
Marina se destaca não por ser a renovação da política, mas por representar a candidata da não política.
Poderia Marina com sua Rede de Sustentabilidade repetir o fenômeno Collor de 1989, que venceu a eleição presidencial a bordo de um partido nanico, o PRN? O mesmo fenômeno pode acontecer agora, mas as razões, embora semelhantes, serão diferentes.
Os eleitores estavam engajados em uma eleição presidencial que tinha diversos candidatos, muitos deles competitivos e representando tendências políticas variadas. Embora a maioria do eleitorado tenha escolhido Collor por ele representar a renovação da política fora da esquerda, havia um eleitorado forte de esquerda que apoiou Brizola e Lula.
Desta vez, Marina se destaca não por ser a renovação da política, mas por representar a candidata da não política. E não há no seu histórico nenhuma indicação que nos leve a imaginar Marina fazendo acordos por baixo dos panos com políticas tradicionais, mesmo que tenha uma longa convivência com o PT.
Se vencer, Marina terá sido eleita por que a maioria do eleitorado quer uma experiência extrema de não política tradicional no poder. Hoje, Marina é a candidata das ruas, enquanto o presidente do PSDB, Aécio Neves, é o dos políticos, diz-se em Brasília.
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