sábado, 4 de maio de 2013

Obama reafirma compromisso dos EUA com criação de Estado Palestino


Na Cisjordânia, presidente criticou Israel por expansão de colônias.
Americano faz visita importante a Israel e aos Territórios Palestinos.



O presidente dos EUA, Barack Obama, reafirmou nesta quinta-feira (21), na Cisjordânia, o compromisso com a criação de um Estado Palestino, apelou para que israelenses e palestino retomem as negociações diretas e criticou Israelpela política de expansão da colonização nos territórios ocupados.
"Os palestinos merecem ter seu próprio Estado, afirmou. "Os Estados Unidos estão completamente comprometidos para ver... um Estado da Palestina independente e soberano'.
Obama, que faz sua primeira visita oficial aos Territórios Palestinos, também disse que falou ao premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, que sua política de expansão das colônias israelenses nos territórios ocupados "não é construtiva ou apropriada para a paz" e "não combina" com a chamada solução de dois Estados para a região.
Falando em seguida, o presidente palestino, Mahmud Abbas, pediu que Israel paralise a expansão dos assentamentos.
O presidente dos EUA, Barack Obama, e seu colega palestino, Mahmud Abbas, dão entrevista nesta quinta-feira (21) em Ramallah (Foto: AP)O presidente dos EUA, Barack Obama, e seu colega palestino, Mahmud Abbas, dão entrevista nesta quinta-feira (21) em Ramallah (Foto: AP)
Foguetes
Mais cedo, em comunicado, Abbas, condenou a violência contra os civis, incluindo os disparos de foguetes a partir da Faixa de Gaza, como os dois que atingiram Israel durante a visita de Obama à região.

Obama também condenou o incidente."Condenamos a violência contra civis, independente da origem, incluindo o disparo de foguetes", disse Abbas, citado pelo conselheiro político Nimr Hamad.
"Vimos a ameaça permanente desde Gaza na noite passada com os disparos contra Sderot", afirmou. "Condenamos a violação deste importante cessar-fogo que protege tanto israelenses quanto palestinos, uma violação que o Hamas tem a responsabilidade de impedir."
Israel
Na véspera, em Israel, Obama anunciou que EUA e Israel "iniciarão discussões" para prolongar a ajuda militar americana para além de 2017.


O anúncio foi feito durante de uma entrevista coletiva à imprensa ao lado de Netanyahu, em Jerusalém.

Obama disse ainda em Israel que "a paz deve chegar à Terra Santa", em uma tentativa de aliviar as tensões com seus anfitriões e definir a política para a Síria e o Irã. Mas ele reafirmou o compromisso com a segurança dos aliados israelenses.
O presidente americano, durante o seu primeiro dia de visita a Israel, também informou que, apesar das dificuldades orçamentárias em Washington, o financiamento americano do sistema de interceptação antimísseis "Iron Dome", fabricado por Israel, não será interrompido.
O presidente Obama referiu-se a um novo acordo-quadro de dez anos que deve suceder o que está atualmente em curso, que expira em 2017, para a substancial ajuda militar americana ao Estado hebreu, que supera hoje US$ 3 bilhões por ano, segundo a rádio pública israelense.
O novo chefe do Pentágono, Chuck Hagel, havia prometido em 5 de março ao ex-ministro israelense da Defesa Ehud Barak que Washington continuaria a financiar os sistemas atimísseis israelenses, apesar das restrições orçamentárias dos Estados Unidos.

Israel ataca centro de pesquisas Cientificas em Damasco



 



TV síria afirma que ataque foi realizado com mísseis.
Número de vítimas ainda não foi divulgado.


Israel atacou na madrugada deste domingo (5) um centro de pesquisas científicas em Jamraya, na região deDamasco, informou a agência oficial de notícias síria Sana. De acordo com a agência, o ataque foi realizado com mísseis e o número de vítimas não foi divulgado.
A TV síria confirmou o ataque afirmando que a "agressão israelense visa a aliviar a pressão sobre os terroristas em Ghuta do Leste", região do subúrbio de Damasco.
A mídia americana revelou no sábado que a aviação israelense atacou o território sírio na madrugada de sexta-feira, para destruir armas que poderiam ser entregues ao movimento xiita libanês Hezbollah.

Uma fonte militar síria desmentiu o ataque de sexta-feira e o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não confirmou a informação. Segundo a rede de televisão americana CNN, "agências americanas e ocidentais de inteligência obtiveram informações confidenciais indicando que Israel executou um ataque aéreo entre quinta e sexta-feira", após aviões de combate deste país sobrevoarem o Líbano.
No Líbano, uma fonte diplomática indicou à AFP que o ataque destruiu mísseis terra-ar fornecidos recentemente pela Rússia, que estavam armazenados no aeroporto de Damasco. Na sexta, a agência Sana anunciou o disparo de dois foguetes, por parte dos rebeldes, contra o aeroporto de Damasco, atingindo um avião e um reservatório de querosene.
De acordo com a rede NBC, "o principal alvo de Israel era uma carregamento de armas destinado ao Hezbollah, no Líbano", referindo-se ao movimento xiita libanês, inimigo de Israel. Um comunicado do Exército libanês indicou vários sobrevoos de caças-bombardeiros israelenses na noite de quinta para sexta-feira.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou neste sábado que Israel tem o direito de se defender da transferência de armas da Síria para o Hezbollah, mas se negou a comentar a informação de que Israel atacou o território sírio. "Não vou fazer comentários sobre o que ocorreu na Síria ontem, mas acredito que os israelenses, de maneira justificada, devem se proteger contra a transferência de armas sofisticadas para organizações terroristas como o Hezbollah".
Obama afirmou que cabe ao Estado hebreu "confirmar ou negar qualquer medida que tenha adotado" para se defender da ameaça. "Temos uma estreita coordenação com os israelenses e reconhecemos que estão muito próximos da Síria e muito próximos do Líbano", destacou o presidente.
Israel e Hezbollah - um fiel aliado do presidente Bashar al-Assad - se enfrentaram em um sangrento conflito no verão de 2006
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Invasão do Iraque - 10 anos: As derrotas de uma guerra vitoriosa





