quarta-feira, 17 de julho de 2013

A Loucura



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loucuraPor Corete Silvane Scheibel - Este mundo está muito perturbado e doente. As pessoas estão muito perturbadas mentalmente. Toda criança quando nasce, nasce sã, mas não pode viver assim por muito tempo, isso é praticamente impossível. Esta criança é criada por pessoas perturbadas, condicionada por pessoas perturbadas. Ela está fadada a ficar perturbada também e para sobreviver ela precisa se tornar perturbada. Só de vez em quando têm existido pessoas não perturbadas no mundo. E a coisa mais perturbadora é que as pessoas sãs parecem loucas porque os assim chamados loucos não são realmente loucos. E os realmente loucos são os assim chamados sãos.
As cascas duras continuam vivendo no meio de todo tipo de loucura, e eles vão se ajustando conforme cada situação ou cada evento de suas vidas.O homem tem uma infinita capacidade de se ajustar e cada criança aprende a se ajustar a todo tipo de coisa. Apenas olhe no seu próprio ser as quantas superstições você se tornou ajustado, quantas crenças estúpidas você está carregando. E não é que não existam momentos que você se torna consciente de sua estupidez, mas estes momentos de sanidade você coloca de lado porque eles são momentos perigosos. Por quê? Por que de vez em quando a janela se abre, mas você imediatamente a fecha. Você tem medo. Você tem que fechá-la. Você tem medo que os vizinhos possam ver que a sua janela está aberta. Você não quer mostrar a sua sanidade para ninguém.
Mas não tenha medo da loucura. O mundo já está perturbado. Todo o medo é absolutamente sem base. Você Também já está perturbado, caso contrário você não seria capaz de existir na sociedade. Não importa a sociedade que você pertence tudo já foi distorcido. Você já está distorcido. Você não é mais inocente, você já está corrompido e envenenado. Os políticos, os sacerdotes e os pedagogos já fizeram esse trabalho por você. Precisamos é despertar e acordar para desfazer esse trabalho e recomeçar de novo, só que agora com uma nova consciência, resgatar a nossa inocência. Buscar o nosso ser no nosso mais íntimo. Voltar pra casa. Voltar a nossa essência e resgatar a nossa integridade e partir do zero. E reconstruir um novo homem, uma nova consciência, um novo frescor, uma nova energia onde você pode aceitar você por inteiro com todas as dualidades que vivemos neste mundo.
Mas como conseguir isso? Precisamos meditar aprender a meditar, precisamos aprender a viver uma vida meditativa. Eu defendo a meditação dinâmica. A pessoa perturbada precisa fazer catarses. Porque as pessoas foram tão reprimidas, que elas se encontram em espaços muitos ruins. E se essas pessoas tiverem espaços onde elas podem ficar loucas de vez em quando, onde elas têm permissão de ficar loucas, então a loucura desaparecerá e voltaremos a ter pessoas mais centradas, mais inteiras, mais sãs.
O mundo todo está louco porque a ninguém é permitido ficar louco. Precisamos fazer ou criar espaços onde todo mundo tenha um certo espaço reservado onde se possa simplesmente ficar louco, onde você não tenha que se preocupar com ninguém. Se uma pessoa pode ficar louca todo dia por meia hora, então pelas restantes vinte e três horas e meia ela experimentará apenas sanidade.
A loucura é também uma parte da humanidade; é um equilíbrio profundo. Quando você se torna muito sério você precisa um pouco de risada para trazer você para a terra. Quando você se torna muito tenso você precisa alguma coisa para ajudá-lo a relaxar. Na verdade, existem muitas maneiras aceitas socialmente nas quais nós permitimos as pessoas ficarem loucas. Por exemplo, um jogo de futebol o espectador quase fica louco torcendo, gritando, vibrando. Mas isto é aceito pela sociedade e as pessoas se sentem muito relaxadas. Mesmo assistindo muitas vezes um jogo pela televisão, tem pessoas que ficam loucas, pulam e se tornam muito excitadas. Mas isto é uma coisa aceita.
correntes
Se alguém de marte estivesse olhando pela primeira vez, ele não seria capaz de acreditar no que está acontecendo, porque parece não haver nenhuma necessidade de ficar tão excitado. Apenas algumas pessoas jogando uma bola para lá e para cá e milhões de pessoas ficam tão excitadas. E elas não sabem que isto é uma avenida socialmente aceita de liberação, um artifício. E cada país tem seu próprio time, sua própria equipe para criar o seu próprio artifício.
A guerra também é um artifício, que é necessária volte e meia de forma que as pessoas possam ficar loucas, para que possam odiar e destruir. E elas podem odiar e destruir por uma grande causa, assim não existe condenação. Assim você destrói e você se sente bem, você se sente feliz e não existe culpa. E é simplesmente um artifício para tornar você louco. E as guerras vão continuar a existir se nós não permitirmos que todo mundo desfrute uma certa quantidade de loucura as vezes. Por isso criar espaços para isso será de tremenda ajuda para a humanidade. E o mundo está gritando, o mundo não está mais suportando tanta pressão. O homem não está mais agüentando tanta pressão.
E um homem louco não precisa de médico, ele precisa de um amigo. Um médico é muito impessoal, muito distante, muito técnico. E um médico sempre olha para um homem louco como se fosse um objeto a ser tratado. Em seu próprio olhar existe condenação, porque alguma coisa está errada e tem que ser colocada em ordem. Um homem louco precisa de alguém que ame alguém que cuide e seja amigo, alguém que não faça dele uma coisa objetiva, e aceite a sua individualidade. E não somente isto, mas também aceite a sua própria loucura, porque ele aceita que bem no fundo de cada homem existe uma parte sã e uma parte insana. Porque vivemos num mundo de dualidades. A insanidade é a parte noturna do homem. Ela é natural, não há nada de errado com ela. Quando você puder dizer para um homem louco que não somente ele é louco, mas que eu também sou louco, imediatamente uma ponte é estabelecida. E então ele fica disponível e é então possível ajudá-lo.
Porque nenhum animal exceto o homem tem a capacidade de se tornar louco. A menos que o homem leve algum animal à insanidade, ele não iria enlouquecer por si próprio, ele não se torna neurótico. Os animais não estão loucos na selva, eles se tornam doidos no circo. Na selva, a vida de um animal não é desvirtuada, ela se torna pervertida em um zoológico. Nenhum animal comete suicídio, somente o homem pode cometer suicídio.
Porque o homem é uma doença. As doenças chegam ao homem, mas o homem em si mesmo é também uma doença. Este é o seu problema e também a sua singularidade. Esta é sua sorte e também o seu azar. Nenhum outro animal na terra tem tal problema, ansiedade, tensão, doença, enfermidades da maneira que o homem tem. E esta condição em si mesma deu ao homem todo o seu crescimento, toda a sua evolução, porque “doença” significa que não se pode ser feliz onde se está não se pode aceitar o que se é. Esta própria doença se tornou o dinamismo do homem, sua inquietude, mas ao mesmo tempo é também o seu infortúnio, porque ele está agitado, infeliz e está sofrendo.
Portanto, acorde, desperte. A vida está ai, pulsando em você, você tem uma grande oportunidade de fazer diferente. Faça diferente, cresça, evolua. O mundo necessita de um novo homem um homem acordado e inteiro.
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Corete Silvane Sheibel é Terapeuta Holística, Massoterapeuta e instrutora de Yoga, meditação, auto hipnose e regressão.

