domingo, 9 de setembro de 2018

Talvez você não seja tão inteligente quanto pensa... -

Henrique Szklo


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Conhecimento sem reflexão não é inteligência nem sabedoria, é boa memória. Inteligência é saber fazer correlações originais sobre assuntos que todo mundo derrapa no senso comum. Sabedoria é a capacidade de ler o mundo com sensibilidade e bom senso, independentemente do conhecimento formal. Conhecimento puro é decoreba. Acumula sem sacudir, liquidificar. Se o tema for história, por exemplo, qual a data de um evento e o que aconteceu segundo os estudiosos não é relevante para leigos. Prefiro saber o significado do que aconteceu no contexto histórico, o que o provocou e quais foram seus desdobramentos. Bom, se eu me lembrar da data, não vou achar ruim. Mas realmente é secundário. Até porque existem sempre discussões acadêmicas sobre quando um evento histórico de fato aconteceu. Se quem entende não tem certeza, quem sou eu para ter?
Citar filósofos, recitar poesias de cor, conhecer todos os grandes músicos de jazz, ser uma biblioteca ambulante são capacidades realmente notáveis, é claro. Tenho um misto de admiração e inveja de quem demonstra profundo conhecimento sobre algum assunto. Mas, repito, não acho que seja necessariamente inteligência. Inteligente é aquele que, com conhecimento ou não, gosta de enriquecer seu repertório pessoal fazendo ilações, viajando e escorregando em várias maioneses. Acumular sem alquimizar, que graça que tem? Até porque daqui a pouco os computadores com inteligência artificial vão fazer a mesma coisa. E com muito mais competência.
Existe um padrão na sociedade que reverencia o cidadão de notório saber. Provavelmente é porque confundem saber com sabedoria. Ninguém presta atenção especial se este notório saber de fato se converte em soluções originais e de alto nível. Em geral, apenas reproduz ideias consagradas para justificar seus argumentos, mas não raro as interpreta de forma equivocada, temerosa e até tendenciosa, muitas vezes invertendo o significado original. Médicos, juízes, professores, empresários, diplomatas, filósofos, sacerdotes são supervalorizados apenas porque foram capazes de acumular: informações e/ou dinheiro. Inteligência? Não necessariamente.

Aqueles de notório saber desprezam quem gosta de oxigenar o cérebro

Mas eu entendo os memória-dependentes. Sério, entendo mesmo. Não é todo mundo que tem coragem para ir contra a correnteza. Os salmões sabem bem do que estou falando. Além da força que precisam fazer para nadar e pular, também correm o risco de acabar na barriga de malvados ursos famintos. Freud, por exemplo, recebeu torta na cara quando apresentou sua teoria da psicanálise para seus colegas. E eles foram cruéis e impiedosos com o homem do charuto. Disseram que a mãe dele não era séria e que o pai era corno. Agora eu pergunto: você sabe o nome destes caluniadores?
Eu, particularmente, admiro quem sabe ler a vida. Pode até escorregar na norma culta, não importa. O que me encanta é a fagulha, a capacidade de amalgamar lé com cré. Quem propõe novas visões contrapondo o que todo mundo concorda sem questionar. Além de serem os verdadeiros inteligentes e sábios, são também os mais criativos. Mentes abertas e inquietas, capazes de subverter ideias e conceitos que deixam arrepiados os fanáticos torcedores do time que está ganhando. Aqueles que acreditam que não devemos mudar o que está "dando certo". Que a subversão é um crime lesa cultura.
O problema das ideias originais é que ninguém consegue comprová-las até sua aplicação na prática. O conhecimento consagrado, memorizado pelas pessoas, já está chancelado como correto, por isso as pessoas se sentem confortáveis em aceita-los de bom grado. Mesmo sem fazer a mínima ideia do que tratam. Chavões e lugares-comuns são a preferência internacional. Não existe ofensa maior para o ser humano médio do que questionar suas crenças. Crime passível de morte, em muitos casos.

