quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Líder no Datafolha, Garotinho é só um espantalho nas tratativas para 2014

Líder no Datafolha, Garotinho é só um espantalho nas tratativas para 2014

Mário Magalhães
O deputado federal Anthony Garotinho – Foto André Borges/Folhapress

Político talentoso que é, o deputado federal Anthony Garotinho (PR) provavelmente tem consciência de que são reduzidíssimas suas chances de se eleger novamente governador do Rio de Janeiro. Ao contrário do que sugere sua expressiva e incontestável liderança na pesquisa Datafolha do finzinho de novembro .
No cenário com quatro concorrentes mais parrudos, ele ostenta 21% de intenção de votos, contra 15% do senador Lindbergh Farias (PT) e do ministro Marcelo Crivella (PRB), 11% do vereador Cesar Maia (DEM) e 5% do vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). A margem de erro é de três pontos para mais e para menos.
Para quem não mora no Estado ou pensa que ele se resume à zona sul carioca, o que dá no mesmo, exponho dois motivos para o sucesso do ex-governador no Datafolha.
Garotinho e sua mulher, Rosinha, por dois mandatos estiveram no Palácio Guanabara (1999-2007, com breve interregno, a administração Benedita da Silva). Desenvolveram ações sociais que ajudaram cidadãos mais pobres, como o projeto dos restaurantes populares, em funcionamento ainda hoje. Por R$ 1, se come (ou se comia) comida honesta. Para quem tem mesa farta todo dia, talvez a iniciativa mereça o rótulo de “populista”. Quem depende de programas dessa natureza para comer ou comer melhor não esquece a autoria.
É por isso que na pesquisa recém-divulgada Garotinho alcança 30% entre os eleitores que ganham até dois salários-mínimos, e apenas 7% entre os que recebem mais de dez.
Outra característica dos governos da família Garotinho foi, ratificando a fidelidade à sua origem, no Norte fluminense, a atenção ao interior muito além da habitual.
Datafolha: no interior, Garotinho bate em 29%. Na capital, despenca para 13%.
Com esse desempenho, por que Garotinho só se elegeria em um cenário muito pouco provável, como um confronto de segundo turno com Pezão, apadrinhado pelo desgastado governador Sérgio Cabral?
Porque a rejeição ao atual deputado é imensa, como demonstrarão futuras sondagens que incluam esse item em seus questionários. Ela decorre sobretudo da reta final do governo Rosinha, em que o caos tomou o Estado. É verdade que o casal elegeu seu candidato em 2006, mas Sérgio Cabral só vingou ao descolar sua imagem da dos aliados em baixa.
Quando Geraldo Alckmin abriu a campanha para o segundo turno presidencial, em 2006, anunciando a parceria com Garotinho, liquidou com suas pretensões, inclusive no Rio de Janeiro. Quatro anos antes, Garotinho amealhara fabulosos 18% dos votos para o Planalto. Foi perdendo eleitores, a despeito do prestígio entre brasileiros evangélicos como ele.
Todo analista minimamente familiarizado com a política do Rio conhece essa realidade. Por isso, nas infindas tratativas de PMDB, PT e PRB sobre a sucessão no Estado, Garotinho virou um espantalho. Ninguém acredita que ele tenha vigor para triunfar, mas seu nome é evocado como espectro: “Olha aí, se a gente não se acertar, o Garotinho vai voltar…”.
Nos últimos tempos, graças à atuação na Câmara e à presença no rádio, Garotinho recuperou alguma influência. Mas nada que pareça capaz de reverter a convicção da maioria dos eleitores de que, com ele e Rosinha, o Estado regressaria à balbúrdia de 2006.
É possível que Garotinho abra mão de novo mandato de deputado, a fim de formar uma bancada mais numerosa, em torno de uma campanha sua a governador (pode dar errado, pois não haveria um puxador de votos à Câmara tão forte quanto ele). Também poderia tentar o Senado, em acordo com Crivella, Lindbergh ou Cesar _para ele, Pezão é o inimigo a ser batido. O resultado no Datafolha vitamina suas condições para negociar.
Mas é só. Eventual retorno de Garotinho ao governo estadual seria a maior surpresa da política do Rio de Janeiro em muito tempo.

