quinta-feira, 7 de novembro de 2013

O Brasil e a “Nação Diaspórica”

O Brasil e a “Nação Diaspórica”

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.netPor Demétrio Magnoli

A gloriosa Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece cotas raciais na representação parlamentar do povo. Ignorando tanto a Constituição quanto a Justiça, a CCJ aprova qualquer coisa que emane de um grupo de interesse organizado, o que é um sintoma clamoroso da desmoralização do Congresso.

Nesse caso, viola-se diretamente o princípio fundamental da liberdade de voto. Por isso, a PEC de autoria dos petistas João Paulo Cunha (SP) e Luiz Alberto (BA) provavelmente dormirá o longo sono dos disparates nos escaninhos da Câmara. Mas ela cumpre uma função útil: evidencia o verdadeiro programa do racialismo, rasgando a fantasia com que se adorna no debate público.
O argumento ilusionista para a introdução de cotas raciais no ingresso às universidades residia na suposta desvantagem escolar prévia dos “negros” – algo que, de fato, é uma desvantagem prévia dos pobres de todas as cores de pele. A fantasia da compensação social começou a esgarçar-se com a extensão das cotas raciais para cursos de pós-graduação, cujas vagas são disputadas por detentores de diplomas universitários.
A PEC aprovada na CCJ comprova que as políticas de raça não são motivadas por um desejo de corrigir distorções derivadas da renda. O racialismo exibe-se, agora, como ele realmente é: um programa de divisão dos brasileiros segundo o critério envenenado da raça.
De acordo com a PEC, na Câmara dos Deputados e nas Assembleias Legislativas estaduais, será reservada uma parcela de cadeiras para parlamentares “negros” equivalente a dois terços do porcentual de pessoas que se declaram pretas ou pardas no mais recente censo demográfico. As bancadas “negras” não serão inferiores a um quinto ou superiores à metade do total de cadeiras.
Os deputados proponentes operam como despachantes de ONGs racialistas e expressam, na PEC, a convicção política que as anima: o Brasil não é uma nação, mas um espaço geopolítico no qual, sob a hegemonia dos “brancos”, pulsa uma “nação africana” diaspórica. A presença parlamentar de bancadas “negras” representaria o reconhecimento tácito tanto da inexistência de uma nação brasileira quanto da existência dessa nação na diáspora.
Os eleitores, reza a PEC, darão dois votos: o primeiro, para um candidato de uma lista geral; o segundo, para um candidato de uma lista de “negros”. A proposta desvia-se, nesse ponto, de uma férrea lógica racialista.
Segundo tal lógica, os eleitores deveriam ser, eles também, bipartidos pela fronteira da raça: os “negros” votariam apenas na lista de candidatos “negros” e os demais, apenas na lista geral. A hipótese coerente não violaria o princípio da liberdade de voto, pois estaria ancorada num contrato constitucional de reconhecimento da nação diaspórica.
Como inexiste esse contrato, os racialistas optaram por um atalho esdrúxulo, que escarnece da liberdade de voto com a finalidade de, disfarçadamente, inscrever a nação diaspórica no ordenamento político e jurídico do país.
Nações não são montanhas, rios ou vales: não existem como componentes do mundo natural. Na expressão certeira de Benedict Anderson, nações são “comunidades imaginadas”: elas podem ser fabricadas na esfera da política, por meio das ferramentas do nacionalismo. A PEC não caiu do céu.
A “nação africana” na diáspora surgiu no nacionalismo negro do início do século 20 com o americano W. E. B. Du Bois e o jamaicano Marcus Garvey. No Brasil, aportou cerca de três décadas atrás, pela nau do Movimento Negro Unificado, entre cujos fundadores estava Luiz Alberto.
No início, a versão brasileira do nacionalismo negro tingia-se com as cores do anticapitalismo. Depois, a partir da preparação da Conferência de Durban, da ONU, em 2001, adaptou-se à ordem vigente, aninhando-se no colo bilionário da Fundação Ford. “Afroamericanos”, nos EUA, e “afrodescendentes”, no Brasil, são produtos identitários paralelos dessa vertente narrativa.
O acento americano do discurso racialista brasileiro é tão óbvio quanto problemático. Nos EUA, o projeto político de uma identidade negra separada tem alicerces sólidos, fincados nas leis de segregação que, depois da Guerra de Secessão, traçaram uma linha oficial entre “brancos” e “negros”, suprimindo no nascedouro a possibilidade de construção de identidades intermediárias.
No Brasil, em contraste, esse projeto choca-se com a noção de mestiçagem, que funciona como poderoso obstáculo no caminho da fabricação política de raças. A solução dos porta-bandeiras do nacionalismo negro é impor, de cima para baixo, a divisão dos brasileiros em “brancos” e “negros”. As leis de cotas raciais servem para isso, exclusivamente.
As diferenças históricas entre EUA e Brasil têm implicação direta na gramática do discurso político. Lá, o nacionalismo negro é uma proposição clara, que provoca um debate público informado – e, quando Barack Obama se define como mestiço, emerge uma resposta desconcertante no cenário conhecido da polaridade racial.
Aqui, os arautos do nacionalismo negro operam por meio de subterfúgios, escondendo-se atrás do pretexto fácil da desigualdade social – e encontram políticos oportunistas, juízes populistas e intelectuais preguiçosos o suficiente para conceder-lhes o privilégio da prestidigitação.
“Tirem a máscara!” – eis a exigência que deve ser dirigida aos nossos racialistas, na hora em que apresentam a PEC do Parlamento Racial. Saiam à luz do dia e conclamem o Brasil a escrever uma nova Constituição, redefinindo-se como um Estado binacional.
Digam aos brasileiros que vocês não querem direitos iguais e oportunidades para todos numa república democrática, mas almejam apenas a condição de líderes políticos de um movimento racial. Vocês não têm vergonha de ocultar seu programa retrógrado à sombra da persistente ruína de nossas escolas públicas?