Justiça aponta que governo Aécio mentiu sobre investimentos em saúde


“Lei orçamentária de Minas Gerais é fraudulenta, e prestação de contas 
é pior ainda”, denuncia promotora que entrou com ação de improbidade 
administrativa contra Aécio. Tribunal de Justiça negou recurso do 
ex-governador e processo contra ele segue na Vara de Fazenda. 
Aécio é acusado de desviar R$ 3, 5 bilhões do orçamento da saúde, 
quase metade de tudo que foi investido na área.
Por Joana Tavares, Portal Minas Livre
Uma norma federal, chamada de Emenda 29, aprovada no ano 2000, determina que todos os estados do Brasil devem aplicar 12% do seu orçamento, que vem da arrecadação de impostos, em serviços de saúde. A Emenda determina ainda que os estados – e os municípios – teriam até o ano de 2004 para se adaptar à nova regra.
Não deveria ser uma norma tão difícil de ser colocada em prática. Afinal, qualquer administrador público sabe – e defende isso em suas campanhas – a centralidade que a saúde ocupa para garantir boas condições de vida para a população. Não é muito a se esperar de quem opera a máquina estatal o investimento em postos de saúde, contratação de pessoal, saneamento básico, prevenção de doenças e epidemias. Afinal, se saúde, educação, moradia não forem o centro dos investimentos públicos, o que será?
Apesar de ser lei, o Governo de Minas Gerais, dos anos de 2003 a 2008, não cumpriu essa norma básica. E pior: colocou na sua prestação de contas o investimento de R$ 3, 5 bilhões em saúde na conta da Copasa, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais, como forma de maquiar o orçamento e fingir que tinha feito todo o investimento necessário. Isso é o que sustenta ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Estadual, de dezembro de 2010.
A promotora de Justiça de Defesa da Saúde, Josely Ramos Pontes, explica que foi feita uma fraude contábil, ou seja, foi contada uma mentira, para fechar as contas. “Enganaram os órgãos de fiscalização e a população o tempo inteiro”, denuncia. A partir do entendimento que a prestação de contas estava equivocada, pois contavam investimentos que nunca teriam acontecido, o MP entrou com a ação contra a contadora-geral do Estado, Maria da Conceição Barros Rezende, e o então governador Aécio Neves, que assina junto com ela o documento oficial de prestação de contas.
O ex-governador e atual senador pelo PSDB Aécio Neves, que se coloca como possível candidato à presidência da República no ano que vem, entrou com um recurso negando a legitimidade da ação, e pedindo para que o processo fosse extinto. Em sua defesa, alegou, primeiro, que o MP não teria competência para entrar com a ação, pois apenas a Procurador Geral do Estado poderia propor ações contra o Governo do Estado. Tentou ainda explicar que os recursos – 3,5 bilhões, metade do orçamento geral para a saúde no período – seriam recursos da própria Copasa, para investimentos que a empresa, de capital misto, faria em obras de saneamento no estado.
Neste mês, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais não aceitou os termos de defesa dos réus. Os desembargadores entenderam que cabia sim ao MP entrar com a ação, pois Aécio não era mais governador no período (a ação começou a correr em dezembro de 2010). Mais importante que isso, reconheceram que a denúncia do MP estava correta, e que não foram investidos os 12% constitucionais previstos para a saúde. Consideraram que que há indicativos “suficientes” que as pessoas indiciadas cometeram mesmo o desvio, lesivo para o estado de Minas Gerais.
De forma unânime, os magistrados concluem que não houve transferência de recursos para a Copasa, como tentava justificar o ex-governador, “não passando de artifício (fraude contábil, segundo o autor da ação) utilizado pela Contadora-Geral do Estado, com o aval do Governador do Estado”. Isso quer dizer que eles concordam com a denúncia que quase 50% do financiamento da saúde se perdeu em alguma manobra criada pelos gestores do Estado. Esse dinheiro, então, nunca chegou à sua destinação, ou seja, serviços para a população de Minas Gerais.