  • Cena de "Guerra ao Terror" ("The Hurt Locker"), de Kathryn Bigelow, que focaliza a dura rotina das tropas norte-americanas no Iraque
    Cena de "Guerra ao Terror" ("The Hurt Locker"), de Kathryn Bigelow, que focaliza a dura rotina das tropas norte-americanas no Iraque
Há pouco mais de dez anos, em 19 de março de 2003, Os Estados Unidos invadiram o Iraque e deram início a uma das guerras mais caras, polêmicas e desastrosas de sua história, que durou quase nove anos.
A “Operação Liberdade Iraquiana” levou 21 dias e teve apoio de tropas do Reino Unido, da Austrália e Polônia. Ela foi deflagrada durante o governo de George W. Bush (2001-2009), um ano e meio após os ataques às torres gêmeas do World Trade Center em 11 de setembro de 2001.
O presidente americano justificou a invasão com a suposta existência de armas de destruição em massa pelo regime de Saddam Hussein, um dos mais violentos do Oriente Médio. O risco era de que o armamento chegasse a grupos terroristas como aAl Qaeda, responsável pelos atentados em Nova York. Essas armas, porém, nunca foram encontradas e poucos acreditam que existiam. Além disso, a ligação de Saddam com Osama bin Laden era implausível, pois eram inimigos.
Havia ainda uma intenção “humanitária” de destituir o ditador e estabelecer a democracia no Iraque. Nos bastidores do teatro de operações, contudo, havia interesse de Washington em controlar o petróleo iraquiano (9% das reservas mundiais) e o domínio estratégico do Oriente Médio.
Na época, Bush tinha apoio da população e da imprensa para promover sua "guerra contra o terror". Os americanos ainda estavam abalados e com medo de novos ataques terroristas. Nos anos seguintes, entretanto, a guerra tornou-se fonte de despesas e escândalos – massacres nas ruas de Bagdá e denúncias de torturas de presos iraquianos na prisão de Abu Ghraib – que abalaram a confiança no império americano.
Os Estados Unidos ainda se envolveram em outra guerra, no Afeganistão, e enfrentaram a maior crise econômica desde a Grande Depressão (1929-1933). Somente a guerra no Iraque custou US$ 2,2 trilhões, valor comparável ao PIB brasileiro. O número de mortos chegou a 4.805 militares das forças de coalizão e 134 mil civis iraquianos.
O desgaste político de Bush com a guerra, agravado pela demora ao socorro às vítimas do furacão Katrina, em 2005, foi também decisivo para a vitória do democrataBarack Obama nas eleições presidenciais de 2008. Obama foi eleito com a promessa de resolver a crise financeira e retirar as tropas do Iraque.
Ditador
O Iraque situa-se em uma região que abrigou as primeiras civilizações humanas. A capital, Bagdá, foi o centro do mundo islâmico e a maior cidade da Idade Média.
Rico em petróleo (descoberto em 1927), o Iraque tinha todas as condições para ser uma nação rica. Mas séculos de guerras e ocupação estrangeira, com consequentes instabilidades política e econômica, impediram que se desenvolvesse.
O Iraque nunca conheceu a democracia. Após quatro séculos de domínio Otomano, o território virou colônia do Reino Unido e, após a Independência, em 1932, sofreu sucessivos golpes de Estado, até a chegada do partido de Saddam Hussein, o Baath, ao poder em 1968. O partido dominou o país por 35 anos, até a invasão americana.
Saddam assumiu a presidência em 1979. Na época da Guerra Fria (1945-1991), o ditador tinha apoio do governo americano por terem, ambos, o Irã como inimigo comum. A situação mudou em 1990 quando o exército iraquiano invadiu o Kuwait, país vizinho, e iniciou a Guerra do Golfo Pérsico (1990-1991).
De certo modo, a invasão americana em 2003 foi uma continuação da Guerra do Golfo. Ela terminou com a deposição e captura do ditador iraquiano em 2003. Saddam foi condenado à morte e executado em dezembro de 2006. A queda do regime de Saddam marcou o fim da invasão, mas o começo de um processo de reconstrução do Iraque, que se mostrou mais demorado e difícil do que o esperado.
Violência
A sociedade iraquiana é formada por três grupos étnicos e religiosos que lutam entre si há séculos. Os árabes perfazem 80% da população de 29 milhões de habitantes. Os curdos estão entre 15 e 20% desse total. A principal religião é a muçulmana, dividida entre xiitas (62%) e a minoria sunita (35%).
Os árabes sunitas governaram o país desde sua criação, em 1920. Após a ocupação, os americanos permaneceram no país para treinar forças de segurança iraquianas e constituir um governo pluralista, que representasse todas essas etnias.
Em outubro de 2005, os iraquianos aprovaram uma Constituição mediante um referendo nacional. Em dezembro, foi composto o Parlamento, no primeiro governo constitucional no país em quase 50 anos, de maioria xiita. Mas a tensão entre milícias sunitas e xiitas provocou atentados violentos entre 2005 e 2007.
As tropas americanas finalmente deixaram o Iraque em 18 de dezembro de 2011. Hoje, apesar da instabilidade política, a economia iraquiana está melhor do que em 2003, registrando um crescimento médio de quase 7% ao ano. A violência nas ruas também diminuiu, ainda que os atentados continuem acontecendo em Bagdá.
Para os Estados Unidos, a guerra do Iraque resultou em perdas políticas, econômicas, ideológicas e estratégicas. No contexto geopolítico do Oriente Médio, a queda do regime secular de Saddam Hussein fortaleceu o Irã e o fundamentalismo islâmico, antecipando a Primavera Árabe.


