quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Sector privado FMI insiste em cortes salariais e nem ordenado mínimo escapa


Após a polémica que ontem estoirou sobre a deturpação de dados ao nível dos cortes salariais que já haviam sido levados a cabo pelo Executivo, o Diário Económico adianta na edição de hoje, que o Fundo Monetário Internacional (FMI) permanece irredutível na necessidade de reduzir os encargos com os trabalhadores do sector privado, insistindo, nomeadamente, numa baixa do ordenado mínimo nacional.
FMI insiste em cortes salariais e nem ordenado mínimo escapa
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ECONOMIA
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Os números que o Executivo apresentou em Junho passado, e que davam conta de cortes salariais no sector privado na ordem dos 27%, parecem ser insuficientes para a instituição presidida por Christine Lagarde.
Segundo noticia esta quinta-feira o Diário Económico, o FMI insiste em mais cortes e nem o salário mínimo nacional fica imune às intransigentes recomendações dos técnicos de Washington nesse sentido.
No fim de Setembro, quando tiveram lugar a oitava e nona avaliações ao programa de ajustamento português, o FMI voltará à carga com a necessidade de se proceder a uma maior flexibilidade laboral.
De acordo com o guião proposto na reunião de Junho, que visava preparar a oitava avaliação, e ao qual o Diário Económico teve acesso, do pacote de medidas que estará em cima de mesa no exame do próximo mês, constam, nomeadamente, a redução do ordenado mínimo; a redução dos salários dos jovens; a eliminação de cláusulas de protecção do posto de trabalho dos trabalhadores que pertencem aos quadros das empresas, em detrimento de outros; ou a introdução de um contrato único para novos contratados.
Saliente-se que o Jornal de Negócios adiantava ontem que os dados fornecidos pelo Governo ao FMI sobre os cortes salariais no sector privado haviam sido deturpados, por forma a sustentar a premência de novas reduções.

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