Eles apontam ainda a gravidade dessa lesão ao estado, pois o recurso deveria ser destinado para “reduzir doenças, possibilitar o acesso universal e igualitário a todos, como forma de inclusão social e preservação do direito fundamental que é a saúde, uma das razões de ser do Estado e fundamento da República”.
A promotora Josely Ramos, que ficou dois anos preparando a ação, ou seja, juntou todas as informações possíveis para comprovar a denúncia, garante que esse recurso não existia na Copasa. Segundo a promotora, a Comissão de Valores Imobiliários (CVM) demonstrou que não havia esse aporte bilionário na empresa, que certamente faria diferença para seus investidores privados. A Advocacia-Geral da União (AGU) também comprovou que esse recurso não chegou à Copasa e, por fim, a própria empresa nega que tenha existido esses R$ 3,5 bilhões em seus balanços.
Investimentos e demandas
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgoto no Estado de Minas Gerais (Sindágua/MG), os investimentos da Copasa nos últimos anos não ultrapassa a casa de R$ 900 milhões por ano. Em 2008, por exemplo, foram investidos R$ 805 milhões no estado.
Segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico do IBGE, de 2008, Minas Gerais ficou abaixo da média nacional em número de municípios com tratamento de esgoto: 22,7%, contra 28,5 da média nacional ou os 78,4% do estado de São Paulo.
Mas há ainda outras demandas. Segundo o Sistema Estadual de Informações sobre Saneamento (Seis), da Fundação João Pinheiro, referente aos anos de 2008 e 2009, em 53 sedes municipais do estado as pessoas recebem água sem qualquer tipo de tratamento. A pesquisa mostra ainda que 32% da população do estado não era ainda atendida pela rede de esgotamento sanitário. E dos 68,2% atendidos, há variações consideráveis entre os municípios e regiões. Esgoto tratado, então, está ausente em mais de 75% dos municípios mineiros.
Os dados se referem a anos posteriores ao suposto investimento de R$ 3,5 bilhões da Copasa em obras para saneamento. Para um dimensão do que o montante poderia significar, o Governo de Minas Gerais anunciou neste ano o investimento de R$ 100 milhões no “Projeto Estruturador Saneamento de Minas”, para executar obras de saneamento básico na zona rural do estado. Esse recurso será investido até 2014.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG), Renato Barros, aponta que o desvio pode ser ainda maior. Pelas contas do Sindicato, ao menos R$ 1 bilhão foi desviado por ano da saúde, o que daria seis bilhões que não foram investidos. “Entra na conta recursos investidos na previdência do servidor, dos militares. É uma ação de lesa-pátria, e quem paga é o povo mineiro”, destaca.
Próximos passos 
Com a decisão do Tribunal de Justiça, o processo segue em tramitação na 5ª Vara de Fazenda. “O recurso dos réus foi negado, em uma decisão muito contundente do TJ. O processo não parou, pedi o depoimento da Contadora-Geral do Estado, que, até agora, não prestou todas as informações. Vai ser feita também uma perícia contábil, que não deve demorar muito, pois já foi feita para a constituição da ação. A fase mais complicada do processo se encerra agora. Creio que até o final do ano já esteja pronto para julgamento”, defende Josely.
Caso sejam condenados, as penas para os réus – Aécio Neves e Maria da Conceição Barros Rezende – podem incluir pagamento de multa e perda dos direitos políticos.
Josely explica ainda que essa simulação utilizada pelo governo não deixou de acontecer. Ela está preparando uma outra ação, desta vez investigando o período de 2008 a 2001, contra o governador Antonio Anastasia, que também não aplica o mínimo exigido na saúde de Minas Gerais.
Renato Barros, presidente do Sindi-Saúde, afirma que o sindicato também vem acompanhado os valores de aplicação da saúde, para averiguar se a Emenda 29 vem sendo cumprida. “Para nós como cidadãos e como trabalhadores em exercício da função pública, é um dever saber se está sendo cumprido o que determina a Constituição. Queremos que seja apurado o caso e responsabilizados os responsáveis pelo desvio. A pressão da sociedade vai fazer com que essas ações tenham agilidade para que sejam punidos os responsáveis e para que não ocorram fatos similares”, defende.