Cibercondria: a hipocondria da era digital

Cibercondria: a hipocondria da era digital 

Dr. Cristiano Nabuco
© Photobank - Fotolia.com
© Photobank – Fotolia.com
Se a hipocondria, crença infundada de que sintomas comuns podem indicar uma doença mais grave, já criava problemas expressivos aos pacientes e aos profissionais de saúde, a agora chamada cibercondria (hipocondria na era digital) tem sido então um tópico cada vez mais estudado pelos pesquisadores.
Quem nunca entrou na internet para investigar a respeito de seu problema de saúde?… É praticamente impossível achar alguém que nunca tenha feito isso.
Não que não seja legítimo e válido buscarmos informações, entretanto, para um grupo, isso pode se tornar um verdadeiro pesadelo. Para aqueles que são mais ansiosos por natureza e que já sofrem muito com a hipocondria, o acesso a centenas de informações pode acarretar ainda mais adversidades.
A cibercondria pode piorar as condições de saúde de muitos e gerar, de quebra, outros tipos de problemas. É, pelo menos, o que apontam alguns pesquisadores.
Um estudo feito na Universidade de Baylor, nos EUA, foi um dos primeiros a delinear um retrado mais claro do comportamento que surge, decorrente da evolução dos meios digitais. Publicado no periódico CyberpsychologyBehavior and Social Networking, o trabalho descreve os gatilhos que levam uma pessoa a desenvolver cibercondria.
Como as pessoas ansiosas já apresentam uma maior dificuldade para lidar com temas que ainda lhes são incertos, a pesquisa na internet visa a apaziguar sua ansiedade pessoal, pois sem estas informações, dificilmente essas pessoas conseguiriam “se desligar”.
Ocorre que, na tentativa de se informar mais sobre sua doença, se deparam com algumas centenas (ou milhares) de explicações, desenvolvendo ainda mais ansiedade e criando, desta forma, uma verdadeira bola de neve.
Também batizado nos Estados Unidos por fenômeno “Dr. Google”, uma simples tosse por conta de um ar seco pode, através destas “pesquisas”, se tornar uma doença grave.
Outro problema que aumenta expressivamente os níveis de ansiedade destes pacientes é quando descobrem sintomas que são conflitantes, ou seja, quando aparecem em mais de um tipo de doença, gerando ainda mais angústia pessoal.
Bem, e para resolver estes impasses?…
Muitos pacientes dão início a uma verdadeira peregrinação por consultórios médicos e hospitais, desenvolvendo agora certas adversidades econômicas (como ter que pagar por exames e médicos especialistas mais caros), em sua tentativa desesperada de “confirmar” seu diagnóstico.
E o pior de tudo ainda não foi descrito. Sabe o que é? Ao utilizar as informações colhidas na internet (nem sempre verdadeiras, diga-se de passagem), esses pacientes “sozinhos” elaboram seu próprio diagnóstico pessoal e assim chegam nas consultas munidos de centenas de explicações, prontos para contrapor os profissionais em suas opiniões, criando problemas ainda mais complexos.
Se formos considerar que aproximadamente 8 em cada 10 pessoas com acesso à internet pesquisam informações sobre doenças online (dados americanos), é possível então que boa parte da população seja candidata a desenvolver a cibercondria.
Na pesquisa americana, feita com mais de 500 indivíduos, com média de idade de 30 anos e de ambos os sexos, algo comum entre eles era o fato de que a maioria afirmava ter necessidade imperativa de saber o que, efetivamente, “o destino lhes reservava”. Além disso, de acordo com os inventários aplicados, a maioria deles passava muito tempo do seu dia pensando sobre a própria saúde, se comparado àqueles que não usavam a internet para tais fins.
Bem sabemos que cada indivíduo tem um filtro pessoal de interpretação da realidade e, para os que acreditam firmemente “ter algum problema”, os piores prognósticos possivelmente serão os que se tornarão mais representativos em seus achados, isto é, ainda que estes pacientes encontrem, digamos, 90 artigos que relatem um bom prognóstico da “sua doença”, é provável que apenas aqueles que são mais negativos sejam efetivamente “valorizados” pelos pacientes.
Como resultado final, os profissionais de saúde acabam por encontrar alguns pacientes que sabem mais de suas patologias do que eles mesmos, que estudaram anos para isso, o que dificulta a criação de um bom vínculo de confiança entre profissional e paciente.
Indivíduos cibercondríacos podem sofrer de mais crises de estresse o que pode, evidentemente, piorar seu estado geral de saúde.
É possível que informações médicas disponíveis na internet precisem, no futuro, de algum tipo de regulação, na tentativa de proteger estas pessoas em seu processo de autodiagnóstico.
Enfim, é a tecnologia criando novos contornos a velhos problemas. Vamos ficar atentos!

