sábado, 29 de junho de 2013

5 hotéis onde a arte define tudo

5 hotéis onde a arte define tudo

Paredes nuas não têm vez nesses destinos

ANTONELLA SALEM

Os art hotels são a prova de que a arte de hospedar adquire contornos sublimes quando – em lobbies, suítes, galerias e jardins – os protagonistas são afrescos, telas, esculturas e fotografias. Cada vez mais as linhas que separam arquitetura, design e arte se esfumaçam. Por isso, reunimos nesta matéria cinco hotéis que apostam na arte exposta como atrativo. Em vez de relaxamento e mente distante, a proposta é o aculturamento mesmo no ócio.
  (Foto: divulgação)
Gramercy Park Hotel, nos Estados Unidos
Não há hotel mais in em Nova York para os aficionados das artes. O Gramercy Park Hotel abriga uma coleção impressionante do século 20, com curadoria do lendário pintor e diretor de cinema norte-americano Julian Schnabel, também responsável pelo décor. Do lobby ao Rose Bar, há obras-primas da pop art de Andy Warhol e do neoexpressionista Jean-Michel Basquiat. Nas paredes, trabalhos também de Enoc Perez, Keith Haring, Tom Wesselmann, Richard Prince, Michael Scoggins, Fernando Botero e Damien Hirst, entre outros. Nos quartos, uma série de fotografias. “Basicamente, sou um pintor”, disse Schnabel. “Construí um lugar em que gosto de estar.” Por trás da coleção – baseada sobretudo em mestres da arte moderna americana – está também o proprietário alemão Aby Rosen, ávido colecionador e guru do ramo imobiliário. A disposição das obras muda constantemente e surpreende a cada visita. (Diárias a partir de US$ 475.)
  (Foto: divulgação)
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  (Foto: ©2006 Four Seasons Hotels Limited )
Um museu vivo da era renascentista em Florença. Instalado no Palazzo della Gherardesca, do século 15, e em um convento do século 16, o hotel preserva um tesouro de afrescos, pinturas e relevos dos séculos 15 ao 19. No lobby, 12 painéis de alto-relevo (1481-1488) mostram figuras mitológicas supostamente criadas por Bertoldo di Giovanni, um dos maiores escultores da época. A capela, transformada em sala de leitura, tem as paredes pintadas pelo maneirista Jan van der Straet (dito Giovanni Stradano) e por Agostino Ciampelli. No teto da Volterrano Suite está um dos afrescos mais importantes do hotel: Cegueira da Mente Humana sendo Iluminada pela Verdade, do séc. 17, por Baldassare Franceschini (ou Volterrano). E a arte se estende ao jardim, criado entre 1472 e 1480 e remodelado no século 19. “A arte está ligada ao espírito do hotel e é um reflexo dessa cidade”, disse o gerente-geral, Patrizio Cipollini. (Diárias a partir de 575 euros.)
  (Foto: ©2006 Four Seasons Hotels Limited )
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  (Foto: Studio Paterakis)
New Hotel Athens, na Grécia
Há um novo hot spot neste verão em Atenas: o Art Lounge do New Hotel, propriedade do colecionador grego de arte contemporânea Dakis Joannou. O espaço para comer e beber fica na cobertura do hotel remodelado pelos irmãos Campana e inclui uma biblioteca e um terraço com vista para a Acrópole. Da coleção de Joannou, patrono do centro de exibições Fundação Deste, chama a atenção no lounge a escultura F.O.B., de 1993, de Ashley Bickerton. Nas paredes, imagens da revista Toilet Paper, criada por Maurizio Cattelan como fotógrafo Pierpaolo Ferrari. “Assim como os irmãos Campana são a vanguarda do design, Maurizio Cattelan está na vanguarda da arte”, disse Joannou, que mantém seu acervo – obras de Jeff Koons, Elad Lassry, Mike Kelley, Damien Hirst, Takashi Murakami e Gabriel Orozco, entre outros – à mostra de forma itinerante em sua fundação e seus hotéis do grupo Yes!. (Diárias a partir de 250 euros.)
  (Foto: Studio Paterakis)
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  (Foto: Studio Paterakis)
La Colombe d’Or, na França
A arte está na história e na alma deste pequeno hotel e restaurante em Saint-Paul de Vence, na Provence. Inaugurado como um café em 1920 e transformado em hospedaria, La Colombe d’Or passou a atrair artistas graças à atmosfera cozy e ao profundo interesse de Paul Roux, o proprietário, pelas artes. Miró, Georges Braque, Henri Matisse, Sonia Delaunay, Fernand Léger, Raoul Dufy, Picasso, Alexander Calder, Cesar, Arman, Tinguely, Dubuffet e Jacques Prévert por lá passaram e deixaram suas obras como pagamento. No terraço do restaurante, o trabalho de cerâmica, de Léger, foi encomendado por Francis, filho de Paul, e sua mulher, que herdaram o amor pela arte. “Temos também obras contemporâneas adquiridas pelo meu sogro, Francis”, conta Danièle Roux, mulher de François, terceira geração à frente do hotel. A mais recente é uma instalação do irlandês Sean Scully, na área da piscina. (Diárias a partir de 250 euros.)
  (Foto: divulgação)
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  (Foto: divulgação)
Le Royal Monceau, na França
Quando ressurgiu na cena parisiense, em 2010, depois de uma reforma milionária assinada por Philippe Starck, o Royal Monceau logo se firmou como o hotel da arte contemporânea em Paris. Stéphane Calais criou os afrescos Un jardin à la française (2010) no teto do restaurante La Cuisine. A tela de Rosson Crow, Grand Salon, Maison d’Alsace, 1929 (2010), decora a sala privée do restaurante Il Carpaccio. Nikolai Polisky montou uma instalação no primeiro andar com 15 cervos de madeira e Joana Vasconcelos assina o bule de chá monumental de ferro do jardim. Os quartos têm fotografias da coleção que inclui Simon Chaput, Koichiro Doi e Thierry Dreyfus. E o hotel acolhe uma galeria de arte, livraria e uma art concierge que organiza encontros com artistas e curadores. (Diárias a partir de 950 euros.)
  (Foto: divulgação)

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