sábado, 2 de março de 2013

Ser humano: um ser político


Ser humano: um ser político

A política é a forma que a humanidade encontrou para viabilizar as ações de interesse individual e coletivo. Todos são, na essência, políticos. Inclusive aqueles que se dizem apolíticos.

A sociedade escolheu este caminho porque é o meio capaz de acelerar processo de evolução das civilizações humanas. Em minha opinião, a política é uma qualidade e um dom presente em cada pessoa. Como todo dom, devemos desenvolvê-lo e canalizá-lo de forma positiva, para que produza frutos pelos os quais a sociedade seja beneficiada. Todavia, devido aos fatos negativos provocados por maus cidadãos, a política hoje está estigmatizada porque se tornou um símbolo de corrupção e desonestidade.

 A ausência de participação social nos eventos comunitários produz um prejuízo imensurável, mas apesar disso, observa-se uma cegueira da sociedade. Os problemas experimentados e vividos são de responsabilidade das pessoas envolvidas, portanto, a solução também. É necessário refletir profundamente sobre o conceito equivocado no qual as autoridades constituídas são as únicas responsáveis pelas crises do país; é muito cômodo atribuir responsabilidades aos outros. A indiferença social é um dos maiores males porque é perversa.

O povo está sofrendo as conseqüências do período militar, onde não era permitido o desenvolvimento das idéias e opinião a respeito do contexto social, além de ter produzido muitos analfabetos políticos. Isto quer dizer que de fato, as décadas anteriores foram perdidas porque cercearam o direito do individuo de pensar, de opinar, de discordar e de participar. Uma verdadeira tragédia experimentada por milhões de brasileiros. A exclusão social, a pobreza e miséria são frutos de uma política equivocada e sem compromisso com a maioria da sociedade. Quando um povo é impedido de pensar, torna-se fácil de manipular, alienado e frágil. Ou seja, sem vontade própria, não crê na política e nos políticos.

A política deve ser direcionada para o bem social da humanidade e não existe outra forma possível para a construção de um processo de justiça e equidade na sociedade sem intervenção de ações que valorize o ser humano na dimensão individual e coletiva. Pela política pode-se defender e conservar o meio ambiente, desenvolver atividades científicas, educativas, culturais e sociais. A identidade e o progresso de um povo dependem de práticas que tenham como objetivos principais a evolução e o crescimento do ser em sua essência.

Os segmentos formadores de opinião são responsáveis pela desmistificação da política, a fim de que as pessoas possam agir politicamente sem receio no processo de combate às desigualdades sociais. A politicagem deve ser banida porque já causou muitos danos à sociedade. Não se pode combater a exclusão com eficiência se houver espaços para a política suja e corrompida.

Silvanio Alves

O QUE É SER POLITICO???


O que é ser político???

Sou um ser POLÍTICO, no sentido puro da palavra: Segundo Dalmo de Abreu Dalari...


" A origem da palavra política é Grega e foi utilizada por vários filósofos e escritores da Grécia antiga. Entretanto o de melhor compreensão foi escrita por Aristóteles. Segundo o filósofo o homem é um animal político, pois necessita da companhia de outras pessoas, ou seja: refere-se à vida comum, as regras de organização dessa vida, os objetivos da comunidade e as decisões sobre todos esses pontos. Portanto, é possível afirmar que é real a necessidade do homem de participar politicamente para ser realmente um ser humano, no sentido de que este é um ser que se relaciona com os outros, e só tem sentido seu existir se assim o for.