Durma menos, engorde mais

Durma menos, engorde mais 

Dr. Cristiano Nabuco
©-Christopher-Nuzzaco-Fotolia.
©-Christopher-Nuzzaco-Fotolia.
Uma forma, que ajudaria bastante no controle de seu peso talvez possa ser procurar dormir um pouco mais e melhor.
Diversos estudos já alertavam para a correlação percebida entre tempo, qualidade de sono e peso corporal. Pesquisas que acompanharam adultos que dormiam menos que 6 horas por noite e crianças com menos de 9-10 horas de sono, o pouco tempo de sono foi associado a um maior peso corporal.
Mais recentemente, um estudo feito pela Universidade do Colorado diz que apenas um dia na semana dormido de forma irregular já seria o suficiente para refletir os resultados na balança.
O estudo é sério e acompanhou os padrões de sono, bem como os hábitos de consumo alimentar. Os pesquisadores chegaram a estabelecer uma dieta para todos os participantes e que estava de acordo com o metabolismo individual de cada um. Assim sendo, todos deveriam estar consumindo uma quantidade ideal para que seu corpo pudesse assimilar a energia dos alimentos sem gerar grandes variações de peso. E o principal: todos dormiram a mesma quantidade de horas, com qualidade.
Em uma segunda parte do experimento, os participantes foram divididos em grupos que dormiam muito (9 horas) ou muito pouco (5 horas) e que recebiam uma dieta sem restrições. Na sequência, esses grupos foram invertidos quanto ao tempo de sono (quem dormia 9 horas passou a dormir 5 horas e vice-versa), para então medir as variações que isso poderia causar.
A primeira conclusão foi de que, ao contrário da hipótese inicial, menos tempo de sono resultou em um aumento do ritmo do metabolismo. Mas não fique animado(a)! As pessoas do grupo que dormia menos gastavam até 111 calorias a mais no dia, entretanto, por algum motivo, elas não perdiam peso.
E a explicação, você sabe qual foi? Porque, mais do que a quantidade de comida consumida no dia posterior a uma noite de sono mal dormida, era a qualidade desses alimentos que mudavam. Ficou claro? Não? Eu explico.
Um sono ruim aumentava a vontade e o consumo de carboidratos (pães e massas) e, além disso, os horários para comer também mudaram, ficando mais desregulados, além de ter sido registrado um excesso de ‘snacks’ durante todo o dia seguinte.
No grupo com um sono melhor, entretanto, o inverso aconteceu: as pessoas comiam menos e, o mais importante, instintivamente procuravam por comidas mais saudáveis, menos gordurosas e praticamente não sentiam tanto desejo ou necessidade dos carboidratos. Resumo: elas consumiam até 6% menos de calorias diariamente, se comparadas ao outro grupo do sono ruim.
Outro estudo mais recente, feito pela Universidade de Chicago, mostrou que um sono de baixa qualidade tem o poder de alterar as células de gordura no corpo. Os pesquisadores afirmam que dormir mal faz com que as células de gordura do corpo envelheçam em até 20 anos, ou seja, fiquem menos ágeis para metabolizar a energia estocada no corpo.
Sabe o que isso quer dizer? Significa que dormir menos que a média prevista entre 8 e 9 horas diárias (para um adulto) fez com que o corpo perdesse a “agilidade” para emagrecer.
Mais sono para crianças, mais vontade de se movimentar
Finalmente, uma última pesquisa feita pela Universidade da Pensilvânia acompanhou adolescentes pelo período de até 4 anos. A descoberta: uma hora a mais na média de sono noturno (8 horas por noite) ajudou a diminuir o peso corporal.
Portanto, entende-se que dormir pouco faz com que o corpo sinta a necessidade de se movimentar menos durante o dia, o que favorece o sedentarismo. Além disso, a produção hormonal – que inclui os hormônios associados ao apetite e à saciedade – fica mais desregulada, deixando o gasto energético menos eficiente.
A boa notícia, portanto, é que, ao contrário do que se prega nas rotinas de exercícios e hábitos alimentares (os pilares para o controle ou diminuição do peso), dormir pode contribuir de maneira expressiva para o controle de seu peso corporal. Já não é de hoje que ouvimos a importância de uma boa noite de sono.
Assim, se você é uma daquelas pessoas que sempre está de olho na balança, tente dormir mais e melhor. Seu corpo vai agradecer!…