Tem gente que prefere um conhecimento papai-mamãe. Eu prefiro um bacanal de ideias

O criativo é, antes de tudo, um chato. Quer saber o porquê de tudo, sugerir alternativas para coisas que estão funcionando tão bem desde que a Terra era plana, desafiar o senso comum, as opções "seguras" e "garantidas". Ninguém gosta mesmo de quem inventa novos jeitos de tirar todo mundo da zona de conforto. Não tem mais o que fazer do que atormentar os outros?
Todo mundo sabe que a zona de conforto, que eu chamo de zona de familiaridade, é perniciosa para a vida e para o trabalho. Todo mundo diz que vai sair e cobra que os outros também saiam. Mas na hora do vamo-vê, tem sempre uma coisa muito complexa que impede de finalmente começar. Você pode chamar de preguiça, mas a verdade é que é medo mesmo. Sair da zona de conforto é que nem regime: sempre se começa na segunda-feira. Se não chover.
Bem, primeiro essa é uma posição no mínimo equivocada, já que a vida, a natureza, deus, gaia, x-tudo – não importa o nome que você queira dar – dão infinitas mostras de que a vida não é estática e sim um processo em eterno movimento. Tudo se move. A dinâmica é a dinâmica do universo. Até a pedra acomodada há milênios no fundo do mar tem em sua essência um movimento ininterrupto: o de seus átomos e moléculas. Então porque diabos alguém acredita que é possível (e positivo) cristalizar uma situação mesmo que de alguma forma ela nos favoreça. Não, é o movimento que está em consonância com a vida. Ou seja, por mais que nosso conhecimento tenha sido reconhecido e aprovado por longo tempo, não quer dizer que ele viverá para sempre. Eterna, só nossa insatisfação. E pur si muove.

Novas circunstâncias exigem novas reflexões

Os ditos cultos também defendem seu conhecimento com neurônios e dentes em nome de alguém que eles consideram muito importante: eles mesmos. Sacrificaram tanto em suas vidas para adquirir aquele monte de informação, amontoada em um depósito gigantesco dentro de suas cabeças, que não ficam nada contentes em ter de fazer uma faxina e jogar algumas caixas fora para dar lugar ao novo. Eles não passam de acumuladores obsessivos compulsivos. Mas não os condeno totalmente. Até defendo sua existência e resistência. É importante ter alguém nas trincheiras defendendo o conhecimento formal até a morte, porque senão nenhum saber seria produzido ou resistiria ao tempo. Os radicais têm esta função. Proclamam o final dos tempos caso as pessoas comecem a pensar de forma diversa da que eles consideram certa e, portanto, inquestionável. De fato, o terrorismo é um elemento fundamental para o desenvolvimento e manutenção de qualquer cultura.
E o que faz aquele que tem péssima memória? Que conhece bem filosofia mas nunca se lembra de quem disse o quê? Não garanto, mas é possível que o indivíduo desmemoriado tenha grandes chances de ser uma pessoa mais criativa que as outras. E é fácil de explicar porquê. Toda vez que ele precisa lembrar-se de alguma coisa e não consegue, acaba inventando um treco diferente para pôr no lugar. E esse comportamento reincidente acaba por criar um padrão cerebral de busca constante de soluções originais e imediatas para sair de enrascadas. O cérebro aprende que é uma boa maneira de lidar com as coisas. Ou, no caso, a única. Naturalmente, este tipo de gente é mais despojada e relaxada com relação ao seu nível cultural. Não que elas desprezem o conhecimento e não os cultive. É que se não forem flexíveis consigo mesmas vão ficar se culpando, se condenando, e isso não serve pra nada. A consciência de suas capacidades mentais diminui a frustração. E diminui a possibilidade de sair pela rua com uma AR15 atirando a esmo só porque não se lembra do nome do ministro da educação no governo Médici ou a escalação completa do Araxá Esporte Clube de 1959. A falta de memória na verdade faz com eles apelem mais para o raciocínio. Param para pensar 7 minutos e buscam novas maneiras de se ver as coisas. Não têm medo do diferente, do arriscado. De quebrar padrões. Para os esquecidos vocacionais, o conhecimento estático não é um valor em si, mas uma ponte para a reflexão e criação de novos caminhos e horizontes.
Se alguém tiver um argumento irrefutável que contradiga o que estou dizendo, prometo que vou refletir e, se concluir que tem razão, não hesitarei em guardar minha submetralhadora Mini UZI co2, semiautomática, calibre 4,5mm e mudar meu ponto de vista. É claro que vou ficar desconfortável. Não existe cura para a zona de desconforto. Porém é preciso nos conhecer como máquinas biológicas e saber que o desconforto é apenas quebra de padrão. Não é um julgamento de valor. Nosso cérebro analisa apenas se a informação faz parte de nosso sistema de crenças ou não. Se for padrão, está na zona de conforto. Se não for, é sofrência pura. Simples assim.
Então, meu amigo, minha amiga, procure conhecimento, sempre. Mas não se esqueça de refletir, questionar sempre, tentar construir uma opinião que seja sua e não emprestada de alguém. Que você não se imponha o simples acúmulo de informações mas que dê match entre elas, se preocupando em entender melhor a vida e, principalmente, você mesmo. Mas o que eu mais quero mesmo é que você se esqueça de tudo o que acabou de ler. Hein?
10 aplicativos para o dia a dia mais inteligentePor Juliana Battistelli
Se existe uma coisa que revolucionou a forma como vivemos nossa rotina, são os aplicativos. Não dá pra negar, hoje em dia, viver sem celular é quase como viver sem luz há algum tempo atrás. E uma das principais faltas que o celular nos faz é não carregarmos conosco uma infinidade de funcionalidades que deixam nossa vida muito mais fácil.