Percebe-se ainda que o homem confronta desafios, que de suas resoluções surgem conseqüências positivas ou negativas conforme forem tomadas as decisões destes desafios. A partir daí, a necessidade de se tomar decisões irá sempre exigir uma lucidez do indivíduo, que será adquirida através da sua conscientização crítica. Porém essa critica se constrói participando de todos os atos que influenciam o todo social.
O termo política permite diferentes interpretações desde uma realidade que desdobre da intimidade pessoal até uma esfera bem definida na sociedade. Podemos dizer que há duas direções para entender o significado de política. Uma segue o raciocínio de entender o termo como tudo que diz respeito às relações sociais, à realidade social global, enfim à sociedade em geral. Nesse sentido, tudo que ultrapasse o âmbito estritamente pessoal ou das relações íntimas e incida sobre qualquer realidade social é político. A outra tendência relaciona política com o poder. Assim uma ação política é aquela que visa à obtenção do poder, a sua conquista ou sua manutenção.
Podemos perceber em ambas as tendências um aspecto comum, que definiria o político: sua referência ao poder seja de modo indireto ou implícito (primeira tendência), seja de modo explícito ou direto (segundo tendência).
O autor conceitua política como a conjugação das ações dos indivíduos e grupos humanos, dirigindo-as a um fim comum. Diante disso a argumentação inicial é provida de valor considerando que, na primeira tendência, as ações dos indivíduos produzem efeitos sobre a organização da sociedade, seu funcionamento e sobre os seus objetivos e, na segunda tendência, a estrutura de poder procura atender a necessidade natural de convivência dos seres humanos. Essa estrutura de poder que mencionamos é aqui entendida como a sociedade política, que se legitima com a realização do bem comum. O bem comum aqui entendido como a finalidade da sociedade política.

2) Homem: animal político
No texto, o homem é apresentado como um animal político, no sentido que o homem está sempre em relação com o outro. O homem vive em sociedade não somente por contingência de sobrevivência, mas porque a sua própria natureza assim o exige.
O homem não pode ser entendido como um ser isolado, mas em comunhão com os outros homens. Portanto, o homem necessita de uma perspectiva evolutiva, a vida do homem é uma vida em projeto, num contínuo fazer-se. Por isso, existe a necessidade da participação política e é a partir desta que as relações se concretizam. A vida em sociedade é uma necessidade fundamental da natureza humana.

3) Problemas políticos: problemas de todos
O homem se confronta com os desafios próprios de sua época e, ao respondê-los, torna-se histórico. Um ser que pergunta se interroga e vive - assim no jogo de suas respostas (participação política)- se altera no próprio ato de responder. O isolamento significa a destruição. Assim a construção a partir desse movimento supõe a comunhão entre os membros de tal sociedade.
A busca pela felicidade dos membros da polis se realiza na comunhão, porém esta não pode ser entendida sem a concepção de serviço. Portanto a comunhão se realiza através do ato de servir e não pela servidão, que é a perversidade do ato de servir. É a integração dos membros da polis. Seguindo essa linha de raciocínio, verifica-se a urgência da luta contra a alienação e contra a massificação do homem. Assim todo aquele que mutila ou limita a história humana, seja através da ignorância e da manipulação por mitos, necessita de urgente conscientização, que se realizará através da prática da participação política.
4) A capacidade de tomar decisões
O homem é livre para decidir sobre seu próprio destino, que acontecerá conforme sua deliberação, mesmo que esta deliberação não seja explícita. Portanto, a liberdade está na potencialidade do indivíduo tomar decisões que tragam conseqüências para a sua vida e especialmente para a vida social. A liberdade deve ser entendida nesse sentido político.
Mesmo diante da inegável justificativa que ninguém pode viver sem tomar decisões, muitas pessoas insistem em não tomar decisões, seja por comodismos ou por medo da responsabilidade, medo esse dissimulado atrás de um desprendimento de acatar de boa vontade o que os outros decidirem. Não percebem que não decidindo, estão decididos a permitir que outros decidam em seu lugar. Permissão que poderá acarretar grandes prejuízos e um arrependimento sem cura e tornam-se espontaneamente pessoas inferiores e deixam de utilizar de sua liberdade. A omissão impede o sistema de ser democrático tendo em vista que a democracia é onde as decisões são tomadas com liberdade e se respeita a vontade da maioria. A omissão de tomar decisões pela maioria deixa a minoria decidir. Isso não é democracia. Portanto, participação política é o mecanismo onde se realizam as decisões. Estas se articulam com as utopias humanas. Para se tomar decisões precisa-se vivenciar uma utopia, que é incorporada através da convicção.