Demétrio Magnoli é sociólogo. Originalmente publicado em O Globo em 7 de novembro de 2013.

O Brasil não merece

O Brasil não merece

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Humberto de Luna Freire Filho

Não restam mais dúvidas, estamos cercados de ladrões oficiais federais, estaduais e municipais, sustentados pela classe média que trabalha produz e paga impostos para manter o "status quo" de bandidos. Os ricos do país, banqueiros e empresários corruptos, são sócios e beneficiários do sistema porque empregam os pobres, enquanto os miseráveis, o governo engana com o bolsa-família.

Esse é o perfil econômico da atual sociedade brasileira patrocinada por esse partido corrupto, que há 10 anos assumiu o poder e nada mais fez ou faz, além de tentar a permanência definitiva no poder às custas da desagregação do país e da vulgarização dos princípios éticos e morais que regem uma sociedade

 Causa nojo a qualquer cidadão minimamente informado ver a presidente que nunca governou, em plena campanha eleitoral, mentindo descaradamente ao prometer o que não existe e transformando o país em um paraíso que só ela e seus asseclas conhecem.

Desrespeita os tratados internacionais de que o Brasil é signatário, os regulamentos internos, sejam das entidades de classe e dos órgão arrecadadores, além de tentar desmoralizar uma classe profissional ao contratar escravos cubanos com fins eleitoreiros.

Manda reduzir a fiscalização da roubalheira dos prefeitos para não perder o apoio dos mesmos, ou seja, podem roubar desde que votem em mim. Permite que uma leva de ministros corruptos, candidatos a cargos públicos nas próximas eleições, permaneçam nos cargos, usando a estrutura do Estado em beneficio próprio. 

Ultimamente tem liberado verbas, algumas pela segunda ou terceira vez, para as mesmas obras que nunca saíram do papel, mas que o dinheiro já havia saído dos cofres públicos.

Como a maior parte do eleitorado é formada por analfabetos e semi analfabetos, que só usam jornal com outra finalidade, e sob orientação do seu "ministro marqueteiro", sente-se segura e sem a menor vergonha em realizar tais práticas.

Tem mais, a imprensa comprometida com a superfaturada publicidade oficial acaba de trazer à cena o crápula precursor de toda essa bandalheira que, provavelmente bêbado, promete voltar à presidência em 2018, se lhe "encherem o saco". Vai conseguir?

Que país é esse? Quero estar vivo até lá só para vê-lo sob sete palmos de terra e cuspir na sua cova.