Você deve ter pelo menos 3 aplicativos que usa com frequência em seu celular, mas você tem aproveitado o restante do espaço com apps que realmente fazem a diferença para o seu dia a dia? Vem ver 10 sugestões nossas para uma rotina mais inteligente!

1. Moovit


Você precisa andar com meios de transporte públicos ou outras alternativas mais baratas? O Moovit é um aplicativo bastante simples que reúne informações sobre transporte público e ainda traça rotas para quem anda a pé ou de bicicleta. Nele você digita qual o seu destino e visualiza quais as opções de ônibus, trem ou metrô que fazem o trajeto. Você vai encontrar informações de várias cidades brasileiras, além de inúmeros lugares ao redor do mundo.

2. Pocket


Em um dia de navegação na internet a gente acaba vendo tanta coisa que se esquece os links que perde por deixar para outra hora. O Pocket é uma das melhores alternativas para salvar páginas e acessá-las rapidamente em outro momento. O app conta com versão para tablets, smartphones, web e navegadores. Você consegue guardar links e acessar aqueles já armazenados, lendo notícias e vendo fotos ou vídeos quando tiver tempo.

3. Pacifica


Nem só para produtividade os aplicativos são feitos. Quando se trata de saúde, o Pacifica é uma alternativa que reúne informações e práticas para evitar a ansiedade, o stress e a depressão no dia a dia. Você escolhe o que precisa no momento e, junto com o apoio da comunidade de usuários, pratica ou lê informações para auxiliar no seu incômodo.

4. WorkFlowy


Organizar as informações que se acumulam em nosso cérebro diariamente não é tarefa fácil. Ainda bem que, para além do papel e caneta, existem inúmeros apps que ajudam nessa missão. O workflowy é como um caderno de listas para você ser mais criativo e produtivo na rotina.

5. Skyscanner


Não precisa acordar na madrugada de terça-feira para encontrar as passagens mais baratas para sua viagem. O Skyscanner reúne passagens aéreas, hotéis e aluguel de carro com os melhores preços em um só lugar.

6. Evernote


O Evernote é uma excelente opção para fazer anotações no smartphone. Você pode organizar as notas por cadernos e acrescentar tags para facilitar a localização e a consulta. As notas podem incluir fotos, anotações a mão, áudio, capturas de tela e anexos. Além de possibilitar o envio de notas para redes sociais, é possível convidar pessoas para compartilhar cadernos ou mesmo criar links públicos para eles. E o melhor: a sincronização é automática entre todos os dispositivos com o aplicativo.

7. Organizze


A proposta do Organizze é facilitar a organização da vida financeira. Você pode criar categorias para suas finanças e o aplicativo cria gráficos de fácil interpretação para mostrar da onde veio o dinheiro e como ele foi gasto. Além disso, é possível criar alarmes de contas que estão para vencer e precisam ser pagas. Ainda tem recurso de metas, que permite ao usuário fazer um planejamento na vida financeira para atingir um objetivo.

8. Duolingo


Você sempre quis aprender francês e nunca teve tempo? O Duolingo é uma plataforma simples, direta e bastante objetiva para aprender idiomas de graça como se estivesse em um jogo. A melhor parte de tudo é usar qualquer tempinho livre, em qualquer lugar, para uma atividade que será tão útil em sua vida.

9. Fitocracy


Exercícios físicos não podem ficar de fora para um dia a dia mais inteligente. Com o fitocracy você é acompanhado por um profissional para alcançar seus objetivos fitness. Atividades físicas, cuidados nutricionais e motivação para continuar firme em suas tarefas é o que o aplicativo tem a oferecer.

10. Google Calendar



Ok, este não é nenhuma surpresa, mas não poderia ficar de fora. O Google Calendar ajuda você a ser mais produtivo e não esquecer nenhuma tarefa ou horário marcado. A melhor parte é a sincronização da agenda do google com outros aplicativos e a possibilidade de marcar atividades na agenda dos outros, assim como te avisarem de tarefas diretamente em sua agenda. Tudo isso com notificações em seu celular para não perder nenhum compromisso.

Os primeiros passos da Província do Amazonas


Monumento em homenagem a João Batista de Figueiredo Tenreiro Aranha, primeiro Presidente da Província do Amazonas.