5) Direito de Participação Política
Na visão do Direito, a participação é um direito reconhecido e incontestável. Todo ser humano tem o direito de tomar parte no governo de seu país e a vontade do povo será à base da autoridade do governo. Esse direito foi consagrado pelo artigo 21 da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Segundo o autor, não é difícil compreender a razão e o alcance do reconhecimento desse direito. Se todos são essencialmente iguais, ou seja, se todos valem a mesma coisa e se, além disso, todos são dotados de inteligência e de vontade não se justifica que só alguns possam tomar decisões políticas e todos os demais sejam obrigados a obedecer. Para que exista justiça é necessária a participação de todos nas decisões. Esse direito sempre existiu pelas razões expostas, porém apenas foi explicitado pela Declaração no século XVII/ XVIII e pelas constituições que posteriormente surgiram influenciadas pela declaração e pelo pensamento da burguesia. Nessa época ainda, foi implementado o sistema de dar a um representante o direito de falar e decidir em nome de muitos representados.
De acordo com o texto, não há lei alguma que possa se obrigatória para a comunidade, nem mesmo o contrato social, ao contrário, sua obrigatoriedade nasce do consenso e de sua sujeição à soberania da vontade geral. Com as idéias que valorizavam a pessoa humana, as constituições foram sendo modificadas, afirmando a igualdade de direitos e consagrando o sistema chamado de "sufrágio universal" (soberania da vontade popular).
Portanto, a participação política não pode reduzir-se ao exercício do voto, mas, sobretudo participar de todas as decisões inclusive a de como participar. Podemos dizer que as formas de participação são resultantes da própria participação política.


6) Dever de Participação Política
A participação política é um dever de todos, é importante que exista, porque através dela todos podem exercer a sua vontade e tomar consciência do que está sendo feito. Em outras palavras, deve agir como um poder fiscalizador das políticas públicas, que não podem ficar restritas a um pequeno número de indivíduos que ditam as normas, sem conhecerem o que os outros pensam a respeito.

7) Formas de Participação Política
Existem indivíduos que não procuram exercer plenamente seu direito de participação política, limitam-se a cuidar de dois assuntos de seu interesse particular imediato, dizendo que não gostam ou que não entendem de política. O processo de conscientização que conduz a uma participação ativa passa pela construção e recriação de uma cultura política que permita uma avaliação não apenas a partir do bom senso. E preciso entender que participação política não é apenas participação eleitoral, e muitas vezes é mais eficiente por outros meios.
Tipos de participação política: Individual e Coletiva | Eventual e Organizada | Conscientização e Organização | Participação eleitoral.
Individual – Neste caso o indivíduo em certas situações toma suas próprias conclusões e escolhe seu caminho.
Coletiva – Ocorre por meio da integração em qualquer grupo social e a força do grupo compensa a fraqueza do indivíduo.
Eventual – Está ligada a circunstâncias momentâneas, assegurando que dos dois modos há equivalente eficácia, desde que exercidos com consciência e responsabilidade.
Organizada – assegura a continuidade dos trabalhos e assim maior eficiência.
Conscientização
Organização – Consiste em colaborar concretamente, fornecendo idéias ou meios materiais, para que grupos humanos conjuguem seus esforços visando objetivos comuns.
Participação eleitoral – Cada indivíduo pode participar de modo diferente no processo militante partidário. A participação através do voto é o mínimo que se deve exigir para cada cidadão numa democracia representativa.

Conclusão:
Para buscar uma nova sociedade onde haja justiça, como principal fonte para realizar a igualdade e liberdade, o ato de participar politicamente é uma necessidade. Entretanto aqueles que não desejam mudanças desejam difundir sempre o que é contrário da participação: o comodismo, a difusão de que existe ideologia presente nos próprios atos participativos.
Não basta dizer que todos são livres e iguais como fazem a maioria das constituições existentes, se os livres e os iguais não dispuserem a assegurar condições políticas e possibilidades econômicas para que as pessoas possam efetivamente gozar de liberdade. Não se trata de mera concessão de direitos. É necessário sempre lutar por eles, seja para efetivá-los de fato, mantê-los, ou aperfeiçoá-los.
As questões sociais e políticas não podem ser tratadas como se fossem problemas técnicos e resolvidas por burocratas. Isto é coisa de regimes ditatoriais. Todas as questões sociais e políticas pertencem à sociedade e a ela compete decidir e resolver, e resolvê-las a partir de uma consciência crítica, e conseqüentemente participativa.
Conclui-se, portanto, que ainda existe a falta de participação política dos cidadãos devido à falta de uma cultura política.
É necessário que “surja” uma nova sociedade, mais participativa, mais consciente, politicamente falando, e que o ser humano construa uma sociedade onde as decisões políticas sejam de todos e para todos."

