terça-feira, 8 de outubro de 2013

Ingestão excessiva de sal provocou 2.3 milhões de mortes

J.M. FILHO

O abuso do sal contribuiu para que ocorressem 2.3 milhões de mortes por infartos, derrames cerebrais e demais patologias cardiovasculares em todo o mundo no ano de 2010. Isso representou 15% de todas as mortes por essas causas, segundo estudo apresentado há poucos dias nas sessões científicas da Associação Americana de Cardiologia. Os pesquisadores analizaram 247 levantamentos sobre o consumo de sódio em adultos entre 1999 e 2010, estratificados por idade, sexo, região e país. 
Feitas as análises, concluiram que os altos níveis de consumo de sódio (estabelecido o nível ótimo em 1.000 mg diarios) incidiam no risco de doenças cardiovasculares. Quase um milhão dessas mortes, 40% do total, foram prematuras ( em pessoas com 69 anos de idade ou menos), sendo 60% em homens e 40% em mulheres. Os infartos do miocárdio causaram 42% das mortes e os acidentes vasculares cerebrais 41%, com o restante sendo resultado de outras doenças do tipo cardiovascular. 
Em torno de 84% dos falecimentros ocorreram em países de baixa ou médio desenvolvimento e, caso medidas públicas nacionais e mundiais, como programas integrais de redução de sódio, tivessem sido tomadas, milhares de mortes poderiam ter sido evitadas. De uma lista que incluiu 30 países com consumo dos mais relevantes, os que apresentaram as mais altas taxas de mortalidade devido ao excesso de sódio foram Ucrânia (2.109 por milhão de habitantes), Rússia (1.803) e Egito (836). A maior parte do Brasil ocupa uma situação intermediaria/preocupante, com algumas regiões do norte e do centro-oeste mostrando consumo aceitável (vide figuras: homens e mulheres). 
 

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