Três Estados concentram mais da metade do PIB do país, diz IBGE

Três Estados concentram mais da metade do PIB do país, diz IBGE



São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais foram responsáveis, sozinhos, por 53,1% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil em 2011. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (22) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e são os mais recentes disponíveis.
O Estado com a maior economia do país é São Paulo (32,6%), seguido por Rio de Janeiro (11,2%) e Minas Gerais (9,3%). Em seguida, aparecem Rio Grande do Sul (6,4%) e Paraná (5,8%).

SP perde participação; Rio aumenta

A região Sudeste manteve-se no mesmo patamar de 2010, ao responder por 55,4% de participação no PIB brasileiro em 2011, mas houve uma mudança de peso entre os Estados.
São Paulo passou de 33,1% do PIB nacional em 2010 para 32,6% em 2011. Isso ocorreu porque a indústria de transformação brasileira atingiu, em 2011, sua menor participação na série (14,6% contra 16,2% em 2010). Com isso, o Estado teve perda de representatividade da indústria de transformação de 42% para 41,8%.
Já o Rio de Janeiro respondeu por 11,2% do PIB em 2011, um ganho de 0,4 ponto percentual em relação a 2010, resultado influenciado pela elevação do preço médio do petróleo. Com isso, houve aumento da participação de 35,3% para 39,8% da atividade da indústria extrativa fluminense.
Minas Gerais permaneceu com a mesma participação de 2010 (9,3%), uma vez que a indústria extrativa, que tem no minério de ferro seu principal produto, perdeu participação relativa no Brasil em função do ganho de representatividade dos Estados produtores de petróleo.
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Em quanto tempo o PIB per capita do Brasil se igualaria ao de países ricos11 fotos

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Reino Unido: 47 anos. A economia britânica tem um PIB per capita de US$ 36.941 - maior, portanto, que o da francesa. Mas hoje esse indicador cresce a uma taxa menor, de 1,98% ao ano, de modo que alcançaríamos primeiro o Reino Unido, depois a FrançaLeia mais Lefteris Pitarakis/AP

