quinta-feira, 18 de julho de 2013

BNDEX do PTX nega que tenha favorecido EBX do Eike.


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), divulgou nota no início da noite desta segunda-feira em que nega que a instituição tenha facilitado pagamentos de financiamentos concedidos às empresas de Eike Batista. 

Com base em documentos enviados pelo banco ao Congresso, oEstadão informa em sua última edição que contratos de empréstimos ao grupo sofreram alterações vantajosas ao empresário, com adiamento de prazos de pagamento, extensão de recursos e relaxamento de exigências. O banco firmou 15 contratos no valor de R$ 10,7 bilhões com empresas do grupo EBX. "O tratamento dispensado pelo banco ao Grupo EBX é rigorosamente igual ao dado a qualquer empresa tomadora de crédito no BNDES. O banco refuta, portanto, quaisquer insinuações de que tenha havido vantagens ou tratamento privilegiado nas concessões de financiamento ao referido Grupo", diz a nota do BNDES.
 
No comunicado, o banco afirma, ainda, que a estruturação de garantias foi feita "com o rigor usual adotado pelo BNDES em todas as suas operações, obedecendo às melhores práticas bancárias". A reportagem mostra que algumas operações foram feitas com penhor de ações das próprias companhias de Eike, cartas de fiança assinadas por empresas do grupo e bens que ainda seriam comprados.
 
"Diferentemente do que afirma o jornal, o Grupo (EBX) não desfruta nem nunca desfrutou de taxas de juros mais favoráveis do que outros clientes. Como é de conhecimento público, as taxas mencionadas, de 4,5% ao ano, eram as vigentes na época para o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), destinado à compra de máquinas e equipamentos, válido para realização de investimentos de toda e qualquer empresa. O PSI, criado em agosto de 2009, já realizou mais de 700 mil operações e desembolsou, até 10 de julho último, total de R$ 218,2 bilhões em financiamentos a investimentos", diz o texto.
 
A reportagem do Estadão também faz referência a postergações de prazo nos pagamentos de empréstimos. Uma delas foi assinada a apenas quatro dias do prazo final.  O BNDES chama a atenção para "uma comparação indevida entre a taxa de juros do BNDES, a TJLP, e a Selic, como se a aplicação da TJLP a um financiamento do Grupo EBX representasse algum tipo de favorecimento". "É público e notório que a principal referência para os financiamentos do BNDES é a TJLP, atualmente em 5% ao ano e definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN)", diz o texto.
 
O banco reitera que o prejuízo do banco com as ações do grupo foi exposto de maneira incorreta, já que não ocorreu venda desses ativos pela BNDESPar e, portanto, o prejuízo não teria se concretizado. E destaca que a gestão de sua carteira de crédito quanto na renda variável, "tem sido extremamente criteriosa e bem-sucedida".
 
"Também não foram corretas informações sobre os resultados da carteira de ações da BNDESPAR com empresas do Grupo EBX. A reportagem não levou em consideração explicações dadas sobre a rentabilidade do Banco nas operações de renda variável. A assessoria do Banco informou que a BNDESPAR obteve rentabilidade superior a 100% sobre o valor investido na operação de venda das ações da LLX Logística, dado que foi omitido pela reportagem. Para efeito de comparação, entre 2009 (quando da aquisição de ações pela BNDESPAR) e 2011 (quando da última venda de participação pela BNDESPAR), a valorização do índice Bovespa foi de 50%, enquanto que o retorno do CDI foi de 19%." (Estadão)

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