terça-feira, 16 de julho de 2013

LIBERDADE




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liberdade10Por Mario Cardeal - De uma forma geral, a palavra “Liberdade” significa a condição de um indivíduo não ser submetido ao domínio de outro, ter pleno poder sobre si mesmo e sobre os seus actos. O desejo de Liberdade é um sentimento profundamente arraigado no Ser Humano. Situações de escolha fazem o Homem enfrentar a si mesmo e exigem dele uma decisão responsável quanto ao seu próprio futuro. A capacidade de raciocinar e de valorizar, de forma inteligente, o mundo que o rodeia é o que confere ao Homem o sentido da Liberdade, entendida como plena expressão da vontade humana. A Liberdade manifesta-se à consciência como uma certeza primária que perpassa toda a existência, ...
especialmente nos momentos em que se deve tomar decisões importantes e, nos quais, o indivíduo sente que pode comprometer a sua vida. O Homem tende a exercer a Liberdade em todas as acções externas.
Quando elas são cerceadas, frustram-se o crescimento e o desenvolvimento do indivíduo e desprezam-se seus direitos e a sua dignidade. Entretanto, apesar de toda a violência externa, as pessoas são muitas vezes capazes de manter a Liberdade de arbítrio sobre os seus actos internos, preservando assim a sua integridade e dignidade, como acontece com as pessoas submetidas a situações extremas de privação de Liberdades.
Só através do conhecimento é que o Homem atinge a Liberdade suprema em si mesma. Mas a Liberdade acarreta responsabilidade; então existe uma trilogia: Conhecimento – Responsabilidade – Liberdade
É a trilogia do Ser!
Infelizmente, a maioria das pessoas, entende que é livre, dona de si, vivendo num mundo ilusório criado por ela mesma. Quantos de nós já experimentamos esse sentimento? Pensamos que somos livres e, contudo, encontramo-nos aprisionados sem darmos conta dessa situação. Quando existe uma relação a dois (casal) é de extrema importância verificar-mos se, de facto, permanecemos livres ou não. Será que somos livres para irmos onde nos apetece? Será que temos a liberdade de tirarmos um tempo para nós, para estarmos sozinhos? Será que podemos estar um dia inteiro sem receber uma chamada do tipo: “onde estás?”; “Quando chegas?”; “estás com quem?”. Será que é livre de se vestir ou de usar o penteado como quer? E no trabalho é livre de ser como é? Quantos já sentiram a pressão do cônjuge nalguma situação?
No meu ponto de vista, a Liberdade só existe se, de facto, tiver conhecimento suficiente para efectuar uma análise objectiva sobre nós mesmos. Se estivermos atentos ao mundo externo e ao nosso mundo interno podemos dar conta e, de certa forma, mensurar a nossa Liberdade. Não poderemos considerar livres se dependermos de outro. Não podemos considerar livres se temermos, por exemplo, o futuro. Seremos livres sim, se formos auto-suficientes. Não estou a dizer, de forma alguma, que teremos de ser ermitas ou vivermos isolados uns dos outros. Estou a dizer que temos de ser auto independente nas nossas relações. Quando nos encontramos interiormente bem, somos auto independentes; quando torna-se necessário a presença de alguém na nossa vida nunca somos auto independentes. Então, partindo deste raciocínio, todo aquele que necessita de alguém a seu lado, nunca será Livre; permanece acorrentado vivendo numa liberdade ilusória.
A responsabilidade de se libertar desses grilhões só é da própria pessoa. Ninguém a poderá libertá-la; só ela é que tem a chave que a conduzirá há sua libertação.
Torna-se necessário que a pessoa reflicta sobre o porquê de manter-se aprisionada a um relacionamento, a uma acção, ao que for. Deve interrogar-se porquê. Deve ser responsável no seu pensamento e, sobre tudo, com a honestidade suficiente para perceber que não é projectando nos outros ou no mundo externo que encontrará a Liberdade.
Liberdade é um estado de alma. É algo que existe dentro de cada um. É ter a coragem de arredar tudo do seu caminho que a aprisione.
Toda as nossas vidas são formadas por círculos. Uns abrem-se, outros fecham-se. Para que se possa abrir círculos, outros terão que se fechar. É como numa casa, por exemplo. Se na sua casa deixar todas as janelas abertas, o que acontece? Deve existir uma corrente de ar incrível, não? Quer abrir mais janelas mas a corrente de ar não permite. Quer abrir outras portas mas elas teimam em fechar! Não permita que haja corrente de ar na “sua casa”. Para abrir outras portas tem de fechar, primeiramente, outras janelas. A “sua casa” é o seu interior! Feche primeiro as janelas das relações não resolvidas; feche primeiro as portas das situações que estão por ser resolutas. Não abra mais portas nem janelas. Feche primeiro o que está aberto para poder acabar com essa corrente de ar.
Liberdade é sentir a presença do vento na sua face quando lhe apetece. É tirar um momento para si e ir até há Serra de Sintra, por exemplo, ouvir a melodia dos pássaros; é sentir a frescura da água que jorra das nascentes; é estar em paz consigo mesmo; é permitir-se sentir o calor do Sol sem se preocupar com mais nada.
Liberdade é poder ser verdadeiro consigo mesmo. Agir por sua vontade, sem julgamento, sem crítica; é poder criar e ser criativo. É viver sem pensar o que os outros pensam de si.
Seja Livre, viva a sua vida independentemente da opinião dos outros. A vida é sua, não deles. Então porque se preocupa tanto com o que os outros possam dizer a seu respeito? Viva a sua vida, pois ela é sua. Seja responsável por ela!
A Liberdade encontra-se dentro de si. Procure-a e seja feliz!

Mario_CardealMário Cardeal é Fundador da Nascente de Luz. Considerado por muito como Xamã. Conta na sua vida diária com muitas Curas realizadas naqueles que o procuram. Dedica-se ao estudo e formação Xamânica e promove várias actividades. Terapeuta, Autor de vários textos, palestrante, facilitador, sobretudo um Pensador. Saiba mais em:www.nascentedeluz.com

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