quinta-feira, 6 de junho de 2013

MEGAPAREDE PROTEGE CASA DE VENTO POLAR


Arquitetos noruegueses tiveram de lançar mão de um inusitado recurso para construir uma casa no meio do nada no interior da Islândia. Colocados diante do desafio de uma paisagem pedregosa, de vulcões, glaciares e gêiseres, onde o vento polar sopra forte durante boa parte do ano, eles ergueram uma imensa parede para barrar a incessante brisa. Para o norte, de onde vem o vento constante, a residência está protegida por uma enorme fachada curva que parece fazer a casa tombar sobre si mesma. É ela, entre outros elementos, que mantém os moradores ao abrigo do frio, tornando a construção habitável.
Ali, uma única abertura permite que os moradores observem a vista para as montanhas e o horizonte desolado, que são marca registrada do país. Esse cenário quase de sonhos foi o que determinou o projeto desta residência de veraneio.
Construída em uma planície despovoada, próxima à capital Reykjavik, a Casa G foi concebida pelo estúdio norueguês Gudmundur Jonsson Arkitektkontor com base na leitura e no respeito à paisagem local.

A vista para o mar e as ilhas determinou as grandes janelas da fachada voltada para o sul. Isso garante a entrada de luz natural, além de aquecer os ambientes. A leste, as aberturas conectam visualmente os espaços internos com glaciares e, a oeste, com o rio e os gêiseres.
Os revestimentos da casa, tanto internos quanto externos, complementam a conexão entre a construção e a natureza do entorno. O cinza dos pisos de cimento queimado dão continuidade ao solo pedregoso, enquanto as paredes de madeira escura ? bastante elevadas em função dos pés-direitos duplos ? lembram as montanhas do horizonte.
Esbanjando elegância, o caráter contemporâneo da Casa G é uma homenagem à singela paisagem da Islândia, verdadeiro deleite para olhos mais atentos.

ARQUITETOS ENTERRAM CASA NA MONTANHA



)
Casa na ou da montanha? No caso da Villa Vals, na Suíça, a resposta é irrelevante. Enterrada na encosta de um morro da cidade de Vals, como se fosse uma toca (ou uma casa de duendes), a residência leva a ideia de morar na montanha às últimas consequências ? mas sem deixar de lado uma boa dose de arquitetura e design.
A começar pelo seu aspecto brutalista, reforçado pela presença marcante do concreto aparente nos acabamentos internos e pelas pedras da fachada inclinada. Um bom começo para deixar bem claro que, de rústica, ela não tem nada.

Disponível para locação nas férias, a residência totalmente equipada foi desenhada pelos arquitetos Bjarne Mastenbroek e Christian Müller, dos escritórios Search e CMA. Eles queriam integrar a casa na paisagem, a fim de manter a natureza o mais intocada possível.
Dessa maneira, o acesso se dá através de um túnel subterrâneo que parte de um barracão de madeira. A partir daí, o espaço reserva uma surpresa após a outra ? seja pela decoração, inteiramente feita com peças de design holandês, seja pelas soluções arquitetônicas de aproveitamento do espaço nas salas, na cozinha e nos dormitórios. Todos abrindo espaço para o protagonista do projeto: a vista para a paisagem da região, repleta de vales e vegetação exuberante que podem ficar ainda mais bonitos com a neve do inverno.

MICROILHA ENCANTA TURISTAS NA ESLOVÊNIA


Cenário de conto de fadas, imagem de quebra-cabeças, brinquedo em miniatura… Não faltam referências fantásticas para a paisagem desta pequena ilha no meio de um lago rodeado pelos Alpes na Eslovênia, país do leste europeu vizinho de Itália, Áustria, Hungria e Croácia.
Conhecida como Bled, a região é um dos destinos de viagem preferidos dos eslovenos, por conta de atrações como castelos, florestas, montanhas e estações de esqui.
Mas é a ilhazinha, bem no meio do lago, que mais atrai visitantes durante o ano. Motivos não faltam: o lago e a ilha são os únicos do país e contam com casas e construções de uma arquitetura única. Em especial o Santuário da Assunção de Nossa Senhora, construído no século 15.

Sua pitoresca torre de 52 metros de altura destaca-se no meio do arvoredo e é parada obrigatória para os fiéis que visitam o templo. Para subir até seu topo, é necessário enfrentar uma escada com 99 degraus. Por conta do cenário inusitado, a igreja é muito procurada para casamentos, não apenas por noivos da Eslovênia, mas também por gente vinda de outros países da região.
Mas o Santuário não é a única construção da ilha. Sua ocupação, aliás, começou no século 11 a.C. Muito tempo depois, durante a Idade Média, o local serviu como terreno para cultos pagãos. No ano de 1142, foi construído um primeiro templo cristão, refeito no século 15 e finalizado por volta de 1800, após um terremoto que destruiu parte do edifício original.
Além da paisagem e das construções históricas, o lago Bled também atrai visitantes por um outro motivo igualmente peculiar: rodeado por montanhas, ele quase não sofre com ventanias e agitações na superfície e, por isso mesmo, é um dos destinos prediletos em todo o mundo entre os praticantes de remo e canoagem.