A Respiração: As trocas gasosas entre o organismo e o meio

A Respiração: As trocas gasosas entre o organismo e o meio
31/03/2009 - Amara Maria Pedrosa Silva
Respiração é o conjunto de processos cuja finalidade é a liberação da energia contida em moléculas de compostos orgânicos existentes no interior das células (carboidratos, ácidos graxos, aminoácidos).

Tais moléculas constituem os metabólitos, e sua oxidação produz catabólitos (resíduos) e libera energia.

Essa energia é aproveitada na execução das reações químicas posteriores que completam o metabolismo celular.

Além disso, é utilizada para manter a temperatura corporal dos animais homotermos.

O principal metabólito utilizado pelas células é a glicose. Por isso, é comum representar-se a respiração pela equação:

C6H12O6 + 6O2 ---> 6CO2 + 6H2O + Energia

Essa equação se refere à respiração no nível celular.

No nível do organismo podemos dizer que a respiração é o fenômeno de trocas gasosas entre o organismo e o ambiente, isto é, aquisição de oxigênio (O2) e liberação de gás carbônico (CO2).

Os seres que utilizam o oxigênio para a respiração são aeróbios e os que não utilizam o oxigênio são anaeróbios (bactérias, fungos).

Os vegetais absorvem o O2 e eliminam o CO2 através da superfície corporal, pois, mesmo em uma planta de grande porte, a superfície de contato com o ambiente é extensa. Isto porque seu corpo é ramificado e suas folhas (onde ocorrem a maior parte das trocas gasosas) têm grande área relativa.

Nos vegetais terrestres, a epiderme apresenta uma camada protetora e impermeável de cutina que evita a perda excessiva de água pela transpiração, mas também dificulta as trocas gasosas. Nesse caso, existem aberturas na epiderme das folhas e caules, os estômatos (partes verdes) e as lenticelas (partes velhas), por onde o oxigênio e o gás carbônico entram e saem. 


Os Mecanismos das Trocas Gasosas nos animais
->Pele: respiração cutânea.

->Brânquias: são apêndices respiratórios bem vascularizados, constituídos de filamentos delgados cobertos por uma delicada epiderme de superfície ampla, apropriados para o meio aquático.

->Traquéias e filotraquéias: são tubos finos que se ramificam a partir da superfície do corpo até o interior dos tecidos, permitindo a difusão de O2 do ar para os tecidos e do CO2 dos tecidos para as traquéias. A difusão dos gases é auxiliada por movimentos do tórax e do abdome, que promovem a distensão das traquéias de calibre maior, facilitando o bombeamento do ar. A abertura das traquéias na superfície do corpo denomina-se estigma ou espiráculo. Na porção anterior ventral do abdome dos aracnídeos há um par de estigmas que se comunicam com cavidades cujas paredes apresentam lâminas foliares ricamente vascularizadas, por onde acontecem as trocas gasosas. São as filotraquéias.

->Pulmões: são órgãos respiratórios típicos de vertebrados terrestres, constituídos por uma ou mais câmaras revestidas internamente por um epitélio úmido, ricamente vascularizado, com superfície ampla, que permite a absorção do O2 diretamente do ar atmosférico. Nos mamíferos, os pulmões são alveolares, isto é, os bronquíolos se subdividem, terminando em numerosos e minúsculos ‘saquinhos’ (os alvéolos pulmonares), que são ricamente vascularizados.


Autor: Amara Maria Pedrosa Silva

quinta-feira, 2 de maio de 2013


A Cultura

A Cultura
A pergunta é dificil e suscita respostas muito abrangentes. Num ponto tenho a certeza: a cultura é uma fonte inesgotável riqueza pessoal.

“A cultura é essencial para quê ? Poderiamos começar assim. Mas primeiro ainda fui ao dicionário procurar a palavra “cultura”. Deparei-me com vários significados; pelo menos dois são importantissimos.

Um: Cultura - desenvolvimento dos conhecimentos e das capacidades intelectuais, quer em geral, quer num domínio particular.

