sábado, 6 de julho de 2013

Dilma: “não somos primavera árabe”



por Cristiana Lôbo |

Na abertura da reunião ministerial nesta segunda-feira, a presidente Dilma Roussef analisou as manifestações populares do último mês e sentenciou: “não somos a primavera árabe, não somos como o “ocupe Wall Street”. Somos um país que busca mais democracia e mais espaço”.
Foi neste contexto que ela defendeu o plebiscito para fazer a reforma política como forma de ampliar a participação popular nas decisões. Na reunião ela descartou a idéia de refendo, lembrando casos como o do desarmamento e o da mudança do horário no Acre.  No caso do referendo sobre desarmamento, venceu a tese da manutenção da venda de armas e no referendo do Acre a população optou pela manutenção do fuso horário, mas até hoje não houve regulamentação da decisão.
Ao analisar as manifestações populares, Dilma abordou, ainda que rapidamente, a queda nas pesquisas que ocorreu no período dos protestos. Ela disse: “pesquisa a gente não discute, a gente vê e age”.
Neste encontro, Dilma permitiu que os que quisessem poderiam falar e a reunião se estendeu até perto de 22 horas. Ela falou que o governo terá políticas sociais afirmativas, mas sem perder de vista a responsabilidade fiscal. Na abertura, ela falou dos avanços na área social e alto índice deemprego no país e citou uma frase que foi dita pelo publicitário João Santana na campanha municipal em São Paulo. “A vida dos brasileiros melhorou da porta para dentro; agora é hora de melhorar a vida da porta para fora”. Ela falou da necessidade de melhorar a mobilidade urbana, mas lembrou que durante 30 anos não houve investimentos nesta área, além da ampliação da venda de carros no país.
- Na educação fizemos muito e precisamos fazer muito mais – disse a presidente, dando o tom para a equipe de que quer mais resultados .
Apesar de se mostrar mais afável do que em outras ocasiões, Dilma não deixou o estilo de lado. Depois que Aldo Rebelo falou da Copa das Confederações, a presidente questionou o ministro sobre o preço dos ingressos para os jogos da Copa, afirmando que não havia pessoas de mais baixa renda nos estádios e que o preço impedia que famílias assistissem aos jogos. Depois de Aldo, a palavra foi dada ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Ele continuou  falando de Copa, até que a presidente o interrompeu:
- Você fala dos médicos -. Foi aí que Padilha passou a explicar o programa de vinda de médicos estrangeiros para o Brasil, mas, segundo ele, dando sempre preferência para os Brasileiros.

Nenhum comentário:

Postar um comentário