terça-feira, 23 de julho de 2013

Angelina Jolie faz crítica a Conselho de Segurança da ONU


Atriz reclama da falta de ação do organismo contra estupros praticados em situações de guerra

Angelina discursa antes de uma sessão do Conselho de Segurança da ONU
Angelina discursa antes de uma sessão do Conselho de Segurança da ONU - Stan Honda/AFP
A atriz 



Angelina Jolie criticou nesta segunda-feira o Conselho de Segurança da ONU por 
sua falta de ação contra os estupros ocorridos em tempos de guerra, evocando, entre
 outras coisas, os conflitos na Síria e na República Democrática do Congo, em um 
discurso-surpresa feito diante dos 15 membros do organismo.
Angelina discursa antes de uma sessão do Conselho de Segurança da ONU

Angelina Jolie deixa o Lancaster House, em Londres, depois de falar durante o anúncio de financiamento para combater a violência sexual em reunião dos ministros estrangeiros do G8
Angelina disse que o Conselho da ONU - formado por Rússia, China, Estados Unidos, 
França e Reino Unido - deve "mostrar determinação" para defender as milhares 
de vítimas de agressões sexuais durante as guerras. "O mundo ainda tem de 
assumir os estupros em zonas de guerra como prioridade", afirmou. "O estupro é
 uma arma de guerra, uma ameaça à segurança. Lutar contra a violência sexual é uma responsabilidade de vocês."
A atriz Angelina Jolie
A atriz foi ao Conselho depois de visitar campos de refugiados sírios na Jordânia,
 onde relatou ter conversado com uma mulher que foi estuprada na Síria e que tem 
medo de ser morta se denunciar o crime. Jolie também contou que, em outra viagem 
à República Democrática do Congo, havia conversado com a mãe de uma menina
 de cinco anos, cuja filha tinha sido estuprada em frente a uma delegacia.

"As duas foram vítimas de uma cultura da impunidade. Isso é triste, preocupante e uma vergonhosa realidade", declarou. "Entendo que haja muitas coisas difíceis a serem discutidas no Conselho de Segurança, mas a violência sexual em conflitos deveria ser uma delas", acrescentou.
O Conselho adotou uma resolução que condena o uso da violência sexual em conflitos. E o chefe da diplomacia britânica, William Hague, disse que organizará uma nova reunião sobre o tema na Assembleia Geral da ONU, que será realizada em setembro.
(Com agência France-Presse)

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