sábado, 13 de julho de 2013

Tipos de Macroeconomistas



economistas
 Gustavo Miquelin Fernandes
 
Faço um rápido estudo sobre as comunidades de economistas e suas respectivas escolas. Na verdade, faço uma resenha dos estudos do economista brasileiro, Delfim Neto, acrescentando meu aproach.
Sete tipos têm um comportamento mais pacífico e aceitam a organização social como está. Dividem-se, ainda, em dois subgrupos. O primeiro inclui:
1) a ortodoxa monetarista;
2) a neoclássica;
3) a dos ciclos reais;
4) a austríaca,
Chamados de “neoliberais”.
A teoria dos ciclos reais de negócios, liberal, tem por características que me chegam à memória: negativa de recessão, adoção da  equivalência ricardiana ou proposição Ricardo-Barro (nem déficit público nem dívida pública afetam a atividade econômica). Fazem interessante estudo sobre o choque tecnológico e leis ambientais como externalidades.
Os economistas da escola austríaca são os conhecidos personalistas, ou seja, estudam o mercado e o sistema econômico calcado na ação do indivíduo enquanto indivíduo mesmo, de per si.
O segundo subgrupo abrange:
5) a keynesiana;
6) a neokeynesiana e
7) a pós-keynesiana,
Perdeu prestígio acadêmico em meados dos anos 70. Podemos chamá-lo de “keynesianos”.
Há, ainda, duas tribos que não aceitam a atual estrutura social e se propõem a mudá-la por dois caminhos (a revolução ou a urna):
8) a marxista;
9) a neomarxista, que podemos chamar de “marxistas”.
A grande distinção entre os neoliberais e os keynesianos resume-se em aceitar ou não a hipótese que o sistema econômico obedece a leis naturais e que, deixado a si mesmo, com a menor intervenção do Estado (a não ser no provimento dos bens públicos essenciais), ele produzirá, num tempo finito e suportável, pelo funcionamento da “inteligência dos mercados”, a felicidade geral.
Para os neoclássicos (ou liberais), Deus consulta continuadamente o “mercado”. De fato, como Ele quer o melhor para os homens que criou, materializa-se no “mercado” para conduzi-los de volta ao paraíso,  segundo o próprio Delfim.
Os keynesianos assistindo todos os dias à incapacidade do “mercado” (reconhecidamente eficiente e compatível com a liberdade individual) de resolver os problemas distributivos, e inconformados com o fato de que as flutuações do emprego sejam apenas “o produto natural de um fenômeno natural”, resultado do comportamento racional dos agentes econômicos como querem os neoliberais, socorrem-se da ação do Estado, mesmo levando em conta suas limitações e o comportamento dos seus agentes, que têm, freqüentemente, seus próprios objetivos.
Há uma estadofobia dos neoliberais (ou neoclássicos) e uma estadolatria dos keynesianos.
Os generosos propósitos dos marxistas foram dissolvidos em experiências que mostraram um alto custo em termos de eficiência produtiva e um insuportável sofrimento humano.
Para os neoliberais, a justiça social é um conceito estranho à teoria econômica. Virá por gravidade sem a “ajuda” do Estado, como resultado natural da plena liberdade dos mercados.
Um primeiro exemplo de convergência entre neoliberais e keynesianos é o  entendimento teórico do papel da moeda na atividade econômica. Parece haver um reconhecimento (produto da própria prática monetária neoliberal), que um Banco Central operacionalmente autônomo, que obedeça a um sistema de metas inflacionárias escolhidas pelo poder eleito, é mais eficiente para obter um bem público essencial – a relativa estabilidade do poder de compra da moeda – do que as políticas de renda que ainda continuam a dominar o pensamento de alguns velhos keynesianos.

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