anos 1960. Ao final, ele alerta em tom profético que quando a Amazônia sucumbir à devastação desenfreada e o último xamã morrer, o céu cairá sobre todos e será o fim do mundo.
O livro, cujos direitos de publicação no Brasil foram adquiridos pela Companhia das Letras, é composto de três partes: a primeira, Tornar-se outro, retrata a vocação xamânica de Davi desde a infância até sua iniciação na idade adulta, descrevendo a riqueza de um saber cosmológico secular. A segunda parte, denominada A fumaça do metal, relata por meio de sua experiência pessoal, não raro dramática, a história do avanço dos brancos sobre a floresta – missionários, garimpeiros entre outros – e sua bagagem de epidemias, violência e destruição. Finalmente, a terceira parte, A queda do céu, refere-se à odisseia vivida por Davi ao denunciar a dizimação de seu povo nas viagens que fez à Europa e aos Estados Unidos. Entremeado por visões xamânicas e por meditações etnográficas sobre os brancos, o relato termina em um profético apelo que anuncia a morte dos xamãs e a “queda do céu” sobre aqueles que Davi chama de “o povo da mercadoria”.
“É um dos mais impressionantes testemunhos reflexivos jamais oferecidos por um pensador oriundo de uma tradição cultural indígena”, avalia o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro. “Fruto da colaboração exemplar entre dois intelectuais, um xamã ameríndio e um antropólogo europeu, o livro é uma prova eloquente do brilhantismo da imaginação conceitual indígena, de sua potência analítica e sua nobreza existencial. As reflexões de Davi Kopenawa, magistralmente traduzidas e cuidadosamente comentadas por Bruce Albert, constituem uma autêntica antropologia indígena, uma visão do homem e do mundo que não mostra qualquer condescendência para conosco, o “povo da mercadoria” – e suas razões são propriamente irrespondíveis. Kopenawa nos dá um aviso e faz uma profecia. Quem tiver juízo, que ouça.”

Economia na berlinda

Economia na berlinda

 Cristiana Lôbo |


O desempenho da economia foi o ponto principal do debate entre ministros na reunião da Granja do Torto da presidente com seus auxiliares. Depois de uma exposição do ministro Guido Mantega, na qual ele destacou aspectos positivos da economia brasileira, como a redução da relação dívida PIB, e ter afirmado que a inflação estava sob controle e que o Brasil vai ter crescimento econômico este ano, o ministro Gilberto Carvalho interrompeu o colega e afirmou:
- Perdoe, Guido, mas não é isso o que a gente vê quando vai à feira. Os preços estão subindo – disse ele, num momento em que a presidente não estava na sala, mas havia saído para falar aos jornalistas.
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, saiu em socorro de Mantega. Ele afirmou que o Brasil está, sim, retomando o caminho do controle da inflação e do crescimento da economia, mas neste exato momento o país vive um período de transição mais turbulento. Ele afirmou que há excesso de volatidade nos mercados e citou três razões para a situação atual: a desaceleração da economia chinesa, a retomada do crescimento nos Estados Unidos e retirada de benefícios de lá, o que passa atrair mais investimentos para os Estados Unidos, e, por fim, as manifestações populares aqui.
Outros ministros também falaram do momento econômico e Gilberto Carvalho justificou a preocupação:
- Se tudo estivesse bem  não estaríamos aqui – disse ele, segundo o relato de um dos ministros presentes. A reunião ministerial havia sido convocada na esteira das reuniões da presidente em resposta às manifestações populares das últimas semanas. Para alguns ministros, o estopim das manifestações é a volta da inflação que está corroendo os salários dos trabalhadores e a renda das famílias.

Dilma: “não somos primavera árabe”



por Cristiana Lôbo |

Na abertura da reunião ministerial nesta segunda-feira, a presidente Dilma Roussef analisou as manifestações populares do último mês e sentenciou: “não somos a primavera árabe, não somos como o “ocupe Wall Street”. Somos um país que busca mais democracia e mais espaço”.
Foi neste contexto que ela defendeu o plebiscito para fazer a reforma política como forma de ampliar a participação popular nas decisões. Na reunião ela descartou a idéia de refendo, lembrando casos como o do desarmamento e o da mudança do horário no Acre.  No caso do referendo sobre desarmamento, venceu a tese da manutenção da venda de armas e no referendo do Acre a população optou pela manutenção do fuso horário, mas até hoje não houve regulamentação da decisão.
Ao analisar as manifestações populares, Dilma abordou, ainda que rapidamente, a queda nas pesquisas que ocorreu no período dos protestos. Ela disse: “pesquisa a gente não discute, a gente vê e age”.
Neste encontro, Dilma permitiu que os que quisessem poderiam falar e a reunião se estendeu até perto de 22 horas. Ela falou que o governo terá políticas sociais afirmativas, mas sem perder de vista a responsabilidade fiscal. Na abertura, ela falou dos avanços na área social e alto índice deemprego no país e citou uma frase que foi dita pelo publicitário João Santana na campanha municipal em São Paulo. “A vida dos brasileiros melhorou da porta para dentro; agora é hora de melhorar a vida da porta para fora”. Ela falou da necessidade de melhorar a mobilidade urbana, mas lembrou que durante 30 anos não houve investimentos nesta área, além da ampliação da venda de carros no país.
- Na educação fizemos muito e precisamos fazer muito mais – disse a presidente, dando o tom para a equipe de que quer mais resultados .
Apesar de se mostrar mais afável do que em outras ocasiões, Dilma não deixou o estilo de lado. Depois que Aldo Rebelo falou da Copa das Confederações, a presidente questionou o ministro sobre o preço dos ingressos para os jogos da Copa, afirmando que não havia pessoas de mais baixa renda nos estádios e que o preço impedia que famílias assistissem aos jogos. Depois de Aldo, a palavra foi dada ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Ele continuou  falando de Copa, até que a presidente o interrompeu:
- Você fala dos médicos -. Foi aí que Padilha passou a explicar o programa de vinda de médicos estrangeiros para o Brasil, mas, segundo ele, dando sempre preferência para os Brasileiros.

Renan também devolve do dinheiro do vôo



por Cristiana Lôbo |


Demorou 24 horas e  Renan Calheiros seguiu o mesmo caminho de Henrique Eduardo Alves: anunciou que vai ressarcir os cofres públicos em R$ 32 mil, valor por ele estimado do custo do vôo Maceió-Porto Seguro – Brasília que ele fez em jatinho requisitado à FAB. Ontem, Renan assegurava que como chefe de Poder tinha direito a transporte de representação, mas hoje, divulgou longa nota enumerando as ações do Senado para cortar gastos e dar mais transparência o dinheiro público, na qual, informa que pediu uma análise sobre o direito de requisitar jatinhos para suas viagens, mas, antecipadamente, vai ressarcir os cofres públicos em R$ 32 mil.
O movimento de Renan foi feito em função das críticas que recebeu desde que veio a público a notícia de que ele também havia requisitado um jatinho da FAB para ir ao casamento da filha do senador Eduardo Braga, em Trancoso – um evento particular e não de representação do Senado Federal.
Aos poucos, as manifestações pouplares dos últimos dias vão provocando mudanças nos hábitos de políticos.