domingo, 24 de março de 2013

As Primaveras (Casimiro de Abreu)


As Primaveras
(Casimiro de Abreu)


Casimiro José Marques de Abreu(Barra de São João, 4 de Janeiro de 1839 ? Barra de São João, 18 de Outubro de 1860) foi um poeta brasileiro da segunda geração romântica.Filho de um abastado comerciante e fazendeiro português, e de Luísa Joaquina das Neves, uma fazendeira viúva. A localidade onde nasceu, Barra de São João, é hoje chamada "Casimirana", em sua homenagem. Recebeu apenas a instrução primária, no Instituto Freeze, em Nova Friburgo, então cidade de maior porte da região serrana do Estado do Rio de Janeiro, e para onde convergiam, à época, os adolescentes induzidos pelos pais a se aplicarem aos estudos. Casimiro, no entanto, só cursou naquela cidade a instrução primária, dos onze aos treze anos.Aos treze anos transferiu-se para o Rio de Janeiro para trabalhar com o pai no comércio. Com ele, embarcou para Portugal em 1853, onde entrou em contato com o meio intelectual e escreveu a maior parte de sua obra. Em Lisboa, foi representado seu drama Camões e o Jaú, que foi publicado logo depois.Em 1857 retornou ao Brasil para trabalhar no armazém de seu pai. Isso, no entanto, não o afastou da vida boêmia. Escreveu para alguns jornais e fez amizade com Machado de Assis. Escolhido para a recém fundada Academia Brasileira de Letras, tornou-se patrono da cadeira número seis.Tuberculoso, retirou-se para a fazenda de Indaiaçu, onde inutilmente buscou uma recuperação do estado de saúde. Em 1859 editou as suas poesias reunidas sob o título de Primaveras.Espontâneo e ingênuo, de linguagem simples, tornou-se um dos poetas mais populares do Romantismo no Brasil. Deixou uma obra cujos temas abordavam a casa paterna, a saudade da terra natal e o amor (mas este tratado sem a complexidade e a profundidade tão caras a outros poetas românticos).É o patrono da Cadeira n° 6 da Academia Brasileira de Letras. 

As Primaveras, único livro de poesias escrito por Casimiro de Abreu, foi lançado em 07 de Setembro de 1859, com ajuda financeira do pai, embora este fosse avesso às tendências literárias do filho. O sucesso varreu o país como vendaval, sendo aclamado por alguns e criticado por outros, mas até hoje é o símbolo poético da Saudade.Trata-se de uma coleção de poesias melancólicas e sentimetais pela maior parte, em que a uma grande simplicidade na forma se alia um sentimento apaixonado e veemente.Casimiro viveu pouco a temporada de glória, porque os sintomas da Tuberculose se agravaram falecendo em 18 de outubro do ano seguinte, com apenas 21 anos.O pai, José Joaquim Marques de Oliveira, faleceu em abril de 1860.Naquele ano de 1859, em 15 de Setembro, Barra de São João emancipa-se de Macaé e torna-se o município com mesmo nome, o que atualmente se chama por Casimiro de Abreu, sendo a data comemorada tradicionalmente com festejos na cidade-sede, localizada na Rodovia BR 101.

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