terça-feira, 8 de outubro de 2013

Dieta do Mediterraneo com frutos secos reduz doença cardiaca


DIETA DO MEDITERRANEO COM FRUTOS SECOS REDUZ DOENÇA CARDIACA

Os resultados de um estudo denominado PREDIMED mostram que seguir uma dieta mediterrânea tradicional suplementada com azeite de oliva extra virgem e frutos secos reduz em 30% a incidência de complicações cardiovasculares: morte de causa cardiovascular, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC), algo que muitos medicamentos não conseguem. PREDIMED é acrônimo da pesquisa “Efeitos da dieta mediterrânea na prevenção primária de doença cardiovascular”, cujos resultados acabam de ser publicados no “The New England Journal of Medicine”. 
Nesse estudo, que teve duração de 10 anos, participaram 7.447 voluntários, homens e mulheres entre 55 e 80 anos de idade, que tinham alto risco de vir a sofrer de doenças cardiovasculares (diabetes, hipertensão, dislipidemias,etc). Foram distribuidas tres dietas ao acaso: duas delas eram mediterrâneas ricas em gordura vegetal, sendo que uma era suplementada com azeite de oliva extra virgem (grupo I) e a outra com frutos secos (grupo II); ao terceiro grupo foi oferecida uma dieta convencional com baixo teor de gorduras e recomendada para prevenção cardiovascular. 
Durante o estudo, os que faziam dieta mediterrânea recebiam semanalmente um litro de azeite de oliva extra virgem ou 30 gramas diários de frutos secos (por exemplo, nozes e avelãs). Os resultados obtidos mostraram o papel cardioprotetor tanto do azeite de oliva extra virgem (muito mais saudável que o refinado) como de frutos secos, cujo consumo aumenta os níveis de ácido linolêico plasmático. 
Concretamente, no caso de nozes, é significativo seu efeito sobre o AVC, que é reduzido em 49% em comparação com uma dieta pobre em gorduras. Além disso, foi comprovado que pacientes com obesidade que fizeram a dieta incorporando azeite de oliva e frutos secos perderam peso e reduziram a cintura abdominal. Essse aspecto está sendo analisado para saber se esses nutrientes facilitam a absorção intestinal ou produzem mudanças na termogênese do metabolismo.

CAFEINA RELACIONADA COM BAIXO PESO AO NASCER (1)
Estudo norueguês mostra que a ingestão de cafeína está associada com o nascimento de crianças com baixo peso ao nascer e, quando ingerida através do consumo de café, está vinculada ao aumento de duração da gravidez. Junto com os nutrientes e o oxigênio, a cafeína atravessa a barreira placentária, mas o embrião em desenvolvimento não “expressa” eficientemente as enzimas que são necessárias para inativá-la. 
 

CAFEINA RELACIONADA COM BAIXO PESO AO NASCER (2)
O estudo incluiu quase 60.000 gestantes ao longo de dez anos e foram controladas todas as fontes de cafeína: café, chá, bebidas gasosas, assim como alimentos que continham cacau, incluindo sobremesas e chocolate. O consumo de cafeína está intimamente relacionado com tabagismo, que se sabe, aumenta o risco de parto prematuro e menor tamanho para a idade gestacional no momento do nascimento, mostrando uma associação entre cafeína e baixo peso ao nascer.

CAFEINA RELACIONADA COM BAIXO PESO AO NASCER (3)
Essa associação se manteve, inclusive quando se estudou apenas mães não fumantes. Assim, foi detectado que a cafeína de todas as fontes reduz o peso ao nascer e aumenta o tempo da gestação em média 5 horas por 100 mg de cafeína por dia. A ingestão da cafeína exclusivamente do café se associou com mais tempo de gestação: até 8 horas para cada 100 mg de cafeína diariamente. Por seu turno, a OMS sugere um limite de 300 mg por dia na gestação, mas alguns países recomendam um limite inferior a 200 mg.

OBESIDADE AFETA DESENVOLVIMENTO DO CÉREBRO DO FETO (1)
Estudo norteamericano realizado em Boston, Estados Unidos, mostrou que a obesidade afeta o desenvolvimento do cérebro do feto. Concretamente, após analisar o desenvolvimento fetal de 16 gestantes, descobriram que no segundo trimestre de gestação os fetos de mulheres obesas tinham diferenças na expressão gênica, em comparação com os fetos de mulheres com peso saudável. Durante a gestação se produz a apoptose, que é um processo de morte celular programada, e uma parte importante do desenvolvimento neurológico fetal.

OBESIDADE AFETA DESENVOLVIMENTO DO CÉREBRO DO FETO (2)
Os fetos das gestantes obesas sofrem uma diminuição da apoptose. No entando, os autores do estudo entendem que é muito cedo para conhecer as implicações desses achados, embora destaquem a necessidade de que sejam realizados mais estudos com o fim de elucidar os possiveis mecanismos que intervêm na alteração do neurodesenvolvimento pos-natal em crianças de mães obesas. De qualquer forma, mulheres que desejam engravidar necessitam ter uma vida mais saudável e evitar a obesidade a fim de diminuir riscos para seus filhos.

João Modesto Filho

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