Dois:  Cultura - maneiras colectivas de pensar e de sentir, conjunto de costumes, de instituições e de obras que constituem a herança social de uma comunidade ou grupo de comunidades. Engraçado, não é ? Como o primeiro significado da palavra “cultura”  se tem vindo a revelar tão necessário para que o segundo possa ser melhor! Se não desenvolvermos as nossoa capacidades intelectuais e não ampliarmos os nossos conhecimentos, teremos muito mais dificuldade em compreender correctamente outras “culturas”. Daqui surgem depois questões e conceitos como racismo, xenofobia, violência. Uma pessoa que tenha a referida “cultura” será sempre mais tolerante, mais compreensiva, mais atenta, porque sabe, porque conhece, porque entende. Poderá, assim, fazer com que a segunda definição de “cultura” seja mais coerente e efectiva; poderá fazer com que a herança social da sua comunidade seja mais pacifica,mais solidaria. A cultura é essencial? Sem dúvida. Para consolidarmos a nossa comunidade numa base pacifica, tolerante, solidária com o próximo. É preciso conhecer para entender. É preciso conhecer para aceitar. Como dizia a minha avó “ o saber nunca fez mal a ninguém.” E além disso, não ocupa lugar”.

“A cultura é essencial mas não vamos supor que ter cultura é ser erudito, muito cheio de ciências e de saberes. Uma pessoa pode ter pouca instrução mas ter uma linguagem muito culta, modos muito civilizados, sempre boas maneiras. O ideal é reunir a cultura de um povo com os vastos conhecimentos que se prendem nos livros, e claro, de preferência tirar um curso mesmo médio. 

Se por um lado é essencial para distinguir os costumes, os hábitos, a tradição de um povo, porque afinal de contas todos nos orgulhamos das raizes, de falarmos uma determinada lingua, de nos vestirmos assim ou simplesmente de termos nascido neste país , por outro é a responsável pelas discriminações e xenofobias. Se existe racismo é devido á cultura. Muito dificilmente uma cultura aceita outra e esta “outra” é quase sempre sinônimo de inferioridade. São criados preconceitos que ao longo do tempo têm tendência a generalizar-se e tornarem-se inalteráveis. Só que tirando esta formalidade da cultura, somos todos de carne e osso, todos respiramos, todos vivemos e morremos independentemente da nacionalidade, da cor da pele ou da lingua que falamos.

A cultura não é só o saber acumulado ao longo do tempo é preciso saber fazê-lo valer, para nos ajudarmos a nós próprios, através do respeito para com os outros. A cultura é saber e conhecimento, mas acima de tudo respeito e educação para com os que sofrem, os menos afortunados. Porque aignorância faz parte de todos nós.

É essencial partilhar com os outros o conhecimento que se adquire ao longo da vida. A cultura é como água numa esponja, alguém disse e eu estou plenamente de acordo.

Ser culto não é uma opção mas sim uma obrigação!

Recordo-me de uma conversa entre a maria e a joaquina a dada altura diz a joaquina para a maria quando for grande quero ter muitos vestidos, a maria responde eu quero ter muita cultura,mas a joaquina pergunta-lhe se saires á rua sem cultura és presa? A maria diz logo não.diz a joaquina então esprimenta saires sem vestido.

Dá que pensar, pois é um pouco a realidade que se vive num segundo plano, se não dizer último plano.

Se a cultura é essencial!? É, eu tenho a certeza que sim.


A chegada de Cabral ao Brasil

A chegada de Cabral ao Brasil
A chegada de Cabral ao Brasil foi parte de uma cruzada conduzida pela Ordem de Cristo, a organização que herdou a mística dos templários.

Domingo, 8 de março de 1500, Lisboa. Terminada a missa campal, o rei d. Manuel 1 sobe ao altar, montado no cais da Torre de Belém, toma a bandeira da Ordem de Cristo e a entrega a Pedro Álvares Cabral. O capitão vai içá-la na principal nave da frota que partirá daí a pouco para a índia. Era uma esquadra respeitável, a maior já montada em Portugal. com treze navios e 1 500 homens. Além", do tamanho, tinha outro detalhe íncomum. O comandante não possuía a menor experiência como navegador. Cabral só estava, no comando da esquadra porque era cavaleiro da Ordem de Cristo e, como tal, tinha duas missões: criar uma feitoria na índia e, no caminho, tomar posse de uma terra já conhecida, o Brasil. 

A presença de Cabral à frente do empreendimento era indispensável, porque só a Ordem de Cristo, uma companhia religiosa-militar autônoma do Estado e herdeira da misteriosa Ordem dos templários , tinha autorização papal para ocupar - tal como nas cruzadas - os territórios tomados dos infiéis (no caso brasileiro, os índios). No dia 26 de abril de 1500, quatro dias depois de avistar a costa brasileira, o cavaleiro Pedro Álvares Cabral cumpriu a primeira parte da sua tarefa. Levantou onde hoje é Porto Seguro a bandeira da Ordem e mandou rezar a primeira missa no novo território. O futuro país estava sendo formalmente incorporado às propriedades da organização. O escrivão Pero Vaz de Caminha, que reparava em tudo, escreveu pane o rei sobre a solenidade: "Ali estava com o capitão a bandeira da Ordem de Cristo, com a qual saíra de Belém, e que sempre esteve alta." Para o monarca português, a primazia da Ordem era conveniente. É que atrás das descobertas dos novos cruzados vinham as riquezas que faziam a grandeza e a glória, do reino de Portugal. Nas próximas páginas, você vai entender como essa organização transformou a pequena, nação ibérica em um império espalhado pelos quatro cantos do planeta.