Naquele 5 de Setembro de 1850 encerrava-se, pela força da lei, uma luta. Uma luta por emancipação política que teve início algumas décadas antes. A antiga Comarca do Alto Amazonas, subordinada à Província do Grão-Pará, era elevada à categoria de Província do Amazonas. Emancipada essa porção territorial, criada uma nova unidade política, era preciso organizar a administração, ver o que existia, o que faltava, cuidar da arrecadação. Enfim, planejar o futuro da nova província.

Seus limites seriam os mesmos da antiga Capitania de São José do Rio Negro: "com a Capitania de Mato Grosso, ao sul, através da Cachoeira de Nhamundá até sua foz no Amazonas e deste pelo outeiro de Maracá-Açu, ficando para o Rio Negro a margem ocidental do Nhamundá e do outeiro" (REIS, 1989, p. 121).

Quando a província foi entregue a seu primeiro Presidente, João Batista de Figueiredo Tenreiro Aranha (1798-1861), esta contava com a Guarda Policial, criada em 04 de abril de 1837, formada por dois Batalhões com uma força de 1339 praças. Contava, ainda, com as Companhias de Trabalhadores, instituídas pela Lei 25 de Abril de 1838. Essas companhias eram instituições que recrutavam trabalhadores, índios e mestiços, para a prestação de serviços compulsórios para o Estado e para particulares. Com 2 Termos com foro independente, a Província tinha 4 Municípios, 20 Freguesias, 18 Distritos de Paz, 2 Delegacias e 11 Subdelegacias.

O estado da segurança pública, em síntese, era considerado lisonjeiro, ainda que as maiores ameaças consideradas pelos administradores locais fossem os ataques de indígenas das tribos arara e karipuna, que vez ou outra assaltavam embarcações e matavam seus passageiros.

No que tange o culto público, a religião Católica, existiam 3 Missões na região para a catequese dos indígenas: A de Porto Alegre, em São Joaquim do Rio Branco, no Alto Rio Branco, onde eram catequizados uapixanas, macuxis, jaricunas, anhuaques, arutanis, procutus e saparás; A de Japurá, Içá e Tonantins, na margem esquerda do Solimões, cujos trabalhos eram feitos com ticunas, mariatés, xomanas, juris e passés; e a do Andirá, em Vila Nova da Rainha (Parintins), voltada para a catequese de maués e muras. As missões não estavam dando os resultados esperados, o que era atribuído “a carencia de Missionarios esclarecidos, e animados de fervor religioso, e de patriotismo; a insufficiencia dos meios pecuniarios, de que se tem disposto; e a falta de um systema de educação mais apropriada”.

Em aspectos educacionais, em seus anos iniciais a província possuía 8 escolas de ensino primário, das quais 7 estavam plenamente providas de todos os materiais necessários para o funcionamento. A única instituição de ensino secundário, o Seminário São José, criado em 1848, ficava na capital. Nele era ensinada Gramática Latina, Língua Francesa, Música e Canto. À época era frequentado por 17 alunos, sendo 13 internos. Em trabalho de recenseamento realizado em 1851, a população da nova província foi estimada em 29.798 habitantes, sendo 7.815 homens livres e 225 escravos; 8.772 mulheres livres e 272 escravas; 6.776 menores do sexo masculino livres e 117 escravos; e 5.685 menores do sexo feminino livres e 136 escravas.

Assim se encontrava a província do Amazonas, de acordo com a Exposição apresentada em 9 de dezembro de 1851 por Fausto Augusto de Aguiar, Presidente da Província do Pará, a João Batista de Figueiredo Tenreiro Aranha. A par dessas informações, do lugar que primeiro administraria, Tenreiro Aranha pôde enfim instalá-la, em 01 de Janeiro de 1852. Reproduzo a seguir o Auto de Instalação da Província do Amazonas:

Anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil oitocentos e cincoenta e dous, trigesimo primeiro da Independencia e do Imperio, ao primeiro dia do mez de Janeiro do dito anno nesta Cidade de Nossa Senhora da Conceição da Barra do Rio Negro, e Paço da Camara Municipal respectiva, pelas dez e meia horas da manhã, onde se achava reunida a mesma Camara, e sendo ahi presente o Excellentissimo Snr. João Baptista de Figueiredo Tenreiro Aranha, que acabava de prestar juramento e tomar posse do Cargo de Presidente desta Provincia por ter sido nomeado por Carta Imperial de 7 de Junho ultimo, nos termos da Lei; e depois de tomar o juramento e dar posse aos demais Empregados nomeados pelo Governo de SUA MAGESTADE O IMPERADOR para Chefes de diversas Repartições; e em presença da mesma Camara, de todas as Authoridades Civis, Militares, e Ecclesiasticas, e de grande concurso de Cidadãos, que se achavão reunidos no dito Paço, declarou o mesmo Excellentissimo Senhor: que em virtude da dita Carta Imperial, e das Instrucções do Governo de SUA MAGESTADE O IMPERADOR installava a Provincia do Amazonas creada pela Lei geral numero quinhentos e oitenta e dous de cinco de Setembro de mil oitocentos e cincoenta, para que nessa Cathegoria entre em suas regalias. E, para constar, mandou lavrar este Auto que assignou o mesmo Excellentissimo Senhor, e ápoz delle todas as demais authoridades, tanto desta Capital, como das Villas e Freguezias da Província, que se acharão presentes. E eu João Wilkens de Mattos, Secretario do Governo por SUA MAGESTADE O IMPERADOR o escrevy. - João Baptista de Figueiredo Tenreiro Aranha – Manoel Gomes Corrêa de Miranda, Vice-Presidente da Provincia, e Juiz de Direito e Chefe de Policia – Joaquim Gonçalves de Azevedo, Vigario Geral e Vice-Presidente da Provincia – João Henrique de Mattos, Vice-Presidente e Commandante Superior da Guarda Nacional – João Ignacio Rodrigues do Carmo, Vice-Presidente, e Presidente da Camara Municipal – Manoel Thomaz Pinto, Vice-Presidente e Promotor Publico da Comarca – Alexandrino Magno Taveira Pau Brazil, Vereador da Camara e 3°. Supplente do Delegado – Francisco Antônio Roberto – Antonio José Brandão – Manoel José de Macedo – Pedro Mendes Gonçalves Pinheiro – Bernardo Francisco de Paula e Azevedo – João Fleury da Silva, Vereador e Alferes da Guarda Policial – Albino dos Santos Pereira – José Manoel Rangel de Carvalho, Inspector interino – O Padre Romualdo Gonçalves d’ Azevedo – Gabriel Antonio Ribeiro Guimarães, Administrador da Recebedoria – José Cazemiro Ferreira do Prado, Delegado de Policia – Clementino José Pereira Guimarães, Secretario da Camara Municipal – Maximiano de Paula Ribeiro, Juiz Municipal e Orffãos – Aureliano da Silva – O Capitão Manoel da Cotta Falcão e Brito – Fr. Gregorio José Maria de Bem, Missionario apostolico – Manoel Joaquim de Castro e Costa, 2° Tenente d’ Armada, Immediato do Vapor de Guerra Guapiassú – Francisco Xavier de Moraes Pereira, 2° Cirurgiãode N° - D. Bento de Tavora Noronha Saldanha Freire d’ Andrade, Escrivão – Tenente, João Marcelino Taveira Pau Brazil – Sabino Antonio Brandão – José Bento da Silva – Antonio Pereira Lima – José Coelho de Miranda Leão Junior, Escrivão Contador – Fernando Felix Gomes Junior – Bernardino de Oliveira Horta – Antonio Manoel Sanches Fialho – Antonio Dias Guerreiro de Oliveira – João Manoel de Souza Coelho – Joaquim Manoel Palheta – Silvestre Tenreiro Aranha – Venancio Antonio de Castro – Guilherme Antonio de Sá – Viriato Severiano Ribeiro – José Arthur Pinto Ribeiro – Francisco Joaquim Batalha – João de Oliveira Seixas – Henrique Antony – Alexandre Paulo de Brito Amorim – Marck William – Marçal Gonçalves Ferreira – Marcello Candido Pinto Amazonio – João Hauxwell – Antonio Lopes Braga – Thomaz José Pereira Guimarães – Manoel Rodrigues Cheeks Nina – Antonio José Ribeiro de Lucena Cascáes – Raymundo José Ferreira d’ Alcantara – Ricardo José Corrêa de Miranda – Manoel Francisco Fernandes – Joaquim d’ Oliveira Horta – João Fleury da Silva Brabo – Jeronimo Rodrigues do Carmo – Arystides Justo Mavignier – Severino Eusebio Cordeiro, Tenente Ajudante d’ Ordens – Alexandre Ramos da Silva – Balbino José Pereira Guimarães – Pedro Luiz Simpson – Agostinho Hermes Pereira, Professor de 1°as Letras – O Alferes José Ferreira Ribeiro Bitancourt – O Capitão reformado Joaquim Isidoro d’ Oliveira – Ajudante Contador do Correio do Pará em Commissão nesta Provincia, Lourenço Justiniano da Gama – Manoel da Silva Ramos.

