Moendo a falta de ética

     O moedor de carne da história continua a todo vapor neste início de século. As transformações rápidas da sociedade e do estado, não esperam por ninguém e vão varrendo com o um tsuname governos e costumes políticos do passado , como folhas velhas ao vento. No Brasil não poderia ser diferente. 
     Apanhados de surpresa, nossos políticos correm atrás do tempo, em busca do chão que parece desaparecer sob seus pés. Inventam novas agendas, batizando-as agora de positivas, decidem pelo fim do segredo nas votações, reformam ritos e se recusam a punir parlamentar preso. Para o Executivo, o mundo que se anuncia não é dos melhores. A inflação ou pior, a estagnoflação , quando um Pais não cresce e parece afundar no pântano da estagnação, ameaça reaparecer para ficar. 
     Num apanhado rápido, constata-se que a maioria dos grandes projetos prometidos pelo governo ainda engatinham ou não saíram da fase de projeto, vide a transposição do São Francisco ou o Pré-sal. As estatais, que antes bancavam o sonho de um novo mundo e abrigava o estafe inchado e apadrinhado, começa a apresentar sinais de fadiga e déficit em suas contas. 
     Exemplos podem ser verificados tanto na Petrobrás, como no BNDES e , neste quesito, não há estatal que desminta o fato das contas no vermelho. O prenuncio de novas e grandes manifestações populares tiram o sono de todos que respondem pelo governo. Neste pesadelo que parece se aproximar, a Justiça sai da fase letárgica e abre as portas das celas para os antes intocáveis senhores. Não há para onde correr. A luz no fim do túnel ilumina o que parece ser um enorme moedor. foto www.facebook.com

Ari Cunha