Uma idéia delirante leva os portugueses ao mar
No começo do século XV, Portugal era um reino pobre. A riqueza estava na Itália, na Alemanha e em Flandres (hoje parte da Bélgica e da Holanda). Então (como foi que os italianos encabeçaram a expansão européias ? A rica Ordem de Cristo foi o seu trunfo decisivo. Fundada por franceses em Jerusalém em 1119, com o nome de Ordem dos Templários, acabou transferindo-se para Portugal em 1307, época em que o rei da França desencadeou contra ela uma das mais sanguinárias perseguições da História. Quando o infante d. Henrique, terceiro filho do rei d. João 1, tornou-se grão-mestre da Ordem, em 1416, a organização encontrou o respaldo para colocar em prática um antigo e ousado projeto: circunavegar a África e chegar à índia, ligando o Ocidente ao Oriente sem a intermediação dos muçulmanos, que então controlavam os caminhos por terra entre os dois cantos do mundo.
No momento em que d. Henrique, à frente da Ordem de Cristo, resolveu dar a volta no continente africano, a idéia parecia uma doidice. Havia pouca tecnologia para navegar em oceano aberto (o Mediterrâneo é um mar fechado) e nenhum conhecimento sobre como se orientar no Hemisfério Sul, porque só o céu do norte estava mapeado ainda: acreditava-se que, ao sul, os mares estavam cheios de monstros terríveis. De onde teria vindo então a informação de que era possível encontrar um novo caminho para o Oriente? Possivelmente dos templários, que durante as cruzadas, além de se especializarem no transporte marítimo de peregrinos para a Terra Santa, mantiveram intenso contato com viajantes de toda a Ásia.


Aventura religiosa
A proposta visionária recebeu o aval do papa Martinho V, em 1418, na bula Sane Charissimus, que deu caráter de cruzada ao empreendimento. As terras tomadas dos infiéis passariam à Ordem de Cristo, que teria sobre elas tanto o poder temporal, de administração civil, quanto o espiritual, isto é, o controle religioso e a cobrança de impostos eclesiásticos.

Entre o lançamento oficial da empreitada e a conquista do objetivo último decorreria um longo tempo, precisamente oitenta anos. Apenas em 1498, o cavaleiro Vasco da Gama conseguiria chegar à índia. Morto em 1460, d. Heruique não assistiu ao triunfo da sua cruzada. Mas chegou a ver como, no rastro dela, Portugal ia se tornando a maior potência marítima da Terra.


A diplomacia do Príncipe navegador
A Escola de Sagres foi uma lenda criada por poetas românticos portugueses do século XIX. Na verdade, foi do porto de Lagos, no sudoeste de Portugal, que a Ordem de Cristo, liderada por d. Henríque, deflagrou a expansão marítima do século XV.


Um porto aberto na encruzilhada do mundo
D. Henrique Sagrou-se cavaleiro em 1415, na batalha de Ceuta, no Marrocos, em que os portugueses expulsaram os muçulmanos da cidade. No ano seguinte, o príncipe virou comandante dá Ordem. Como a sucessão do trono português caberia a seu irmão mais velho, d. Duarte, Henrique assumiu o cargo de governador de Algarve. Solteiro e casto, dividia o seu tempo entre o castelo de Tomar, sede da Ordem, e a vila de Lagos, no Algarve. Em Tomar, cuidava das finanças, diplomacia e da carreira dos pilotos iniciados nos segredos do empreendimento cruzado. O castelo era u m cofre de recursos e informações secretas. Lagos era a base naval e corte aberta. Vinham viajantes de todo o mundo, de "desvairadas nações de gentes tão afastadas de nosso uso", escreveu o cronista Gomes Eanes de Zurara, na crônica da Tomada de Guiné. Os, personagens desse livro revelam um pouco do cosmopolitismo do porto de lagos: havia gente das Ilhas Canárias, caravaneiros do Saara, mercadores do Timbucto (hoje Mali), monges de Jerusalém, navegadores venezianas, alemães e dinamarqueses, cartógrafos italianos e astrônomos judeus.

Uma das regras de ouro da diplomacia era presentear. Assim, o príncipe juntou uma biblioteca preciosa. Entre mapas, plantas e tabelas havia um exemplar manuscrito das Viagens de Marco Polo. Não por acaso a primeira edição impressa dessa obra foi feita não em latim ou em italiano, mas em português, em 1534.


A Ordem combatente dos padres-soldados
Conquistada pelos cristãos na Primeira Cruzada, em 1098, Jerusalém estava de novo cercada pelos árabes em 1116. Foi quando os nobres franceses Hugode Poiens e Geoffroi de Saint-Omer juraram, na igreja do Santo Sepulcro, viver em perpétua pobreza e defender os peregrinos que vinham à Terra Santa. Nascia a Ordem dos cavaleiros Pobres de Cristo, renomeada, em 1119, como Ordem dos Cavaleiros do Templo- a Ordem dos Templários.

Na época organizações católicas congregavam devotos sob regimento próprio. A dos Templários, entretanto era diferente: seus membros eram monges guerreiros. As normas da Ordem eram secretas e só conhecidas na totalidade, pelo comandante-em-chefe e pelo papa. Desde o início, os templários foram desobrigados de obedecer aos reis. Podiam, assim, ter interesses próprios. Ao entrar na companhia, o novato conhecia só uma parte das regras que a guiavam e, à medida em que era promovido, sempre em batalha, tinha acesso a mais conhecimentos, reservados aos graus hierárquicos superiores. Ritos de iniciação marcavam as promoções. Foi essa estrutura que permitiu, mais tarde, à Ordem de Cristo manter secreto os conhecimentos de navegação no Atlântico.


