segunda-feira, 4 de novembro de 2013

A teoria da modificabilidade cognitiva Estrutural

A teoria da modificabilidade cognitiva Estrutural

Reuven Feuerstein (nascido em 21 de Agosto de 1921 em Botoşani, Romênia) (hebraico פוירשטיין) é um professor e psicólogo judeu-israelense, criador da Teoria da modificabilidade cognitiva estrutural (MCE), a teoria da Experiência da Aprendizagem Mediada (MLE), e o Programa de Enriquecimento Instrumental (PEI). A ideia de que inteligência pode ser desenvolvida  está associada ao trabalho do Professor Feuerstein


A teoria da modificabilidade cognitiva Estrutural (MCE), formulada pelo psicólogo israelense Reuven Feuerstein, baseia-se na premissa de que existe um potencial de aprendizagem a ser desenvolvido por qualquer sujeito, independente de sua idade ou origem étnica ou cultural.

De acordo com Feuerstein, a maioria de nós apresenta uma série de "funções cognitivas deficientes", ou seja, nossos processos mentais raramente operam em um nível ótimo de funcionamento. A partir de uma avaliação adequada, e com o auxílio de instrumentos concretos de apoio psicopedagógico, a grande maioria dos indivíduos torna-se então capaz de desenvolver essas potencialidades.


 As deficiências resultantes da falta de aprendizagem mediada são antes periféricas do que centrais, e refletem atitude e motivação deficientes, falta de habitos de trabalho e esquemas de aprendizagem ao invés de incapacidades estruturais e de elaboração. Evidências da reversibilidade do fenômeno tem sido encontrado em trabalhos clínicos e experimentais - especialmente através da avaliação dinâmica - (Dispositivo de Avaliação do Potencial de aprendizagem - "Learning Potential Assessment Device" - LPAD). O LPAD também nos capacitou a estabelecer um inventório de funções cognitivas subdesenvolvidas, pobremente desenvolvidas, ou debilitadas. Estas nós categorizamos como níveis de Input, Elaboração e Output.

Funções cognitivas debilitadas afetando o nível de Input incluem debilidades quantitativas e qualitativas dos dados recolhidos pelo indivíduo, quando confrontado por um problema, objeto ou experiência. Incluem:

1. Percepção confusa.
2. Comportamento investigativo não-sistemático, impulsivo e equivocado.
3. Falta de, ou debilidade, de ferramentas verbais capazes de discriminar (ex. objetos, eventos, relações, etc. não possuem nomes apropriados).
4. Falta de, ou debilidade, de orientação espacial; a falta de sistemas estáveis de referencia debilitam o estabelecimento de uma organização topológica e Euclidiana do espaço.
5. Falta de, ou debilidade, de conceitos de tempo.
6. Falta de, ou debilidade, de conservação de constantes (tamanho, forma, quantidade, orientação) através da variação dos fatores.
7. Falta de, ou deficiência, de precisão e acuidade dos dados recolhidos.
8. Falta de capacidade de considerar duas ou mais fontes de informação (ou hipóteses) de uma vez; isto reflete que os dados são tratados de forma isolada, ao invés de fatos organizados em um todo.

A severidade da debilidade no nível de Input também pode afetar o funcionamento dos níveis de Elaboração e Output, mas não necessariamente.


Funções cognitivas debilitadas afetando o nível de Elaboração incluem aqueles fatores que impedem uma avalição eficiente da informação e das dicas ou sugestões.

1. Percepção inadequada ao definir um problema existente.
2. Incapacidade de selecionar as
pectos relevantes e não relevantes não definição de um problema.
3. Falta de um comportamento comparativo espontâneo, ou limitação na sua aplicação.
4. Campo psíquico tacanho, mediocre.
5. Compreensão parcial da realidade.
6. Falta de, ou debilidade, na necessidade de perseguir evidências lógicas.
7. Falta de, ou debilidade, de interiorização.
8. Falta de, ou debilidade, no pensamento hipotético-inferitivo, pensamento "E se...?".
9. Falta de, ou debilidade, nas estratégias de testar hipóteses.
10. Falta de, ou debilidade, na habilidade de estruturar um comportamento adequado para solucionar um problema.
11. Falta de, ou debilidade, no planejamento.
12. Não-elaboração de certas categorias cognitivas porque os conceitos verbais necessários não fazem parte do indivíduo, ou não são mobilizados em um nível expressivo.

Pensar normalmente se refere a elaborar sugestões. Estas sugestões podem ser originais, criativas, e ainda que corretamente elaboradas podem gerar respostas erradas, porque foram baseadas em informações inadequadas e inapropriadas no nível de Input.


Funções cognitivas debilitadas afetando o nível de Output incluem aqueles fatores que levam a uma inadequada comunicação das soluções encontradas. Note que informações corretamente percebidas e elaborações apropriadas podem ser expressadas incorretamente.

Deve-se notar que, mesmo dados e elaborações corretas podem ter sua solução expressa incorretamente, se existirem dificuldades nesse nível.

1. modalidades egocêntricas de comunicação.
2. Dificuldades na projeção de relações virtuais.
3. Bloqueios.
4. Tentativas inadequadas de responder.
5. Falta de, ou debilidade, de ferramentas para comunicar adequadamente as respostas elaboradas.
6. Falta de, ou debilidade, na necessidade de precisão e acuidade na comunicação das respostas.
7. Deficiência na transposição visual.
8. Comportamento impulsivo.

Os três distintos níveis foram concebidos de forma a trazer alguma ordem à matriz de funções cognitivas deficientes em situações de carência cultural. No entanto, há a interação que ocorre entre os níveis, que é de importância vital para compreender a extensão e a penetração da disfunção cognitiva.

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