terça-feira, 8 de outubro de 2013

Doença Cardíaca: Diferenças Entre os Sexos

 João Modesto Filho

 Durante décadas quase todos os estudos sobre infarto, risco cardíaco e prevenção de doenças cardíacas foram direcionados para os homens. Há poucos dias na revista “Global Heart”, da Federação Mundial para o Coração, pesquisadores americanos apontaram características particulares das doenças cardíacas entre as mulheres, mostrando que tanto os fatores de risco como a expressão da doença são um pouco diferentes.
Assim é que nesses últimos anos uma série de estudos vem mostrando que não apenas o comprometimento cardíaco foi sub-estimado nas mulheres, mais ainda, que essa patologia se desenvolvia diferentemente no sexo feminino. Por exemplo, a obesidade aumenta o risco de infarto do miocárdio em 64% para as mulheres e em 46% nos homens. As mulheres abaixo de 50 anos que já tiveram um ataque cardíaco correm um risco de morte duas vezes superior aos homens que aparentam gravidade equivalente.
Para aquelas com mais de 65 anos que tiveram um infarto, o risco de morte no ano seguinte ao evento é bem mais importante: 42% vêm a falecer contra 24% dos homens (resultados americanos). Uma das hipóteses para explicar esses maus resultados é a de que os controles cardíacos seriam menos investigados nas mulheres, com retardo no diagnóstico, talvez pelo pensamento errôneo de que as mulheres seriam menos vulneráveis do que os homens às patologias cardíacas. E mais, em termos de estudo de imagens, as mulheres têm uma tendência diferente dos homens de desenvolver uma alteração em pequenas arterias do coração, o que compromete a chamada microcirculação.
Ou seja, embora não pareçam apresentar obstrução das artérias coronarianas principais, seus sintomas estão ligados a obstrução de pequenos vasos, sendo que, sob o plano anatômico, as placas de ateroma nas mulheres são mais caracterizadas por erosões. Pelas diferenças quanto ao sexo, os dados encontrados até agora mostram que certas estratégias terapêuticas devem ser adaptadas e direcionadas ao sexo da pessoa acometida de algum problema cardíaco.
ROBÔ PARA COLETA DE SANGUE (1)
Pesquisadores americanos trabalham, desde 2010, na construção de um robô para coleta de sangue em laboratórios e hospitais. Segundo os argumentos que apresentam, encontramos redução da apreensão por parte do paciente, diminuição de riscos de acidentes como ferimentos, e redução dos custos. O “braço” do robô contém um sistema de infra-vermelho que permite visualizar as veias e selecionar a mais irrigada.
ROBÔ PARA COLETA DE SANGUE (2)
A agulha é guiada em direção a veia graças a um sistema de ultrasons, e a retirada do sangue demora, segundo os engenheiros, um minuto. Várias constatações motivaram a eleboração do aparelho, sendo uma delas a constatação de que as enfermeiras tinham dificuldade de “pegar” a veia em 20 a 25% dos casos, causando, as vezes, pequenos acidentes (hematoma, perda sanguínea, etc).
ROBÔ PARA COLETA DE SANGUE (3)
Quanto ao robô, as experiências feitas mostraram melhor desempenho: 17% de erros, um percentual que eles esperam diminuir para 10%. Alem disso, ele permitirá melhor etiquetagem das amostras de sangue. Estudos específicos estimam que 170.000 incidentes são causados anualmente por problemas de etiquetagem. O custo da reetiquetagem, assim como os danos criados pelos incidentes (diagnósticos diferentes, prescrição em desacordo), são avaliados entre 200 a 400 milhões de dólares por ano nos Estados Unidos. Graças ao robô, os benefícios seriam muito importantes e reduziriam bastante os custos gerados pela má coleta sanguínea.
TABAGISMO E RENDIMENTO INTELECTUAL
Pesquisadores da Universidade Carlos III de Madrid (Espanha) pesquisaram a relação entre rendimento escolar e o hábito de fumar observando que quanto menor o primeiro, maior o segundo. Assim é que o consumo do tabaco foi tres a quatro vezes mais frequente nos alunos com rendimento menor em relação aos não fumantes. A pesquisa também destaca a importância que tem a tolerância dos pais já que nos casos dos alunos que afirmavam não ter permissão para fumar a probabilidade de fumar se reduziu a metade. Não observaram ainda diferenças entre centros de estudos público e privado ou nível de estudos dos pais quanto ao hábito de fumar dos estudantes, mas detectaram que a probabilidade de fumar foi superior nos ambientes onde algum familiar fosse fumante.

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