Manuseio de dinheiro exige lavagem das mãos
Já está provado que as notas de dinheiro acumulam microorganismos prejudiciais à saúde e que as mãos de quem manuseia as cédulas podem ser tão contaminadas quanto feridas infectadas.
Carlos Tórtora, no Instituto de Pesquisas Biomédicas da Universidade Gama Filho (RJ), a pedido do Banco Central.
Na época, foram analisadas 110 notas de R$ 10 e de R$ 1, com uma técnica nada sofisticada, mas bastante eficiente: em cada uma das cédulas foi esfregado um cotonete umedecido que, depois, foi enviado para análise. Os resultados mostraram que especialmente as notas de R$ 1 eram grandes depositárias de microorganismos (fungos, bactérias e leveduras).
Esses, dependendo da vulnerabilidade do indivíduo que manuseia as cédulas, podem deflagrar problemas gravíssimos, como a septicemia – uma infecção generalizada.
Mais estarrecedora ainda, outra conclusão deu conta de que a cada centímetro quadrado das notas de R$ 1 havia 30,4 bactérias e fungos. Já nas cédulas de R$ 10, a relação era de 8,24 micróbios por centímetro quadrado.
Mas não é só. As notas de real também apresentam elevada quantidade de coliformes fecais, resultado da falta de higiene das pessoas depois de usarem o banheiro.
Para evitar a contaminação, o recomendado é seguir à risca as normas de higiene: sempre lavar as mãos depois de manusear o dinheiro, de usar o banheiro ou antes de alimentar-se.
A lavagem, contudo, deve ser bastante cuidadosa. Simplesmente jogar água nas mãos, ou fazer uma lavagem de 20 ou 30 segundos, de acordo com especialistas, não é suficiente para reduzir a quantidade de micróbios a níveis despreocupantes. É preciso utilizar água e sabão e esfregar por, pelo menos, um minuto.
Especialistas mais cautelosos recomendam a utilização de um álcool gel, usado constantemente pelo pessoal que trabalha na área de saúde. O gel deve ser esfregado nas mãos por cerca de três minutos.
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