Humberto de Luna Freire Filho é Médico.

Dilma fica PT da vida porque militares reclamaram ao Senado que precisam de mais R$ 13 bi no orçamento

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

No momento em que a maior preocupação da chefona em comando das Forças Armadas é aprender a andar de moto, e fingir que trava uma guerra diplomática com os EUA, os comandantes militares resolveram reclamar oficialmente da penúria em que sobrevivem Exército, Marinha e a FAB. Enviaram à Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado uma nota técnica para reclamar que o orçamento militar no Brasil tem uma defasagem de R$ 13,6 bilhões. A Presidenta Dilma Rousseff odiou que a queixa tenha sido oficial, documentada e tenha se tornado pública.

Na reclamação, na qual reivindicam um orçamento de R$ 29,8 bilhões para 2014 (e não os R$ 16,1 bilhões previstos pelos burrocratas), os comandos militares abrem o jogo: “Os recursos do Orçamento da União que vêm sendo destinados nos últimos anos à Defesa não estão sendo suficientes para atender sequer ao custeio das forças, a exemplo da manutenção de equipamentos, e muito menos aos projetos contemplados na Estratégia Nacional de Defesa”.

Esta foi a primeira reclamação das “legiões” que mereceu divulgação pública. Militares advertiram aos senadores que os baixos valores previstos para o orçamento de 2014 são insuficientes para as necessidades mínimas de cumprimento das missões constitucionais. O orçamento mais apertado é o do Exército. Terá R$ 5,8 bilhões, mas precisa de R$ 13,2 bilhões. A Marinha ficará com R$ 5,5 bi, mas precisa de R$ 7,7 bi. E a Aeronáutica, com previsão de apenas R$ 4,8 bi, demandaria R$ 8,8 bi.  

Cardeais femininas

Ninguém se surpreenda se, no ano que vem, o Papa Francisco indicar uma mulher para o posto de Cardeal.

Essa é uma das surpresas que começam a ser especuladas por atentos vaticanistas.

Como o cardinalato é de livre nomeação do Pontífice, valendo para qualquer pessoa, de todos os sexos, mesmo sem ser sacerdote, tomando tal decisão, Francisco inova, sem descumprir um dogma.

Tango Papal

O Papa acaba de ganhar o tango “Ahora, Papa Francisco”.

Foi composto por seus hermanos argentinos Edmundo 'Muni' Rivero y Enrique Bugatti.

Os dois são velhos amigos do Jorge Bergloglio.

Agora, só falta os brasileiros produzirem um sambinha para o Francisco...

Limpa com jornal...

O criativo presidente venezuelano Nicolas Maduro anunciou ontem que resolveu antecipar o Natal para novembro em seu País.

Só falta Maduro se vestir de Papai Noel, e comunicar que, ainda este mês, o falecido Hugo Chavez vai ressuscitar no lugar do menino Jesus Cristo.

Enquanto isso, na Venezuela gerida pelo socialismo do século 21, falta até papel higiênico para limpar os atos do governo...

Espionismo



Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.

A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.
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O homem q´afunda volta a fundar

O homem q´afunda volta a fundar

Artur Portela ( Filho), jornalista e escritor dirigiu em 1976 a revista Opção, de
uma esquerda que ainda não conhecia bem Lou Reed, como agora parece conhecer.
Escrevia então no rescaldo do PREC ( fora o primeiro director do Jornal Novo)
crónicas de escárnio e mal-dizer na revista que saía semanalmente com capas
graficamente sofríveis, e por vezes com entrevistas a figuras públicas,  "tipo Playboy",
extensas e supostamente "cândidas", francas mas não muito, totalmente inventadas
 para afundar.

Artur Portela ( Filho) voltou às crónicas antigas e anteriores à Opção que deram em
livro que intitulou A Funda, em estilo verborreico tongue in cheek que entusiasmava
os leitores da época. Era de oposição...de esquerda e por isso a garantia de exposição
pública favorável.

