sábado, 2 de março de 2013

A SABEDORIA NOSSA DE CADA DIA POR AUGUSTO CURY

Os Segredos do Pai-Nosso - Augusto CurySINOPSE:

"A segunda parte do Pai Nosso inicia com a frase O pão nosso de cada dia nos dai hoje. Com ela, o Mestre dos mestres debruça-se sobre as necessidades psíquicas do complexo ser humano."

O Pai-Nosso é uma das orações mais recitadas em todo o mundo, mas poucas pessoas compreendem a profundidade das mensagens que ela traz. Com a intenção de desvendar os segredos ocultos nas palavras de Jesus e de revelar o poder transformador dessa prece, Augusto Cury escreveu a coleção Os segredos do Pai-Nosso. Embora os dois livros se complementem, eles podem ser lidos de forma independente, pois abordam temas distintos: o primeiro volume estuda as características de Deus e o segundo, A sabedoria nossa de cada dia, trata da personalidade humana, seus dilemas e conflitos.Nessa fascinante jornada, você vai descobrir a profunda visão de Jesus dos sentimentos humanos e conhecer algumas ferramentas indispensáveis ao equilíbrio, à saúde mental e à expansão dos horizontes da inteligência. Quando tomarmos consciência de que amor, alegria, tranqüilidade, compaixão, sonhos, autoconhecimento, auto-estima, tolerância e solidariedade são as nossas necessidades fundamentais, teremos colocado em prática a mensagem contida na oração que o Mestre dos Mestres nos ensinou

RESUMO DO LIVRO : OS SEGREDOS DO PAI NOSSO DE AUGUSTO CURY


1º Segredo: O Pai Nosso é uma caixa de segredos. É preciso abri-la. Com as palavras dessa oração Jesus procurava emancipar as mentes, libertar a emoção. Nela, nenhum miserável foi excluído, nenhum errante foi rechaçado, nenhum sacrifício foi pedido, nenhum dogma, proclamado, nenhuma lei, estabelecida.

2º Segredo: Primeiro, a emoção desse Pai só não explodiu de tensão porque deve constituir uma fonte inesgotável de prazer. Segundo, ao contrário dos humanos que usam mal o seu tempo , Deus usou seu intelecto na eternidade passada para gerar inumeráveis e intermináveis autodiálogos.

3º Segredo: Deus não é autista. Porque foi vítima da solidão intrapsíquica e da social, porque teve inumeráveis encontros com Seu próprio ser e porque procura ansiosamente construir relações sociais. Se não tivesse forjado em sua personalidade os vários tipos de solidão, Deus poderia ser o maior de todos os autistas. Não precisaria de ninguém. Não almejaria ser um pai, não amaria.

4º Segredo: A ansiedade social de Deus, associada à consciência de que Ele é um Ser único no teatro da existência, gerou uma explosão criativa.

5º Segredo: A solidão é psiquicamente incurável, sem solução definitiva.

6º Segredo: Deus tem necessidade psíquica de ser amado. Para Ele não basta construir relações, é preciso ter o amor como ingrediente fundamental.

7º Segredo: Deus é 100% pela humanidade. A oração do Pai Nosso estilhaça estigmas. Muitos querem controlar Deus, ser seus proprietários, inseri-lo na dimensão de seus dogmas religiosos. Mas Deus quer se libertar. Ele quer ser o Pai Nosso. Ele é muito grande para caber na cartilha de nossa religiosidade.

8º Segredo:O Pai descrito pelo Senhor Jesus é contra a superproteção.

9º Segredo: O céu onde habita Deus Pai é infinitamente distante e extremamente próximo. É distante o suficiente para não superproteger os seres humanos e próximo o bastante para que seja ouvido o clamor de cada um deles. Mesmo que este clamor seja inaudível, mesmo que seja apenas uma lágrima sutil que sai dos becos da emoção ou um sussurro de dor que emana das áreas mais ocultas do intelecto.

10º Segredo: Deus não é uma energia despersonalizada, mas um ser concreto com uma personalidade altamente sofisticada, que constrói uma historia e se preocupa com os símbolos psíquicos entre os quais Seu Nome tem grande destaque.

11º Segredo: O paradóxico de o Pai querer que Seu Nome seja conhecido, honrado difundido e santificado no meio da humanidade, mas, ao mesmo tempo procura o anonimato.

12º Segredo: Deus não quer um trono político, mas um trono no coração psíquico do ser humano.