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

CIRCO


Cores do picadeiro
Peripécias circences se renovam para manter a tradição do espetáculo popular
Keyla Cristina Silva7º Período de Jornalismo
Fotos:Keila Cristina Silva
Encanto, magia, sonho. Ele faz a alegria não só das crianças, como também dos adultos. Não tem local certo, porque o artista vai onde o povo está. 15 de março, dia do circo.
Os artistas circenses surgiram na China, onde foram descobertas pinturas de quase cinco mil anos em que apareciam acrobatas, contorcionistas e equilibristas. A acrobacia era o treinamento dos guerreiros que necessitavam desenvolver agilidade, força e flexibilidade. Com o passar do tempo, as qualidades se uniram ao charme, a beleza e harmonia.
Este é o exemplo da acrobata aérea e bailarina, Valéria Farfan. Ela é da quarta geração do circo. Desenvolvendo toda habilidade e força que possui em seu corpo, Valéria desenvolve um número de contorcionismo nas alturas, só que sem a rede de proteção. Uma verdadeira demonstração de equilíbrio econcentração, em que tudo neste espetáculo depende dela, da sua força. É um número perigoso, onde mãos, corpo e cabeça devem estar firmes, pois a vida está em risco.
O circo no Brasil existe desde o fim do século 19. Ele começou com ciganos que vinham da Europa para fugir de perseguições. Entre suas especialidades incluiam-se a domadora de ursos, o ilusionismo e as exibições com cavalos. Especialidades do artista Luciano Portugal que é adestrador, cavaleiro e trapezista, e um dos motoqueiros do globo da morte. Antes de falarmos sobre Luciano, que no show apresenta quatro espetáculos, vale explicar como acontece o adestramento dos animais. Existe um certo tipo de mito em relação a estes serem machucados para que possam aprender os números que apresentam. Luciano nos explica que o adestramento ocorre através do carinho e da recompensa que o animal recebe ao estar fazendo o seu número, no caso dos cachorros que andam e se apresentam vestidos de heróis da ficção, a carne é o agradecimento do seu domador pela tarefa cumprida. Não há agressões aos animais, que para o artista Luciano são como parte da família.
Uma das grandes atrações é o globo da morte. O circo Estoril, que está em Uberaba até o dia 22 de março, se atreveu e coloca a sexta moto, o que é inédito, dentro de um globo de 4,30 x 4,30 metros de circunferência. Quando se apresentam com as seis motocicletas chegam a ficar a dois palmos uns dos outros. É um número muito perigoso. Luciano e seu irmão Tiago Portugal, que apresentam um número de dança de cavalos juntos, são motoqueiros do globo. Eles nos conta como é arriscado, é o mínimo de espaço e depende das máquinas, porque se elas falham tudo pode acontecer. E já aconteceu. Uma vez estavam apresentando e a corrente de uma das motos arrebentou, três delas chegaram a bater e os motociclistas caíram. Em outra vez choveu e, o globo pegou umidade. Se tornou escorregadio, a quarta e quinta moto caíram. Mas independente disso, para eles o que vale é a adrenalina do momento. Luciano diz que no início dava medo, mas que depois a emoção supera tudo.
A pessoa que participa e quer fazer parte do globo da morte começa de bicicleta, rodando em horizontal, até que consiga se acostumar, porque de início fica-se tonto.
O circo necessita inovar, superar limites, para que o público não perca o interesse pelo espetáculo. E foi por isso, que o circo Estoril em suas apresentações inseriram mais uma moto, apesar do perigo. Normalmente os outros circos têm por costume que o globo fique em um canto, eles o trouxeram para o centro do picadeiro. Antes da apresentação montaram uma coreografia de abertura e no tão esperado espetáculo, a música que se ouve é o ronco dos motores. Inovação que não pára por aí, eles ainda se arriscam mais e sem as mãos fazem suas manobras dentro daquele círculo.
Mas a vida no circo não é nada fácil. É necessário superar todos os problemas existentes e com o abrir das cortinas, o sorriso também é necessário aparecer. A cada dia um novo público, e depois outras cidades. E não pense que o cansaço abate estes jovens não, no domingo, por exemplo, eles fazem três sessões e ao finalizar, retoma os ensaios. No outro dia o processo é o mesmo, e apesar de ser um mundo de sonhos, os nossos artistas são pessoas comuns que trabalham arduamente, mas que vão às compras, apresentam e saem à noite para aproveitar e fazer novas amizades.
Amizades que nem sempre perduram, como nos conta a relações públicas Margareth Pereira. Toda semana estão em um local diferente, o que dificulta um pouco os relacionamentos duradouros, devido as distâncias. Mas eles podem contar uns com os outros e o bom relacionamento é imprescindível, pois é o que os tornam uma grande família. E como em uma família, intrigas acontecem, mas como passam todo o dia juntos é necessário ser superado.
O circo é apaixonante, prova disso são as pessoas que não são de famílias tradicionais circenses, mas que se encantaram e vieram trabalhar nele. É o caso de Margareth. O circo foi em sua cidade, a irmã dela conheceu um rapaz que lá trabalhava. Namoraram, casaram e ela foi passear com a irmã, se deslumbrou e hoje acompanha esta vida há quatorze anos.
Para estes artistas o circo significa mais do que uma forma de viver, é amor. Não trocariam esta vida por nada. A acrobata aérea Valéria uma vez tentou mudar de profissão, mas o convencional não lhe agradou. Estava de férias e foi para a casa da prima em São Paulo, começou a trabalhar de balconista em uma loja. A brincadeira era geral, enquanto os outros trabalhavam parados de qualquer jeito, a trapezista, como era chamada, levou a postura do picadeiro para o balcão. E não conseguiu imaginar parada em um só local, logo voltou ao circo.
E que seja assim. Que o circo possa continuar a nos encantar com o mundo de sonhos, onde as luzes acendem, as cortinas se abrem e a fantasia acontece. Aplausos, que é a maior recompensa de um artista, a todos os circenses pelo dia mundial do circo.

