domingo, 24 de março de 2013

Câncer de mama poderia ter tratamento personalizado



A descoberta de que os ratos carecem de uma proteína que os torna praticamente imunes a tumores provocados por genes envolvidos na maioria dos cânceres humanos de mama poderia permitir novas aplicações terapêuticas no ser humano e um tratamento personalizado, segundo pesquisas americanas publicadas na revista científica britânica Nature na edição desta sexta-feira.
Isto poderia permitir tratamentos "na medida" em função da natureza do tumor, segundo a equipe de Piotr Sicinsky e seus colegas de Boston do Dana-Farber Cancer Institute e do Harvard Medical School de Massachusetts. Na maior parte dos cânceres de mama, uma proteína, denominada ciclina D1, uma das numerosas proteínas que interferem na proliferação das células, é produzida em excesso nos tumores. As ciclinas são essenciais na divisão celular.
Em primeiro lugar os cientistas efetuaram manipulações genéticas para obter ratos incapazes de produzir a proteína D1. Depois constataram que os roedores haviam se tornado totalmente resistentes ao aparecimento de um câncer mamário, induzidos por genes do câncer, os oncogenes "neu" e "ras", encontrados com freqüência nos cânceres de mama. Em troca, os ratos modificados eram suscetíveis de desenvolver tumores vinculados a outros oncogenes, como os genes "c-myc" e "Wnt-1".
Estes resultados sugerem a possibilidade de conceber moléculas, anti-ciclinas D1, que poderiam bloquear a função da proteína ou reduzir seu nível de células cancerígenas, adiantaram os investigadores, que defenderam a necessidade de pesquisas complementares no ser humano.
Atualmente, estão sendo realizados testes clínicos de novos tratamentos tendo com alvo direto o oncogene "neu", envolvido em 50% dos cânceres de mama. Resta saber se as anti-ciclinas D1, ou uma combinação de moléculas, poderiam melhorar a terapia ou reduzir seus efeitos indesejáveis. Nesse caso "seria possível, algum dia, fazer tratamentos na medida", comentaram dois cancerologistas dinamarqueses, Jiri Bartek e Jiri Lukas em reportagem da mesma revista.

Reposição hormonal só deve ser feita após exames

Reposição hormonal só deve ser feita após exames
Toda e qualquer reposição hormonal somente pode ser feita após exames que afastem a possibilidade da mulher estar com câncer de mama e útero. "A mamografia e ecografia do útero são absolutamente necessárias para prescrição da reposição hormonoal", afirmou o ginecologista obstetra do Hospital Santa Lúcia de Brasília, Alberto Laconeta, em entrevista à Radiobrás.
Ele explicou que, caso a mulher faça reposição hormonal e tenha um princípio, que seja, de câncer, o tumor progredirá rapidamente, com riscos reais de irreversibilidade. Afastada a possibilidade de câncer, a reposição hormonal é recomendada quando os ovários não estão mais produzindo-os suficientemente.
A queda de produção hormonal ovariana antecede a menopausa, que como explicou Lacoreta, é quando ocorre a última menstruação.
"O período que precede e o que prossegue à menopausa é o climatério, quando a maioria das mulheres sofre com sintomas físicos e psicológicos", afirmou.
De acordo com ele, diante o fato de que a expectativa de vida vem aumentando nos últimos anos, e que os ovários normalmente param de produzir hormônios em torno dos 48 anos de vida da mulher, é cada vez mais freqüente a reposição hormonal.
Além dos sintomas físicos decorrentes da baixa produção hormonal, como insônia, ressecamento da pele, calor excessivo e maior risco de infartos a mulher com deficiência de hormônios sofre com depressão, desânimo e tristeza. "A mulher que necessita de reposição hormonal e não a faz terá uma queda na qualidade de vida" alertou.
E ainda aconselhou: "A reposição hormonal, quando necessária e sem possibilidade de riscos é importante, mas não é tudo. Para uma vida saudável é preciso também disposição para o lazer, para a profissão, o lar, os esportes, o prazer de viver".
Agência Brasil 