Também é de 1852 a conhecida planta da cidade de Manaus, capital da província. Nessa planta, feita pelo presidente João Batista de Figueiredo Tenreiro Aranha, além dos limites urbanos, pode-se observar que a pequena cidade era dominada pelos igarapés de São Vicente, da Ribeira, do Espírito Santo e do Aterro, que cortavam seus poucos bairros (Remédios, República, Espírito Santo, Campina e São Vicente). As ruas continuavam estreitas e curtas, sendo definidas de forma natural pelo terreno. Registra-se, ainda, como acontecimento marcante para a região, a introdução da navegação a vapor, mediante a Companhia de Navegação e Comércio do Amazonas, dirigida por Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá.

Instalada a província em 1 de Janeiro de 1852, nomeados seus vice-presidentes e demais funcionários, seguiram-se festejos e dois tradicionais atos religiosos: o de Ação de Graças, na capela do Seminário São José, e o Te Deum Laudamus (A Ti Louvamos, Deus), na Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, à época servindo de Igreja Matriz.


FONTES:


Exposição apresentada ao Exmo. Presidente da Província do Amazonas, João Batista de Figueiredo Tenreiro Aranha, por occasião de seguir para a mesma Provincia, pelo Exmo. Presidente da do Grão Pará, Dr. Fausto Augusto de Aguiar, em 09 de dezembro de 1851.

Auto da Installação da Provincia do Amazonas pelo Exmo. Snr. João Baptista de Figueiredo Tenreiro Aranha Seu 1° Presidente, no Dia 1° de Janeiro de 1852.


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

REIS, Arthur Cézar Ferreira. História do Amazonas2° ed. Belo Horizonte: Itatiaia; Manaus, Superintendência Cultural do Amazonas, 1989.

Conflitos administrados, colaboradores engajados: com uma avaliação de desempenho, sua empresa só tem a ganhar

Administrar pessoas é um dos maiores desafios para qualquer gestor. Encontrar o colaborador ideal, motivá-lo e engajá-lo, descobrir suas habilidades ocultas e suas fraquezas, mediar conflitos… são muitas as responsabilidades do líder que precisa formar e conduzir um time. Felizmente, existem recursos que o auxiliam neste momento. Um deles é a avaliação de desempenho – que, como o próprio nome indica, verifica o desempenho individual ou de um grupo de funcionários.
É uma metodologia indispensável para qualquer gestor. Porque, com o resultado de uma avaliação de desempenho, pode-se descobrir se a postura individual e coletiva do avaliado está em sintonia com a cultura empresarial. E isto faz toda a diferença na hora de tomar decisões.
Caso a avaliação seja positiva, deve-se buscar formas de que outros colaboradores sigam o exemplo em questão. Mas, caso o resultado seja insatisfatório, é preciso compreender a influência da empresa no comportamento do colaborador, para assim auxiliar seu desenvolvimento.

Como realizar a avaliação?

O processo pode ser dividido em três etapas básicas. A avaliação diária é a primeira delas. Mantenha-se atento ao colaborador em questão, sobretudo em relação aos detalhes.
Com isso, você conseguirá avaliar aspectos como o relacionamento dele com a equipe, o comprometimento, a postura, os progressos e as limitações, sempre oferecendo um feedback ao funcionário.
A etapa seguinte é saber identificar os problemas, para resolvê-los junto ao avaliado e manter a produtividade da empresa. Não é o momento de vociferar com o colaborador nem dispensá-lo (o que geraria despesas significativas); os contratempos podem ser solucionados com conversa e motivação em prol de bons resultados.
A terceira etapa se constitui pela realização de entrevistas periódicas, que permitem analisar a evolução do funcionário. E, se necessário, adotar medidas, que servem como termômetro para entender se há condições de evolução ou reversão de alguma situação fora do padrão.

Qual é o momento certo de fazer?

Eis a magia da coisa: a avaliação de desempenho pode ser feita a qualquer momento, e sempre que você considerar necessário. Mas uma periodicidade é recomendável. O ideal é que seja realizada uma avaliação mensal para melhor análise da evolução coletiva da empresa e de seus colaboradores.
Apesar de ser apenas um item em diversos outros para a formação de um negócio de sucesso, uma avaliação de desempenho efetiva, que consegue aprimorar comportamentos, pode se tornar uma ação muito positiva para o crescimento de todo o corpo profissional.