Hungria destrói todas as plantações da Monsanto


A Hungria deu uma machadada no tronco infectado da gigante 
Monsanto e as suas modificações genéticas destruindo quase 
500 hectares de culturas de milho plantadas  com sementes 
geneticamente modificadas.
De acordo com o o secretário de estado húngaro e Ministro do Desenvolvimento Rural Lajos Bognar, ao contrário de muitos países europeus (como Portugal) a Hungria é uma nação onde as sementes geneticamente modificadas estão banidas e proibidas, tomando uma posição semelhante ao Peru que instituiu uma lei que bane e proibe as sementes e alimentosgeneticamente modificados por pelo menos 10 anos.
Os quase 500 hectares de milho destruídos estavam espalhados pelo território húngaro e haviam sido plantados há pouco tempo, explica o Ministro Lajos Bognar, o que quer dizer que o pólen venenoso do milho ainda não estava a ser dispersado.
Ao contrário dos membros da União Europeia, a Hungria baniu todas as sementes OGM. As buscas continuam pois como disse Bognar os produtores são obrigados a certificarem-se que as sementes que usam não são geneticamente modificadas. Durante a investigação os fiscais descobriram que a Monsanto havia injectado produtos da Pioneer Monsanto entre as sementes a plantar, possivelmente com o intuito de disseminar aquela cultura.
O movimento de livre trânsito de produtos dentro dos estados da União Europeia impede que as autoridades investiguem como estas sementes chegaram à Hungria, mas doravante irão certificar-se da validade das culturas em solo húngaro, assegurou o ministro. Uma rádio regional revelou que as duas maiores produtoras de sementes geneticamente modificadas foram afectadas com este acto mas que existem milhares de hectares nestas condições.
Os agricultores defenderam-se com a ideia de que não sabiam tratar-se de sementes OGM. Com a estação já a meio, é tarde demais para plantarem novas sementes por isso a colheita deste ano foi completamente perdida. E para piorar o cenário aos agricultores, a companhia que distribuiu estas sementes no condado de Baranya abriu falência o que impede que recebam compensação.