Cosméticos à base de limão hidratam e aliviam o estresse


Cosméticos à base de limão hidratam e aliviam o estresse

Com duas versões hidratantes e revitalizantes, linha Body promete manter a pele macia e suavemente perfumada Foto: Divulgação
Com duas versões hidratantes e revitalizantes, linha Body promete manter a pele macia e suavemente perfumada
Foto: Divulgação
Desenvolvida a partir dos efeitos sensoriais que as cores provocam, a nova linha Body da John John auxilia na hidratação da pele, deixando-a macia e suavemente perfumada. Isso porque os produtos de beleza, na cor verde, à base de limão possuem textura cremosa e princípios ativos que ajudam na nutrição e proteção da cútis.
A novidade conta com loção corporal hidratante, chamada de Love at First Feel, que dá brilho à pele. Com textura cremosa, o gel de banho Wash on the Wild Side Limoncello ajuda a aliviar o estresse.
Para finalizar a lista, a loção hidratante iluminadora, batizada como We are Golden, traz hidratação e proteção à pele, deixando-a com aspecto aveludado. O lançamento é encontrado em clínicas estéticas e casas especializadas de todo o País.

Com proteínas do leite, loção promove tripla hidratação


Com proteínas do leite, loção promove tripla hidratação

Recém-lançado no mercado, cosmético deixa a pele macia e suave durante todo o dia   Foto: Divulgação
Recém-lançado no mercado, cosmético deixa a pele macia e suave durante todo o dia  
Foto: Divulgação
Com tecnologia exclusiva, a nova loção hidratante da marca de cosméticos Hydratta promete promover três vezes mais hidratação para a pele do corpo, deixando-a muito mais macia e viçosa durante todo o dia.
Formulado com ativos desenvolvidos especialmente para melhorar o aspecto das cútis secas e extremamente ressecadas, o produto breca o efeito negativo provocado pelas mudanças climáticas e poluição sobre o tecido cutâneo, garantindo brilho, suavidade, além de fácil absorção.
 
Promessa de sucesso, o cosmético já pode ser encontrado em casas especializadas em artigos de beleza e grandes redes de farmácias.

A MORENINHA


Joaquim Manuel De Macedo
(A Moreninha)

1-Dados sumários sobre o autor e a obra 
  
Autor: Joaquim Manuel de Macedo 
Título Da obra: A Moreninha 
Editora: Ática 
Edição: 30a 
Ano:1844 
  
Dados biográficos do autor 
  
 Romancista, poeta, historiador e dramaturgo fluminense (24/06/1820-11/04/1882). Sua vasta obra é uma crônica fiel da pequena  burguesia brasileira na segunda metade do século XIX. Nascido em Itaboraí, torna-se figura obrigatória nas rodas literárias e nos salões elegantes do  Rio de Janeiro. Alcança grande popularidade não só com os romances que escreve, mas também por seu prestígio pessoal. Além de escritor, é médico e  professor, elegendo-se deputado em várias legislaturas. Juntamente com  Araújo Porto Alegre e Gonçalves Dias, funda a revista Guanabara, prestigioso  órgão de divulgação do Romantismo. É patrono da cadeira número 20 da  Academia Brasileira de Letras. Consagra-se logo no primeiro romance A  Moreninha (1844). No ano seguinte, publica O Moço Loiro.  Outros romances  seus são Rosa (1849), Vicentina (1853) e a Luneta Mágica (1896). Escreve várias peças  para o teatro, entre ela O Cego (1849) e Luxo e Vaidade (1860). É autor também de duas obras autobiográficas de interesse histórico,  um Passeio pela Cidade do Rio de Janeiro (1863) e Memórias da Rua do Ouvidor  (1878). Perto de completar 62 anos de idade, morre no Rio de Janeiro,  esquecido e pobre. 
  