13º Segredo: O Reino de Deus é constituído de uma grande família real: o Pai e filhos. Não há classes sociais nem súditos, embora as personalidades sejam diferentes. Apesar das diferenças profissionais e sociais entre as pessoas, é a primeira vez na história que um reino não tem servos nem uma minoria privilegiada. Uma prostituta tem o mesmo valor que um religioso.

14º Segredo: O Reino de Deus é alargado não pela força ou pelo dinheiro, mas por gestos que exalam mansidão.

15º Segredo: A vontade de que fala a oração do Pai Nosso revela o projeto de vida de Deus. Um projeto rigorosamente bem planejado, cuja execução O levará até as últimas consequências. Seu projeto é ter uma família eterna, uma nova sociedade onde não haverá luto, dor, lágrimas, angústias, injustiças, mesmice.

16º Segredo: Deus se angustia e sofre por cada ser humano mutilado, perceguido injustiçado, vitima de violência ao longo da historia da humanidade. Se não sofresse, poderia ser um criador, um arquiteto da existência, mas não seria Pai.

17º Segredo: Foi nesse clima que Jesus, horas antes de morrer, viveu intensamente um dos pensamentos mais vivos da oração do Pai Nosso:”Faça-se a Tua Vontade assim na terra como no céu.”

CONCLUSÃO:
A primeira é que Deus tem uma vontade, o que indica que Ele possui uma personalidade complexa, uma estrutura intelectual sofisticada.

A segunda conclusão a que ela nos leva é que a vontade apontada por Jesus é uma vontade solene, sublime, que alça voos eternos e revela um plano quase indecifrável.

A terceira é que a vontade de Deus não é individualista nem egocêntrica. Ela inclui todos os seres humanos e é irrigada de afeto, pois não constitui o projeto de um Criador cercado de poder, mas de um Pai apaixonado por suas criaturas. Deus não é passivo, aborrecido, inerte ou alienado. O Deus que Jesus revela com suas palavras e comportamentos é uma pessoa sorridente, de bom humor, sociável, que adora uma boa conversa.

A quarta nos mostra que a vontade de Deus o anima, excita, rejuvenesce e transforma no maior sonhador de todos os tempos. Só um indecifrável sonhador carregaria no mapa da sua alma uma vontade que não se dissiparia nos tempos eternos.

A quinta conclusão da frase “Seja feita a Tua vontade” é que, sob o prisma da psicologia, a vontade de Deus evoca os mais altos patamares da maturidade psíquica. Os psicopatas vivem para si, os sensíveis se preocupam com algumas pessoas e os supersensíveis vivem para os outros. Deus é, no melhor sentido da palavra, supersensível. Ele vive para os outros.

A sexta conclusão é que, apesar da importância do projeto para a humanidade, o misterioso Autor da existência rejeita o exercício do poder para executá-la. Ele possui um plano global e eterno, mas se recusa a usar a força para que esse plano saia da sua prancheta. O fato de se colocar como um Pai faz com que aja ao contrário do que o senso comum pensa de um líder. Ele não trata os seres humanos como serviçais, como criaturas que devem se prostrar diante de sua grandeza, mas como potenciais filhos. Como um Pai amoroso, que respeita os filhos, Deus não exercerá essa vontade de cima para baixo, mas de baixo para cima, ou seja, contando com a participação humana. Ficamos com a impressão que Deus dificulta as coisas, porque onde entra o ser humano entra o ciúme, a inveja, as segundas intenções a competição predatória. Compreensível ou não, esse é o caráter de Deus apresentado por Jesus. O poder ilimitado do Deus da Bíblia encontra limites na ação humana. Ele não age se o ser humano não agir.

A sétima conclusão é que apesar de ser decisivo na execução do projeto de Deus, o ser humano também deve desprezar o poder exercido pelas armas, pela pressão social, pela força física, pelo controle financeiro. Deve, ao contrario, valorizar as ferramentas nobilíssimas da inteligência que foram apresentadas no Sermão da Montanha. Para Deus os fortes usam o diálogo; os fracos, o poder e as armas: os fortes são pacificadores, diplomatas da paz; os fracos promovem conflitos; os fortes perdoam; os fracos condenam; fortes amam e dão a outra face; os fracos excluem e, às vezes, eliminam os que pensam de forma diferente; os fortes não fazem propaganda de seus atos generosos; os fracos são especialistas em autopromoção, ainda que através de ações sutis.