Banqueiros pobres
Enquanto as cruzadas, empolgaram a Europa, os templários receberam milhares de propriedades por doação ou herança e desenvolveram intensa atividade econômica. Nos seus feudos. introduziram métodos racionais de produção e foram os primeiros a criar linhagens de cavalos em estábulos limpos. Uma rede de postos bancários logo se espalhou por vários países. Peregrinos a caminho da Terra Santa depositavam seus bens no ponto de partida e ganhavam uma carta de crédito com o direito de retirar o equivalente em moeda local em qualquer estabelecimento templário. Daí para gerirem as finanças de reis como o da França foi um passo.

Mas a sua exuberância gerou inveja. Enquanto houve cruzadas, os templários exibiram orgulhosamente o manto branco com a cruz vermelha - a mesma que depois as naus portuguesas usariam. Com a queda da Cidade Santa, em 1244, e a expulsão das tropas cristãs da Palestina, em 129 1, a mística se dissipou e a oposição monárquica tomou-se explícita. Nas décadas seguintes, a confraria seria extinta em toda a Europa. Com a exceção de Portugal.


Calúnia e difamação e contra os guerreiros
O rei da França, Felipe IV, o Belo, devia celeiro à Ordem dos Templários. Os templários franceses eram os mais poderosos da Europa,. Controlavam feudos e construções no interior e em Paris. Entre eles, o templo, um conjunto de igrejas e oficinas que, reformado em 1319, virou o presídio da Bastilha, mais tarde destruído durante a Revolução Francesa.

As derrotas no Oriente Médio alimentaram uma onda de calúnias segundo as quais ás cavaleiros teriam feito acordos com os muçulmanos, fugido de campos de batalha e traído os cristãos. Aproveitando o clima, em 13 de outubro de 1307, Felipe invadiu, de surpresa, as sedes templarias em toda a França. Só em Paris foram detidos 500 cavaleiros, muitos sendo degolados.

Dois processos foram abertos: um dirigido pelo rei contra os presos e o outro conduzido pelo papa Clemente V contra a Ordem. O papa era francês, morava em Avignon e era aliado do rei. Torturas brutais e confissões arrancadas pela Inquisição viraram peças difamatórias escandalosas. O sigilo da Ordem foi usado contra ela e as etapas dos rituais de iniciação foram convertidas em monstruosidades. Os santos guerreiros foram acusados de cuspir na cruz, adorar o diabo, cultuar Maomé, manter práticas homossexuais e queimar crianças. Todos os seus bens foram confiscados. Esperava-se uma fortuna, mas, como pouco foi efetivamente recolhido, criou-se a lenda de que tesouros teriam sido transferidos em segurança para outro país.


Santuário de fugitivos
Para muitos, esse país teria sido Portugal. O rei d. Diniz (1261-1325) decidiu garantir a permanência da Ordem em terras portuguesas: sugeriu uma doação formal dos seus bens à Coroa, mas nomeou um administrador templário para cuidar deles. Nem o processo papal nem a execução do grão-mestre Jacques de Molay, em 1314, o intimidaram. Em 1317, reiterando que os templários não haviam cometido crime em Portugal, d. Diniz transferiu todo o patrimônio dos cruzados para uma nova organização recém-fundada: a Ordem de Cristo.

Assim, Portugal virou refúgio para perseguidos em toda a Europa. De vários países chegavam fugitivos, carregando o que podiam. O castelo de Tomar virou a caixa-forte dos segredos que a Inquisição não conseguiu arrancar. Dois anos depois, em 1319, um novo papa, João ~XXII, reconheceu a Ordem de Cristo. Começava para os cavaleiros uma nova era, com uma nova missão.


De cavaleiros a funcionários do Estado
Nas primeiras décadas de existência da Ordem de Cristo. os ex-templários estabeleceram estaleiros em Lisboa, fizeram contratos de manutenção de navios e à tecnologia. náutica, aproveitando o conhecimento adquirido no transporte marítimo de peregrinos entre a Europa e o Oriente Médio durante as cruzadas. Ao mesmo tempo, preparavam planos para voltar à ação, contornando a África por mar e, alindo-se a cristãos orientais, expulsar os mouros do comércio de especiarias.

Em 1416, quando assumiu o cargo de grão-mestre, d. Henrique lançou-se a diplomacia. Passaram-se cem anos desde que os templários haviam sido condenado nos processos de Paris e o Vaticano estava preocupado com a pressão muçulmana a Europa, que crescera muito no século XIV. Com isso, em 1418, o Infante consegue do papa um aval ao projeto expansionista. Daí em diante, cada avanço para o sul e para o oeste será seguido da negociação de novos direitos. Em um século, os papas emitiram onze bulas privilegiando a Ordem com monopólios da navegação na África, posse de terras, isenção de impostos eclesiásticos e autonomia para organizar a ação da Igreja nos locais descobertos.

Até a metade do século XV, os cavaleiros saíram na frente, sem esperar pelo Estado português. Uma vez anunciada a colonização, eventualmente doavam à família real o domínio material dos territórios, mantendo o controle espiritual, À corte, interessada em promover o desenvolvimento dá produção de riquezas e do comércio , cabia então consolidar a posse do que havia sido descoberto.