Resumo da obra 
  
              Augusto, Leopoldo e Fabrício estavam conversando, quando  Filipe chegou e os convidou para passar um fim de semana na casa de sua avó  que ficava na Ilha de Paquetá. Todos ficaram empolgados,  menos Augusto.  Filipe comentou a respeito de suas primas e de sua irmã, que provavelmente  estariam na ilha. Foi quando surgiu uma discussão que deu origem a um  aposta; Filipe desafiou Augusto dizendo que se ele não se apaixonasse  por  uma das moças ali presentes, no prazo de um mês, seria obrigado a escrever um romance sobre sua história. 
              Passaram-se quatro dias, Augusto recebeu uma carta, que lhe  foi entregue por seu empregado Rafael, a mando de Fabrício. A carta dizia  que o namoro de Fabrício com D.Joaninha  não estava indo muito bem, pois ela era muito exigente. Ela fazia-lhe pedidos absurdos como escrever quatro cartas por semana , passar quatro vazes ao dia em frente à sua casa e nos bailes ele teria  que usar um lenço amarrado em seu pescoço , da mesma cor da fita rosa presa a seus cabelos. Terminando a leitura, Augusto começou  a rir porque era ele quem sempre aconselhava Fabrício em seus namoros. 
              Na manhã de sábado, chegou à ilha e encontrou seus amigos, que  estavam a sua espera. Entrando na casa, se dirigiu à sala e se apresentou, em seguida foi procurar um lugar para sentar-se perto das moças. Foi então que ele se deparou com D.Violante, que lhe ofereceu um assento. Ela falou por várias horas sobre suas doenças, e perguntou o que ele achava.  Augusto já irritado de ouvir tantas reclamações, disse que ela sofria apenas de hemorróidas. D.Violante se irritou, afirmando que os médicos da atualidade não sabem o que falam. 
               Fabrício chegou interrompendo a conversa e chamou Augusto para um diálogo em particular. Os dois começaram a discutir sobre a carta, pois Augusto disse que não pretendia ajudá-lo  em seu namoro com D.Joaninha. Fabrício então declarou guerra  a Augusto. 
               Logo após a discussão, chegou Filipe chamando-os para o jantar. Na mesa, após todos terem se servido, Fabrício começou a falar em tom alto, dizendo que Augusto era inconstante  no amor. Ele, por sua vez, não respondeu as provocações, mas, na tentativa de se defender, acabou agravando ainda mais a sua situação perante todos. 
               Após o jantar, foram todos passear no jardim e Augusto foi isolado por todas as moças. Apenas  D.Ana aceitou passear com ele. Augusto quis dar explicações à D.Ana, mas preferiu ir a um lugar mais reservado. Ela sugeriu então que fossem até uma gruta, onde sentaram num banco de relva. 
              Começaram a conversar e Augusto contou sobre seus antigos amores e entre eles do mais especial, que foi aos treze anos, quando viajando com seus pais  conheceu uma linda garotinha de oito anos, com quem brincou  muito na praia, quando um pobre menino pediu-lhes ajuda. Eles foram levados a uma cabana onde estava um velho moribundo a beira da morte. Sua mulher e seus filhos estavam chorando. As crianças comovidas deram todo o dinheiro que possuíam à mulher do pobre velho. O velho agradeceu e pediu de cada um deles um objeto de valor. O menino deu-lhe um camafeu de ouro que foi envolvido numa fita verde e a menina deu-lhe um botão de esmeralda que  foi envolvido numa fita branca, transformando-os em breves. O camafeu ficou com a menina e a esmeralda com o menino. 
              Depois trocados os breves, o velho os abençoou e disse que no futuro  eles se reconheceriam pelos breves e se casariam. Foram embora e a menina saiu correndo de encontro a seus pais sem ter revelado o seu nome, e a partir  daquele momento nunca mais se viram. Acabada a história Augusto levantou-se para tomar água. Ao pegar um copo de prata foi interrompido por D.Ana que resolveu lhe contar a história da gruta, que era a lenda de uma moça  que se apaixonara por um índio que não a amava  e de tanto ela chorar, deu origem a uma fonte, cuja água era encantada. Disse também que quem bebesse daquela água teria o poder de adivinhar os  sentimentos alheios e não sairia da ilha sem se apaixonar por alguém. D.Ana explicou também que a moça cantava uma canção muito bela, quando de repente eles escutaram uma linda voz. Augusto perguntou a D.Ana de onde vinha aquela melodia e ela explicou que era Carolina que cantava sobre a pedra de gruta e ele ficou 
encantado. 
              Logo após o passeio, foram todos até a sala para tomar café e a Moreninha derramou o café de Fabrício sobre Augusto. Ele foi se trocar no gabinete masculino quando Filipe entrou e sugeriu que ele fosse se trocar no gabinete feminino, para que pudesse ver como era. 
              Augusto aceitou e enquanto se trocava, ouviu vozes das moças que iam em direção ao gabinete. Ficou apavorado, pegou rapidamente as roupas e se enfiou debaixo de uma cama. As moça entraram, sentaram-se e começaram a conversar sobre assuntos particulares. O rapaz ouviu toda a conversa e quase não resistiu ao ver as pernas bem torneadas de Gabriela na sua frente. De repente ouviram um grito e Joaninha disse que a voz parecia com a de sua prima D.Carolina. Todos saíram correndo para ver o que estava acontecendo e Augusto aproveitou para terminar de se trocar e saiu do gabinete para ver a causa daquele grito. 
              O grito era da Moreninha que viu sua ama D. Paula caída no chão, devido a alguns goles de vinho que tomou junto do alemão Kleberc. D.Carolina não queria acreditar que sua  ama estivesse bêbada e levaram-na para o quarto. A Moreninha estava desesperada quando Augusto, Filipe, Leopoldo e Fabrício entraram no quarto e percebendo a embriaga.


