Hino | |
Aniversário | 22 de agosto |
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Fundação | 22 de agosto de 1922 |
Gentílico | itororoense |
Prefeito(a) | Marco Antônio Lacerda Brito (PMDB) (2013–2016) |
Localização | |
Localização de Itororó na Bahia
Localização de Itororó no Brasil | |
Unidade federativa | Bahia |
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Mesorregião | Centro-Sul Baiano IBGE/2008 [1] |
Microrregião | Itapetinga IBGE/2008 [1] |
Municípios limítrofes | Itapetinga, Itaju do Colônia, Firmino Alves, Caatiba, Itambé, Nova Canaã eIbicuí. |
Distância até a capital | 540 km |
Características geográficas | |
Área | 330,716 km² [2] |
População | 19 911 hab. IBGE/2010[3] |
Densidade | 60,21 hab./km² |
Altitude | 250 m |
Clima | tropical úmido |
Fuso horário | UTC−3 |
Indicadores | |
IDH | 0,625 médio PNUD/2000 [4] |
PIB | R$ 66 723,899 mil IBGE/2008[5] |
PIB per capita | R$ 3 201,57 IBGE/2008[5] |
História
- Fundação: 22 de agosto de 1958 (54 anos)
A história da Fazenda Cabana da Ponte Agropecuária Limitada remonta ao ano de 1922, quando o coronel João Borges da Rocha Neto, comerciante e fazendeiro de cacau no entorno de Itabuna, resolveu criar gado e enviou João Alves de Andrade e uma pequena comitiva à região da cabeceira do Rio Colônia para comprar uma grande área de matas a fim de instalar uma boa fazenda de criatório. João Alves de Andrade, acompanhado de João Mineiro e Faustino Mineiro, parou para pedir rancho numa pequena clareira dentro da floresta e se apaixonou pela qualidade das terras. Negociou com os posseiros, adquiriu as primeiras glebas e foi comprando outras propriedades na circunvizinhança e aproveitando da grande disponibilidade de matas devolutas, ele também mandou demarcar uma boa área que posteriormente foi legalizada com o “Título de Domínio Legítimo” expedido pelo órgão competente estadual.
Desta forma, a Fazenda Cabana da Ponte Agropcuária Limitada chegou a registrar em cartório sua área competencial de 5 160 hectares conforme escritura pública passada no Cartório do Registro das Pessoas Jurídicas da Comarca de Itororó-Bahia, datada de 2 de janeiro de 1970, quando também esta propriedade foi organizada como empresa rural.
O presidente da empresa Fazenda Cabana da Ponte Agropecuária Limitada sempre acreditou no melhoramento genético dos animais. Por isso, reforçou a sua central de inseminação artificial de bovinos, onde criou animais de várias linhagens e manteve em funcionamento um laboratório de congelamento de sêmen de animais valiosos. Com esta linha de raciocínio, Sinval Palmeira se mostrou sempre um inovador, pesquisando e estudando novas técnicas para aprimorar a inseminação artificial em bovinos.
A fim de ver seu projeto sendo utilizado pelos demais fazendeiros da região, sua fazenda servia também como central para realização de cursos de reciclagem para veterinários particulares e alunos de diversas escolas agrícolas, inclusive das Emarc’s. Instalou um hotel fazenda com capacidade de receber visitantes de todas as regiões brasileiras, dentro da própria fazenda
Geografia
Nesta cidade, é produzido um dos melhores tipos de carne seca (carne de sol), onde pela fama da carne se instaurou há 22 anos o festival da carne de sol ou simplesmente Festsol, que ocorre no mês de junho.
O Rio Colônia, comprovadamente, possui três nascentes. A principal fica na Serra do Acará, a poucos metros da divisa com o município de Nova Canaã, bem ao centro da sua bacia; a segunda está na Serra da Piabanha pelo lado direito e fica próxima a divisa com o município de Caatiba e a terceira fica na Serra da Cebola bem próxima da nascente do Rio Gangogi junto o outro marco divisor com o município de Nova Canaã, pelo lado esquerdo.
