segunda-feira, 27 de maio de 2013

AVC não surge do nada, avisam especialistas; veja alguns mitos sobre o tema

AVC não surge do nada, avisam especialistas; veja alguns mitos sobre o tema

  • Cerca de cinco milhões de pessoas morrem de AVC por ano, no mundo; no Brasil são por volta de 100 mil
    Cerca de cinco milhões de pessoas morrem de AVC por ano, no mundo; no Brasil são por volta de 100 mil
Os números impressionam. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), mais de cinco milhões de pessoas morrem, anualmente, em decorrência do AVC (acidente vascular cerebral), também conhecido como derrame. No Brasil, este índice é de aproximadamente 100 mil casos, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

Desse total, 43 mil ocorrem na região Sudeste: 21 mil em São Paulo e quase 11 mil no Rio de Janeiro. Quando não  mata, o mal leva a sequelas graves que atingem em torno de 50% dos sobreviventes. Por fim, sabe-se que a doença é mais comum após os 40 anos, embora possa surgir em qualquer idade.

Por tudo isso, reconhecer e tratar o AVC são grandes desafios atuais no país e no mundo. O problema ocorre quando uma artéria é tapada ou obstruída ou quando se rompe um vaso sanguíneo. Diante do quadro, a parte do cérebro afetada não recebe o oxigênio necessário e neurônios começam a morrer. Perceber que o derrame está acontecendo é fundamental porque cada minuto sem tratamento significa a morte de muitos neurônios e das conexões entre eles, o que origina sequelas.

"Ele não surge do nada, geralmente é fruto de disfunções anteriores que levam ao aumento no risco de oclusão de um vaso ou seu rompimento", salienta o neurologista Leandro Teles, médico do Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo.

Diante da menor suspeita do distúrbio, é imprescindível, portanto, buscar ajuda médica especializada, que confirmará o diagnóstico e implementará as ações necessárias, salienta o neurocirurgião Paulo Porto de Melo, que é membro das Sociedades Brasileira e Americana de Neurocirurgia e colaborador do Departamento de Neurocirurgia da Universidade de Saint Louis (Missouri, EUA).
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Conheça alguns mitos e verdades sobre derrame24 fotos

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Praticar exercícios físicos e manter o peso em dia são atitudes que nos protegem das doenças do coração. VERDADE: atividade física regular, associada ao hábito de não fumar e a uma dieta inteligente, é capaz de reduzir pela metade o risco de derrame cerebral. "Práticas regulares, principalmente aeróbicas, são ótimas para a saúde como um todo, reduzindo a ansiedade, melhorando o sono e protegendo contra diabetes, hipertensão e distúrbios do colesterol. A obesidade também é um fator de perigo vascular, principalmente o acúmulo de gordura intra-abdominal (obesidade visceral). É fundamental, portanto, manter o peso ideal: Índice de Massa Corpórea (IMC) entre 20 e 25, calculado pelo peso dividido pela altura ao quadrado", informa o neurologista Leandro Teles. Exemplo: uma pessoa com 1,75 kg e 65 kg: 1,75 x 1,75 = 3,0625; 65 : 3,0625 = 21,2244, que é o IMC Thinkstock

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