Um dos maiores erros das teologias das várias religiões ao longo dos séculos foi a formação de uma classe de especialistas em Deus que não apoiaram nos alicerces da humanidade. Humildade vem da palavra grega húmus, que é a camada mais fértil do solo. Sem a humildade, a mente não fertiliza as ideias, não abre o leque da inteligência para descobrir o novo.
Não entenderam que a Sabedoria não está na convicção do quanto sabemos, mas na consciência do quanto não sabemos.

Ninguém é digno do prazer de viver, se não usar suas angústias, ansiedades e aflições para irrigar a vida. Ninguém é digno das flores, se não sujar as mãos para lavrar a terra e cultivá-la. A existência tem curvas imprevisíveis, perdas inesperadas choques fora do plano que traçamos.

Ser humano: um ser político


Ser humano: um ser político

A política é a forma que a humanidade encontrou para viabilizar as ações de interesse individual e coletivo. Todos são, na essência, políticos. Inclusive aqueles que se dizem apolíticos.

A sociedade escolheu este caminho porque é o meio capaz de acelerar processo de evolução das civilizações humanas. Em minha opinião, a política é uma qualidade e um dom presente em cada pessoa. Como todo dom, devemos desenvolvê-lo e canalizá-lo de forma positiva, para que produza frutos pelos os quais a sociedade seja beneficiada. Todavia, devido aos fatos negativos provocados por maus cidadãos, a política hoje está estigmatizada porque se tornou um símbolo de corrupção e desonestidade.

 A ausência de participação social nos eventos comunitários produz um prejuízo imensurável, mas apesar disso, observa-se uma cegueira da sociedade. Os problemas experimentados e vividos são de responsabilidade das pessoas envolvidas, portanto, a solução também. É necessário refletir profundamente sobre o conceito equivocado no qual as autoridades constituídas são as únicas responsáveis pelas crises do país; é muito cômodo atribuir responsabilidades aos outros. A indiferença social é um dos maiores males porque é perversa.

O povo está sofrendo as conseqüências do período militar, onde não era permitido o desenvolvimento das idéias e opinião a respeito do contexto social, além de ter produzido muitos analfabetos políticos. Isto quer dizer que de fato, as décadas anteriores foram perdidas porque cercearam o direito do individuo de pensar, de opinar, de discordar e de participar. Uma verdadeira tragédia experimentada por milhões de brasileiros. A exclusão social, a pobreza e miséria são frutos de uma política equivocada e sem compromisso com a maioria da sociedade. Quando um povo é impedido de pensar, torna-se fácil de manipular, alienado e frágil. Ou seja, sem vontade própria, não crê na política e nos políticos.

A política deve ser direcionada para o bem social da humanidade e não existe outra forma possível para a construção de um processo de justiça e equidade na sociedade sem intervenção de ações que valorize o ser humano na dimensão individual e coletiva. Pela política pode-se defender e conservar o meio ambiente, desenvolver atividades científicas, educativas, culturais e sociais. A identidade e o progresso de um povo dependem de práticas que tenham como objetivos principais a evolução e o crescimento do ser em sua essência.

Os segmentos formadores de opinião são responsáveis pela desmistificação da política, a fim de que as pessoas possam agir politicamente sem receio no processo de combate às desigualdades sociais. A politicagem deve ser banida porque já causou muitos danos à sociedade. Não se pode combater a exclusão com eficiência se houver espaços para a política suja e corrompida.

Silvanio Alves

O QUE É SER POLITICO???


O que é ser político???

Sou um ser POLÍTICO, no sentido puro da palavra: Segundo Dalmo de Abreu Dalari...


" A origem da palavra política é Grega e foi utilizada por vários filósofos e escritores da Grécia antiga. Entretanto o de melhor compreensão foi escrita por Aristóteles. Segundo o filósofo o homem é um animal político, pois necessita da companhia de outras pessoas, ou seja: refere-se à vida comum, as regras de organização dessa vida, os objetivos da comunidade e as decisões sobre todos esses pontos. Portanto, é possível afirmar que é real a necessidade do homem de participar politicamente para ser realmente um ser humano, no sentido de que este é um ser que se relaciona com os outros, e só tem sentido seu existir se assim o for.