A CAPITAL


A Capital

Neste livro, Eça de Queiroz faz, com traços vigorosos e de maneira maliciosa, os retratos caricaturais de seus amigos íntimos. Com final ironia, chega a pôr em Artur Corvelo sua própria personalidade.
Examina em todos os ângulos a sociedade portuguesa de seu tempo. Artur deixa a modesta terra natal e vai para Lisboa, alimentando doces ilusões, certo de que lá haveria melhor lugar para um intelectual.
Depois das decepções voltou ao lugar tranqüilo, mas, em face da vida monótona, sentia saudade da capital, embora tivesse saído "daquele inferno em Lisboa, como um vencido de uma batalha" - com feridas por toda a parte - no seu amor traído, na sua ambição iludida.

IRACEMA - RESUMO


Iracema

A obra conta a história de amor vivida por Martin, um português, e Iracema uma índia tabajara. Eles apaixonaram-se quase que à primeira vista. Devido a diferença etnica, por Iracema ser filha do pajé da tribo e por Irapuã gostar dela, a única solução para ficarem juntos, é a fuga. Ajudados por Poti, Iracema e Martim, fogem do campo dos tabajaras, e passam a morar na tribo de Poti (Pitiguara). Isso faz com que Iracema sofra, mas seu amor por Martim é tão mais forte, que logo ela se acostuma, ou pelo menos, não deixa transparecer. A fuga de Iracema faz com que uma nova batalha seja travada entre os tabjaras e os pituguaras. Pois Arapuã quer se vingar de Martin, que "roubou" Iracema, mas Mertim é amigo de Poti, índio pitiguara, que irá protegê-lo.
Além disso, a tribo tabajara alia-se com os franceses que lutam contra os portugueses, que são aliados dos pitiguaras, pela posse do território brasileiro. Com o passar do tempo, Martim começa a sentir falta das pessoas que deixou em sua pátria, e acaba distanciando-se de Iracema. Esta, por sua vez, já grávida, sofre muito percebendo a tristeza do amado. Sabendo que é o motivo do sofrimento de Martim, ela resolve morrer depois que der à luz ao filho. Sabendo da ausência de Martim, Caubí, irmão de Iracema, vai visitá-la e dia que já a perdoou por ter fugido e dado às costas à sua tribo. Acaba conhecendo o sobrinho, e promete fazer visistas regulares aos dois.
Conta que Araquém, pai de Iracema, está muito velho e mal de saúde, devido à fuga de Iracema. Justo no período que Martim não está na aldeia, Iracema dá luz ao filho, ao qual dá o nome de Moacir. Sofrendo muito, não se alimentando, e por ter dado à luz recentemente, Iracema não suporta mais viver e acaba morrendo logo após entregar o filho à Martim. Iracema é enterrada ao pé de um coqueiro, na borda de um rio, o qual mais tarde seria batizzado de Ceará, e que daria também nome à região banhada por este rio. Ao meio desta bela história de amor, estão os conflitos tribais, intensificados pela intervenção dos brancos, peocupados apenas em conquistar mais territórios e dominar os indígenas.