Hoje publica uma crónica no i, na senda daqueloutras, de escárnio e mal-dizer "suave",
entre o inócuo e o inoque, do célebre conto de Virgílio Ferreira aqui contado em tempos

É para arrasar o proto-candidato Marcelo, "o professor"? Nem por isso. Em 19 de
Agosto de 1976, arrasava, isso sim. Assim:


Invenções de Israel: muito mais que você imagina

Invenções de Israel: muito mais que você imagina

Exclusivo: Jim Fletcher analisa um livro revelador: “Tiny Dynamo”

Jim Fletcher
A maioria das pessoas tem uma ideia sobre estado de Israel; boa, ruim ou indiferente. A maioria conhece o básico. Todos devem concordar que 99% do que escutamos sobre o estado judeu é negativo, seja notícias de guerra, diálogos de paz malsucedidos ou potenciais boicotes de grupos hostis.
O que quase nenhum de nós sabe é das extraordinárias inovações trazidas pela tecnologia de Israel. Avanços revolucionários na medicina, benefícios culturais, invenções tecnológicas, entre outras coisas, tudo contribui para um mundo melhor. Tudo isso contribui para uma visão muito diferente, e creio eu, mais verdadeira do que realmente é o estado de Israel.
Por exemplo, no campo do socorro humanitário, quantos de nós sabemos que a principal delegação médica que atuou no Japão após o terremoto de 2011 era israelense? Quem sabia que Israel enviou equipes a Nova Orleans logo após o furacão Katrina? Você sabia que Israel enviou uma equipe de especialistas em trauma a Boston após os recentes ataques a bomba para ajudar no processo de recuperação das escolas de Watertown?
Não, isso não é o tipo de coisa que você escuta na mídia de massa. É por isso que o incrível novo livro de Marcela Rosen, “Tiny Dynamo: How One of the Smallest Countries Is Producing Some of Our Most Important Inventions,”[Pequeno Dínamo: Como Um dos Menores Países Está Produzindo Algumas das Invenções Mais Importantes do Mundo] é tão relevante.
Esse pequeno volume está repleto de histórias sobre a inovação israelense que melhoram a qualidade de vida global. Pense nisso: um país do tamanho do Sergipe fornece todo tipo de auxílios e conveniências modernas para os quatro cantos do mundo.
Testemunha:
Yossi Fisher, da empresa Solaris Energy, deu-se conta de que o principal obstáculo à energia solar era a quantidade de terra necessária para torná-la viável. Afinal, ambientalistas, fazendeiros e construtores têm ressalvas. Veio então a grande ideia de Fisher: mover os painéis solares para a superfície da água, e ao mesmo tempo aprimorar a tecnologia do painel para torna-lo mais eficiente.
O Dr. Doy Rubin, diretor presidente da Itamar Medical (localizada na Cesareia), ajudou a desenvolver um novo método para lidar com a tão temida apneia do sono: “O WatchPAT, um aparelhinho muito elegante que representa uma mudança drástica na forma como a apneia do sono era tradicionalmente diagnosticada”.
O campo da cirurgia espinhal é obviamente cheio de perigos, pois os olhos e as mãos humanas não foram feitos para a precisão necessária às cirurgias espinhais ultra-delicadas. Entra o professor Moshe Shoham. Engenheiro mecânico e fundador da Mazor Robotics, Shoham desenvolveu o Assistente Cirurgião Robô SpineAssist.
Além de listar um grupo enorme de inventores, Rosen também torna a leitura divertida.
Note seu tom humorístico de escrever, descrevendo a inovação de Shoham: “Se você é como eu, quando pensa em uma equipe médica recorrendo a algo chamado Assistente Cirurgião Robô SpineAssist, você imagina algo como um Homem-Lata esterilizado capengando para fora de um armário com uma bandeja de bisturis e um esfregão”.
Engraçado, mas Rosen também escreve muito seriamente em se tratando de fazer conhecer as incríveis invenções produzidas pelos israelenses. Seu projeto UntoldNews.org (Histórias não Contadas) é um site surpreendente que apresenta um lado de Israel que poucos conhecem.  É especialmente útil, também, para combater o vazio movimento “BDS” (boicote, desinvestimento e sanções), que tenta marginalizar o estado judeu por meio de um boicote econômico. O que parece perdido para os líderes e proponentes do BDS, entre outras coisas, é que a tecnologia que torna suas arengas nas redes sócias possíveis vem de…… Israel.
Então… A idiotice que promove a ideia de excluir justamente o país que fornece tratamentos que salvam vidas, grandes avanços na agricultura e engenhocas tecnológicas das quais a maioria de nós veio a depender é em si excluída à luz de “Tiny Dynamo”.
Como um aficionado por livros e comentador, sempre observo todo o conjunto de um livro; mais ou menos como um índio eficientemente usa toda a carcaça de um animal. Tudo bem, é uma má analogia, mas a questão é, não vejo nenhum ponto fraco em “Tiny Dynamo”. O design da capa é impressionante e memorável, é uma leitura rápida, a informação fica marcada no leitor, e o melhor de tudo, é claro, destrói os mal-entendidos sobre uma questão distorcida por boa parte da mídia, principalmente os detratores árabes de Israel.
Como escreve Rosen no prefácio: “Enquanto todo mundo se concentrou em décadas de conflitos militares do país, Israel discretamente se tornou a mais energética, ambiciosa e agressiva incubadora de empreendimentos e invenções que o planeta já viu”.
“Eu poderia lhe dar estatísticas: Israel é a origem de mais empresas iniciantes, invenções e patentes que toda a União Europeia junta; Israel atrai facilmente duas vezes mais capitais de risco per capita que o segundo receptor mais próximo (os EUA).
E essa história marcante continua. Você vai ler sobre tudo isso em “Tiny Dynamo”.
Traduzido por Luis Gustavo Gentil do original do WND: INVENTED IN ISRAEL: A LOT MORE THAN YOU REALIZE