Sul e Nordeste perdem espaço; Norte e Centro-Oeste avançam

A região Sul, com participação de 16,2% no PIB, teve sua representação reduzida em 0,3 ponto percentual entre 2010 e 2011. O Rio Grande do Sul passou de 6,7% em 2010 para 6,4% em 2011. Santa Catarina ganhou 0,1 ponto percentual, ficando com 4,1%, e Paraná manteve o mesmo patamar de 2010: 5,8%.
A região Norte, com 5,4% do PIB em 2011, avançou 0,1 ponto percentual de participação entre 2010 e 2011. O ganho de participação da região ficou por conta do avanço de Rondônia, de 0,6% em 2010 para 0,7% em 2011, influenciado pelo impacto da construção das hidrelétricas de Jirau e de Santo Antônio, no rio Madeira.
A região Nordeste reduziu sua participação em 0,1 ponto percentual em 2011, representando 13,4% do PIB. Dos Estados nordestinos, apenas Maranhão, Paraíba e Bahia alteraram suas participações no PIB brasileiro.
Maranhão (1,3%) e Paraíba (0,9%) avançaram cada um cerca de 0,1 ponto percentual. A Bahia perdeu 0,2 ponto percentual entre 2010 e 2011, passando de 4,1% para 3,9%.
Já a região Centro-Oeste avançou 0,3 ponto percentual em 2011, restabelecendo o nível de 2009 (9,6%). Goiás e Mato Grosso foram os Estados que mais contribuíram para este ganho de participação.
Goiás passou de 2,6% para 2,7% do PIB nacional em 2011, ganho de participação relacionado ao desempenho da indústria de transformação. 
Mato Grosso, com 1,7% do PIB em 2011, ampliou participação em 0,1 ponto percentual em relação a 2010. Este ganho está relacionado à expansão da agropecuária, que passou de 6,9% em 2010 para 8% em 2011, influenciada pelo aumento do preço do milho e pelo aumento da produção de soja.

PIB per capita do DF é três vezes maior que o nacional

Em 2011, sete Estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Paraná) e o Distrito Federal apresentaram PIB per capita acima da média brasileira (R$ 21.535,65). 
O Distrito Federal, com o maior PIB per capita brasileiro, R$ 63.020,02, representou quase três vezes a média brasileira e quase o dobro da registrada em São Paulo (R$ 32.449,06), o segundo maior do país. 
Entre os Estados com menor PIB per capita, encontram-se Maranhão (R$ 7.852,71) e Piauí (R$ 7.835,75).
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Veja quais são os presidentes que tiveram 'pibinho'8 fotos

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Desde 1948, quando o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil começou a ser medido, sete presidentes enfrentaram anos de "pibinho", quando a economia brasileira cresceu menos de 1%, parou, ou até diminuiu. Vejam quais são: Leia maisUOL

PIB per capita do DF é duas vezes o de SP e oito vezes o do Piauí

PIB per capita do DF é duas vezes o de SP e oito vezes o do Piauí 

Sílvio Guedes Crespo
brasilia
O Brasil caminha gradativamente rumo à redução das desigualdades regionais, embora elas ainda saltem à vista, como indicam dados divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O Distrito Federal teve um PIB per capita de R$ 63 mil em 2011 (dado mais recente), número oito vezes maior que o dos dois Estados mais pobres do país, o Piauí (R$ 7.836) e o Maranhão (R$ 7.853).
A distância entre os Estados mais ricos e os mais pobres dá sinais de que está diminuindo, tanto em termos de PIB (Produto Interno Bruto) total quanto em relação ao PIB per capita.
O PIB per capita do DF é, também, quase duas vezes superior ao do Estado de São Paulo (R$ 32.449) e quase três vezes maior que a média nacional (R$ 21.536).
Ainda gritante, essa diferença já foi mais acentuada. Em 2010, o PIB per capita do DF era 8,5 vezes maior do que o do Maranhão, à época o Estado mais pobre.
A queda verificada não é desprezível, pois significa que, em 16 anos, o PIB per capita das duas unidades federativas se igualaria.
Vale notar, no entanto, que dificilmente esse ritmo continuaria por tanto tempo, uma vez que quanto mais uma região cresce economicamente, mais difícil se torna manter a velocidade da expansão.
pib per capita dos 26 Estados e DF
O PIB per capita do Distrito Federal é grande porque reúne num espaço muito pequeno pessoas com muito dinheiro – notadamente, altos funcionários públicos. Nesse aspecto, a capital federal é hors concours.
Mas se tomarmos como referência os demais Estados, nota-se uma pequena queda na desigualdade regional.
Em 2008, o PIB de São Paulo era 4,5 vezes maior que o do Piauí e o do Maranhão. Em 2011, já era quatro vezes superior a ambos. Nesse ritmo, as duas unidades federativas mais pobres levariam 24 anos para chegar ao nível de São Paulo.
Não custa lembrar que esse indicador, ainda que seja bom para medir a distância econômica entre os Estados, não capta a desigualdade interna de cada unidade federativa. Este ponto é mais bem identificado pelo índice de Gini.
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Em quanto tempo o PIB per capita do Brasil se igualaria ao de países ricos11 fotos