RESUMO DO LIVRO NUNCA DESISTA DE SUS SONHOS


Um livro para as pessoas que sonham, as que não sonham e as que por alguma razão, desistiram de sonhar. Não se trata dos sonhos que temos quando dormimos e sim dos projetos que temos, das metas que traçamos e dos objetivos a serem alcançados. As pessoas bem sucedidas na vida tiveram sonhos e acreditaram neles. É preciso ter sonhos. Sem sonhos não há conquistas, não há realizações. Sem sonhos não se chega a lugar algum. Mas não adianta sonhar e não lutar para tornar os sonhos realidade, porque sem luta não há vitória. Esse livro fala sobre a importância de ser umsonhador, o autor coloca em destaque um homem que foi um dos maiores sonhadores da humanidade, JESUS, relata ainda que o maior colecionador de derrotas foi ABRAHAM LINCON que lutou muito e conseguiu vencer por seus sonhos.
O autor faz uma análise de quatro personagens, sendo três históricos: Jesus Cristo, Abraham Lincoln e Martin Luther King, e o 4º (quarto), ele mesmo.
- Jesus Cristo. A análise que o autor faz deste personagem não é do ponto de vista religioso, e sim, social. Um líder que tinha um sonho e para realizá-lo chamou 12 (doze) homens desacreditados - a maioria sem estudo e sem perspectiva de vida - e acreditou neles. No livro ressalta a sua coragem de enfrentar poderosos para defender aquilo que era a sua missão aqui na Terra, levar esperança para os desesperados e aqueles que já não acreditava mais na vida. Os sonhos são como o próprio ar que respiramos, sem sonhos não podemos nem viver. Esse homem chamado Jesus falava de uma vida que seria impossível acreditar  se não fosse um sonhador. Ele era um vendedor de sonhos, mas um vendedor diferente fazia tudo somente por amor, os sonhos fazem os tímidos terem golpes de ousadia e os derrotados  serem construtores de oportunidade. E mesmo depois de sua morte, aqueles homens seguiram com o propósito do mestre e realizaram seu sonho.
- Abraão Lincoln. Um homem que colecionou inúmeras derrotas. Tentou o comércio e faliu. Ingressou na política e só colecionou derrotas. Mas ele tinha um sonho e não desistiu. A cada derrota as pessoas pensavam que ele não teria forças para tentar outra eleição, e ele, para espanto de todos, corrigia os erros das campanhas anteriores e começava uma nova campanha confiando que sairia vencedor. Foi assim para: Deputado Estadual, Federal, Senador e Vice para Presidente, onde foi desacreditado pelos membros do partido que não aceitaram que ele fosse vice na chapa por ser um derrotado. Mas não desistiu. Na eleição seguinte se candidatou a Presidente da República dos EUA e venceu, sendo reeleito depois e tornando-se um dos maiores presidentes dos EUA.
- Martin Luther King. Qual era o sonho deste homem? O de liberdade, igualdade social e fim da discriminação racial. É dele um dos mais belos discursos cujo título é: "I have a Dream" (eu tenho um sonho). Foi perseguido, maltratado. Queimaram sua casa na tentativa de fazê-lo parar. Mas ele não desistiu do sonho. Na sua luta foi vitorioso. Somente a morte o fez parar. Foi assassinado por aqueles que eram contrários ao seu sonho.