(Clique em qualquer uma das imagens para vê-las em galeria)

UMA CATEDRAL FEITA DE 55 MIL LÂMPADAS DE LED

UMA CATEDRAL FEITA DE 55 MIL LÂMPADAS DE LED


Uma estrutura metálica toda forrada com lâmpadas de LED coloridas, semelhante a uma igreja, roubou a cena durante o Festival das Luzes de Ghent, na Bélgica, que aconteceu nos últimos dias de janeiro. Também pudera: com 28 metros de altura, a construção Luminarie De Cagna foi erguida em menos de um mês e inteiramente coberta com nada menos do que 55 mil lâmpadas.
Sua grandiosidade fez com que o público presente no festival passasse a chamar a estrutura de nova catedral de Ghent. Mas nem só dela se faz o festival, que é considerado o mais colorido espetáculo da Europa. Como aconteceu na edição anterior, os principais edifícios da cidade tiveram suas fachadas decoradas com mapping ou iluminação decorativa multicolorida.
Com quatro dias de duração, o Festival das Luzes de 2012 atraiu mais de 200 mil visitantes à cidade belga. Das 18h à 0h, eles puderam conferir, além do espetáculo gratuito de iluminação e efeitos especiais, uma série de workshops com os autores dos projetos luminotécnicos, a maioria designers e artistas plásticos especializados em lighting.
(Clique em qualquer uma das imagens para vê-las ampliadas em galeria)

AS MAIS BELAS CÚPULAS DE IGREJAS

AS MAIS BELAS CÚPULAS DE IGREJAS





Há quem entre numa igreja em busca de fé, meditação, paz. E há gente como o fotógrafo David Stephenson, que percorre templos para observar seu tetos. Desde 2003, ele registra as cúpulas de catedrais góticas na Europa e reuniu as imagens no livro Heavenly Vaults (“cúpulas celestiais” em tradução livre). Os desenhos geométricos presentes nas partes internas das coberturas são tão simétricos que se assemelham a caleidoscópios. Como na ilusão de ótica do brinquedo, novos detalhes aparecem a cada olhada. Quem não quiser ficar com torcicolo, é só conferir a beleza de 10 cúpulas na galeria abaixo.
(Clique em qualquer uma das imagens para vê-las em galeria)
1. Catedral de Monreale, Itália
Um conjunto de janelas ilumina os detalhes dourados da nave principal da catedral de Monreale, na Sicília. A construção do ano de 1174 é um dos poucos registros da cultura normanda (norte da França) na Itália.
_________________________________________________________
2. Igreja St. Anne, Alemanha
A cidadezinha alemã de Annaberg-Buchholz tem a maior igreja gótica da Saxônia. Erguida em 1499 como uma igreja católica, ela se tornou um espaço para fiéis luteranos 26 anos após sua fundação – a mudança também surge nos detalhes do interior, nas cores e nos formatos das abóbadas.
_________________________________________________________
3. Catedral de Santa Bárbara, República Tcheca
A catedral, um dos patrimônios históricos da Unesco (órgão da ONU), é conhecida como a igreja dos mineiros na República Tcheca – foi fundada por donos de uma mineradora de Kutná Hora. Mas, diante do declínio do setor e da forte oposição da igreja católica de Praga, a construção iniciada no fim dos anos 1300 só foi concluída em 1905, após vários percalços.
_________________________________________________________
4. Basílica de São Francisco de Assis, Itália
A Basílica da cidade onde São Francisco de Assis viveu é um dos pontos-chave de peregrinação de católicos na Itália. Composta por duas partes, uma de estilo gótico e outra romanesca, os afrescos do interior foram pintados pelo renascentista Giotto.
_________________________________________________________
5. Catedral de Chartres, França
Um dos destaques da catedral do século 13, de estilo gótico, são os vitrais originais, que resistiram à fúria da Revolução Francesa.
_________________________________________________________
6. Mosteiros dos Jerônimos, Portugal
O mosteiro que fica às margens do rio Tejo é uma das obras-primas do século 16, feita em plena expansão marítima do país. Por isso, a força da navegação portuguesa inspirou os desenhos de todo o mosteiro, das portas ao claustro.
_________________________________________________________
7. Igreja Sainte-Chappelle, França
A pequena capela não é tão famosa como a vizinha Notre-Dame, mas é considerada um dos templos mais bonitos de Paris. Foi construída no século 13 para ser uma capela palaciana de dois andares, destinada à família real. A parte térrea, que seria usada pelos súditos, tem algumas imagens de santos nas paredes de cores fortes; já a superior, exclusiva aos monarcas, foi toda revestida por vitrais que contam passagens bíblicas.
_________________________________________________________
8. Igreja St. Mary, Alemanha
Feitas entre 1544 e 1546, as pinturas da cúpula da igreja de Santa Maria, em Pirna, têm a intenção de refletir a fé protestante. Os móveis barrocos completam o projeto iniciado em 1466.
_________________________________________________________
9. Catedral de Ely, Inglaterra
A catedral surgiu antes da fundação da cidade britânica, por um grupo de monges que queria demonstrar sua fé com uma construção majestosa. Hoje, é ela quem atrai público para Ely: são mais de 250 mil pessoas por ano.
_________________________________________________________
10. Catedral de Lincoln, Inglaterra
A narrativa gótica da catedral, que se parece com um castelo do lado externo, está nas nervuras da cúpula, nas arcadas geométricas e nas fortes linhas verticais que são traçadas até as amplas janelas de vidro
.