Percebe-se ainda que o homem confronta desafios, que de suas resoluções surgem conseqüências positivas ou negativas conforme forem tomadas as decisões destes desafios. A partir daí, a necessidade de se tomar decisões irá sempre exigir uma lucidez do indivíduo, que será adquirida através da sua conscientização crítica. Porém essa critica se constrói participando de todos os atos que influenciam o todo social.
O termo política permite diferentes interpretações desde uma realidade que desdobre da intimidade pessoal até uma esfera bem definida na sociedade. Podemos dizer que há duas direções para entender o significado de política. Uma segue o raciocínio de entender o termo como tudo que diz respeito às relações sociais, à realidade social global, enfim à sociedade em geral. Nesse sentido, tudo que ultrapasse o âmbito estritamente pessoal ou das relações íntimas e incida sobre qualquer realidade social é político. A outra tendência relaciona política com o poder. Assim uma ação política é aquela que visa à obtenção do poder, a sua conquista ou sua manutenção.
Podemos perceber em ambas as tendências um aspecto comum, que definiria o político: sua referência ao poder seja de modo indireto ou implícito (primeira tendência), seja de modo explícito ou direto (segundo tendência).
O autor conceitua política como a conjugação das ações dos indivíduos e grupos humanos, dirigindo-as a um fim comum. Diante disso a argumentação inicial é provida de valor considerando que, na primeira tendência, as ações dos indivíduos produzem efeitos sobre a organização da sociedade, seu funcionamento e sobre os seus objetivos e, na segunda tendência, a estrutura de poder procura atender a necessidade natural de convivência dos seres humanos. Essa estrutura de poder que mencionamos é aqui entendida como a sociedade política, que se legitima com a realização do bem comum. O bem comum aqui entendido como a finalidade da sociedade política.

2) Homem: animal político
No texto, o homem é apresentado como um animal político, no sentido que o homem está sempre em relação com o outro. O homem vive em sociedade não somente por contingência de sobrevivência, mas porque a sua própria natureza assim o exige.
O homem não pode ser entendido como um ser isolado, mas em comunhão com os outros homens. Portanto, o homem necessita de uma perspectiva evolutiva, a vida do homem é uma vida em projeto, num contínuo fazer-se. Por isso, existe a necessidade da participação política e é a partir desta que as relações se concretizam. A vida em sociedade é uma necessidade fundamental da natureza humana.

3) Problemas políticos: problemas de todos
O homem se confronta com os desafios próprios de sua época e, ao respondê-los, torna-se histórico. Um ser que pergunta se interroga e vive - assim no jogo de suas respostas (participação política)- se altera no próprio ato de responder. O isolamento significa a destruição. Assim a construção a partir desse movimento supõe a comunhão entre os membros de tal sociedade.
A busca pela felicidade dos membros da polis se realiza na comunhão, porém esta não pode ser entendida sem a concepção de serviço. Portanto a comunhão se realiza através do ato de servir e não pela servidão, que é a perversidade do ato de servir. É a integração dos membros da polis. Seguindo essa linha de raciocínio, verifica-se a urgência da luta contra a alienação e contra a massificação do homem. Assim todo aquele que mutila ou limita a história humana, seja através da ignorância e da manipulação por mitos, necessita de urgente conscientização, que se realizará através da prática da participação política.
4) A capacidade de tomar decisões
O homem é livre para decidir sobre seu próprio destino, que acontecerá conforme sua deliberação, mesmo que esta deliberação não seja explícita. Portanto, a liberdade está na potencialidade do indivíduo tomar decisões que tragam conseqüências para a sua vida e especialmente para a vida social. A liberdade deve ser entendida nesse sentido político.
Mesmo diante da inegável justificativa que ninguém pode viver sem tomar decisões, muitas pessoas insistem em não tomar decisões, seja por comodismos ou por medo da responsabilidade, medo esse dissimulado atrás de um desprendimento de acatar de boa vontade o que os outros decidirem. Não percebem que não decidindo, estão decididos a permitir que outros decidam em seu lugar. Permissão que poderá acarretar grandes prejuízos e um arrependimento sem cura e tornam-se espontaneamente pessoas inferiores e deixam de utilizar de sua liberdade. A omissão impede o sistema de ser democrático tendo em vista que a democracia é onde as decisões são tomadas com liberdade e se respeita a vontade da maioria. A omissão de tomar decisões pela maioria deixa a minoria decidir. Isso não é democracia. Portanto, participação política é o mecanismo onde se realizam as decisões. Estas se articulam com as utopias humanas. Para se tomar decisões precisa-se vivenciar uma utopia, que é incorporada através da convicção.