- Augusto Cury. Por fim, o autor conta sua experiência. Tinha o sonho de publicar sua teoria sobre a psicologia moderna. Foi humilhado. A sua teoria foi desprezada por todos, mas ele não desistiu. Depois de muito trabalho, derrotas e frustrações teve seu trabalho reconhecido, e hoje é chamado para dar palestras em renomadas universidades inclusive a que o rejeitou.
Os sonhos diurnos trazem saúde para a emoção, equipam o frágil para ser autor de sua história, renovam as forcas do ansioso, animam Os deprimidos, transformam os deprimidos em seres de raro valor e fazem os tímidos terem golpes de ousadia. Você não precisará de sonhos para ser um trabalhador comum, massacrado pela rotina, que faz tudo iguais todos s dias e que vive apenas em função do salário no final do mês. Mas precisará de muitos sonhos para ser um profissional que procura a excelência, amplia os horizontes de sua inteligência, ficam atentas as pequenas mudanças, tem coragem para corrigir rotas, tem capacidade de corrigir erros, tem ousadia para fazer das suas falhas e dos seus desafios um canteiro de oportunidades. Precisará de sonhos para enxergar soluções que ninguém vê, para apostar naquilo que você crê, para encantar seus colegas, para surpreender sua equipe de trabalho. Quem sonha não encontra estradas sem obstáculos, lucidez, sem perturbações, alegrias sem aflição. Mas quem sonha voa mais alto, caminha mais longe. Toda pessoa, da infância ao último estágio da vida, precisa sonhar. Os sonhos não determinam o lugar aonde você vai chegar, mas produzem a forca necessária para arrancá-lo do lugar em que você está. Ninguém é digno do pódio se não usar suas derrotas para alcançá-lo. Ninguém terá prazer no estrelato se desprezar a beleza das coisas simples no anonimato. Sem sonhos os ricos se deprimem, os famosos se entediam, os intelectuais se tornam estéreis, os livres se tornam escravos, os fortes se tornam tímidos. Sem sonho a coragem se dissipa, a inventividade se esgota, o sorriso vira um disfarce e a emoção envelhece. A disciplina sem sonhos produz servos que fazem tudo automaticamente. E os sonhos sem disciplina produzem pessoas frustradas que não transformam os sonhos em realidade. Sonhar é preciso, pois sem sonhos as pedras do caminho se tornam montanhas, os problemas ficam insuportáveis, as decepções se transformam em golpes fatais e os desafios se transformam em fontes de medo. Sonhar é preciso, pois o sonho alimenta o sono que alimenta a vida. E a vida não teria sentido se não fosse pelo sonho de ser feliz um dia.

AUGUSTO CURY

Livros Os Segredos do Pai Nosso - Augusto Cury (8575422561)Livros Nunca Desista de Seus Sonhos - Augusto Cury (8575421492)Livros Pais Brilhantes, Professores Fascinantes - Augusto Jorge Cury (8575420852)
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Augusto Cury
Augusto Jorge Cury é um médico, psiquiatra, psicoterapeuta e escritor de autoajuda. Seus livros já venderam mais de 16 milhões de exemplares somente no Brasil, tendo sido publicados em mais de 60 países. Wikipedia
Nascimento2 de outubro de 1958 (54 anos), Colina
SÃO LIVROS MARAVILHOSOS. LEIA.