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EUA: 108 anos. O PIB per capita do Brasil foi de US$ 11.875 em 2012 e tem crescido a uma taxa média de 4,5% ao ano. Nesse ritmo, o país levaria 33 anos para atingir o mesmo patamar que os EUA têm hoje (US$ 49.922). Mas como nos EUA o indicador também cresce (3,1% ao ano), somente em 108 anos o PIB per capita dos dois países se igualaria AP
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Apartamentos funcionais de parlamentares em Brasília36 fotos

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Sala de um dos apartamentos funcionais reservados para deputados federais em Brasília Roberto Jayme/UOL
* O PIB do DF era 8,5 vezes maior que o do Maranhão em 2011, não 8,5%, como afirmava incorretamente este texto. 

Cliente pode poupar mais de R$ 200 mil ao pesquisar crédito imobiliário

Cliente pode poupar mais de R$ 200 mil ao pesquisar crédito imobiliário 

Sílvio Guedes Crespo

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Quem sabe pesquisar as taxas de juros e demais custos de financiamento de um imóvel pode economizar dezenas de milhares de reais ou mesmo centenas de milhares ao longo de 30 anos, segundo estimativa do blog Achados Econômicos a partir de dados coletados pela Fundação Proteste.
A entidade levantou o custo efetivo total (CET) do crédito imobiliário em oito bancos, expresso na forma de porcentagem ao ano. O blog calculou quanto isso significa em reais, considerando o Sistema de Amortização Constante (SAC), em que as parcelas são mais altas no início e mais baixas no fim.
Um casal com renda de R$ 4,5 mil, por exemplo, consegue um CET de 10,25% ao ano no Citibank, ao financiar 80% de um imóvel de R$ 150 mil. Já na Caixa Econômica Federal, o mesmo cliente obtém o empréstimo a um custo de 8,23% anuais.
A diferença do CET de um banco para o outro é de menos de 2 pontos percentuais ao ano. Parece que não faz diferença, mas este blog calculou que, ao longo de 30 anos, o cliente do Citibank terá desembolsado aproximadamente R$ 300 mil com o financiamento (sem contar o valor da entrada), enquanto o da Caixa gastará menos de R$ 270 mil, ou seja economizará cerca de R$ 30 mil.
O valor que se pode poupar – ou perder – aumenta quanto maior for a quantia financiada. Para parcelar 80% de um imóvel de R$ 800 mil, o cliente do Banrisul, por exemplo, terá um custo de 11,5% ao ano e desembolsará em torno de R$ 1,7 milhão ao longo de 30 anos. A mesma pessoa pode conseguir uma taxa de 9,25% se abrir uma conta-salário na Caixa. Dessa forma, gastará R$ 1,5 milhão no período, ou R$ 200 mil a menos do que no Banrisul.
Veja abaixo o CET em porcentagem ao ano e a estimativa do total a ser desembolsado ao longo do financiamento, considerando três perfis diferentes de clientes.
Perfil 1
Imóvel de R$ 150 mil
Financiamento: 80% (R$ 120 mil)
Renda familiar: R$ 4,5 mil
BancoCET (% a.a)Valor total a ser
desembolsado (R$ mil)*
Caixa (Minha Casa, Minha Vida + FGTS)7,69254
Caixa (sem FGTS nem Minha Casa Minha Vida)8,23263
BB (Minha Casa, Minha Vida + FGTS)9,02276
BB (só FGTS)9,29281
Citibank (relacionamento**)9,36282
Santander (relacionamento**)9,72288
Banrisul9,73288
BB (sem FGTS)9,76289
HSBC9,99293
Itaú10,02293
Bradesco10,16295
Citibank10,25297
  • * Estimativa calculada por meio do SAC
  • ** Taxa válida só para quem tem relacionamento com o banco
  • Fonte: Instituto Proteste. Elaboração própria
Os compradores que podem usar o FGTS ou se enquadram no programa Minha Casa, Minha Vida têm um custo menor no BB e na Caixa, como indica a tabela acima.
Alguns bancos divulgaram qual seria a taxa para quem tem relacionamento com a instituição financeira. No Citibank, por exemplo, quem apenas toma o crédito e não usa outros serviços bancários tem um custo de 10,25% ao ano; já os que têm relacionamento pagam apenas 9,36%, na mesma instituição financeira.