As Primaveras (Casimiro de Abreu)


As Primaveras
(Casimiro de Abreu)


Casimiro José Marques de Abreu(Barra de São João, 4 de Janeiro de 1839 ? Barra de São João, 18 de Outubro de 1860) foi um poeta brasileiro da segunda geração romântica.Filho de um abastado comerciante e fazendeiro português, e de Luísa Joaquina das Neves, uma fazendeira viúva. A localidade onde nasceu, Barra de São João, é hoje chamada "Casimirana", em sua homenagem. Recebeu apenas a instrução primária, no Instituto Freeze, em Nova Friburgo, então cidade de maior porte da região serrana do Estado do Rio de Janeiro, e para onde convergiam, à época, os adolescentes induzidos pelos pais a se aplicarem aos estudos. Casimiro, no entanto, só cursou naquela cidade a instrução primária, dos onze aos treze anos.Aos treze anos transferiu-se para o Rio de Janeiro para trabalhar com o pai no comércio. Com ele, embarcou para Portugal em 1853, onde entrou em contato com o meio intelectual e escreveu a maior parte de sua obra. Em Lisboa, foi representado seu drama Camões e o Jaú, que foi publicado logo depois.Em 1857 retornou ao Brasil para trabalhar no armazém de seu pai. Isso, no entanto, não o afastou da vida boêmia. Escreveu para alguns jornais e fez amizade com Machado de Assis. Escolhido para a recém fundada Academia Brasileira de Letras, tornou-se patrono da cadeira número seis.Tuberculoso, retirou-se para a fazenda de Indaiaçu, onde inutilmente buscou uma recuperação do estado de saúde. Em 1859 editou as suas poesias reunidas sob o título de Primaveras.Espontâneo e ingênuo, de linguagem simples, tornou-se um dos poetas mais populares do Romantismo no Brasil. Deixou uma obra cujos temas abordavam a casa paterna, a saudade da terra natal e o amor (mas este tratado sem a complexidade e a profundidade tão caras a outros poetas românticos).É o patrono da Cadeira n° 6 da Academia Brasileira de Letras. 

As Primaveras, único livro de poesias escrito por Casimiro de Abreu, foi lançado em 07 de Setembro de 1859, com ajuda financeira do pai, embora este fosse avesso às tendências literárias do filho. O sucesso varreu o país como vendaval, sendo aclamado por alguns e criticado por outros, mas até hoje é o símbolo poético da Saudade.Trata-se de uma coleção de poesias melancólicas e sentimetais pela maior parte, em que a uma grande simplicidade na forma se alia um sentimento apaixonado e veemente.Casimiro viveu pouco a temporada de glória, porque os sintomas da Tuberculose se agravaram falecendo em 18 de outubro do ano seguinte, com apenas 21 anos.O pai, José Joaquim Marques de Oliveira, faleceu em abril de 1860.Naquele ano de 1859, em 15 de Setembro, Barra de São João emancipa-se de Macaé e torna-se o município com mesmo nome, o que atualmente se chama por Casimiro de Abreu, sendo a data comemorada tradicionalmente com festejos na cidade-sede, localizada na Rodovia BR 101.