Como funciona o balão de ar quente
O balão de ar quente é uma aeronave com um princípio de funcionamento
muito simples, proporcionando uma viagem suave e divertida. Mas como funciona
um balão de ar quente e como se mantém no ar e consegue regressar a terra?
O balão de ar quente é um aeróstato, ou seja, uma aeronave que é mais leve
que o ar. Este simples meio de transporte é constituído por três partes fundamentais,
sendo estas constituídas por alguns pormenores que referimos de seguida.
Como é constituído um balão de ar quente
- Envelope - É o nome dado à parte superior, constituída de tecido de nylon reforçado,
- de forma a evitar que se rasgue. Este tecido de extrema leveza e de elevada resistência
- ao calor, pode levar uma camada extra de silicone, de forma a lhe dar uma maior resistência.
- É o envelope que recebe o ar mais quente ou mais frio, fazendo com que o balão suba ou
- desça, respectivamente.
- Na parte superior do balão, ou seja, do envelope, existe uma válvula que
- permite a entrada extra de ar frio, fazendo com que o balão desça mais
- rapidamente.
- O envelope é constituído por vários gomos, pedaços de tecidos que são
- cortados de forma a que, depois de cozidos uns aos outros, possam formar
- os painéis, dando a forma característica do balão.
- Na parte inferior do envelope existe a saia, um pedaço de tecido à prova de
- fogo, que serve de proteção do envelope.
- Queimadores de gás – Alojados entre o cesto e o envelope, os queimadores de gás
- estão ligados a várias botijas de gás propano em estado líquido, normalmente quatro
- bilhas de 20 quilos cada uma. Este gás, muito mais forte que o gás normal das nossas
- cozinhas (o gás butano) está no estado líquido até entrar numa serpentina de aço
- inoxidável, passando ao estado gasoso e emitindo as labaredas para o interior do
- envelope, a cerca de 100 graus centígrados.
- Cesto – O cesto ou a gôndola é a base do balão de ar quente e é onde são
- acomodados os passageiros. Feito de um material leve, o vime, o cesto pode
- apresentar-se de várias formas e tamanhos, podendo albergar várias dezenas de
- passageiros. Além de ser leve, o vime é ainda muito flexível e sofre muito pouco
- desgaste.
Aparelhos usados no balão de ar quente:
Apesar do seu aspecto rudimentar, o balão de ar quente pode estar acoplado
de três aparelhos, de forma a ajudar o piloto na condução do balão.
- Altímetro – Este instrumento é essencial num balão, já que informa sobre a altitude
- em que o balão se encontra e informa ainda qual a percentagem de ascensão ou
- descensão do aeróstato, para que o piloto possa corrigir essa taxa e assim garantir
- que se cumpra o percurso correcto do balão.
- GPS – Como todos sabem, o GPS permite saber, via satélite, qual a sua localização
- exata a qualquer momento bem como para onde se está a deslocar, evitando assim a
- utilização de mapas de voo. Apesar de ser um aparelho muito útil, é muitas vezes
- dispensado de forma a propiciar uma viagem mais tradicional, como acontecia em
- tempos mais passados.
- Rádio – Este é um aparelho bastante utilizado num balão de ar quente, já que permite
- uma comunicação constante entre os vários pilotos e a equipa responsável. Pode ser
- muito útil numa situação mais complicada ou simplesmente para manter o piloto
- informado.
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Como é que um balão consegue subir e descer?
Antes de se dar início à subida do balão, o envelope está deitado sobre o solo.
Usando uma ventoinha de grande potência, o envelope começa a se encher de
ar, erguendo-se do chão e começa a ganhar a sua forma habitual.
Para começar a subida, o queimador é ligado fazendo com que o envelope se comece
a encher de ar quente. Através da convecção, ou transferência de calor, o balão
começa a expandir-se, expelindo algum do ar que estava dentro do envelope. O
peso do ar dentro do balão fica mais leve e menos denso que o ar frio do exterior,
fazendo com que o balão comece a subir.
Para o balão começar a descer, basta desligar o maçarico. Isto faz com que o ar
no interior do envelope volte a ficar mais frio e mais denso, tornando-se mais pesado
o que faz com que o balão comece a descer.
Para manter uma altitude constante, o balonista vai ligando e desligando o maçarico,
de forma a fazer entrar mais ar quente ou mais frio, respectivamente.
A aterragem
Por ser complicado controlar com rigor o movimento e a deslocação de um balão, o local para aterrar deverá ser um espaço amplo e livre de objetos que possam dificultar a aterragem. Esta é feita com um controlo preciso do queimador, deixando-o mais vezes apagado que aceso, fazendo com que o balão comece a perder altitude e a aterrar.
Curiosidades sobre os balões de ar quente
O primeiro projeto para um aparelho voador mais leve que o ar, aconteceu em 1670, num aparelho sustentado por 4 balões.
A maior altitude conseguida com um balão de ar quente foi de 21 quilômetros, em 2005, pelas mãos de Vijaypat Singhania, de 65 anos de idade.
A primeira viagem de balão à volta do mundo, foi conseguida por Bertrand Piccard e Brian Jones, em 1999, numa viagem que durou 19 dias!
O primeiro balão a fazer a travessia sob o oceano Atlântico foi o Double Eagle II, em 1978, percorrendo a incrível distância de 5 mil quilômetros, durante 137 horas!
O primeiro balão a fazer a travessia sob o oceano Pacífico foi o Virgin Pacific Flyer, em 1991, voando durante 47 horas do Japão até ao Canadá, percorrendo 7671 quilômetros!
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