Pilhando mouros
No Marrocos, os novos civilizados atacaram Tânger, em 1437, e Alcácer-Ceguer, em 1458. O ímpeto guerreiro preponderou sobre o mercantilismo real até 1461, quando o cavaleiro Pedro Sintra encontrou ouro na Guiné. Aí, a pressão comercial da monarquia começou a ficar maior. Mesmo assim, ainda houve expedições contra os mouros marroquinos em Asjlah e Tânger, outra vez, em 1471. Mas à medida que foi sendo consolidado o comércio na rota das índias, a. partir da sua descoberta em 1498, a coroa foi absorvendo gradualmente os poderes da Ordem. Até que em 1550 o rei d. João III fez o papa Júlio III fundir as duas instituições. Com isso, o grão-mestre passa a ser sempre o rei de Portugal, e o seu filho tem o direito de sucedê-lo também no comando dos cruzados.


Outros parceiros entram no jogo
A Ordem de Cristo controlou o conhecimento das rotas e o acesso às tecnologias de navegação enquanto pôde. Mas com o ouro descoberto na Guiné, em 1461, o monopólio da pilotagem passa a ser cada vez mais desafiado. A partir de então, multiplicaram-se os contra tos com comerciantes e as cessões de domínio ao rei para exploração das regiões descobertas. Aos poucos a sabedoria secreta guardada em Tomar foi sendo foi sendo passada para mercadores de Lisboa, Flandres e Espanha. Portugal naquela época fervilhava de espiões, especialmente espanhóis e italianos, que procuravam os preciosos mapas ocultados pelos cruzados.

Enquanto o tesouro de dados marítimos esteve sob a sua guarda, a estrutura secreta da Ordem garantiu a exclusividade para os portugueses. Em Tomar e em Lagos, os navegadores progrediam na hierarquia apenas depois que a sua lealdade era comprovada, se possível em batalha. Só então eles podiam ler os relatórios reservados de pilotos que já haviam percorrido regiões desconhecidas e ver preciosidades como as tábuas de declinação magnética, que permitiam calcular a diferença entre o pólo norte verdadeiro e o, pólo norte magnético que aparecia nas bússolas. E, à medida que as conquistas avançavam no Atlântico, eram feitos novos mapas de navegação astronômica, que forneciam orientação pelas estrelas do Hemisfério Sul, a que também unicamente os iniciados tinham acesso.


Competição acirrada
Mas o sucesso atraía a competição. A Espanha, tradicional adversária, também fazia política no Vaticano para minar os monopólios da Ordem, em ação combinada com seu crescente poderio militar. Em 1480, depois de vencer Portugal numa guerra de dos anos na fronteira, os reis Fernando, de Leão, e Isabel, de Catela, começaram a se interessar pelas terras d’além-mar. Com a viagem vitoriosa de Colombo à América, em 1492, o papa Alexandre VI, um espanhol de Valência, reconheceu em duas bulas, as Inter Caetera, o direito de posse dos espanhóis sobre o que o navegante genovês havia descoberto. E rejeitou as reclamações de d. João II de que as novas terras pertenciam a Portugal. O rei não se conformou e ameaçou com outra guerra. A controvérsia induziu os dois países a negociarem, frente a frente, na Espanha, em 1494, um tratado para dividir o vasto novo mundo que todos pressentia: o Tratado de Tordesilhas.


Vitória da experiência em Tordesilhas
Na volta da viagem à América, em 1493, Cristóvão Colombo fez uma escala em Lisboa para visitar o rei d. João II. um gesto corajoso. O soberano estava, dividido entre dois conselhos: prender o genovês ou reclamar do papa direitos sobre as terras descobertas.

Para sorte de Colombo, decidiu pela segunda alternativa. Como a reivindicação não foi atendida, acabou sendo obrigado à enviar os melhores cartógrafos e navegadores da Ordem de Cristo, liderados pelo ex presidente Duarte Pacheco Pereira, a Tordesilhas, na Espanha, para tentar um tratado definitivo, mediado pelo Vaticano, com os espanhóis. Apesar de toda a contestação a seus atos, a Santa Sé ainda era o único poder transnacional na Europa do século XV. Só ela podia mediar e legitimar negociações entre países.

O cronista espanhol das negociações, frei Bartolomeu de las Casas, invejou a competência da missão portuguesa. No livro História de Ias Índias, escreveu: "Ao que julguei, tinham os portugueses mais perícia e mais experiência daquelas artes, ao menos, das coisas do mar, que as nossas gentes". Sem a menor dúvida. Era a vantagem dada pela estrutura secreta da Ordem.

Não deu outra. Portugal saiu-se bem no acordo. Pelas bulas Inter Caetera, os espanhóis tinham direito às terras situadas mais de 100 léguas a oeste e sul da ilha dos Açores e Cabo Verde. Pelo acordo de Tordesilhas, a linha divisória imaginária, que ia do pólo norte ao pólo sul, foi esticada para 370 léguas, reservando tudo que estivesse a leste desse limite para os portugueses o Brasil inclusive.


A Bomba de Hidrogênio

A Bomba de Hidrogênio
Freqüentemente denominada Bomba H ou Superbomba, é o mais possante artefato explosivo jamais produzido pelo homem. Essa arma tem uma força explosiva milhares de vezes maior que a da bomba atômica que destruiu as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasáqui em 1945. A bomba H também pode produzir precipitação radioativa com imensa capacidade mortífera.

Muitas autoridades acreditam que os países que possuem armas nucleares já dispõem de bombas suficientes para destruírem a civilização, caso ocorra uma guerra nuclear. Um dos maiores problemas com que o mundo hoje se defronta é o de assegurar que nunca ocorra uma guerra desse tipo. As nações têm feito muitas reuniões para discutir meios de reduzir o risco de guerra nuclear.