TJMG confirma: Aécio Neves é réu e será julgado por desvio de R$4,3 bilhões da saúde


Governador de Minas Gerais é acusado de não cumprir o piso constitucional dofinanciamento do SUS entre 2003 e 2008 
Do site do deputado Rogério Correia 
Desembargadores negaram recurso da defesa de Aécio Neves e mantiveram ação por improbidade administrativa (Foto: Governo de Minas Gerais / Leo Drumond / Flickr)
Por três votos a zero, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) decidiu que o senador Aécio Neves continua réu em ação civil por improbidade administrativa movida contra ele pelo Ministério Público Estadual (MPE).
Aécio é investigado pelo desvio de R$ 4,3 bilhões da área da saúde em Minas e pelo não cumprimento do piso constitucional do financiamento do sistema público de saúde no período de 2003 a 2008, período em que ele foi governador do estado. O julgamento deverá acontecer ainda esse ano. Se culpado, o senador ficará inelegível.
Desde 2003, a bancada estadual do PT denuncia essa fraude e a falta de compromisso do governo de Minas com a saúde no estado. Conseqüência disso é o caos instaurado no sistema público de saúde, situação essa que tem se agravado com a atual e grave epidemia de dengue.
Recurso
Os desembargadores Bitencourt Marcondes, Alyrio Ramos e Edgard Penna Amorim negaram o provimento ao recurso solicitado por Aécio Neves para a extinção da ação por entenderem ser legítima a ação de improbidade diante da não aplicação do mínimo constitucional de 12% da receita do Estado na área da Saúde. Segundo eles, a atitude do ex-governador atenta aos princípios da administração pública já que “a conduta esperada do agente público é oposta, no sentido de cumprir norma constitucional que visa à melhoria dos serviços de saúde universais e gratuitos, como forma de inclusão social, erradicação e prevenção de doenças”.
A alegação do réu (Aécio) é a de não ter havido qualquer transferência de recursos do estado à COPASA para investimentos em saneamento básico,  já que esse teria sido originado de recursos próprios. Os fatos apurados demonstram, no entanto, a utilização de valores provenientes de tarifas da COPASA para serem contabilizados como investimento em saúde pública, em uma clara manobra para garantir o mínimo constitucional de 12%. A pergunta é: qual foi a destinação dada aos R$4,3 bilhões então?

MEC vai propor a fusão de disciplinas do ensino médio


FÁBIO TAKAHASHI
O Ministério da Educação prepara um novo currículo do ensino médio em que as atuais 13 disciplinas sejam distribuídas em apenas quatro áreas (ciências humanas, ciências da natureza, linguagem e matemática).
A mudança prevê que alunos de escolas públicas e privadas passem a ter, em vez de aulas específicas de biologia, física e química, atividades que integrem estes conteúdos (em ciências da natureza).
A proposta deve ser fechada ainda neste ano e encaminhada para discussão no Conselho Nacional de Educação, conforme a Folha informou ontem. Se aprovada, vai se tornar diretriz para todo o país.
Editoria de arte/Folhapress
Para o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, os alunos passarão a receber os conteúdos de forma mais integrada, o que facilita a compreensão do que é ensinado.
"O aluno não vai ter mais a dispersão de disciplinas", afirmou Mercadante ontem, em entrevista à Folha.
Outra vantagem, diz, é que os professores poderão se fixar em uma escola.
Um docente de física, em vez de ensinar a disciplina em três colégios, por exemplo, fará parte do grupo de ciências da natureza em uma única escola.
Ainda não está definida, porém, como será a distribuição dos docentes nas áreas.
A mudança curricular é uma resposta da pasta à baixa qualidade do ensino médio, especialmente o da rede pública, que concentra 88% das matrículas do país.
Dados do ministério mostram que, em geral, alunos das públicas estão mais de três anos defasados em relação aos das particulares.
Educadores ouvidos pela reportagem afirmaram que a proposta do governo é interessante, mas a implementação é difícil, uma vez que os professores foram formados nas disciplinas específicas.
O secretário da Educação Básica do ministério, Cesar Callegari, diz que os dados do ensino médio forçam a aceleração nas mudanças, mas afirma que o processo será negociado com os Estados, responsáveis pelas escolas.
Já a formação docente, afirma, será articulada com universidades e Capes (órgão da União responsável pela área).
Uma mudança mais imediata deverá ocorrer no material didático. Na compra que deve começar neste ano, a pasta procurará também livros que trabalhem as quatro áreas do conhecimento.
Organização semelhante foi sugerida em 2009, quando o governo anunciou que mandaria verbas a escolas que alterassem seus currículos. O projeto, porém, era de caráter experimental.

