quarta-feira, 3 de julho de 2013

Bovespa cai pelo quarto dia seguido, e já acumula perdas de 26% no ano

Bovespa cai pelo quarto dia seguido, e já acumula perdas de 26% no ano

Bovespa teve um dia instável, e acabou fechando no vermelho pelo quarto dia seguido nesta quarta-feira (3). O Ibovespa (principal índice da Bolsa) recuou 0,41%, aos 45.044,03 pontos. Os negócios movimentaram R$ 7,99 bilhões.
É a menor pontuação desde 22 de abril de 2009, quando a Bolsa fechou aos 44.888,20 pontos. No ano, as perdas acumuladas já chegam a 26,1%.
Mesmo tendo operado em alta no início da tarde, a Bovespa voltou a cair, após o fechamento antecipado das Bolsas nos EUA, às 14h (horário de Brasília), em preparação para o feriado do Dia da Independência nesta quinta-feira (4).
Segundo operadores, a ausência de investidores estrangeiros deve contribuir para que a quinta-feira seja um dia com poucos negócios. 

Dólar atinge R$ 2,269

dólar comercial registrou nova alta nesta quarta-feira (3). A moeda fechou com valorização de 0,84%, a R$ 2,269 na venda. É o maior valor de fechamento desde 1º de abril de 2009, quando o dólar encerrou o dia valendo R$ 2,281.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, minimizou os efeitos da alta do dólar em relação ao real, dizendo que a moeda dos Estados Unidos passa por um "movimento internacional de valorização". 
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Crise de Eike Batista vira piada nas redes sociais41 fotos

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O receio de investidores levou as empresas de Eike Batista a enfrentarem uma crise no mercado. As ações das empresas do bilionário têm grandes oscilações na Bolsa cada vez que um novo boato ganha repercussão. Em resposta, os internautas fizeram piadas com a situação financeira do bilionário Reprodução/Twitter

OGX desaba, B2W dispara

Chamou atenção dos analistas o comportamento atípico das ações da varejista B2W (BTOW3), que dispararam 27,85%, para R$ 8,63, mais uma vez na contramão do mercado. Na véspera, o papel subiu mais de 6% e também liderou as altas.
Alguns operadores acreditam que a alta é um ajuste técnico, uma vez que a ação tinha perdido cerca de 60% de seu valor no ano antes de começar a subir tanto.
Uma das empresas do grupo de Eike Batista, a mineradora MMX (MMXM3), também disparou: fechou com alta de 17,27%, a R$ 1,29.
Já a petrolífera OGX (OGXP3) foi no sentido oposto e desabou 13,33%, a R$ 0,39.
"A crise do grupo EBX é um fator que puxa o mercado para baixo, é um componente forte, mas não é só isso. Existe todo um mau humor do investidor com relação ao Brasil", disse o gerente de pesquisas do BB Investimentos, Nathaniel Cezimbra.
Segundo ele, a possibilidade de rebaixamento da nota de risco do Brasil, aperspectiva de crescimento menor com inflação em alta, o recuo da atividade industrial e a recente onda de protestos pelo país são fatores que contribuem para diminuir o interesse de investidores por ações locais.

Bolsas internacionais

As ações europeias fecharam em queda por causa das ações de bancos, depois que a turbulência política em Portugal fez com que a Bolsa do país registrasse seu pior dia em dois anos, ameaçando reacender a crise da dívida da zona do euro.
O índice FTSEurofirst 300 fechou em queda de 0,68%, para 1.150 pontos. Os papéis de bancos da zona do euro caíram 1,75%, depois de o governo português convocar discussões emergenciais sobre seu futuro.
Isso causou grande insegurança no mercado e fez a Bolsa de Portugal cair 5,3%. Em Londres, o índice Financial Times recuou 1,17%, a 6.229 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX caiu 1,03%, para 7.829 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 teve baixa de 1,08%, a 3.702 pontos.
As ações dos Estados Unidos fecharam com alta, em uma sessão mais curta e bastante instável. Os investidores antecipavam suas movimentações antes do feriado desta quinta-feira (4) e da divulgação de dados do mercado de trabalho na sexta.
O índice Dow Jones avançou 0,38%, para 14.988 pontos. O Standard & Poor's 500 fechou quase estável, com leve alta de 0,08%, para 1.615 pontos, enquanto a Nasdaq subiu 0,3%, para 3.443 pontos.
As Bolsas asiáticas recuaram, pressionadas por preocupações de que os dias de estímulo do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, estão chegando ao fim.
A divulgação de dados positivos sobre a recuperação da maior economia do mundo não deixou os investidores otimistas. Pelo contrário, eles pareciam preocupados com a possibilidade do banco central começar a reduzir em breve seu estímulo bilionário à economia.
A Bolsa do Japão fechou em baixa de 0,31%, aos 14.055,56. Hong Kong recuou 2,48%, Seul perdeu 1,64% e Xangai teve queda de 0,61%.
A Bolsa de Taiwan caiu 1,30%, Cingapura perdeu 1,38% e Sydney registrou perdas de 1,86%.
(Com Reuters)

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