Funcionamento
Seu funcionamento baseia-se em reações nucleares de fusão, isto é, dois átomos de hidrogênio se chocam com bastante energia e fusionam, transformando-se num átomo mais pesado. Na realidade não se trata de hidrogênio normal mas hidrogênio pesado (deuterio). Nesta fusão há liberação de uma quantidade substancial de energia.

A fusão dos átomos de hidrogênio é o meio pelo qual o Sol e as estrelas produzem seu enorme calor. O hidrogênio no interior do Sol está comprimido de tal modo que pesa mais do que chumbo sólido. A temperatura desse hidrogênio alcança elevados índices – cerca de 15 milhões de graus centígrados – no núcleo do Sol. Nessas condições, os átomos de hidrogênio movem-se de um lado para outro e chocam-se uns com os outros violentamente. Alguns dos átomos fundem-se para formar átomos de hélio, um elemento mais pesado que o hidrogênio. Essa reação termonuclear, ou fusão, desprende energia sob a forma de calor.

A explosão de uma bomba atômica reproduz, por um instante fugidio, as condições de temperatura e pressão existentes dentro do Sol. Mas o hidrogênio leve comum (H¹) reagiria devagar demais, mesmo sob essas condições, para ser utilizável como explosivo. Então os cientistas tem de usar isótopos mais pesados de hidrogênio. Esses isótopos reagem mais prontamente do que o hidrogênio leve. Os cientistas conhecem dois isótopos pesados de hidrogênio: o deutério (H²), e o trício (H³), um isótopo tornado radioativo artificialmente.


Efeitos ou Reações Envolvidas
Precipitação: Isótopos radiativos, produzidos durante uma explosão nuclear, que permanecem na atmosfera ou precipitam-se sob o solo na forma de "neve radioativa".

Onda de Choque: A rajada ou efeito de choque térmico ou de calor, são basicamente os mesmos produzidos por uma bomba atômica.

Choque eletromagnético: ao explodir a bomba libera uma onda eletromagnética que danifica principalmente a rede elétrica como também eletrodomésticos, aparelhos eletrônicos, automóveis, etc..

Inverno nuclear:  incêndios de grandes proporções provocados pela bomba produziram uma fumaça espessa e toxica, bloqueando a luz do Sol e tendo como resultado mudanças climáticas severas, em particular temperaturasmuito mais baixas. Estes efeitos, provocados por partículas de fumaça que alcançaram a estratosfera, seriam catastróficos para a vida dos animais e plantas, e durariam vários anos.


História
Já em 1922, cientistas reconheceram as tremendas quantidades de energia que uma explosão de átomos de hidrogênio poderia liberar. No entanto, o hidrogênio comum não se fundiria suficientemente depressa de modo a explodir. Por outro lado, não dispunham de meios para produzir o intenso calor e a enorme pressão que se faziam necessários.

Na década de 1930, os cientistas descobriram os isótopos pesados e mais reativos do hidrogênio. Por fim, a bomba de fissão foi criada e aperfeiçoada como arma bastante poderosa para servir de detonador à bomba de fusão. Em 1950, o presidente norte-americano Harry S. Truman autorizou a produção da bomba de hidrogênio. Na primavera de 1951, cientistas norte-americanos testaram em pequena escala o princípio da fusão.

Em 1º de novembro de 1952, especialistas norte-americanos detonaram a primeira arma de hidrogênio da grandeza de megaton. Essa explosão liberou uma energia de 10,4 megatons. Os soviéticos explodiram sua primeira arma nuclear desta ordem em 12 de agosto de 1953. Os Estados Unidos da América detonaram sua primeira bomba da grandeza de megaton, apta a ser lançada (a bomba Bravo) em 1º de março de 1954. Em 30 de outubro de 1961, cientistas da URSS explodiram uma bomba de hidrogênio com uma potência de 58 megatons. 1 megaton eqüivale a cerca de um milhão de toneladas de TNT. A China explodiu sua primeira bomba de hidrogênio 17 de junho de 1967. A França experimentou a sua pela primeira vez em 24 de agosto de 1968. Desde então, todas as nações, salvo a França e a China, têm experimentado suas armas nucleares sob o solo.

Em 1968, as Nações Unidas aprovaram um tratado para deter a disseminação de armas nucleares por nações que não as possuem. O tratado entrou em vigor em 5 de março de 1970. Foi ratificado pelos E.U.A., Grã-Bretanha, URSS e mais de 40 nações. O Brasil foi um dos países que não concordou com tal ratificação.


Fases
A bomba de hidrogênio funciona em fases. Primeiramente uma bomba atômica explode, agindo como detonador. Ela fornece o calor e a pressão necessários à fusão. Em seguida, uma mistura de deutério e trício se funde, em uma reação termonuclear. Isso libera rapidamente grandes quantidades de energia, provocando uma explosão tremendamente poderosa.

Nem todas as bombas de hidrogênio produzem grandes quantidades de precipitação radioativa. O processo da fusão propriamente dita não forma produtos altamente radioativos, tal como na fissão. As armas inventadas nos últimos anos produzem muito menos precipitação do que as bombas de hidrogênio primitivas. Essas armas mais novas chamadas bombas "limpas", tiram da fissão somente uma pequena parte de sua energia. Quase toda energia provém da fusão. Já as bombas atômicas tiram toda sua energia da fissão. Elas produzem grandes doses de precipitação quando são detonadas perto da superfície da terra.