terça-feira, 8 de outubro de 2013

Não tratar hipertensão favorece demência


A hipertensão arterial não tratada pode provocar importantes danos ao cérebro, parecendo estar associada a um maior risco de demência ou deterioração cognitiva leve, trastorno que se caracteriza por dificuldades para o pensamento e aprendizagem. Cifras tensionais elevadas de forma persistente aumentam a possibilidade de aparecimento de demência, além de aumentar entre duas a cinco vezes a possibilidade de um acidente vascular cerebral (AVC). É evidente que se podemos prevenir e tratar a hipertensão, reduziremos a possibilidade de demencia e possivelmente diminuiremos também os casos da Doença de Alzheimer. 
Sabe-se que a hipertensão danifica o cérebro por três mecanismos distintos: um deles se baseia no fato de que cifras elevadas de pressão podem afetar pequenos vasos cerebrais, causar mais aterosclerose e provocar um trombo que produzirá um AVC isquêmico. O segundo é o aparecimento de microaneurismas que terá como consequencia hemorragias cerebrais. E, por último, a própria hipertensão arterial, que é um fator de risco para o aparecimento de fibrilação atrial, uma arritmia muito frequente. É evidente que a idade é o fator de risco mais importante para doença cerebrovascular, mas essa é inalterável. 
Por outro lado, diversos estudos mostram que a maioria das pessoas acometidas por AVC são hipertensas. Alguns trabalhos mostram que a hipertensão passa de 25-30% em adultos jovens chegando em 65-70% nas pessoas da terceira idade. Assim, uma pessoa com hipertensão leve persistente não tratada desenvolve falhas de memória que não percebe (mas os familiares sim) e ao longo de um ano apresentará falhas de linguagem, dificuldade motora e menor rendimento do conhecimento adquirido. 
Pessoas com esse perfil precisam ser insistentemente trazidas para tratamento, particularmente quando dizem que “a pressão está só um pouco alta, mas eu não sinto nada”. De modo geral, a recomendação é tratar a hipertensão corretamente, evitar outros fatores de risco vascular, praticar exercícios físicos e mental e manter uma atividade social frequente.

ALCOOL: TERCEIRA CAUSA MUNDIAL DE DOENÇAS (1)
Uma pesquisa realizada pelo Centro e Adição e Saúde Mental de Toronto, Canadá, demonstra que o consumo de bebidas alcoólicas tem sido a causa de mais de duzentas doenças e lesões diferentes. Um dos países que tem esse desfavorável destaque é o próprio Canadá, onde seus compatriotas ingerem álcool num índice superior a mais de 50% da média mundial. De modo geral, os maiores consumidores são os europeus e habitantes de determinadas partes da África (mais ao sul), que consomem álcool com frequencia e em grandes quantidades e apresentam intoxicações prolongadas. 
 

ALCOOL: TERCEIRA CAUSA MUNDIAL DE DOENÇAS (2)
Por outro lado, os que ingerem menor quantidade de alcool são os residentes no norte da África, Oriente Médio e sul d Ásia. Atualmente, somente superam o álcool como causas de doenças e lesões a pressão arterial elevada e o tabagismo. Lamentavelmente, o convite a ingerir bebidas alcoólicas é visto diaria e frequentemente através de propagandas que começam a atingir até crianças. Tudo isso é causa de muita preocupação até porque os exemplos atuais de segmentos de adolescentes de ambos os sexos deixam antever um futuro sombrio pelos excessos que estão sendo praticados.
MEDICAMENTOS ANTI-ENVELHECIMENTO (1)
Pesquisadores australianos asseguram que medicamentos que combatem o envelhecimento poderão estar no mercado dentro de cinco anos. Uma enzima com propriedades anti-envelhecimento -SIRT1 (sirtuina) – se conecta de forma natural na restrição calórica e no exercício, mas também pode ser estimulada através de ativadores. O mais conhecido de origem natural é o resveratrol, que se encontra em pequenas quantidades no vinho tinto, amendoins e frutos vermelhos, no entanto já começam a ser pesquisados outros ativadores sintéticos com uma atividade muito mais intensa.

MEDICAMENTOS ANTI-ENVELHECIMENTO (2)
Estudos iniciais mostram que a SIRT1 protege o organismo de doençaas ligadas ao envelhecimento como câncer, doença cardio-vascular, diabetes tipo 2, doenças de Aslzheimer e Parkinson, esteatose hepática, catarata, osteoporose, atrofia muscular, transtornos do sono e doença inflamatória intestinal. Na historia dos medicamentos nunca houve um fármaco que estimulasse uma enzima para que atuasse mais rápidamente.

MEDICAMENTOS ANTI-ENVELHECIMENTO (3)
Assim, esses medicamentos poderão imitar os benefícios da dieta e exercício, sem impacto sobre o peso. Caso os resultados positivos sejam confirmados, eles poderão ser administrados por via oral ou tópica, embora em princípio somente deverão ser prescritos em determinadas doenças. Mas, não se descarta a possibilidade de algum dia administrá-lo preventivamente, tal qual o uso das estatinas para prevenir doenças cardiovasculares.
João Modesto Filho

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