quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

MONA LISA


Mona Lisa
See adjacent text.
Mona Lisa também conhecida como A Gioconda ou ainda Mona Lisa del Giocondo é a mais notável e conhecida obra de Leonardo da Vinci, um dos mais eminentes homens do Renascimento italiano. 
Mona Lisa ("Senhora Lisa"[2]) também conhecida como A Gioconda[3] (em italianoLa Gioconda, "a sorridente"[4]; em francês,La Joconde) ou ainda Mona Lisa del Giocondo ("Senhora Lisa [esposa] de Giocondo") é a mais notável e conhecida obra deLeonardo da Vinci, um dos mais eminentes homens do Renascimento italiano.
Sua pintura foi iniciada em 1503 e é nesta obra que o artista melhor concebeu a técnica do sfumato. O quadro representa uma mulher com uma expressão introspectiva e um pouco tímida. O seu sorriso restrito é muito sedutor, mesmo que um pouco conservador. O seu corpo representa o padrão de beleza da mulher na época de Leonardo. Este quadro é provavelmente o retrato mais famoso na história da arte, senão, o quadro mais famoso e valioso de todo o mundo. Poucos outros trabalhos de arte são tão controversos, questionados, valiosos, elogiados, comemorados ou reproduzidos. Muitos historiadores da arte desconfiavam de que a reverência de Da Vinci pela Mona Lisa nada tinha a ver com sua maestria artística. Segundo muitos afirmavam devia-se a algo muito bem mais profundo: uma mensagem oculta nas camadas de pintura. Se observarem com calma verá que a linha do horizonte que Da Vinci pintou se encontra num nível visivelmente mais baixo que a da direita, ele fez com que a Mona Lisa parecer muito maior vista da esquerda que da direita. Historicamente, os conceitos de masculino e feminino estão ligados aos lados - o esquerdo é feminino, o direito é o masculino.[5]
A pintura foi trazida da Itália para França pelo próprio Leonardo, em 1506, quando este foi convidado pelo rei Francisco I de França para trabalhar na sua corte. Francisco teria então comprado a pintura, que passou a estar exibida em Fontainebleau e, posteriormente, no Palácio de Versailles.
Foto da parede do Louvre onde se encontrava o quadro em 1911, pouco após ter sido roubado.
Só após a Revolução Francesa, o quadro foi exposto no Museu do Louvre, onde se conserva até hoje. O imperador Napoleão Bonaparte ficou apaixonado pelo quadro desde a primeira vez que o viu, e mandou colocá-lo nos seus aposentos. Porém, durante as guerras com a Prússia, a Mona Lisa, bem como outras peças da coleção do museu francês, foi escondida num lugar seguro.
22 de Agosto de 1911, cerca de 400 anos após ser pintada por Leonardo da Vinci, a Mona Lisa foi roubada. Muitas pessoas, incluindo o poeta francês Guillaume Apollinaire e o pintor espanhol Pablo Picasso, foram presas e/ou interrogadas sob suspeita do roubo da obra-prima da pintura italiana. Quanto a Guillaume Apollinaire e a Pablo Picasso, foram soltos meses mais tarde. Acreditou-se, que a pintura estava perdida para sempre, que nunca mais iria aparecer. Todavia a obra apareceu na Itália, nas mãos de um antigo empregado do museu onde a obra estava exposta,Vincenzo Peruggia, que era de fato, o verdadeiro ladrão.[6][7][8][9]
1956 um psicopata jogou ácido sobre ela, danificando parte inferior da obra; o processo de restauração foi demorado. No mesmo ano, um bolivianojogou uma pedra contra a obra, estragando parte da sobrancelha esquerda da musa de Da Vinci.[10]
Em 2 de agosto de 2009, uma mulher russa jogou uma xícara vazia de café contra o quadro. A pintura não foi danificada, pois a xícara quebrou na proteção de vidro à prova de balas que existe antes do painel. Segundo as autoridades, a mulher só fez isso porque estava indignada após não conseguir a cidadania francesa. A russa foi presa imediatamente.[11]