O Rio Colônia estende o seu percurso por mais de 120 quilômetros, banhando os municípios de Itororó, Caatiba, Itambé,Itapetinga, Itaju do Colônia e Itapé. Neste ponto, ele perde suas forças para o Rio Salgado e a sua identidade para o Rio Cachoeira. O Rio Colônia teve suas três nascentes constatadas e reconhecidas por uma equipe da Universidade Estadual de Santa Cruz, no ano 2000 e, imediatamente, mapeadas como os mananciais formadores da bacia do Rio Colônia que vai se transformar em Rio Cachoeira.
Com a conclusão do projeto de recuperação da Bacia do Rio Cachoeira, vislumbra-se a possibilidade de reflorestamento das margens do Rio Colônia e o repovoamento de peixes e outras vidas aquáticas, além dos diversos benefícios que o projeto traria à população ribeirinha.
Em Itororó, no passado, foi possível se ver as águas do Colônia límpidas e cristalinas encantando as crianças e atraindo banhistas a darem mergulhos. Podia se ver a luz do sol os grandes cardumes das mais variadas espécies de peixes proporcionando lazer aos pescadores esportivos e alimento às famílias de baixa renda.
Ainda relembram-se as alegres lavadeiras que se utilizavam das águas puras do Rio Colônia para garantirem seus salários na certeza de terem realizado um trabalho de boa qualidade.
Entretanto, o tempo passou, a população cresceu e a poluição aumentou demasiadamente a ponto de zerar o índice de vida aquática no perímetro urbano que permite a travessia do Rio Colônia pela cidade de Itororó e a vila de Bandeira do Colônia. Então, sanear passou a ser a premente aspiração das populações de Itororó e Bandeira do Colônia. E foi com o objetivo de beneficiar uma população de mais de 30 000 habitantes, nesses dois municípios, que o deputado federal Eujácio Simões Filho, do antigo PL, que nasceu em Itororó, travou luta por uma causa justa. Salvar o velho Rio Colônia. Mas para isto, foi necessária uma somatória de forças e um só objetivo. O então prefeito Edineu Oliveira dos Santos, no seu primeiro mandato, de 1989 a 1992, conseguiu por doação da Empresa Cabana da Ponte Agropecuária Limitada, ainda na titularidade de Sinval Palmeira, uma área de terras medindo mais de quatro hectares destinada a construção da lagoa de estabilização. Quase oito anos se passaram e a população impaciente porque nada acontecia. Até que no dia 22 de agosto de 1997, a obra foi concluída. Valeu a pena esperar porque o empreendimento foi o único no Sul e Extremo Sul da Bahia. O sistema operava por gravidade, da seguinte forma: os esgotos eram captados pelos coletores e depois reunidos em um novo coletor, daí encontrando o interceptor que recebia o lançamento de diversos coletores até chegar ao processo de bombeamento que levava ao último estágio, a lagoa de estabilização.
A execução do sistema foi uma obra de grande porte que exigiu investimentos da ordem de 1 300 000 dólares estadunidenses, apresentando as seguintes características: sede de Itororó – extensão total 1 273 metros em tubos com diâmetros de 250, trezentos e 350 milímetros. Sede de Bandeira do Colônia – extensão total 796 metros com uso de tubulação em 250 e trezentos milímetros. Com tratamento através de uma lagoa de estabilização, uma anaeróbica e dois conjuntos em paralelo, de quatro lagoas de estabilização.
O Rio Colônia voltou a ter vidas, a correr limpo, desempenhando sua importante função regional.
O Rio Colônia foi inteiramente repovoado, e as lavadeiras que agora, também, tem lavanderia pública, preferiram, algumas delas, voltar a lavar roupas nas águas do Rio Colônia, compondo aquele cenário bastante familiar.
A Rádio Itapuy FM foi o primeiro órgão de comunicação a se manifestar contra a falta de manutenção a aquela fonte de benefícios à saúde das populações de Itororó e Bandeira do Colônia. Em sua programação, e através de boletins distribuídos a população, a primeira emissora de rádio de Itororó assim se manifestou: “Ai que saudade do tempo, que não volta mais, em que banhava em tuas águas, sem receio de adoecer-me”.
Depois de ressuscitado, o Rio Colônia está novamente morrendo.