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

PROIBIÇÕES DO SHABAT

PROIBIÇÕES DO SHABAT, por Janer Cristaldo

Hoje, ao pôr-do-sol, começa o Shabat em meu bairro. Que se prolongará até amanhã, também ao pôr-do-sol. Há alguns trabalhos oriundos dos tempos bíblicos que um judeu não pode fazer, como arar, semear, colher, agrupar a colheita, debulhar, joeirar, moer, peneirar, tosquiar. Se eram atividades banais nos dias de Moisés, obviamente não dizem respeito a um grande bairro de uma metrópole. Outros, no entanto, são no mínimo curiosos.

- Atar, dar nó que não se desfaz facilmente. 

Exemplos práticos desta proibição: fazer nó de marinheiro; apertar nó de tsitsit; fazer nó duplo; trançar dois fios para formar corda; juntar dois cordões com um nó, formando um só cordão. É permitido fazer nó de gravata ou amarrar o sapato (mesmo se não for desfeito dentro de 24 horas), pois na verdade trata-se de laço, que não é considerado nó. 

- Desatar, desfazer um nó (o qual não teria sido permitido fazer no Shabat).

Exemplos práticos desta proibição: desatar fio que junta par de meias novas; desfazer nó duplo; desatar corda, separando os fios individualmente. Se um laço no sapato complicou-se e acabou formando um nó, é permitido desfazê-lo de forma não usual (com shinui) se tiver que tirá-lo. 

- Costurar, unir dois tecidos ou materiais em geral.

Exemplos práticos: fazer bainha de roupa; colar papéis com fita adesiva ou cola; puxar e/ou enrolar fio de botão que está caindo para torná-lo mais firme. Zíper ou velcro não são considerados costura e, portanto, é permitido abrir ou fechá-los no Shabat. 

- Rasgar intencionando suturar. Rasgar qualquer material para uni-lo depois.

Exemplos práticos desta proibição: descoser a fim de costurar novamente; abrir envelope colado ou lacrado. É permitido rasgar saquinho de papel ou plástico para retirar o alimento de maneira que o saquinho não será reaproveitado (com cuidado para não rompê-lo no meio de letras impressas nem descolá-lo). 

- Caçar. Aprisionar um animal vivo e impedir que se livre. 

Exemplos práticos desta proibição: perseguir animais com cachorro de caça; tampar uma garrafa onde um mosquito entrou; espalhar ratoeira. É permitido prender e/ou matar animais (como cobra ou serpente) quando são ameaça iminente à vida da pessoa. 

- Abater. Tirar a vida de um animal. 