A pintura a óleo sobre madeira de álamo encontra-se exposta no Museu do Louvre, em Paris e é uma das suas maiores atrações.[1]

OURO PRETO

Pouco se sabe com certeza sobre sua biografia, que permanece até hoje envolta em cerrado véu de lenda e controvérsia, tornando muito árduo o trabalho de pesquisa sobre ele e ao mesmo tempo transformando-o em uma espécie de herói nacional. A principal fonte documental sobre o Aleijadinho é uma nota biográfica escrita somente cerca de quarenta anos depois de sua morte. Sua trajetória é reconstituída principalmente através das obras que deixou, embora mesmo neste âmbito sua contribuição seja controversa, já que a atribuição da autoria da maior parte das mais de quatrocentas criações que hoje existem associadas ao seu nome foi feita sem qualquer comprovação documental, baseando-se apenas em critérios de semelhança estilística com peças documentadas.
Toda sua obra, entre talha, projetos arquitetônicos, relevos e estatuária, foi realizada em Minas Gerais, especialmente nas cidades de Ouro PretoSabaráSão João del-Rei e Congonhas. Os principais monumentos que contém suas obras são a Igreja de São Francisco de Assis de Ouro Preto e o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos. Com um estilo relacionado ao Barroco e aoRococó, é considerado pela crítica brasileira quase em consenso como o maior expoente da arte colonial no Brasil e, ultrapassando as fronteiras brasileiras, para alguns estudiosos estrangeiros é o maior nome do Barroco americano, merecendo um lugar destacado na história da arte do ocidente.
Ouro Preto é um município do estado de Minas Gerais, no Brasil. É famoso por sua arquitetura colonial. Localiza-se nalatitude 20º23'08" sul, longitude 43º30'29" oeste e altitude média de 1 179 metros. Sua população de 70 227 habitantes, conforme o censo de 2010 (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), está distribuída em 34 272 homens e 35 955 mulheres.
Foi a primeira cidade brasileira a ser declarada, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, no ano de 1980.

ALEIJADINHO


Aleijadinho

Antônio Francisco Lisboa, mais conhecido como Aleijadinho, foi um importante escultor, entalhador e arquiteto do Brasil colonial. Wikipedia
Nascimento29 de agosto de 1738, Ouro Preto
Falecimento18 de novembro de 1814, Ouro Preto
PeríodoBarroco

Por Cristiana Gomes
Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, nasceu em 29 de agosto de 1730 em Vila Rica (atual Ouro Preto).
É considerado um dos maiores artistas barrocos do Brasil e suas esculturas e obras de arquitetura encantaram a sociedade brasileira do século XVIII.
O artista usava em suas obras, madeira e pedra-sabão (matéria-prima brasileira), além de misturar diversos estilos barrocos (rococó e estilos clássico e gótico).
Sua existência é cercada por controvérsias. Muitos estudiosos acreditam que ele não existiu e que foi , na verdade, uma invenção do governo de Getúlio Vargas.
Aos 40 anos, ficou doente. Ninguém sabe ao certo o que o houve, mas especula-se que teve lepra e foi por causa da doença que recebeu o famoso apelido.

Igreja de São Francisco de Assis
Aos poucos, foi perdendo o movimento das mãos e dos pés e para trabalharpedia ao seu ajudante para amarrar as ferramentas no seu braço. Mesmo assim, continuou trabalhando em igrejas e altares de Minas Gerais.
ALGUMAS DE SUAS OBRAS
  • Igreja de São Francisco de Assis (considerada uma das maiores realizações de Aleijadinho. Ele esculpiu, talhou e ornamentou a parte interna da igreja)
  • Igreja de Nossa Senhora do Carmo
  • Palácio dos Governadores
  • Os Passos da Paixão: são esculturas em madeira feitas por Aleijadinho e pintadas por Ataíde  que representam o calvário de Cristo. Estão dispostas em 6 capelas ao longo do Morro do Maranhão, diante da Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos (em Congonhas do Campo). Na frente desta igreja estão as famosas estátuas d’Os Doze Profetas, esculpidos em pedra-sabão, em tamanho natural. Consta que Aleijadinho esculpiu Os Doze Profetas (considerada sua obra mais conhecida) com a ajuda de escravos e com instrumentos amarrados no pulso. As obras teriam começado em 1796 e terminado alguns anos antes da sua morte em 1814.
  • Igreja de São Francisco de Paula (imagem do padroeiro)