Dilma defende aumentar salário de professor sem 'populismo fiscal'



A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta quarta-feira usar o dinheiro dos royalties do petróleo para a educação, cujo projeto tramita no Congresso, para custear o aumento no salário de professores. Segundo ela, "não tem milagre" para valorizar a profissão e, "sem populismo fiscal", quer destinar 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para o setor.
A fala foi durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o chamado Conselhão, que reúne seus ministros, além de empresários e representantes da indústria e do comércio.
O projeto que tramita na Câmara e pretende destinar parte dos royalties à educação deverá ser votado apenas depois do recesso parlamentar, em agosto. Sua análise foi adiada nesta terça-feira sobretudo por conta de divergência sobre o uso do fundo social --espécie de poupança dos recursos de exploração de petróleo-- para a educação.
O governo não aceita que seja aplicado o capital do fundo. Na primeira votação que passou pela Câmara, deputados mudaram o texto enviado pelo Executivo para permitir que o fundo, e não apenas o seu rendimento, fosse destinado para educação.
Segundo Dilma, para o sucesso de seus programas educacionais, são necessários professores mais bem remunerados e qualificados. "Pagamento de professor é custeio. E ninguém fará a transformação que este país precisa sem investir em gastos com educação. Manutenção de escolas, laboratórios de qualidade, investimentos em custeio são uma parceria que nós não podemos abrir mão para resolver a questão da qualidade da educação", disse a presidente.
Para ela, porém, pagar melhor significa aumentar gastos. "Não ter populismo fiscal é dizer: 'sim, 10% do PIB para a educação!'. Mas vem de onde? Vem dos recursos dos royalties e do fundo social. E, além disso, temos que fazer um grande esforço para, junto a isso, contemplarmos também a educação com maior e melhor gestão, maior eficiência e cada vez mais uma integração com os senhores pais que trabalham e têm interesse direto nessa questão", disse.
"Nós temos que valorizar socialmente a profissão de professor. Isso só se valoriza socialmente, só se escolhe os melhores para ensinar aqueles que serão os maiores no futuro, só se faz isso pagando professor de forma adequada", completou Dilma. (TAI NALON, BRENO COSTA, JOHANNA NUBLAT E MARIANA SCHREIBER)

CADASTROS DA BBOM SÃO BLOQUEADOS PELA JUSTIÇA POR SUSPEITA DE PIRÂMIDE



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Do “IG”.

A BBom, empresa que na semana passada teve as contas congeladas por suspeita de ser uma pirâmide financeira , agora está impedida de cadastrar novos distribuidores, conhecidos como associados. Hoje, eles somam cerca de 300 mil. A liminar – decisão temporária — foi concedida na terça-feira (16) pela 4º Vara Federal de Goiânia, a pedido do MInistério Público Federal em Goiás (MPF-GO), impede também cobrança de mensalidades de quem entrou para a rede.

É a segunda vez quase 30 dias a Justiça bloqueia a expansão de uma rede apresentada como marketing multinível, mas que é considerada uma pirâmide financeira pela força-tarefa de promotores e procuradores da República que analisa a atuação de 18 empresas com modelos de negócios semelhantes . A primeira empresa impedida de cadastrar novos representantes foi a Telexfree.

Em nota, a BBom informou que “está tomando as providência judiciais cabíveis para retirar todo e qualquer impedimento às suas atividades” e que está à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos. Os responsáveis da Telexfree também sempre negaram irregularidades .

A BBom é apresentada como o braço de marketing multinível da Embrasystem, que atua no mercado de rastraeamento de veículos.O MPF-GO, entretanto, acusa a BBom de ser uma pirâmide financeira, que depende das taxas de adesão pagas pelos associados – de R$ 600 a R$ 3 mil – e não dos produtos e serviços da Embrasystem.