A tecnologia a favor da avaliação de desempenho

Em quase todas as áreas de conhecimento humano, a tecnologia está revolucionando a forma como vivemos. E neste caso, não é diferente. Os avanços vêm permitindo que a coleta, a organização e a análise de dados sobre o comportamento dos colaboradores ocorram com cada vez mais agilidade e precisão.
Um exemplo disso é o People Analytics, que sintetiza o processo descrito acima. Trata-se do reconhecimento de que os colaboradores são o mais valioso recurso de uma empresa. E que, portanto, é necessário mensurar para entender o que os torna engajados, produtivos e felizes no ambiente de trabalho.
Funciona assim: sua empresa coleta dados de diversas fontes, como redes sociais, metadata (dados sobre dados), reviews de usuários, tendências de vendas e de marketing, entre outras. Esses dados (data) são organizados e apresentados – por um profissional de Data Science ou, em alguns casos, um software de gestão – de tal forma que seja possível reconhecer as razões para um problema em questão. Afinal, sempre haverá um problema específico a se investigar antes de iniciar a busca.
Neste artigo, você conhece tudo sobre People Analytics, além de descobrir como aplicá-lo à sua gestão.

Empresas são feitas por pessoas. Problemas, também

Os problemas só serão identificados e solucionados com uma boa avaliação de desempenho. Pois, dentre os principais entraves que as empresas desejam solucionar, ou mesmo prever, destacam-se: baixa produtividade nas vendas, baixo engajamento dos profissionais em geral, dificuldade de retenção de talentos, fraude, e queda na satisfação dos clientes. Todos, claro, relacionados a pessoas.
Há cerca de dez anos, esse processo costumava ser caro e demorado. No entanto, com cada vez mais informações sendo armazenadas na internet, e de forma ininterrupta, os softwares de análises de dados foram se tornando acessíveis e mais precisos. Assim, viraram grandes aliados da avaliação de desempenho.

O check-up que faz a diferença

Em suma, quando bem conduzida, a avaliação de desempenho funciona como um verdadeiro check-up da sua empresa. Mas vale lembrar que a metodologia não serve para que líderes se mostrem autoritários. Pelo contrário: o processo de avaliação consiste em avaliar o que um colaborador tem de bom e, se for o caso, orientá-lo a mudar de postura quanto ao que pode ser melhorado.
Desta forma, você evitará despesas com a troca de pessoal, e os funcionários responderão positivamente aos desafios que você apresenta a eles.

Não é só o People Analytics

A tecnologia também pode contribuir indiretamente para a avaliação de desempenho da sua empresa. Isto por meio de programas e softwares que auxiliam a organizar as etapas de cada projeto, tornando mais fácil acompanhar o desempenho de sua equipe. O Runrun.it é uma dessas ferramentas.
Se você deseja aumentar o engajamento de sua equipe, pode contar com o Runrun.itpara registrar todas as informações das atividades. Com ele, você tem métricas de desempenho das pessoas através de um Dashboard, o que permite o acompanhamento dos dados e da realização dos projetos. Além disso, com a ferramenta, você conseguirá facilitar a comunicação da equipe, organizar as demandas e saber quando as tarefas e os projetos serão entregues. Teste grátis agora: http://runrun.it

4 maneiras de evoluir sua análise de desempenho

4 maneiras de evoluir sua análise de desempenho

Gerenciar uma equipe e elevar sua performance hoje em dia é completamente diferente do que era quando as primeiras metodologias de análise de desempenhoforam criadas. Com inovações tecnológicas, homeoffice, equipes multidisciplinares e novas ferramentas, um gerente deve ser menos um chefe e mais um treinador. Mas, antes de sair redefinindo métricas e pontos de controle, a análise começa com um olhar sobre o que as pessoas buscam.
A Gallup desenvolveu um estudo nos Estados Unidos e identificou que as equipes querem saber exatamente o que o líder ou o gerente deseja delas e quais são as prioridades. Querem feedback constante e não uma longa ficha, que dá pontuações uma vez por ano depois que tudo já passou e não há mais tempo para correções de rotas. As pessoas buscam oportunidades para aprender e crescer, além de um sistema transparente de prestação de contas e reforço positivo das boas condutas e bons resultados.