Teto da Igreja de São Francisco de Assis, pintado
por Aleijadinho
Morreu doente e abandonado em 18 de novembro de 1814. Infelizmente, a importância de seu trabalho só foi reconhecida após sua morte.
A vida e obra desse excelente artista foram retratadas na TV e no cinema:
- Cristo em Lama (cinema)
- Aleijadinho – Paixão, Glória e Suplício (cinema)
- No Caso Especial da Rede Globo com Stênio Garcia (TV)


Reportagens
Oriente Médio

Deus, pra que serve a literatura?



Para muitas pessoas, a única maneira de conhecer outros países ou culturas é através dos livros. A literatura é uma ferramenta do conhecimento, que, no Ocidente, funciona como mercadoria. Veja como se relacionam a cultura oriental e a leitura ocidental


por Pedro Matias*


"Esse é o valor inegável da Literatura: tentarmos compreender o outro e crescer com a visão de mundo dele."
Trabalhar com Literatura é fazer um exercício de troca de perspectiva. Falar sobre Literatura é, em certa medida, dialogar com o ponto de vista do outro, tentando compreendêlo e fazer as analogias possíveis com o nosso. O trabalho com essa arte, como em qualquer outra, se torna inútil quando pretendemos “entrar e sair” da mesma forma, sem nenhuma transformação. Nós, ocidentais, temos o sentimento de centro do mundo: a globalização (causada pelo capitalismo) é uma ocidentalização. Vejo que a Literatura enseja uma discussão que é muito válida: o que podemos aprender com a cultura do outro? Abordando As Mil e uma Noites, discutirei sobre a herança cultural ocidental (provinda do avanço impetuoso do capitalismo) em contraponto com a oriental (provinda da cultura islâmica).
Ser protagonista
Nós, ocidentais, fomos ensinados que somos o “centro” do mundo. Fomos formados em uma época da história que nosso “lado do globo” era visto como o local da riqueza e liberdade, e o Oriente era visto como a “terra misteriosa” onde as pessoas viviam à mercê de uma religião “bárbara” que pregava a falta de liberdade para mulheres. Ainda vivemos reflexos desse tempo; no entanto, podemos tentar compreender o outro e crescer com a visão de mundo dele. Esse é o valor inegável da Literatura. Temos que ser protagonistas de nossa leitura e escapar ilesos de um livro, sem sofrer nenhuma transformação, só ocorre quando o livro já não tem mais nada a nos oferecer. Porém, com grandes livros, como os clássicos, devemos estar preparados para rever nossas perspectivas de mundo.
Temos tachado o oriental – lembrando que orientais não se restringem aos grupos que abordo aqui; no entanto, para fins de argumentação mais clara, quando estiver me referindo a orientais, neste artigo, refiro-me principalmente àqueles que vivem de acordo com o Islã – de bárbaro desde tempos imemoriáveis, ou melhor, a denominação de bárbaro já estava lá antes de Jesus, antes de Roma. O império latino chamou de bárbaros todos aqueles que não faziam parte da sua cultura. Chamar o outro de estranho tomou uma perspectiva interessante: não é (reitero que para nós, ocidentais) uma maneira de apontar um sujeito como uma fonte de onde posso tirar novos ensinamentos, mas a marca nefasta de que ele é diferente de mim e, portanto, não tem nada a oferecer. Isso se torna mais constrangedor, usando o sentido completo da palavra, pois torna o sujeito ocidental um ignorante em todas as acepções possíveis.
A dupla viagem
