quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Maria do Rosário reconhece dificuldades da Comissão da Verdade

POLÍTICA


Mariana Timóteo da Costa, O Globo
A ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário (foto abaixo), reconheceu nesta quarta-feira que há dificuldades no trabalho da Comissão Nacional da Verdade; mas negou uma crise, classificando como “injustas” as críticas à presidente Dilma Rousseff.
Elas ocorrem em relação à demora na nomeação de novos integrantes para vagas em aberto, assim como pela condução de problemas internos da comissão — conforme afirmou nesta quarta-feira o ministro Gilson Dipp, do Superior Tribunal de Justiça.
Em visita ao Largo de São Francisco, a faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), onde encontrou-se com ativistas de direitos humanos numa reunião preparatória para um fórum mundial que será realizado em dezembro, Maria do Rosário disse que o trabalho da Comissão da Verdade é “efetivamente difícil e com tensões, mexendo com questões muito fortes para o Brasil e para as pessoas que estão na linha do trabalho”.


SÃO PAULO - A ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, reconheceu nesta quarta-feira que há dificuldades no trabalho da Comissão Nacional da Verdade; mas negou uma crise, classificando como “injustas” as críticas à presidente Dilma Rousseff. Elas ocorrem em relação à demora na nomeação de novos integrantes para vagas em aberto, assim como pela condução de problemas internos da comissão — conforme afirmou nesta quarta-feira o ministro Gilson Dipp, do Superior Tribunal de Justiça.
Em visita ao Largo de São Francisco, a faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), onde encontrou-se com ativistas de direitos humanos numa reunião preparatória para um fórum mundial que será realizado em dezembro, Maria do Rosário disse que o trabalho da Comissão da Verdade é “efetivamente difícil e com tensões, mexendo com questões muito fortes para o Brasil e para as pessoas que estão na linha do trabalho”.

Maria do Rosário já contabiliza como resultado positivo iniciativas para mudança em atestados de óbito, cujo exemplo maior é o atestado do jornalista Vladimir Herzog, assim como o conhecimento, segundo ela “efetivo”, das circunstâncias da morte do deputado Rubens Paiva.— É natural que existam tensões e possam existir até dificuldades, estilos diferentes entre quem faça o trabalho. Mas nós temos absoluta segurança como governo, pelo incentivo que demos para a criação da comissão, que ela trará resultados muito positivos para o Brasil — declarou a ministra.
Maria do Rosário assegurou que o governo “está tranquilo que essas circunstâncias, que podem parecer complexas e contraditórias, serão superadas e enfrentadas pelos coordenadores” — reiterando o apoio da Presidência ao novo coordenador da comissão, João Carlos Dias.
Sobre as vagas em aberto — a do ministro Gilson Dipp, afastado por motivos de saúde, e a do ex-procurador da República Claudio Fonteles, que demitiu-se —, Maria do Rosário negou que Dilma esteja demorando a nomear sucessores.
— É injusto dizer que ela está demorando. Porque ela está produzindo sua escolha com base em primeiro lugar no diálogo com o próprio ministro Dipp, além de com os outros integrantes da comissão — disse Maria do Rosário, que, depois do evento na USP, voltou a criticar a ação da polícia especialmente nas periferias brasileiras. — Devemos reconhecer que já existem iniciativas positivas em curso (sobre reformas nas polícias), mas precisamos reconhecer também que a reforma democrática do Brasil não aconteceu nas polícias.


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