5) Direito de Participação Política
Na visão do Direito, a participação é um direito reconhecido e incontestável. Todo ser humano tem o direito de tomar parte no governo de seu país e a vontade do povo será à base da autoridade do governo. Esse direito foi consagrado pelo artigo 21 da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Segundo o autor, não é difícil compreender a razão e o alcance do reconhecimento desse direito. Se todos são essencialmente iguais, ou seja, se todos valem a mesma coisa e se, além disso, todos são dotados de inteligência e de vontade não se justifica que só alguns possam tomar decisões políticas e todos os demais sejam obrigados a obedecer. Para que exista justiça é necessária a participação de todos nas decisões. Esse direito sempre existiu pelas razões expostas, porém apenas foi explicitado pela Declaração no século XVII/ XVIII e pelas constituições que posteriormente surgiram influenciadas pela declaração e pelo pensamento da burguesia. Nessa época ainda, foi implementado o sistema de dar a um representante o direito de falar e decidir em nome de muitos representados.
De acordo com o texto, não há lei alguma que possa se obrigatória para a comunidade, nem mesmo o contrato social, ao contrário, sua obrigatoriedade nasce do consenso e de sua sujeição à soberania da vontade geral. Com as idéias que valorizavam a pessoa humana, as constituições foram sendo modificadas, afirmando a igualdade de direitos e consagrando o sistema chamado de "sufrágio universal" (soberania da vontade popular).
Portanto, a participação política não pode reduzir-se ao exercício do voto, mas, sobretudo participar de todas as decisões inclusive a de como participar. Podemos dizer que as formas de participação são resultantes da própria participação política.


6) Dever de Participação Política
A participação política é um dever de todos, é importante que exista, porque através dela todos podem exercer a sua vontade e tomar consciência do que está sendo feito. Em outras palavras, deve agir como um poder fiscalizador das políticas públicas, que não podem ficar restritas a um pequeno número de indivíduos que ditam as normas, sem conhecerem o que os outros pensam a respeito.

7) Formas de Participação Política
Existem indivíduos que não procuram exercer plenamente seu direito de participação política, limitam-se a cuidar de dois assuntos de seu interesse particular imediato, dizendo que não gostam ou que não entendem de política. O processo de conscientização que conduz a uma participação ativa passa pela construção e recriação de uma cultura política que permita uma avaliação não apenas a partir do bom senso. E preciso entender que participação política não é apenas participação eleitoral, e muitas vezes é mais eficiente por outros meios.
Tipos de participação política: Individual e Coletiva | Eventual e Organizada | Conscientização e Organização | Participação eleitoral.
Individual – Neste caso o indivíduo em certas situações toma suas próprias conclusões e escolhe seu caminho.
Coletiva – Ocorre por meio da integração em qualquer grupo social e a força do grupo compensa a fraqueza do indivíduo.
Eventual – Está ligada a circunstâncias momentâneas, assegurando que dos dois modos há equivalente eficácia, desde que exercidos com consciência e responsabilidade.
Organizada – assegura a continuidade dos trabalhos e assim maior eficiência.
Conscientização
Organização – Consiste em colaborar concretamente, fornecendo idéias ou meios materiais, para que grupos humanos conjuguem seus esforços visando objetivos comuns.
Participação eleitoral – Cada indivíduo pode participar de modo diferente no processo militante partidário. A participação através do voto é o mínimo que se deve exigir para cada cidadão numa democracia representativa.

Conclusão:
Para buscar uma nova sociedade onde haja justiça, como principal fonte para realizar a igualdade e liberdade, o ato de participar politicamente é uma necessidade. Entretanto aqueles que não desejam mudanças desejam difundir sempre o que é contrário da participação: o comodismo, a difusão de que existe ideologia presente nos próprios atos participativos.
Não basta dizer que todos são livres e iguais como fazem a maioria das constituições existentes, se os livres e os iguais não dispuserem a assegurar condições políticas e possibilidades econômicas para que as pessoas possam efetivamente gozar de liberdade. Não se trata de mera concessão de direitos. É necessário sempre lutar por eles, seja para efetivá-los de fato, mantê-los, ou aperfeiçoá-los.
As questões sociais e políticas não podem ser tratadas como se fossem problemas técnicos e resolvidas por burocratas. Isto é coisa de regimes ditatoriais. Todas as questões sociais e políticas pertencem à sociedade e a ela compete decidir e resolver, e resolvê-las a partir de uma consciência crítica, e conseqüentemente participativa.
Conclui-se, portanto, que ainda existe a falta de participação política dos cidadãos devido à falta de uma cultura política.
É necessário que “surja” uma nova sociedade, mais participativa, mais consciente, politicamente falando, e que o ser humano construa uma sociedade onde as decisões políticas sejam de todos e para todos."