quarta-feira, 24 de julho de 2013

COMENDO CARNE HUMANA


Qual é o gosto da carne humana??? O sabor é forte – para alguns, pode parecer amarga. Para outros, é levemente 
doce. Opa, não precisa me olhar com essa cara: isso é a opinião da maioria dos canibais que já se manifestaram sobre
 o assunto. Os astecas, no século 16, serviam um prato com carne humana e milho chamado tlacatlaolli. Pela descrição
 do missionário franciscano Bernardino de Sahagun, a iguaria tinha um sabor adocicado.
É a mesma opinião de guerrilheiros do Congo que, no século 20, teriam comido carne de pigmeus para ficarem “mais
 fortes”. Outros canibais contam a experiência com detalhes ainda mais assustadores. O japonês Issei Sagawa, que
 matou e comeu uma professora em Paris, escreveu na autobiografia que a carne da moça era “como atum cru em
 restaurante de sushi”. 
Já para o americano Albert Fish, que assassinava crianças, o gosto parecia “carne de vitela”, tenra e macia. Mas
 provavelmente a descrição mais chocante seja a do alemão Armin Meiwes, condenado à prisão perpétua em
 2006 pela morte do engenheiro Bernd Brandes. Na noite de 9 de março de 2001, Armin cortou o pênis de Bernd, 
cozinhou o órgão e o dividiu com o próprio amputado! No tribunal, o canibal disse que não havia gostado muito do
 membro assado – ele achou a carne muito difícil de mastigar. Depois foi a vez de o próprio engenheiro virar 
picadinho. Armin comeu mais de 20 quilos da carne do morto ao longo de vários dias e comparou o banquete à
 carne de porco, “um pouco mais amarga e mais forte”.
Quando o degustador não tem sérios problemas mentais, a experiência de deglutir alguém da própria espécie é tão
 aterradora que o gosto é o que menos importa. Os sobreviventes do desastre aéreo de 1972 nos Andes, que
 passaram 72 dias isolados, tiveram que se alimentar da carne dos mortos no acidente para sobreviver. O uruguaio
 Carlos Páez disse ter consumido a carne humana em pedaços finíssimos, congelados. Por causa das baixas
 temperaturas e do trauma, Páez afirmou que não sentiu gosto algum. -- Texto de Rafael Tonon para a Revista
 Superinteressante. Explicação sobre as fotos que ilustram a matéria: O "comedor de criancinha" da seqüência de
 imagens é um artista performático, chamado Zhu Yu. Essas fotografias foram feitas em Xangai (China), no mês de
 novembro do ano 2000, durante a Bienal de Xangai (um grande festival de artes). O tal "artista" montou um espetáculo
 de vanguarda, chamado "Comendo Gente".

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