Exemplos práticos desta proibição: fazer o ritual da shchitá; borrifar inseticida; pescar; espalhar veneno contra animais ou insetos; causar hematoma; tirar sangue de pessoa ou animal. É permitido aplicar repelente sobre o corpo, pois não se está matando os insetos, e sim impedindo que se aproximem.

- Pelar o couro. Retirar pele de animal morto. 

Exemplo prático desta proibição: separar couro em camadas. É permitido retirar a pele do frango cozido (próximo ou durante a refeição), pois é considerado parte do alimento.

- Curtir o couro. Preparar couro, usando sal, cal, ou outros meios. 

Exemplos práticos desta proibição: engraxar sapato de couro mesmo com graxa incolor; salgar a carne crua após o abate; colocar legumes para curtir; devolver um pepino azedo meio curtido para salmoura. É permitido temperar uma salada, próximo à refeição, colocando outros temperos antes ou junto com o sal. 

- Alisar o couro. Retirar pêlos e imperfeições do couro.

Exemplos práticos desta proibição: lixar algo; alisar argila; colar vela com chama de fogo (mesmo nos dias festivos); passar creme na pele. Em caso de doença é permitido aplicar pomada (de forma não habitual – com shinui) numa ferida, sem alisá-la (mesmo que se alise por si só). - Demarcar o couro, para cortá-lo. 

Exemplos práticos desta proibição: traçar linhas para escrever sobre elas; fazer pontilhado para saber onde dobrar ou cortar o objeto.

- Cortar, seguindo uma certa medida. 

Exemplos práticos desta proibição: cortar um desenho seguindo o pontilhado; arrancar folhas de caderno; apontar lápis; cortar papel higiênico ou saquinho plástico de um rolo; separar lenço de papel quando um está preso ao outro; serrar madeira ou metal; cortar pano; separar páginas de um livro quando estas não foram cortadas na gráfica. 

- Escrever ou esculpir letras, figuras ou sinais que sirvam como códigos de comunicação.

Exemplos práticos desta proibição: escrever com dedo sobre líquido que derramou na mesa, num vidro embaçado ou na areia, carimbar, unir peças de quebra cabeças; bordar letras ou figuras.

Nossos sábios proibiram uma série de ações em que é quase automático o uso da escrita, como negociar (pois implica em fazer contrato); medir ou pesar algo; dar um presente; trabalhar no Shabat em troca de um salário diário; fazer contas de matemática; ler no jornal propaganda sobre compra e venda de móveis ou imóveis. É permitido medir febre com termômetro.

- Apagar. Anular qualquer escrita ou código comunicável com a intenção de reescrever no mesmo local. 

Exemplos práticos desta proibição: apagar lousa escrita com giz; apagar com borracha; cortar embrulho onde há letras escritas; cortar letras carimbadas ou coladas em frutas. Nossos sábios proibiram ler listas de qualquer tipo para não chegar a apagar algo da lista.

É permitido comer alimentos cujas letras são parte do próprio alimento, como biscoitos (neste caso, as letras e o alimento são considerados um único elemento). Porém, quando o alimento e as letras são compostas de materiais diferentes, como letras escritas com creme sobre um bolo de chocolate, as letras devem ser retiradas por completo antes de cortar o bolo. 

- Acender fogo, aumentar, prolongar ou propagá-lo. 

Exemplos práticos desta proibição: riscar fósforo; acender chama de gás; ligar luz elétrica (por isso é proibido abrir porta de geladeira que automaticamente acende a luz interna; a lâmpada da geladeira deve ser desativada ou afrouxada antes do Shabat); acrescentar azeite numa lamparina; ligar motor do carro; acelerá-lo; obter faíscas através do atrito entre duas pedras; refletir a luz do Sol em lente de aumento para queimar papel. 

- Apagar fogo ou diminuí-lo. 

Exemplos práticos desta proibição: apagar fogo através de vento (abrindo janela), areia ou sopro; abaixar fogo ou chama de gás; desligar luz elétrica; retirar azeite de uma lamparina; desligar motor do carro. Nossos sábios proibiram ler à luz de azeite, pois estando concentrada na leitura a pessoa pode esquecer que é Shabat e mexer no pavio ou no azeite para enxergar melhor. 