Perfil 2
Imóvel de R$ 400 mil
Financiamento: 80% (R$ 320 mil)
Renda familiar: R$ 11 mil
BancoCET (% ao ano)Valor total a ser
desembolsado (R$ mil)*
Caixa (relacionamento** + conta salário)8,62719
BB (prestação em dia + salário) 300 meses***8,66654
BB (prestação em dia) 300 meses***8,9673
Citi (relacionamento**)9,04738
Caixa (relacionamento**)9,12742
Santander (relacionamento**)9,39754
HSBC9,63764
BB (taxa balcão) 300 meses9,66692
Caixa (balcão)9,67766
Itaú9,79771
Citibank9,93777
Banrisul10,49802
Bradesco10,89820
  • * Estimativa calculada pelo SAC
  • ** Para clientes que têm relacionamento com o banco
  • *** O financiamento do BB para esta modalidade é de 25 anos
  • Fonte: Fundação Proteste. Elaboração própria
Bancos como Caixa, BB, Santander e Citibank informaram as taxas cobradas de quem tem relacionamento com a instituição financeira credora, que são mais baixas do que para os que apenas tomam o crédito.
Os dados sobre o BB, no caso dos perfis 2 e 3, se referem a um financiamento de 300 meses, não de 360, como os demais bancos. Por isso, seu custo não pode ser comparado diretamente com o dos rivais. Mantive-o na lista, ordenado pelo CET, não pelo valor a ser desembolsado. O mesmo banco informou, também, qual a taxa cobrada de quem mantém os pagamentos em dia, como indica a tabela.

Perfil 3
Imóvel de R$ 800 mil
Financiamento: 80% (R$ 640 mil)
Renda familiar: R$ 23 mil
BancoCET (% ao ano)Valor total a ser
desembolsado (R$ milhões)*
Caixa (relacionamento + salário)9,061,5
Caixa (relacionamento)9,251,5
Citibank9,341,5
HSBC9,531,5
BB (prestação em dia + salário) 300 meses**9,591,4
Santander (relacionamento)9,981,6
Caixa10,051,6
BB (prestação em dia) 300 meses**10,081,4
Itaú10,221,6
Citibank10,481,6
BB (balcão) 300 meses**10,581,5
Bradesco11,281,7
Banrisul11,51,7
  • * Estimativa calculada pelo SAC
  • ** Para clientes com relacionamento com o banco
  • Fonte: Fundação Proteste. Elaboração própria
Outro lado
Consultados pelo blog, os bancos disseram que o CET informado nas tabelas acima é o máximo cobrado para os três cenários da simulação e acrescentaram que essas taxas são reduzidas dependendo do perfil do cliente e das condições de financiamento. Os valores divulgados no site das instituições financeiras podem ser negociados. A atribuição dos juros é feita de maneira individualizada.
Observação
O cálculo do valor a ser desembolsado é uma estimativa porque o cliente pode optar por financiar ou não algumas despesas, como os gastos com cartório e imposto. Este estudo usou os mesmos critérios para todos os bancos ao projetar o valor total previsto em cada operação.
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Conheça projeto do menor apartamento do Brasil30 fotos

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Projeto interno de apartamento de 19m² desenvolvido pelo arquiteto canadense Graham Hill para o VN Quatá, em São Paulo. O projeto é caracterizado pelo aproveitamento máximo dos espaços. Com sua configuração básica, o apartamento tem uma sala de estar, banheiro e cozinha Leia mais Divulgação