A ciência não é neutra
Ciência, Tecnologia, e políticas tecnológicas.
A taxa de Carbono do Eng.º Moreira da Silva
O Vice-Presidente do Partido maioritário no nosso Governo,
detentor de um notável curriculum nos corredores
internacionais do nacional-ecologismo alemão, propõe
hoje para o relançamento da economia nacional a criação de
"Taxa de Carbono" de 3,5% a pagar pelos portugueses no IRS.
detentor de um notável curriculum nos corredores
internacionais do nacional-ecologismo alemão, propõe
hoje para o relançamento da economia nacional a criação de
"Taxa de Carbono" de 3,5% a pagar pelos portugueses no IRS.
Segundo outras notícias, quando do recente "movimento" dos
Ministros da Economia do Sul para a "reindustrialização"
junto de Bruxelas, o nosso Ministro da Economia terá pedido
uma política industrial mais "amiga do investimento"
e menos fundamentalista quanto aos espartilhos ambientalistas,
mas esta nota não terá colhido grande eco. De facto, Bruxelas e a
indústria alemã, que não sofre de problemas de
"desindustrialização", julgam até que a aposta numa renovação
industrial mundial apoiada em restrições ambientais pode ser
a chave da competitividade europeia (alemã, leia-se), desde
que consigam moldar o resto do mundo a essas restrições...
Ministros da Economia do Sul para a "reindustrialização"
junto de Bruxelas, o nosso Ministro da Economia terá pedido
uma política industrial mais "amiga do investimento"
e menos fundamentalista quanto aos espartilhos ambientalistas,
mas esta nota não terá colhido grande eco. De facto, Bruxelas e a
indústria alemã, que não sofre de problemas de
"desindustrialização", julgam até que a aposta numa renovação
industrial mundial apoiada em restrições ambientais pode ser
a chave da competitividade europeia (alemã, leia-se), desde
que consigam moldar o resto do mundo a essas restrições...
É patente que a proposta da taxa de carbono do Eng.º Moreira
da Silva se insere nesse pensamento ecotópico.
da Silva se insere nesse pensamento ecotópico.
Não vou discutir agora a visão económica destas propostas.
Vou apenas lembrar alguns números constantes do relatório
de 2007 do IPCC sobre o aquecimento global, que é a base
(contestada) do pensamento ecotópico e cuja validade
científica não vou questionar. Vou lembrar esses números
por que até eles são repetida e descaradamente
falsificados pelos ecotópicos!
de 2007 do IPCC sobre o aquecimento global, que é a base
(contestada) do pensamento ecotópico e cuja validade
científica não vou questionar. Vou lembrar esses números
por que até eles são repetida e descaradamente
falsificados pelos ecotópicos!
É frequente ouvir-se que a emissão de CO2 pelo uso
de combustíveis fósseis é responsável por 85% do
"efeito de estufa". Vejam-se então os números da ONU
(IPCC de 2007), quanto à contribuição e origem dos
diversos gases causadores desse efeito:
de combustíveis fósseis é responsável por 85% do
"efeito de estufa". Vejam-se então os números da ONU
(IPCC de 2007), quanto à contribuição e origem dos
diversos gases causadores desse efeito:
Por tipo de gás:
- CO2 resultante do consumo de combustíveis fósseis:56%;
- CO2 resultante da desflorestação, decomposição de
- biomassa, etc:17%;
- Metano: 15%;
- Nitritos: 8%;
- CO2 resultante de outros processos: 3%;
- Outros gases residuais: 1%.
Além de ser corrente atribuir-se às emissões de CO2
resultantes do consumo de combustíveis fósseis 85% do
efeito de estufa, é também usual associar essas emissões
à produção de energia, levando a pensar que o problema
se resolve com energias renováveis na geração de electricidade.
Ora veja-se então a composição de origens dos gases acima
listados, sempre de acordo com o mesmo relatório do IPCC:
resultantes do consumo de combustíveis fósseis 85% do
efeito de estufa, é também usual associar essas emissões
à produção de energia, levando a pensar que o problema
se resolve com energias renováveis na geração de electricidade.
Ora veja-se então a composição de origens dos gases acima
listados, sempre de acordo com o mesmo relatório do IPCC:
Emissão de gases de efeito de estufa, por actividade:
- Produção de electricidade: 26%;
- Indústria (especialmente cimenteiras,
- siderurgias, refinarias,...):19%;
- Desflorestação: 17.5%;
- Agricultura: 13.5%;
- Transportes: 13%;
- Edifícios: 8%;
- Lixos e esgotos: 3%.
Neste post aqui e noutros sob a rubrica "clima", pode o
leitor encontrar oshyperlinks para as fontes do IPCC que referi.
leitor encontrar oshyperlinks para as fontes do IPCC que referi.
E pode também encontrar aqui uma nota sobre os custos
desta política europeia, que evidentemente não são
equitativamente pelos diversos países da União...
desta política europeia, que evidentemente não são
equitativamente pelos diversos países da União...
Adenda: Para confirmar a reprimenda dada ao Ministro
da Economia pelo nacional-ecologismo alemão sobre essa
sua ideia de reindustrializar Portugal, a recém-convertida
à causa alemã que supervisiona o Ministério da Agricultura,
veio a público desautorizar o colega. Como no seu Ministério o
pelouro do ambiente foi "industriado" pelo irmão do Engº.
Moreira da Silva, faz sentido...
da Economia pelo nacional-ecologismo alemão sobre essa
sua ideia de reindustrializar Portugal, a recém-convertida
à causa alemã que supervisiona o Ministério da Agricultura,
veio a público desautorizar o colega. Como no seu Ministério o
pelouro do ambiente foi "industriado" pelo irmão do Engº.
Moreira da Silva, faz sentido...
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