Terminar a manufatura de qualquer objeto. Denominado "bater com martelo", pois o ferreiro termina sua obra com uma última martelada - dar o "toque final" para que um objeto possa ser utilizado. 

Exemplos práticos desta proibição: afiar faca; desentortar garfo; colocar cordão num sapato novo; retirar fios deixados por costura; cortar uma lasca de madeira para usar como palito de dentes; encaixar pé que se soltou da cadeira; apertar parafuso para recolocar lente de óculos.

Nossos sábios proibiram mergulhar qualquer utensílio no micve; nadar; remar; tocar instrumentos musicais. 

- Transportar de propriedade particular para pública e vice-versa

Transportar, jogar, entregar, empurrar ou fazer qualquer tipo de transferência de uma área de propriedade pública para uma de propriedade privada ou vice-versa, a não ser vestir roupas e outros adornos como kipá, óculos de grau, jóias, etc. Também é proibido carregar qualquer objeto num perímetro equivalente à distância de 1,92 m, em área de propriedade pública. Exemplos práticos desta proibição: sair para a rua com lenço ou chave no bolso; mastigando bala ou chiclete; com botão solto na roupa; com óculos de leitura ou de sol; entregar ou jogar um objeto pela janela ou porta de residência particular para alguém que se encontra na rua ou vice-versa. 

Se a pessoa encontra-se numa propriedade pública e se dá conta que está com algum objeto no bolso, não deve parar; se o objeto não for de valor, deve deixá-lo cair enquanto continua andando (sem dar uma parada); se for de valor, deve continuar andando até voltar à propriedade particular de onde saiu com o objeto no bolso, sem parar no caminho. É permitido levantar um grampo de cabelo que caiu na rua e recolocá-lo no cabelo se não ultrapassar 1,92 m ao fazê-lo.

É proibido de transformar um sólido em líquido; assim, não se pode desmanchar gelo na mão para beber o líquido que se forma, embora seja permitido colocar gelo num copo com água para gelar a água; não se pode usar um sabonete sólido, pois se transforma em líquido. É permitido usar sabonete líquido.

Neste artigo estão apenas um pequeno resumo das leis que regem os trabalhos proibidos no Shabat. Para conhecê-los mais detalhadamente é necessário um estudo mais profundo. Um rabino deve sempre ser consultado. 

Um esquenta com Miriam Leitão, a chefe da polícia política de “centro”

Um esquenta com Miriam Leitão, a chefe da polícia política de “centro”

Miriam Leitão me atacou com incrível violência em sua coluna no Globo deste domingo — a mim e a Rodrigo Constantino. Acha que a imprensa está dando espaço demais para a “direita hidrófoba”. Como Miriam não é de direita nem é hidrófoba, me acusa de “rosnar”. Não será agora porque vou almoçar na casa de amigos queridos, mas será mais tarde: farei um vermelho-e-azul com esta senhora.
Não! Não vou fazer trocadilhos fáceis com seu nome porque não me refestelo no ambiente em que rolam os seus detratores profissionais. Não vou cair na tentação de dizer que eu rosno e que ela ronca e fuça. Só vou apontar a sua impressionante covardia intelectual.
“Covardia intelectual? Ela já foi torturada!” E daí? Isso não lhe dá o direito de dizer asneiras e de ser desonesta no debate. Miriam diz que já rosnei para ela? Em sete anos e meio, Miriam Leitão teve o nome escrito neste blog 29 vezes. Atenção! Com 40.065 posts e 2.286.143 comentários publicados, há VINTE E NOVE CITAÇÕES (estão todas reunidas aqui). Dessas 29, 11 são meras referências (“Fulano disse para Miriam Leitão que…”). Em sete das vezes, elogio a jornalista. Em oito posts, contesto opiniões suas — contesto, sem ofensa. O arquivo está aí, e vocês podem fazer a pesquisa.
Nesta manhã, publico um post em que critico duramente uma entrevista do ministro Luís Roberto Barroso ao Globo. Procurem ali uma ofensa pessoal que seja. Não há! Mas Miriam, a que não é violenta e a que sabe argumentar, pode sair por aí chamando os outros de cachorro.
Virá a minha resposta. Apoiada só nos membros posteriores.
Por Reinaldo Azevedo