Velhos modelos já não são mais efetivos

O curioso é que, no mesmo estudo, o índice de profissionais que conseguiam o que queriam foi muito baixo. Apenas 30% afirmaram que os gerentes envolvem a equipe na formação de objetivos. Só 27% acreditam que o feedback recebido realmente ajuda a melhorar o trabalho. Somente 22% se sentem motivados pela política de performance. E só 19% conversam com seus superiores sobre seus objetivos pessoais. Nesse cenário, não parece uma tarefa tão difícil sair na frente na análise de desempenho.
A nova análise de desempenho não gera apenas um relatório para tomada de decisão. Ela envolve a equipe e é um grande pilar para manter a motivação dos profissionais. As pessoas trabalham cada vez mais em busca de um propósito por trás das ações rotineiras. Todos querem crescer, desenvolver suas habilidades e fazer o que fazem de melhor todos os dias. A análise contribui para que ninguém fique parado e sinta a satisfação de construir uma boa carreira. Vamos repensar a avaliação dos funcionários juntos? Reunimos aqui quatro diretrizes básicas:

1. Estabeleça expectativas claras

Quando todos estão na mesma página, é possível minimizar frustrações, seja de gerentes insatisfeitos com os resultados, quanto colaboradores desmotivados. Segundo a pesquisa da Gallup, mais da metade dos entrevistados não sabiam qual era a real expectativa de seus superiores em relação ao seu rendimento no trabalho. Esse limbo é altamente prejudicial para o nível de engajamento e consequentemente para o desempenho dos profissionais.
A análise deve acontecer em um ambiente em que todos saibam o que é esperado e quais as prioridades de trabalho. Assim fica mais fácil superar expectativas. Vale relembrar este artigo, em que mostramos como o People Analytcs pode fazer a diferença na avaliação do desempenho da sua empresa. E adivinhe só: o primeiro passo é definir os resultados esperados.

2. Não seja chefe. Seja Treinador

Bons funcionários querem evoluir, aprender, crescer. Esqueça a análise de desempenho como uma cobrança e pense nela como uma forma prática de evolução individual e coletiva. É assim que você pode envolver sua equipe e alcançar alto índice de engajamento
Já falamos aqui no blog sobre como é produtivo gerar a “mentalidade de crescimento” para uma ótima gestão de desempenho. E neste artigo sobre gestão por competência, você confere como conhecer melhor cada um. Assim, é possível criar oportunidades para revelar e explorar todas as habilidades da equipe.
Uma dica fundamental aqui é conhecer os princípios do coaching. Ou seja, a prática de desenvolvimento pessoal e profissional contínuo, cujo objetivo é o de ajudar coachees, ou comandados, a atingirem seus potenciais internos. Este artigo sobre líder coach tem dicas imperdíveis sobre a metodologia.

3. Faça uma avaliação dinâmica

Quando os gestores da Deloitte Services LP de Nova York decidiram repensar seus sistema de análise de desempenho, eles tomaram um susto, segundo este artigo da HBR. No processo foi identificado que eram gastos mais de 2 milhões de horas por ano na avaliação dos profissionais. Uma infinidade de tempo dedicado a parâmetros e definição de notas, ranqueamento, conversas sobre o que os gerentes achavam de suas equipes e debates com foco no passado e não no futuro.
E pior, depois de gastar tanto tempo nas avaliações, não era difícil de concluir que elas não poderiam servir para tomada de decisão alguma. Isso porque havia discrepância de notas e opiniões, quando analisada uma qualidade subjetiva. Por exemplo, averiguar a capacidade de “pensamento estratégico” de um funcionário. No livro How People Evaluate Others in Organizations, Manuel London afirma que as avaliações revelam mais do avaliador do que do avaliado.
A saída que a Deloitte encontrou foi cortar feedbacks 360º (leia aqui sobre avaliação em 360 graus) e mudar para questões dirigidas aos líderes. Em vez de perguntar sobre o que eles pensam a respeito de cada funcionário, a análise ia direto ao ponto: quais deveriam ser as próximas ações em relação a determinado funcionário. Ele está pronto para uma promoção? Dado seu desempenho, você gostaria de mantê-lo na equipe? Todas as perguntas com foco no futuro. Essa postura pragmática evita lavar roupa suja do trabalho e inspira nos líderes diretos de grupos o lado treinador, um profissional que precisa escolher como utilizar da melhor forma seu elenco.

4. Escolha a ferramenta certa para sua análise de desempenho

Um timesheet fácil de utilizar, depositório de arquivos na nuvem para diminuir a papelada e burocracia, dinâmica de trabalho que não se perde em e-mails ou grupos de Whatsapp. Um sistema de integração e fluxo de trabalho é o aliado perfeito para uma boa análise de desempenho. Porém lembre que é uma ferramenta e como toda ferramenta ela não faz o trabalho sozinha. Faça com que a plataforma seja incorporada à cultura da empresa e mostre a todos como o bom uso dela não gera apenas informações, mas real desenvolvimento profissional.
Para você fazer a avaliação da sua equipe, conte com o Runrun.it para criar um Dashboard customizável com métricas de desempenho, visualizar em qual tarefa cada um está trabalhando e mensurar a performance dos funcionários com o RR-Rating.
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