Já foi dito que a Literatura sempre fala sobre a guerra ou a viagem. No fundo, todo personagem viaja de alguma forma, seja interna ou externamente. Muitas vezes essas viagens são complementares (principalmente na narrativa dita pós-moderna), mas há outra viagem: a do leitor. Assim como o personagem, o leitor vive uma viagem espelhada; a primeira uma viagem, pelas páginas do livro, que, quando está no estado anímico para viver a narrativa, se espelha na viagem transformadora interna dele. Citando Joseph Campbell: “Um herói vindo do mundo cotidiano se aventura numa região de prodígios sobrenaturais, ali encontra fabulosas forças e obtém uma vitória decisiva; o herói retorna de sua misteriosa aventura com o poder de trazer benefícios aos seus semelhantes”.
Essa viagem pode ser alinhada com a do monomito campbelliano (como definida acima): o sujeito é tomado do convívio social para viver uma viagem. Ele morre e renasce para voltar para sua comunidade mutacionado, em um Ser capaz de oferecer algo para essa comunidade — em outras palavras, ele é melhor para a sociedade. Essa viagem é necessária dentro da Literatura e é precisamente ela que torna um livro uma força social poderosa.
A árvore e a onda
Tomando as palavras de Franco Moretti, temos uma boa metáfora para tratar do mundo oriental e do ocidental:
Ora, árvores e ondas são, ambas, metáforas — mas afora isso não têm absolutamente nada em comum. A árvore descreve a passagem da unidade à diversidade: uma árvore com muitos ramos, do indo-europeu a dúzias de línguas diversas. A onda é o oposto: observa uniformidade abarcando uma diversidade inicial; filmes de Hollywood conquistando um mercado após outro (ou o inglês tragando uma língua após outra). As árvores precisam de descontinuidade geográfica (para se ramificarem umas das outras, as línguas têm primeiro de estar separadas no espaço, a exemplo das espécies animais); as ondas não gostam de barreiras e prosperam na continuidade geográfica (do ponto de vista de uma onda, o mundo ideal é um lago). Árvores e ramos são aquilo a que se apegam os Estados-nação; ondas são o que os mercados fazem. E assim por diante. Nada em comum entre as duas metáforas. Mas ambas funcionam. A história cultural é feita de árvores e ondas — a onda do avanço agrícola sustentando a árvore das línguas indo-européias, que é varrida então por novas ondas de contato linguístico e cultural... E à medida que o mundo oscila entre os dois mecanismos, seus produtos são inevitavelmente heterogêneos.
Para deixarmos bem claro: árvore é a perspectiva que cria raízes se especificando em diversos “galhos”, tornando-se cada vez mais heterogênea; a onda é a perspectiva que tenta homogeneizar tudo, a onda vai arrastando aquilo que encontra em seu caminho, tornando tudo o mesmo mar, fazendo com que tudo afunde e torne-se parte do mesmo elemento. O Ocidente vive pela perspectiva da onda e o Oriente, pela perspectiva da árvore. Um exemplo sobre isso, vindo do As Mil e uma Noites, é a história do terceiro calândar (53ª noite):
Visitei primeiramente as províncias; em seguida, mandei que armassem e equipassem a minha frota, e percorri as ilhas a fim de granjear, com a minha presença, a amizade dos súditos e o cumprimento dos seus deveres. Pouco tempo depois, tornei a visita-las, e tais viagens, ao mesmo tempo em que me proporcionavam um verniz de navegação, de tal forma despertaram meu interesse que resolvi descobrir terras desconhecidas, para além das minhas ilhas.
“O protagonista é aquele personagem que não escapará ileso aos acontecimentos – seja pela perda da inocência de um Frodo Baggins ou pelos percalços da trajetória até reencontrar a mulher amada de um Dante ou um Ulisses.” 
Robertson Frizero, editor e tradutor